O Caminho de Belém

Elder Ahmad S. Corbitt

Dos Setenta

Jesus Cristo, o Bebé de Belém, traz-nos ao caminho do convénio que leva ao templo e de volta à presença do Pai Celestial.

Ilustração de Corey Egbert

Em dezembro passado, eu e a minha esposa visitámos Belém. Ao olhar para a cidade e caminhar pelas suas ruas, cantei para mim mesmo “Pequena Vila de Belém” (Hinos, n.º 129). A minha mente retrocedeu mais de 2.000 anos, até à altura em que Maria e José foram lá para serem tributados. Pensei em Maria, que fez a viagem grávida e deu à luz um filho num estábulo.

Visitámos a região palestina montanhosa e rochosa, que ficava próxima, inclusive onde os pastores cuidavam dos seus rebanhos. Pensei no anjo que lhes apareceu e proclamou as “novas de grande alegria, que será para todo o povo” (Lucas 2:10) e disse-lhes que procurassem a criança numa manjedoura. Vimos estábulos semelhantes a cavernas, como aquele onde Jesus nasceu, e manjedouras de pedra como aquela onde Ele foi deitado.

Vimos outros lugares onde Jesus andou, ensinou, sofreu, morreu e ressuscitou. Jerusalém, o Monte do Templo, o Monte das Oliveiras, o Jardim do Getsémani, o Gólgota e o Jardim do Sepulcro. Vimos o caminho da vida de Jesus, desde as profecias sobre Ele até ao Seu nascimento, morte e Ressurreição.

Foi maravilhoso visitar esses lugares, mas não é preciso ir lá para entender e sentir verdadeiramente uma ligação com o Bebé de Belém e o Salvador do Calvário. Eu sei — e tu podes saber — pelo poder do Espírito Santo, que Jesus Cristo é o Filho de Deus e o Salvador do mundo.

E com este testemunho, podes pensar sobre o nascimento do Salvador e o caminho d’Ele através da vida e podes perguntar-te: Qual é o meu caminho? Como é que posso seguir os passos d’Ele?

Como Vir ao Salvador Hoje

Para vir ao Salvador, não tens de andar por onde Jesus andou; tens de te esforçar para andar como Ele andou, seguindo o Seu exemplo.

Hoje, não vamos a Belém para procurar o Salvador. Vamos às escrituras e aos líderes da Igreja. Aqueles que não são da nossa fé, vão ter com os missionários e amigos que são membros da Igreja. Vamos às pias batismais e aos serviços sacramentais. Vamos aos templos. Por outras palavras, fazemos e cumprimos convénios sagrados.

O Bebé de Belém é a razão pela qual partilhamos do sacramento. Ele é a razão pela qual vamos aos templos. É Ele que nos traz e ajuda a permanecer no caminho do convénio, que nos leva ao templo e, por fim, de volta à presença do nosso Pai Celestial. Ele é a razão pela qual procuramos fazer o trabalho de salvação e exaltação.

Como Comemorar Este Natal

Este “Santo Filho Jesus” (Moróni 8:3) também é a razão pela qual celebramos o Natal. A Sua paz, que não é deste mundo, é o motivo pelo qual nos unimos a outras pessoas, por todo o mundo, para desejar “paz na terra, boa vontade para com os homens” (ver Lucas 2:14) — a toda a família humana.

A profundidade do significado do Natal para ti e para mim, como seguidores de Jesus n’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, advém da nossa ligação por convénio ao Salvador e ao Pai Celestial. Advém da compreensão do papel de Jesus Cristo nas nossas vidas.

Neste Natal, reserva um tempo para refletir sobre a maravilha da cena no estábulo, em Belém, de há tantos anos. E ouve o Espírito a testificar-te que o Bebé na manjedoura é Aquele que expiou por ti, por mim e por toda a humanidade. Então, lembra-te do que Ele nos convidou a fazer e do que Ele nos prometeu. Lembremo-nos dos nossos convénios.

Deixa que tudo o que faças nesta época aumente a tua fé em Jesus Cristo e a tua confiança n’Ele. Esforça-te para fazer o que Ele faria. Estende a mão aos outros com amor. Sê um exemplo e direciona as pessoas para a luz eterna que brilhou nas ruas escuras da pequena vila de Belém.