Ministrar faz a diferença
Amélia não tinha certeza se ela se sentiria incluída na igreja. Ela está muito feliz por as pessoas terem entrado em contato com ela.
Fotografias: Daniel Scott
Amelia, uma jovem da Nova Zelândia, não ia à igreja há sete anos.
Durante o divórcio de seus pais, a família de Amélia ficou em uma situação difícil, e eles decidiram parar de frequentar a igreja. “Não recebíamos apoio de ninguém”, lembra Amélia.
Mas, em um domingo, sete anos depois, a mãe de Amélia decidiu ir à igreja novamente. Ela teve uma boa experiência e convidou as filhas a voltarem para a igreja com ela. Amélia pensou: “O que tenho a perder?”
“Estou tão feliz que você está aqui!”
“No início, eu estava um pouco apreensiva”, diz Amélia. “Eu não tinha um sentimento positivo com relação a Igreja.”
Mas ela decidiu aceitar o convite da mãe e não se arrependeu. “Assim que entrei na igreja, as pessoas me disseram: ‘Nunca vi você aqui antes’, ‘Bem-vinda à nossa igreja’ e ‘Estou tão feliz que você está aqui!’”, relembra Amélia.
“Ninguém me excluiu. Todos foram muito acolhedores e gentis.”
Mas, ao observar as pessoas durante as reuniões, começou a pensar que talvez ela não se sentisse incluída, afinal. “Não pude deixar de me afastar das pessoas porque comecei a me comparar com o que os outros jovens sabiam e quem eles conheciam”, diz Amélia. “Muitos jovens da minha ala são da mesma família ou são amigos desde pequenos, então eles se conheciam muito bem”, diz ela.
Depois da reunião sacramental, o bispo se aproximou de Amélia e disse: “Oi, eu sou o bispo Watts. Eu gostaria que você dissesse oi para todo mundo”. Ele a levou para a classe das Moças e a apresentou às outras meninas. “Essa foi uma interação muito importante porque me deu essa centelha de esperança de que eu poderia desenvolver relacionamentos significativos aqui”, explica Amélia.
E isso a incentivou a voltar para a igreja no domingo seguinte.
Uma lição sobre bondade
Na semana seguinte, Amélia conheceu India, a filha do bispo. Ela disse: “Oi, eu te vi outro dia. Meu nome é India. Gostaria muito de conhecê-la”.
Naquele dia, a classe estava falando sobre algo que Amélia ainda não havia aprendido. Índia se inclinou e perguntou: “Você entende isso?” Amélia disse: “Não”. Então, India a ajudou a entender a lição.
“Não me recordo da lição agora, mas me lembro de como ela percebeu que eu precisava de ajuda”, diz Amélia. “A bondade que ela demonstrou por mim foi a lição mais importante que aprendi naquele dia.”
India ensinou a Amélia tudo o que podia sobre a Igreja e a ajudou a encontrar respostas para suas perguntas. Durante aquelas primeiras semanas e meses, ela se tornou como um guia para Amélia. “Ela sempre soube exatamente o que dizer”, lembra Amélia. “Foi a coisa mais espiritual que vivi em anos.”
Enquanto Amélia tentava se relacionar com pessoas novas, India lhe garantiu que ninguém a julgaria por ser nova na igreja. “Ela me fez sentir à vontade com o fato de ser nova”, diz Amélia.
Amelia contou a India um pouco sobre suas dificuldades com sua situação familiar, inclusive o fato de ter convivido com um pai abusivo antes do divórcio de seus pais. “India foi a primeira pessoa em quem confiei no ambiente da igreja”, diz Amélia. “Sei que o Pai Celestial faz milagres, porque sempre que conversava com India, ela dizia algo que me ajudava. Ela garantiu que eu nunca estaria sozinha.”
Amélia diz que India lhe deu a garantia de que ela poderia voltar ao caminho certo e fazer o que o Pai Celestial queria que ela fizesse. “Não acho que poderia ter voltado para a igreja sem India ou o bispo Watts”, diz Amelia.
India (à esquerda) ajudou Amélia a se sentir bem-vinda à igreja.
Trata-se de estender a mão
A amizade de Amélia e India ajudou Amélia a se aproximar do Salvador. “Quando voltei para a igreja, não tinha certeza de como ter um relacionamento com Jesus Cristo. India me ajudou a entender que, embora eu não pudesse ver o Salvador, ainda podia sentir Seu amor, Sua influência e Seus milagres em minha vida”, explica Amélia. “Ela demostrou amor cristão por mim. Agora, quero ser a India na vida de alguém. Quero estar ao lado de alguém quando precisarem de mim.”
Amélia acredita que ministrar significa mais do que aceitar uma designação — trata-se de estender a mão para as pessoas. “É ver alguém em uma situação difícil e, em vez de esperar que essa pessoa peça ajuda, estar presente, para o próprio benefício dela”, diz Amélia. “India e o bispo Watts me ministraram quando estava preocupada por não fazer parte de um grupo. Agora que eu tenho, estou muito feliz por alguém ter estendido a mão.”
Amélia quer que outros jovens saibam que o Pai Celestial e Jesus Cristo os amam mesmo quando não se sentem incluídos. “Se você sente que não é bom o suficiente, ou não se sente incluído aqui nesta Igreja, lembre-se de que este é seu lugar também”, diz ela.
“E você sempre pode voltar.”