Edificar capelas e santos
Na década de 1950, o número de membros da Igreja na Argentina triplicou. A construção de capelas não conseguiu acompanhar esse crescimento. Um grande programa de construção foi iniciado na década de 1960 para prover locais nos quais os membros da Igreja, cujo número crescia rapidamente, pudessem se reunir e adorar. Grande parte do trabalho foi realizado por rapazes locais chamados como missionários de construção. A maioria tinha pouca ou nenhuma experiência e apenas alguns equipamentos rudimentares e improvisados. Apesar dessas limitações, em cinco anos, 19 capelas estavam terminadas ou em construção.
Uma abordagem dupla oferecia a esses rapazes tanto uma profissão quanto crescimento espiritual. Devido à inexperiência deles, seus supervisores os treinavam em todas as habilidades de construção necessárias. Os missionários também estudavam o evangelho por meia hora todos os dias e seguiam regras semelhantes às dos missionários de proselitismo de tempo integral. Apesar das longas horas de trabalho sem o descanso padrão de duas horas, eles, às vezes, passavam a noite fazendo proselitismo.
O trabalho podia ser muito árduo. Os alicerces da capela de Mendoza, por exemplo, foram cavados à mão. A capela exigiu 40 mil blocos de cimento, todos fabricados pelos missionários — dois de cada vez. Todos os dias, eles transportavam areia do rio para produzir a argamassa. No local da construção, a argamassa era rebocada nas paredes, balde por balde.
Seis meses depois de conhecer a Igreja, Andrés Martin foi chamado para ser missionário de construção em Mendoza. “Foi assim que começou minha paixão por construções”, disse ele. “Eu não tinha a menor experiência em construção, mas sentia que estava criando algo todos os dias. (…) Na construção daquela capela, foi onde meu testemunho começou a crescer, misturado a cimento, areia, aço e trabalho árduo.”
Em uma semana, Martin se tornou o líder da equipe missionária. Pouco tempo depois, ele se tornou supervisor de construção temporário. Depois de sua desobrigação, deu início a uma empresa especializada em manutenção de edifícios. Por fim, trabalhou para a Igreja como gerente de construção e propriedades de área e, depois, como gerente regional de manutenção de templos. Na Igreja, serviu muitas vezes em cargos de liderança, inclusive como presidente de estaca e conselheiro na presidência da missão e do templo.