2006
Dádivas Preciosas
Dezembro de 2006


Mensagem da Primeira Presidência

Dádivas Preciosas

O Presidente David O. McKay (1873–1970) freqüentemente aconselhava que precisávamos deixar um pouco de lado a nossa atarefada programação diária de responder às cartas, fazer telefonemas, receber pessoas, participar de reuniões, e reservar um tempo para meditar, ponderar e refletir sobre as verdades eternas e as fontes de alegria e felicidade que existem na jornada de cada pessoa.

Quando fazemos isso, os padrões materiais, mecânicos e repetitivos de nossa vida dão lugar às qualidades espirituais, e adquirimos a tão necessária visão de mundo que inspira nossa vida diária. Quando sigo esse conselho, lembro-me da família, de momentos que passei com amigos e de recordações preciosas de dias especiais e noites serenas, que proporcionam uma doce paz a meu ser.

A época do Natal, com seu significado especial, inevitavelmente nos traz lágrimas aos olhos e nos inspira a uma renovada dedicação a Deus.

Penso nos contrastes do Natal. Os presentes extravagantes, colocados em pacotes caros e embrulhados profissionalmente, atingem seu zênite nos famosos catálogos comerciais, que exibem o anúncio: “Para quem tem tudo”. Num desses catálogos, encontrei uma casa de 372 metros quadrados, embrulhada para presente com uma fita gigantesca, com um cartão de boas-festas de tamanho comparável, com os dizeres: “Feliz Natal”. Outros artigos incluíam tacos de golfe adornados de diamantes, um cruzeiro pelo Caribe para os que gostam de viagens e uma luxuosa viagem aos Alpes suíços para os aventureiros.

Por outro lado, há o conhecido conto de Natal de O. Henry sobre um jovem casal que vivia na maior pobreza e, ainda assim, cada um queria dar um presente especial para o outro. Porém, não tinham coisa alguma para dar. Então, o marido teve uma súbita inspiração: daria à sua querida mulher um belo pente ornamental para enfeitar os magníficos cabelos longos dela. A mulher também teve uma idéia: compraria uma linda corrente para o relógio de bolso do marido, ao qual ele dava tanto valor.

Quando chegou o dia de Natal, aqueles presentes especiais foram trocados. Lemos, então, o final surpreendente, tão típico dos contos de O. Henry: a mulher tinha cortado e vendido os cabelos, com o objetivo de conseguir dinheiro para comprar a corrente do relógio, e descobre que o marido tinha vendido o relógio para poder comprar o pente para adornar os belos cabelos compridos — que ela não tinha mais.1

Em minha casa, num cantinho escondido, guardo uma pequena bengala de cabo prateado, que foi de um parente distante. Querem saber por que guardo essa bengala já há mais de 70 anos? Há um motivo especial. Quando menino, participei de uma peça de Natal em nossa ala. Tive o privilégio de ser um dos três reis magos. Com um turbante na cabeça, a toalha de mesa do piano da minha mãe enrolada nos ombros e aquela bengala preta na mão, recitei as minhas falas: “Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? porque vimos a sua estrela no oriente, e viemos a adorá-lo.”2 Lembro-me claramente do que senti no coração quando nós, os três “reis magos”, olhamos para cima e vimos uma estrela, viajamos até o outro lado do palco, encontramos Maria com o bebê Jesus, caímos por terra e O adoramos, abrindo nossos tesouros e apresentando nossos presentes: ouro, incenso e mirra.

Gostei particularmente do fato de não termos voltado ao malvado Herodes para trair o bebê Jesus, mas obedecido a Deus e partido por outro caminho.

Os anos se passaram, mas a bengala de Natal continua a ocupar um lugar especial em meu lar. No meu coração ela representa um compromisso de dedicação a Cristo.

Por alguns momentos, deixemos de lado os catálogos de Natal, com seus presentes exóticos. Deixemos de lado até as flores para a mamãe, a gravata especial para o papai, a linda boneca, o trenzinho que apita, a tão esperada bicicleta — até mesmo os livros e as fitas de vídeo — e voltemos nossos pensamentos às dádivas duradouras que recebemos de Deus. De uma lista muito longa, citarei apenas quatro:

  1. A dádiva do nascimento

  2. A dádiva da paz

  3. A dádiva do amor

  4. A dádiva da vida eterna

Em primeiro lugar, a dádiva do nascimento. Essa dádiva foi universalmente concedida a todos. Tivemos o privilégio de sair de nosso lar celestial e vir a este tabernáculo de carne para mostrar, por meio de nossa vida, a nossa dignidade e qualificações para podermos um dia voltar para junto do Pai Celestial e de preciosos entes queridos, para um reino chamado celestial. Nossa mãe e nosso pai concederam-nos essa maravilhosa dádiva. Temos a responsabilidade de demonstrar gratidão por meio das ações de nossa vida.

Meu pai, que era gráfico, deu-me um exemplar de uma obra por ele impressa. Chamava-se “Carta de um Pai” e terminava com este pensamento: “Talvez minha maior esperança, como pai, seja ter com você um relacionamento tal que, no dia em que você olhar para seu primeiro filho, sinta profundamente dentro de si o desejo de ser para ele o tipo de pai que tentei ser para você. Que maior elogio um homem poderia desejar? Com amor, papai”.

A gratidão que devemos à nossa mãe pela dádiva do nascimento é igual ou maior que a gratidão que devemos a nosso pai. Ela, que olhou para nós como “um tenro broto de humanidade, recém-chegado do próprio lar de Deus, para florescer na Terra”3 e cuidou de todas as nossas necessidades, que nos consolou toda vez que choramos e depois se regozijou com todas as nossas realizações e chorou com todos os nossos fracassos e decepções, ocupa um lugar especial de honra em nosso coração.

Uma passagem de III João explica o modo ideal de expressarmos a nossos pais a gratidão que temos pela dádiva do nascimento: “Não tenho maior gozo do que este, o de ouvir que os meus filhos andam na verdade”.4 Portanto, andemos na verdade. Honremos aqueles que nos concederam a inestimável dádiva do nascimento.

Em segundo lugar, a dádiva da paz. No mundo atribulado em que vivemos, a balbúrdia do trânsito, os barulhentos comerciais da mídia e as árduas exigências de nossa agenda, sem mencionar os problemas do mundo, causam dor de cabeça, infligem sofrimento e minam nossas forças para suportar. A aflição da doença ou a dor da perda de um ente querido faz-nos cair de joelhos buscando ajuda do céu. Tal como os antigos, perguntamos: “Porventura não há bálsamo em Gileade?”5 Há uma certa tristeza, sim, um desalento, neste poema:

Não há uma única vida sem tristeza,

Não há um único coração livre da dor;

Se alguém busca verdadeiro consolo neste mundo,

Procurará para sempre em vão.6

Aquele que tomou sobre Si o fardo de todo o sofrimento, tendo sido homem de dores, e experimentado nos trabalhos, compreende cada coração atribulado e concede a dádiva da paz, dizendo: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”.7

Ele envia Sua palavra por meio de missionários que servem no mundo inteiro proclamando Seu evangelho de boas-novas e Sua saudação de paz. Perguntas perturbadoras como “De onde vim?” “Qual é o propósito da minha existência?” “Para onde irei depois da morte?” são respondidas por Seus servos especiais. A frustração some, a dúvida se desfaz e as incertezas se dissipam quando a verdade é ensinada com destemor, mas com humildade, pelos que foram chamados para servir ao Príncipe da Paz, sim, o Senhor Jesus Cristo. Sua dádiva é concedida individualmente: “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo”.8

O passaporte para a paz é a prática da oração. Os sentimentos do coração, expressos com humildade e não com meras palavras recitadas, proporcionam a paz que tanto buscamos.

Na peça Hamlet, de Shakespeare, o iníquo rei Claudius se ajoelha e tenta orar, mas acaba se levantando e dizendo: “Minhas palavras se elevam, mas meus pensamentos continuam aqui embaixo. Palavras sem pensamentos jamais alcançam o céu”.9

Uma pessoa que recebeu e abraçou a dádiva da paz foi Joseph Millett, um dos primeiros missionários a ser enviados às províncias costeiras do Canadá. Aprendeu, enquanto estava na missão e por experiências que teve na vida, sobre a necessidade de confiar na ajuda do céu. Uma experiência que relembrou em seu diário é um belo exemplo de sua fé simples, mas profunda:

“Um de meus filhos veio dizer-me que a família do irmão Newton Hall estava sem pão naquele dia.

Separei metade da nossa farinha num saco, para enviar ao irmão Hall. Nesse ínterim, o irmão Hall apareceu.

Eu disse: ‘Irmão Hall, vocês estão sem farinha?’

‘Estamos, irmão Millett.’

‘Bem, irmão Hall, tenho um pouco aqui neste saco. Dividi a nossa farinha para mandar para vocês. Seus filhos disseram aos meus que vocês estavam sem farinha.’

O irmão Hall começou a chorar. Ele disse que procurara outras pessoas, mas nada conseguira. Ele tinha ido até o bosque e orado ao Senhor, que o orientara a ir até Joseph Millett.

‘Bem, irmão Hall, não precisa devolver essa farinha. Se o Senhor o enviou aqui, então não me deve nada.’

Nem consigo expressar como me senti bem ao ver que o Senhor sabia que havia uma pessoa chamada Joseph Millett”.10

A oração proporcionou a dádiva da paz a Newton Hall e Joseph Millett.

Em terceiro lugar, a dádiva do amor. “Mestre, qual é o grande mandamento na lei?” perguntou o doutor da lei que fora falar com Jesus. Prontamente veio a resposta:

“Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.

Este é o primeiro e grande mandamento.

E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”11

Em outra ocasião, o Senhor ensinou: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama”.12 As escrituras estão repletas de passagens sobre a importância do amor e sua relevância em nossa vida. O Livro de Mórmon ensina que a caridade é o puro amor de Cristo.13 O próprio Mestre deu-nos o exemplo a ser seguido. A respeito Dele foi dito que “andou fazendo bem, (…) porque Deus era com ele”.14

Umas poucas linhas de um musical muito querido, A Noviça Rebelde, sugere um curso de ação muito recomendável:

Um sino não é um sino até que seja tocado,

Uma canção não é uma canção até ser cantada,

E o amor que há em seu coração não deve ali permanecer—

Amor não é amor se você a ninguém o oferecer.15

Um segmento de nossa sociedade que anseia desesperadamente por uma manifestação de verdadeiro amor são os idosos, em especial os que padecem de solidão. O vento frio das esperanças perdidas e sonhos desfeitos assola os idosos e os que se aproximam do ocaso da vida.

“Na solidão da idade avançada, eles precisam, ao menos em parte, das mesmas coisas de que necessitávamos nos anos incertos de nossa juventude: o sentimento de serem aceitos e incluídos, a certeza de serem queridos e a bondosa atenção de um coração e mãos amorosos — não o mero cumprimento formal de um dever, não apenas um espaço para morar, mas um lugar no coração e na vida de alguém.

Não podemos trazer-lhes de volta as manhãs da juventude, mas podemos ajudá-los a tornar o brilho do poente mais belo com nossa consideração, cuidado e amor ativo e sincero.”16 Assim escreveu o Élder Richard L. Evans (1906–1971), do Quórum dos Doze Apóstolos, há alguns anos.

Às vezes, a atenção para com os idosos é relembrada por alguém muito jovem. Gostaria de compartilhar com vocês um conto folclórico paquistanês que ilustra essa verdade:

Uma velha avó vivia com a filha e o neto. À medida que foi ficando mais fraca e débil, em vez de ajudar no trabalho de casa, tornou-se um estorvo constante. Quebrava pratos e copos, perdia facas, derramava água. Certo dia, exasperada porque a mulher idosa tinha quebrado outro prato valioso, a filha mandou o neto comprar um prato de madeira para a avó. O menino hesitou, sabendo que o prato de madeira humilharia a avó. Mas a mãe insistiu, então ele foi. Voltou trazendo não apenas um, mas dois pratos de madeira.

“Pedi-lhe que comprasse um só”, disse a mãe. “Você não me ouviu?”

“Ouvi, sim”, disse o menino. “Mas comprei o segundo prato para que haja um para a senhora usar quando ficar velha.”

Temos geralmente a tendência de esperar a vida inteira para expressar amor e gratidão a outra pessoa pela bondade ou ajuda oferecida muitos anos antes. Talvez uma experiência assim tenha levado George Herbert a dizer: “Você que tantas coisas [me] deu, conceda-me só mais esta: um coração agradecido”.17

Conta-se a história de um grupo de homens que conversava sobre as pessoas que lhes influenciaram a vida e por quem eram gratos. Um deles lembrou-se de uma professora do curso médio que o ajudara a conhecer o poeta Tennyson. Decidiu escrever para ela em agradecimento.

Depois de algum tempo, recebeu a seguinte carta, escrita numa letra trêmula:

“Meu querido Willie,

Não sei como expressar o quanto sua carta significou para mim. Já passei dos oitenta anos, estou morando sozinha num pequeno quarto e faço minha própria comida, tão solitária quanto a última folha restante em uma árvore. Talvez lhe interesse saber que fui professora por cinqüenta anos, mas a sua carta de agradecimento foi a primeira que recebi. Ela chegou numa manhã clara e fria, dando-me uma alegria que não sentia há muitos anos.”

Ao ler esse relato, lembrei-me desta frase tão querida: “O Senhor tem dois lares: o céu e um coração agradecido”.

Muito poderia ser dito sobre a dádiva do amor. Contudo, um de meus poemas favoritos resume muito bem essa dádiva preciosa:

Já chorei à noite

Por minha falta de visão

Por deixar de ver as necessidades de alguém;

Mas nunca até hoje

Senti o menor remorso

Por ter sido bondoso demais.18

Em quarto lugar, a dádiva da vida, sim, a imortalidade. O plano do Pai Celestial contém a maior expressão do verdadeiro amor. Tudo que amamos, sim, a família, os amigos, a alegria, o conhecimento, o testemunho, tudo isso desapareceria se não fosse por nosso Pai e Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo. Entre os pensamentos e escritos mais preciosos deste mundo se encontra esta divina declaração de verdade: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.19

Esse Filho precioso, nosso Senhor e Salvador, expiou por nossos pecados e pelos pecados de todas as pessoas. Naquela noite memorável no Getsêmani, Seu sofrimento foi tão grande, Sua angústia, tão intensa, que Ele implorou: “Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres”.20 Mais tarde, na cruz impiedosa, Ele morreu para que pudéssemos viver, sim, para sempre. A manhã da ressurreição foi precedida de dor e sofrimento, de acordo com o plano divino de Deus. Antes da Páscoa, houve a cruz. O mundo jamais testemunhou maior dádiva nem conheceu amor mais duradouro.

Néfi explicou o nosso encargo:

“Deveis, pois, prosseguir com firmeza em Cristo, tendo um perfeito esplendor de esperança e amor a Deus e a todos os homens. (…) Se assim prosseguirdes, banqueteando-vos com a palavra de Cristo, e perseverardes até o fim, eis que assim diz o Pai: Tereis vida eterna.

E agora, (…) eis que este é o caminho, e não há qualquer outro caminho ou nome debaixo do céu pelo qual o homem possa ser salvo no reino de Deus.”21

Encerro com as palavras de um profeta muito reverenciado, o Presidente Harold B. Lee (1899–1973): “A vida é a dádiva de Deus ao homem. O que fazemos com nossa vida é nossa dádiva para Deus”.

Que nossa dádiva para Ele seja generosa, tal como a Dele foi tão abundantemente generosa para nós. Que vivamos e amemos como Ele e Seu Filho tão pacientemente nos ensinaram.

Idéias para os mestres familiares

Depois de se preparar em espírito de oração, compartilhe esta mensagem, utilizando um método que incentive a participação daqueles a quem você estiver ensinando. Seguem-se alguns exemplos:

  1. Mostre para a família algumas coisas de valor material (por exemplo: um doce, uma carteira, um brinquedo). Peça aos membros da família que identifiquem qual delas consideram mais valiosa. Depois, mostre algo de valor sentimental (uma fotografia da família, um diário, as escrituras, etc.). Leia os quatro primeiros parágrafos do artigo. Compare as coisas materiais que damos no Natal com as coisas espirituais. Desafie a família a valorizar e dar presentes de significado mais profundo.

  2. Prepare com antecedência uma representação das quatro dádivas citadas pelo Presidente Monson (por exemplo: embrulhe presentes ou faça desenhos). Uma a uma, mostre todas as dádivas aos membros da família e discuta cada uma delas, usando os exemplos e histórias do artigo. Preste testemunho da generosidade de nosso Salvador e discuta maneiras pelas quais nossa vida pode ser uma dádiva para Ele.

  3. Peça aos membros da família que pensem em presentes que durarão para sempre. Que qualidades possuem esses presentes? Cite as quatro dádivas do Presidente Monson e discuta como esses presentes moldam a eternidade. Incentive os membros da família a darem neste Natal um presente que tenha repercussões eternas.

Notas

  1. Ver “The Gift of the Magi” (A Dádiva dos Reis Magos).

  2. Mateus 2:2.

  3. Gerald Massey, The New Dictionary of Thoughts, 1959, p. 39.

  4. III João 1:4.

  5. Jeremias 8:22.

  6. Autor desconhecido.

  7. João 14:27.

  8. Apocalipse 3:20.

  9. Ato 3, cena 3, linhas 97–98.

  10. Joseph B. Wirthlin, “As Lições Aprendidas na Jornada da Vida”, A Liahona, maio de 2001, p. 41.

  11. Mateus 22:36–39.

  12. João 14:21.

  13. Ver Morôni 7:47.

  14. Atos 10:38.

  15. Richard Rodgers e Oscar Hammerstein II, “Sixteen Going on Seventeen”, 1959.

  16. Thoughts… for One Hundred Days, 1966, p. 222.

  17. Richard L. Evans, Richard Evans’ Quote Book, 1971, p. 238.

  18. Richard L. Evans, “The Quality of Kindness”, Improvement Era, maio de 1960, p. 340.

  19. João 3:16.

  20. Mateus 26:39.

  21. 2 Néfi 31:20–21.