Um Abraço para Juliana
“Tem ânimo” (Mateus 9:22).
Juliana fechou a porta de seu quarto e jogou-se na cama. Enxugou o rosto molhado de lágrimas quentes e tentou conter os soluços.
Ela acabara de ter um desentendimento com seus irmãos mais velhos. O pai e a mãe tinham saído para fazer compras e estavam demorando o que parecia uma eternidade.
Juliana estava sentindo-se péssima. Por mais que tentasse impedir os lábios de tremer, ainda assim sentia-se infeliz. “Se mamãe e papai estivessem em casa, eu me sentiria muito melhor”, pensou.
Então Juliana lembrou-se de algo que aprendera na Primária sobre a oração. “Vocês podem orar a qualquer momento”, ensinara uma professora da Primária. “Podem orar quando se sentirem felizes ou tristes.”
Juliana ajoelhou-se ao lado da cama. Cobriu a cabeça com o cobertor para não ser interrompida, caso alguém abrisse a porta. Enxugou as lágrimas de novo, cruzou os braços e começou a orar.
“Pai Celestial”, disse ela, “peço perdão por ter brigado com meu irmão e minha irmã hoje. Por favor, ajuda-me a sentir-me melhor. Em nome de Jesus Cristo. Amém.”
Depois disso, a vontade de chorar passou. Aos poucos, o sentimento ruim transformou-se em paz e aconchego. Ela sentiu-se bem e amada, como se alguém a estivesse abraçando.
Mais tarde, quando os pais voltaram, Juliana já tinha feito as pazes com o irmão e a irmã e estava brincando de novo com eles. Quando a mãe entrou em casa, Juliana correu para dar-lhe um abraço de boas-vindas. O abraço da mãe foi maravilhoso, mas Juliana aprendera que, mesmo na ausência dela, podia sentir o doce amor do Pai Celestial.