Deus Vai Abençoar-me
Julio Cesar Merlos, Texas, EUA
Eu trabalhava no escritório da Missão El Salvador San Salvador quando o presidente da missão me transferiu para uma área que estivera fechada por muitos anos. Os líderes do ramo não apenas tinham orado e jejuado para que os missionários retornassem, mas também se prepararam para aquele dia.
Quando cheguei, todas as famílias do ramo tinham amigos prontos para receber os missionários. Um membro nos apresentou a uma senhora chamada Ana Oviedo, que vendia frutas e comida caseira em uma das esquinas mais movimentadas da cidade. Enquanto ela vendia comida, numa manhã de sábado, perguntamos se poderíamos visitá-la em sua casa para deixar uma mensagem sobre Jesus Cristo. Ela aceitou.
Quando chegamos, à noite, Ana e seus quatro filhos nos esperavam. Apresentamo-nos e começamos a ensiná-los. Sentimo-nos inspirados a ensinar sobre as bênçãos da santificação do Dia do Senhor. Também ensinamos a família a respeito do dízimo e das promessas feitas pelo profeta Malaquias (ver Malaquias 3:10–12).
Ana disse que já se havia preparado para vender comida no dia seguinte, que era domingo, como sempre fizera. Fizemos então uma oração, pedindo ao Pai Celestial que abençoasse aquela pobre família, que necessitava da renda da mãe.
No dia seguinte, ficamos surpresos de ver que ela foi à Igreja com os filhos. Demos-lhes boas-vindas e perguntamos o que havia acontecido com os alimentos que ela havia preparado para vender.
“Élderes, passei a noite refletindo sobre as promessas de Deus”, disse ela. “Ele vai abençoar-me.” Depois, acrescentou: “Élderes, onde pago meu dízimo?”
Ficamos tocados com sua demonstração de fé e oramos para que o Senhor atendesse a nossas orações por aquela família.
Na noite seguinte fomos de novo à casa dela. Ela estava chorando de gratidão porque Deus a abençoara imensamente naquele dia. Disse que passara a vida inteira vendendo comida naquela esquina, de segunda a domingo, das 8 da manhã até as 6 da tarde, e sempre lhe restavam coisas que não conseguia vender. Mas naquela segunda-feira, à uma hora da tarde ela já havia vendido toda a comida.
O Pai Celestial respondeu a nossas orações. O Senhor continuou a abençoar Ana, e ela não precisou mais vender comida no Dia do Senhor. Seus filhos foram logo batizados, mas o marido de Ana não consentiu no batismo dela. Mesmo assim, ela permaneceu fiel ao evangelho e frequentou a Igreja até o dia em que veio a falecer.
Sei que o Pai Celestial cumpre Suas promessas quando obedecemos a Seus mandamentos de todo o coração.