O Evangelho em Minha Vida
Para que Tenham Alegria
Tudo o que tornava minha missão difícil parecia impedir-me de sentir alegria. Mas será que tinha de ser assim?
Não levou muito tempo para eu perceber que a missão seria bem diferente do que eu esperava. Enfrentei alguns desafios inesperados. Tentei manter-me otimista, mas minhas tentativas quase sempre fracassavam, deixando-me desanimada. Felizmente, recebi incentivo nas conferências de zona, que sempre incluíam uma reunião de testemunhos.
Lembro-me de uma conferência de zona em particular, na qual todos os missionários foram ao púlpito expressar a alegria que sentiam por servir na missão. No transcorrer da reunião, fui-me sentindo incomodada. Eu já era missionária havia um ano, mas nunca sentira a alegria que os outros descreviam. Saí daquela conferência com o coração pesado e confusa, questionando por que estava servindo como missionária. O que havia de errado comigo? Por que não conseguia sentir aquela mesma alegria? Mais tarde, naquela noite, expressei minhas preocupações ao Pai Celestial e perguntei-Lhe como poderia sentir aquela alegria.
Várias semanas depois, ao assistir a uma conferência de estaca, recebi minha resposta no discurso feito pelo presidente da missão. Embora se dirigisse a centenas de pessoas na congregação, senti que falava diretamente para mim. Discorreu sobre a alegria da redenção de Cristo que todos podemos sentir a cada dia. Testificou que mesmo nos momentos difíceis e incertos, podemos sentir alegria graças a nosso entendimento do significado da Expiação do Salvador.
Eu sabia que aquelas palavras eram para mim. O Pai Celestial havia respondido a minha oração. Talvez minha missão não fosse o que eu esperava, mas o Salvador me amava e tinha expiado meus pecados. A alegria que achei que nunca sentira estava a minha volta. Simplesmente eu não abrira o coração para senti-la.
Meus desafios continuaram, mas aquela experiência me ensinou que eu podia sentir alegria se decidisse abrir o coração para o poder redentor do Salvador e prestar testemunho desse poder para outras pessoas.
Desde a missão, passei a entender que as situações e circunstâncias não têm um impacto duradouro em nossa capacidade de sentir alegria. Na realidade, a verdadeira felicidade advém da obediência ao Pai Celestial e a Seu Filho Jesus Cristo e de nossa crença Neles, que nos deram esta vida e a vida futura para “que [tenhamos] alegria” (2 Néfi 2:25).