Dei Ouvidos na Segunda Vez
Matthew D. Flitton, Revistas da Igreja
Eu estava quase adormecendo na noite anterior à viagem que planejáramos, quando fui inspirado a comprar um aro e um pneu para a nossa minivan que estava sem estepe e já tinha quinze anos de uso. No dia seguinte, esqueci essa impressão em meio à correria dos preparativos. Colocamos nossos três filhos e as bagagens no veículo e seguimos viagem para a casa de meu pai, a quatro horas de distância.
No caminho, um pneu da van furou. Pedimos reboque para a cidade mais próxima para trocar o pneu. O custo foi três vezes maior do que se tivéssemos comprado o estepe em casa e ainda perdemos 90 minutos esperando. Adquiri maior gratidão pelos sussurros do Espírito e decidi segui-los melhor no futuro.
Quatro anos depois, com mais dois filhos, estávamos programando outra visita a meu pai, que então morava a treze horas de distância. A essa altura tínhamos trocado a van por outra com quatorze anos de uso. Cerca de uma semana antes da partida, senti que precisava substituir o pneu reserva do carro. Ao recordar minha experiência anterior, segui o alerta. Alguns dias depois, senti-me inspirado a comprar algumas correias para melhorar o transporte de alguns equipamentos que antes tínhamos amarrado com cordas no alto da van. Eu precisava de duas, mas comprei um conjunto de quatro. Guardei as duas que sobraram em nosso kit de emergência.
Na viagem de volta, paramos para jantar no caminho. Quando eu estava tirando alguns objetos de um contêiner acoplado ao teto da van, minha filha de três anos de idade mexeu na porta de correr, que foi ao chão! Ficamos aliviados, pois a porta não a atingiu. Estávamos a uns 800 quilômetros de casa numa noite de sexta-feira, assim encaixei a porta à força para que ficasse no lugar a fim de podermos pegar a estrada. Mas ela não ficou bem ajustada e ouvíamos o barulho dos carros na pista durante a viagem. Parei novamente e usei uma das correias sobressalentes para prender melhor a porta.
Várias horas mais tarde, a van começou a sacolejar violentamente. Ouvimos um forte ruído na porta solta, mas a correia a manteve no lugar. Parei o carro e descobri que um dos pneus apresentou um defeito. Sem demora eu o substituí pelo pneu sobressalente que tinha comprado algumas semanas antes, e lá estávamos nós na estrada de novo.
Sou grato pelos sussurros do Espírito Santo, que nos mantiveram em segurança durante nossas viagens. Sei que o Pai Celestial velará por nós se dermos ouvidos à “voz mansa e delicada” (I Reis 19:12; ver também 1 Néfi 17:45; D&C 85:6), seguirmos Seus sussurros e pedirmos auxílio quando precisarmos.