Onde Consigo uma Revista Como Esta?
Sharon Rather mora em Nevada, EUA
Durante uma viagem com minha família de Nevada para o Alasca, EUA, puxei conversa com uma senhora alta, bonita e simpática, sentada do outro lado do corredor.
Ela me perguntou para onde eu ia, e respondi que estávamos indo para Juneau, no Alasca, para visitar nosso filho e sua família. Ela me disse que era de Las Vegas. Então, com a voz embargada, acrescentou que estava indo a Juneau para realizar com os sogros um serviço memorial para seu marido, com quem estivera casada por 20 anos. Ele havia falecido recentemente de câncer.
Olhei para o outro lado do corredor e pensei comigo mesma em como era feliz por conhecer o plano de salvação e por ser oficiante no Templo de Las Vegas Nevada. Perguntei-me o que eu poderia fazer por aquela mulher para consolá-la.
De repente, tão claro como um sino que soava, lembrei-me de uma citação do Profeta Joseph Smith que tinha sido distribuída na Sociedade de Socorro. Quando ele organizou a Sociedade de Socorro, disse que as irmãs “correrão a socorrer o desconhecido; derramarão óleo e vinho no coração ferido do aflito; enxugarão as lágrimas do órfão e farão o coração da viúva regozijar-se” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 475).
Olhei novamente para o outro lado do corredor. Vi uma desconhecida aflita, uma viúva com o coração ferido. Lembrei que tinha lido a revista A Liahona de julho de 2011 naquele dia. Ela continha alguns artigos edificantes que achei que poderiam dar-lhe um pouco de ânimo e consolo.
Juntei coragem, abri a revista em um artigo e pedi que ela o lesse. Observei-a de perto e fiquei surpresa por ver que ela leu cada linha, atentamente. Quando terminou, leu outro artigo.
Evidentemente algo que ela tinha lido lhe tocou o coração. Abraçou a revista com força contra o peito e, em seguida, enxugou uma lágrima.
“Onde consigo uma revista como esta?” perguntou-me. Respondi que ela podia ficar com ela. Então ela leu um pouco mais.
Quando chegamos a Juneau, ela pegou minha mão, olhou-me nos olhos e disse: “Obrigada”.
Aprendi uma grande lição com aquela experiência. Estamos rodeados de desconhecidos com o coração ferido que necessitam de uma palavra amiga de incentivo e que precisam saber o que nós, santos dos últimos dias, sabemos.