2013
A Missão e o Ministério de Jesus Cristo
Abril de 2013


A Missão e o Ministério de Jesus Cristo

Extraído de um discurso proferido em 18 de agosto de 1998, em um devocional, na Universidade Brigham Young. Para o texto integral em inglês, entre no site speeches.byu.edu.

Élder Russell M. Nelson

A melhor prova de que adoramos a Jesus é nosso empenho em seguir Seu exemplo.

Como uma das “testemunhas especiais do nome de Cristo no mundo todo” (D&C 107:23), creio que a melhor maneira de servir é ensinar e prestar testemunho Dele. Primeiramente, gostaria de fazer as mesmas perguntas que Ele fez certa vez aos fariseus: “Que pensais vós do Cristo? De quem é filho?” (Mateus 22:42).

Essas perguntas com frequência me vêm à mente quando me reúno com líderes governamentais e de várias denominações religiosas. Alguns reconhecem que “Jesus foi um grande mestre”. Outros dizem: “Ele foi um profeta”. Outros simplesmente não O conhecem de modo algum. Não devíamos nos surpreender. Afinal, relativamente poucas pessoas têm as verdades do evangelho restaurado como nós temos. Os membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias são apenas uma pequena minoria entre os que professam ser cristãos.

Nossa situação atual foi prevista há vários séculos por Néfi:

“E aconteceu que vi a igreja do Cordeiro de Deus e seu número era pequeno não obstante, vi que a igreja do Cordeiro, que eram os santos de Deus, estava também sobre toda a face da Terra; e seu domínio sobre a face da Terra era pequeno. (…)

E aconteceu que eu, Néfi, vi o poder do Cordeiro de Deus que descia sobre os santos da igreja do Cordeiro e sobre o povo do convênio do Senhor, que estava disperso sobre toda a face da Terra; e estavam armados com retidão e com o poder de Deus, em grande glória” (1 Néfi 14:12, 14).

Essa retidão, esse poder e essa glória — na verdade, todas as nossas muitas bênçãos — derivam de nosso conhecimento do Senhor Jesus Cristo, nossa obediência a Ele e nossa gratidão e amor por Ele.

Durante Sua relativamente curta permanência na mortalidade, o Salvador cumpriu dois objetivos principais. Um deles foi Sua “obra e [Sua] glória: Levar a efeito a imortalidade e vida eterna do homem” (Moisés 1:39). O outro, Ele declarou simplesmente: “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (João 13:15).

Conhecemos Seu primeiro objetivo como a Expiação. Essa foi Sua magnífica missão na mortalidade. Para o povo da antiga América, o Senhor ressuscitado declarou Sua missão:

“Eis que vos dei o meu evangelho e este é o evangelho que vos dei — que vim ao mundo para fazer a vontade de meu Pai, porque meu Pai me enviou.

E meu Pai enviou-me para que eu fosse levantado na cruz; e depois que eu fosse levantado na cruz, pudesse atrair a mim todos os homens” (3 Néfi 27:13–14).

Continuando Seu sermão, Ele revelou Seu segundo objetivo — ser nosso exemplo: “Sabeis o que deveis fazer (…); pois as obras que me vistes fazer, essas também fareis” (3 Néfi 27:21).

Defini Seu primeiro objetivo como sendo Sua missão. Seu segundo objetivo, eu identificaria como Seu ministério. Vamos analisar esses dois componentes de Sua vida: Sua missão e Seu ministério.

A Missão de Jesus Cristo: A Expiação

Sua missão foi a Expiação. Essa missão era exclusivamente Sua. Nascido de mãe mortal e Pai imortal, Ele era o único que poderia voluntariamente dar a vida e depois retomá-la (ver João 10:14–18). As gloriosas consequências de Sua Expiação são infinitas e eternas. Ele desfez o aguilhão da morte e tornou temporária a dor da sepultura (ver I Coríntios 15:54–55). Sua responsabilidade pela Expiação era conhecida desde antes da Criação e da Queda. Não apenas ela proporcionaria a ressurreição e a imortalidade para toda a humanidade, como também nos permitiria ser perdoados de nossos pecados, sob as condições por Ele estabelecidas. Assim, Sua Expiação abriu o caminho pelo qual podemos unir-nos a Ele com nossa família para toda a eternidade. A isso chamamos de vida eterna: a maior dádiva de Deus ao homem (ver D&C 14:7).

Ninguém mais poderia realizar a Expiação. Nenhuma pessoa, mesmo com a maior riqueza ou poder, poderia salvar uma alma sequer, nem mesmo a sua própria (ver Mateus 19:24–26). E a nenhuma outra pessoa seria exigido ou permitido que derramasse sangue para a salvação eterna de outro ser humano. Jesus fez isso “uma vez” (Hebreus 10:10).

Embora a Expiação tenha sido consumada na época do Novo Testamento, muitos acontecimentos do Velho Testamento predisseram sua importância. Adão e Eva receberam o mandamento de oferecer sacrifícios “à semelhança do sacrifício do Unigênito do Pai” (Moisés 5:7). Como? Derramando sangue. Por experiência própria, eles confirmaram a escritura que diz que “a vida da carne está no sangue” (Levítico 17:11).

Os médicos sabem que sempre que o sangue deixa de fluir para um órgão, começa a haver problemas. Se o fluxo de sangue para uma perna for interrompido, isso pode resultar em gangrena. Se o fluxo de sangue para o cérebro parar, pode haver um derrame. Se o sangue deixar de fluir normalmente por uma artéria coronária, pode ocorrer um infarto cardíaco. E se a hemorragia for incontrolável, o resultado é a morte.

Adão, Eva e as gerações que se seguiram aprenderam que, sempre que derramavam o sangue de um animal, a vida chegava ao fim. Para seu rito sacrificial, não podiam oferecer um animal qualquer. Devia ser o primogênito do rebanho e um que não tivesse defeitos (ver, por exemplo, Êxodo 12:5). Essas exigências também simbolizavam o sacrifício final do imaculado Cordeiro de Deus.

Adão e Eva receberam um mandamento: “Portanto farás tudo o que fizeres em nome do Filho; e arrepender-te-ás e invocarás a Deus em nome do Filho para todo o sempre” (Moisés 5:8). Desde aquele dia até o meridiano dos tempos, o sacrifício de animais continuou a ser uma semelhança e um símbolo da Expiação final do Filho de Deus.

Quando a Expiação foi consumada, aquele grande e último sacrifício cumpriu a lei de Moisés (ver Alma 34:13–14) e encerrou a prática do sacrifício de animais, que ensinava que “a vida da carne [estava] no sangue” (Levítico 17:11). Jesus explicou como os elementos do antigo sacrifício foram substituídos pela Expiação e comemorados simbolicamente no sacramento. Observem novamente as referências à vida, à carne e ao sangue:

“Jesus, pois, lhes disse: Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos.

Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia” (João 6:53–54).

Graças à Expiação de Jesus Cristo, toda a humanidade — todos os que assim desejarem — serão redimidos. O Salvador começou a derramar Seu sangue por toda a humanidade não na cruz, mas no Jardim do Getsêmani. Ali, Ele tomou sobre Si o peso dos pecados de todos os que viveriam neste mundo. Ao suportar aquele pesado fardo, Ele sangrou por todos os poros (ver D&C 19:18). A agonia da Expiação foi consumada na cruz do Calvário.

A importância da Expiação foi resumida pelo Profeta Joseph Smith. Ele declarou: “Os princípios fundamentais de nossa religião são o testemunho dos Apóstolos e Profetas a respeito de Jesus Cristo, que Ele morreu, foi sepultado, ressuscitou no terceiro dia e ascendeu ao céu; todas as outras coisas de nossa religião são meros apêndices disso”.1

Com essa autoridade e com profunda gratidão, ensino isso e presto testemunho Dele.

O Ministério de Jesus Cristo: o Exemplo

O segundo grande objetivo do Senhor na mortalidade foi o de servir de exemplo para nós. Sua vida exemplar constituiu Seu ministério mortal. Incluiu Seus ensinamentos, Suas parábolas e Seus sermões. Abrangeu Seus milagres, Sua bondade e longanimidade para com os filhos dos homens (ver 1 Néfi 19:9). Envolveu Seu uso compassivo da autoridade do sacerdócio. Incluiu Sua justa indignação ao condenar o pecado (ver Romanos 8:3) e ao derrubar as mesas dos cambistas (ver Mateus 21:12). Também incluiu Seus sofrimentos. Ele foi escarnecido, flagelado e desprezado por Seu próprio povo (ver Mosias 15:5) — até traído por um discípulo e negado por outro (ver João 18:2–3, 25–27).

Por mais maravilhosos que tenham sido Seus atos em Seu ministério, eles não foram e não são exclusivos Dele. São incontáveis as pessoas que seguem o exemplo de Jesus. Atos semelhantes foram praticados por Seus profetas e apóstolos e por outros de Seus servos autorizados. Muitos suportaram perseguição por causa Dele (ver Mateus 5:10; 3 Néfi 12:10). Em nossa própria época, vocês conhecem irmãos e irmãs que se esforçaram sinceramente, até pagando um preço terrível, para imitar o exemplo do Senhor.

É assim que deve ser. Essa é Sua esperança a nosso respeito. O Senhor pediu que seguíssemos Seu exemplo. Seu pedido é bem claro:

Essas e outras escrituras semelhantes não foram escritas como sugestões. São ordens divinas! Devemos seguir Seu exemplo!

Para facilitar nosso desejo de segui-Lo, talvez devamos estudar cinco aspectos de Sua vida que podemos imitar.

Amor

Se eu lhes perguntasse qual característica de Sua vida vocês identificariam em primeiro lugar, acho que mencionariam Seu atributo de amor. Isso inclui Sua compaixão, bondade, caridade, devoção, misericórdia, justiça, Seu perdão e mais. Jesus amava Seu Pai e Sua mãe (ver João 19:25–27). Amava Sua família e os santos (ver João 13:1; II Tessalonicenses 2:16). Amava o pecador sem tolerar o pecado (ver Mateus 9:2; D&C 24:2). E Ele nos ensinou como podemos mostrar nosso amor a Ele. Ele disse: “Se me amais, guardai os meus mandamentos” (João 14:15). Depois, para salientar que Seu amor não era incondicional, Ele acrescentou: “Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor” (João 15:10; ver também D&C 95:12; 124:87).

Outra expressão do amor de nosso Salvador foi Seu serviço. Ele serviu a Seu Pai e às pessoas com quem conviveu e trabalhou. Em ambos os aspectos, devemos seguir Seu exemplo. Devemos servir a Deus, “[andar] em todos os seus caminhos, e [amá-lo]” (Deuteronômio 10:12; ver também 11:13; Josué 22:5; D&C 20:31; 59:5). E devemos amar nossos semelhantes e servi-los (ver Gálatas 5:13; Mosias 4:15–16). Começamos por nossa família. O profundo amor que une os pais aos filhos é forjado pelo serviço prestado a eles durante seu período de total dependência. Mais tarde na vida, os filhos obedientes podem ter a oportunidade de retribuir esse amor ao prestarem serviço aos pais idosos.

Ordenanças

Um segundo aspecto da vida exemplar do Salvador foi Sua ênfase nas ordenanças sagradas. Durante Seu ministério mortal, Ele demonstrou a importância das ordenanças de salvação. Foi batizado por João no Rio Jordão. Até João perguntou: “Por quê?”

Jesus explicou: “Porque assim nos convém cumprir toda a justiça” (Mateus 3:15; grifo do autor). Não apenas a ordenança era essencial, mas o exemplo deixado por Jesus e João também era essencial.

Posteriormente, o Senhor instituiu a ordenança do sacramento. Ele explicou o simbolismo do sacramento e administrou seus emblemas sagrados a Seus discípulos (ver Mateus 26:26–28; Marcos 14:22–24; Lucas 24:30).

Nosso Pai Celestial também deu instruções referentes às ordenanças. Ele disse: “Tereis de nascer de novo no reino do céu, da água e do Espírito, sendo limpos por sangue, sim, o sangue de meu Unigênito; para que sejais santificados de todo pecado e desfruteis as palavras da vida eterna neste mundo e a vida eterna no mundo vindouro, sim, glória imortal” (Moisés 6:59).

Durante o ministério pós-mortal do Senhor, as ordenanças de exaltação mais elevadas foram reveladas (D&C 124:40–42). Ele oferece essas ordenanças em Seus templos sagrados. Em nossos dias, são realizadas abluções, unções e investiduras para as pessoas que estão devidamente preparadas (ver D&C 105:12, 18, 33; 110:9; 124:39). No templo, a pessoa pode ser selada ao marido ou à mulher, aos progenitores e à posteridade (ver D&C 132:19). Nosso Mestre é um Deus de lei e ordem (ver D&C 132:18). Seu enfoque nas ordenanças é uma parte vigorosa de Seu exemplo para nós.

Oração

Um terceiro aspecto do ministério exemplar do Senhor é a oração. Jesus orou a Seu Pai no Céu e também nos ensinou como orar. Oramos a Deus, o Pai Eterno, em nome de Seu Filho Jesus Cristo, por intermédio do poder do Espírito Santo (ver Mateus 6:9–13; 3 Néfi 13:9–13; Tradução de Joseph Smith, Mateus 6:9–15). Gosto imensamente da Oração Intercessória proferida pelo Senhor, que está registrada em João, capítulo 17. Nela, o Filho Se comunica abertamente com o Pai em favor de Seus discípulos, a quem Ele ama. É um modelo de oração eficaz e compassiva.

Conhecimento

Um quarto aspecto do exemplo do Senhor é o uso de Seu conhecimento divino. Conforme mencionado anteriormente, muitos não cristãos reconhecem que Jesus foi um grande mestre. De fato, foi. Mas o que realmente distinguia Seu ensino? Ele era um instrutor hábil de engenharia, matemática ou ciência? Como Criador deste e de outros mundos (ver Moisés 1:33), sem dúvida poderia ter sido. Ou como autor das escrituras, Ele poderia ter ensinado composição literária muito bem.

A característica que distinguiu Seus ensinamentos acima dos de todos os outros mestres foi a de que Ele ensinou verdades de significado eterno. Somente Ele poderia ter revelado nosso propósito na vida. Apenas por meio Dele poderíamos conhecer nossa existência pré-mortal e nosso potencial pós-mortal.

Em certa ocasião, o Mestre dos mestres disse a Seus ouvintes descrentes que eles tinham três testemunhas Dele:

  • João Batista.

  • Os atos que Jesus havia realizado.

  • A palavra de Deus, o Pai Eterno (ver João 5:33–37).

Depois, proferiu um quarto testemunho: “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam” (João 5:39).

A palavra cuidar nessa frase pode a princípio parecer fora de lugar. Mas ela é vital para o significado do que Jesus estava tentando transmitir. Ele sabia que muitos dos que O ouviam realmente cuidavam, ou seja, achavam que a vida eterna estava nas escrituras. Mas estavam errados. As escrituras por si só não podem conceder a vida eterna. Evidentemente, há muito poder nas escrituras, mas esse poder emana do próprio Jesus. Ele é o Verbo: Logos. O poder da vida eterna está Nele, que “no princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (João 1:1; ver também 2 Néfi 31:20; 32:3). Então, por causa da atitude obstinada dos que Nele não acreditavam, Jesus os repreendeu, dizendo: “E não quereis vir a mim para terdes vida [eterna]” (João 5:40).

O Mestre poderia dominar-nos com Seu conhecimento sublime, mas não faz isso. Ele honra nosso arbítrio. Permite que tenhamos a alegria da descoberta. Incentiva-nos a arrepender-nos de nossos próprios erros. Permite que vivenciemos a liberdade resultante de nossa disposição de obedecer a Sua lei divina. Sim, o modo como Ele usa Seu conhecimento é um grande exemplo para nós.

Perseverança

Um quinto aspecto do ministério do Senhor é Seu comprometimento de perseverar até o fim. Ele jamais Se esquivou de Sua designação. Embora sofresse dores que estão além de nossa compreensão, não recuou. Ao longo de profundas provações, perseverou até o fim de Sua missão ao expiar os pecados de toda a humanidade. Suas palavras finais, ao pender da cruz, foram: “Está consumado” (João 19:30).

Aplicação em Nossa Vida

Esses cinco aspectos de Seu ministério podem ser aplicados a nossa vida. Sem dúvida, a maior prova de que adoramos Jesus é o fato de procurarmos imitar Seu exemplo.

Quando começamos a nos dar conta de quem é Jesus e do que fez por nós, podemos compreender, até certo ponto, a lógica do primeiro e grande mandamento: “Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças” (Marcos 12:30). Em outras palavras, tudo o que pensamos e fazemos e dizemos deve estar profundamente imbuído de nosso amor por Ele e por Seu Pai.

Pergunte a si mesmo: “Há alguém a quem eu ame mais do que o Senhor?” Depois, compare sua resposta com esses padrões estabelecidos pelo Senhor:

  • “Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim.”

  • “Quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim” (Mateus 10:37).

O amor pela família e pelos amigos, por maior que seja, é muito mais profundo quando ancorado no amor de Jesus Cristo. O amor dos pais pelos filhos tem muito mais significado nesta vida e na vida futura por causa Dele. Todo relacionamento amoroso é elevado Nele. O amor a nosso Pai Celestial e a Jesus Cristo proporciona iluminação, inspiração e motivação para amarmos outras pessoas de modo mais sublime.

As ordenanças proporcionam um enfoque no serviço de valor eterno. Os pais devem ponderar qual é a próxima ordenança necessária para cada filho. Os mestres familiares devem pensar na próxima ordenança adequada para cada família a qual eles servem.

O exemplo dado pelo Salvador em relação à oração nos lembra que a oração pessoal, a oração em família e o empenho fervoroso em cumprir nossas designações da Igreja devem tornar-se parte de nossa vida. Saber e fazer a vontade do Pai são coisas que proporcionam grande força espiritual e confiança (ver D&C 121:45). Queremos sempre estar do lado do Senhor.

O conhecimento das “coisas como realmente são e de coisas como realmente serão” (Jacó 4:13) permite que apliquemos a doutrina e os princípios verdadeiros. Esse conhecimento vai elevar nosso comportamento. Os atos que de outra forma poderiam ser motivados pelo apetite e pela emoção serão substituídos por ações moldadas pela razão e pela retidão.

O compromisso de perseverar até o fim significa que não pediremos desobrigação de um chamado no qual servimos. Significa que perseveraremos no cumprimento de uma meta digna. Significa que jamais desistiremos de um ente querido que perdeu o rumo. E significa que sempre consideraremos precioso nosso relacionamento familiar eterno, mesmo nos dias difíceis de enfermidades, incapacidades ou morte.

Do fundo do coração, oro para que a influência transformadora do Senhor tenha um impacto profundo em sua vida. Sua missão e Seu ministério podem abençoar cada um de nós agora e para sempre.

Nota

  1. Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, pp. 52–53.

Jesus Vai a Betânia à Noite, de James Tissot

Mulher, Eis Teu Filho (Stabat Mater), de James Tissot © Museu do Brooklyn, Brooklyn, Nova York; inserção: detalhe de No Jardim do Getsêmani, de Carl Heinrich Bloch

O Sermão da Montanha, de James Tissot; inserção: detalhe de Cristo e o Jovem Rico, de Heinrich Hofmann, cortesia de C. Harrison Conroy Co.

Toda a Cidade Estava Reunida, de James Tissot