Histórias da Conferência
Uma Luz na África
“A Esperança da Luz de Deus”, A Liahona, maio de 2013, p. 70.
Há alguns anos, minha mulher, Harriet, e eu tivemos uma experiência pessoal memorável na qual vimos essa promessa ser cumprida. Estávamos na África Ocidental, uma bela parte do mundo em que a Igreja está crescendo e os santos dos últimos dias são maravilhosos. No entanto, a África Ocidental também enfrenta muitas dificuldades. Fiquei particularmente triste com a pobreza que vi. Nas cidades, há alto índice de desemprego, e as famílias geralmente têm muita dificuldade em prover suas necessidades diárias e sua segurança. Partiu-me o coração saber que muitos de nossos preciosos membros da Igreja sofrem tantas privações. Mas também fiquei sabendo que aqueles bons membros ajudam uns aos outros para aliviar suas pesadas cargas.
Por fim, chegamos a uma de nossas capelas, próxima de uma grande cidade. Mas em vez de encontrar um povo atormentado e envolvido pelas trevas, descobrimos um povo feliz que irradiava luz! A felicidade que sentiam pelo evangelho era contagiante e elevou-nos o espírito. O amor que expressaram por nós fez-nos sentir muito humildes. O sorriso deles era genuíno e envolvente.
Lembro que me perguntei na época se seria possível haver um povo mais feliz na face da Terra. Mesmo estando cercados de dificuldades e provações, aqueles santos queridos estavam cheios de luz!
A reunião teve início e comecei a falar. Mas pouco depois, acabou a luz do prédio e ficamos na mais completa escuridão.
Por algum tempo, eu mal podia enxergar as pessoas da congregação, mas via e sentia o sorriso brilhante e belo de nossos santos. Oh, como adorei estar com aquelas pessoas maravilhosas!
A capela continuou na escuridão, por isso sentei-me ao lado de minha mulher e esperei a luz voltar. Enquanto esperávamos, algo extraordinário aconteceu.
Algumas pessoas começaram a cantar um dos hinos da Restauração. Então outras se uniram a elas. E mais outras. Em pouco tempo, um agradável e vibrante coro de vozes enchia a capela.
Aqueles membros da Igreja não precisavam de hinários. Sabiam de cor a letra de cada hino que entoavam. E cantaram um hino após o outro, com uma energia e espírito que me tocaram a alma.
Por fim, as luzes piscaram e voltaram, inundando o salão de luz. Harriet e eu olhamos um para o outro, com o rosto banhado de lágrimas.
Em meio à total escuridão, aqueles belos e maravilhosos santos encheram de luz aquele prédio da Igreja e nossa alma.
Foi um momento profundamente tocante para nós — um momento que Harriet e eu jamais esqueceremos.