A Irmã Spafford Estava Falando para Mim

Sandy Howson, Ohio, EUA

Eu estava entretida num jogo online de restaurante tarde da noite, quando meu marido chegou e disse que ia se deitar.

“Já vou”, disse-lhe eu.

“Só vou acreditar quando vir”, replicou ele.

Eu estava entretida num jogo no qual eu preparava pratos virtuais, num restaurante virtual para clientes virtuais. Olhei para a tela do computador e disse: “Na verdade, o prato vai estar pronto daqui a 15 minutos”.

Para passar o tempo enquanto esperava, peguei o livro Filhas em Meu Reino: A História e o Trabalho da Sociedade de Socorro, que estava jogado sobre a mesa desde que eu o recebera na Sociedade de Socorro. Comecei a ler o prefácio. Na terceira página, encontrei o seguinte, escrito por Belle S. Spafford, a nona presidente geral da Sociedade de Socorro.

Ela escreveu: “A meu ver, as mulheres de hoje, de modo geral, bem fariam em avaliar seus interesses e as atividades nas quais estão envolvidas e, em seguida, tomar medidas para simplificar a vida, colocando as coisas de maior importância em primeiro lugar, dando ênfase às coisas cuja recompensa será maior e mais duradoura, e livrando-se das atividades menos recompensadoras” (2011, p. xiii).

Com exceção das escrituras, nada que li me tocou tão profundamente. Aquela mulher que havia falecido mais de 30 anos antes estava falando para mim. Suas palavras provavelmente são mais relevantes hoje do que quando ela as proferiu.

Soube imediatamente que nunca mais deveria disputar jogos online novamente. Desliguei o computador, fui-me deitar e contei a meu marido minha decisão. No dia seguinte, nem sequer liguei o computador. Em vez disso, calculei quantas horas tinha desperdiçado naqueles jogos a cada dia.

Multipliquei três horas por dia por 365 (dias do ano) e dividi por 24 (horas do dia). Fiquei estarrecida ao descobrir que tinha desperdiçado 45,62 dias por ano. Aquelas horas e aqueles dias preciosos se foram para sempre. Eu poderia ter usado esse tempo lendo as escrituras, com meu marido e meus filhos, prestando serviço às pessoas ou magnificando meus chamados.

As autoridades gerais estão sempre falando desse assunto na conferência geral. Mas eu ainda não tinha captado a mensagem, achando que não se aplicava a mim.

Sou grata ao Espírito Santo por ter-me ajudado a reconhecer que as autoridades gerais — e Belle S. Spafford — estavam falando para mim.