O presente de Natal de Carlos
A autora mora no Colorado, EUA.
Carlos olhou em volta do celeiro e de repente teve uma ideia.
“Quando receber uma tarefa, cumpra-a com um sorriso. Faça mais do que pedirem e caminhe a segunda milha” (Children’s Songbook, p. 167).
Carlos tremia enquanto empurrava a bicicleta contra o vento. “Mal posso esperar para chegar em casa e me aquecer”, pensou. “E não vejo a hora de abrir os presentes de Natal!”
Naquela manhã, ele tinha acordado mais cedo do que de costume para entregar jornais. Enquanto subia a ladeira empurrando a bicicleta a caminho de casa, pensava nas rosquinhas de canela que sua mãe fazia para o Natal. Que delícia! Ele quase podia sentir o gosto doce da cobertura cremosa.
Creme! Carlos encolheu os ombros. Ele tinha se esquecido de ordenhar a vaca e das outras tarefas que precisava cumprir. Até mesmo no Natal.
Carlos parou a bicicleta na frente da casa. Ele e o irmão competiam para ver quem conseguia entregar os jornais primeiro. Como não viu a bicicleta do irmão, Carlos vencera!
O único problema com a vitória era que agora ele tinha que esperar o irmão antes de poder abrir os presentes. Depois eles teriam que sair e realizar as tarefas. Carlos queria poder ficar lá dentro e desfrutar o Natal.
“Posso fazer minhas tarefas agora”, pensou Carlos. “Assim não vou ter que voltar a sair no frio.” Ele correu para o celeiro.
Quando pegou um balde e se sentou para ordenhar a vaca, Carlos olhou em volta. Todas as outras tarefas ainda precisavam ser feitas. Foi então que teve uma ideia. Se fizesse todas as tarefas sozinho, poderia surpreender sua família e assim passar o resto da manhã de Natal juntos. Seria o melhor presente de Natal de todos!
Carlos se apressou e ordenhou as vacas. Depois limpou o celeiro, alimentou as galinhas e recolheu os ovos. Ele sorriu ao pensar em como sua família ficaria surpresa.
Carlos voltou para casa. Espiou pela porta para ver se havia alguém ali e então entrou na cozinha. Ele tinha acabado de colocar o leite e os ovos na geladeira quando sua mãe entrou.
“Que bom que já está em casa”, disse a mãe, dando-lhe um abraço. “Estávamos começando a nos perguntar onde você estaria.”
Sua mãe o ajudou a tirar o casaco. Quando os irmãos de Carlos o viram, gritaram: “Carlos está em casa! Vamos abrir os presentes!” Todos se amontoaram em volta da árvore de Natal e esperaram o pai distribuir os presentes. Carlos adorava observar todos compartilharem seus tesouros.
“Muito bem!”, disse o pai. “Agora é hora de fazer as tarefas, mas primeiro acho que precisamos de um pouco de suco e rosquinhas de canela.”
O pai foi até a cozinha e abriu a geladeira. Ele parou e fixou os olhos.
“Bem, vejam isso!”, disse o pai. “O jarro de leite já está cheio e aqui estão os ovos já recolhidos! Quem poderia ter feito isso?”
O pai voltou para a sala. Carlos tentou ao máximo esconder seu sorriso.
“Sabe alguma coisa sobre isso, Carlos?”, perguntou o pai também com um sorriso. “Parece que nossas tarefas já foram realizadas.”
“Feliz Natal!”, gritou Carlos.
O pai o abraçou. “Obrigado, filho. Foi muito atencioso de sua parte. Este talvez seja nosso melhor Natal de todos os tempos!”
Carlos sorriu. Ele já sabia que era seu melhor Natal de todos.