2020
A mão do Senhor em todas as coisas
Fevereiro de 2020


A mão do Senhor em todas as coisas

Quando era jovem sempre sonhei ter uma família eterna, apesar de nunca ter conhecido o meu pai e de ter sido criada só com a minha avó. Eu tinha esse desejo forte dentro de mim. Isso ajudou-me na decisão de casar bastante cedo e logo depois do meu casamento tive a minha primeira filha. Como mãe de primeira viajem não sabia como eram muitas coisas, e apesar do meu amor infinito pelo meu bebé, achei que ela era diferente de mim e do meu esposo. 

Anos mais tarde tive a minha segunda filha, o que fez com que voltasse aquela sensação de que algo parecia diferente com a minha primeira filha. Nesse mesmo ano, conheci os missionários que bateram à minha porta. Recebemos as mensagens e fomos batizados n’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Dois anos depois, em meio a muita dificuldade financeira, conseguimos vender algumas coisas e ir ao templo, selar a nossa pequena família. 

O que parecia ser perfeito, logo mudou quando procurámos saber o que realmente havia com a nossa suspeita em relação à nossa filha. Pesquisámos no hospital onde ela havia nascido e, depois de muita busca, descobrimos que a nossa filha tinha sido trocada na maternidade no dia em que nasceu. 

Apesar de todo esse problema e desafio, o Senhor abençoou-nos muito. Cinco anos depois ficámos com as duas meninas: com a nossa primeira filha, com a nossa filha biológica que se filiou à Igreja, e com os nossos outros três filhos. Mas, para tudo ser completo ainda faltava o selamento. O que iríamos fazer se já tínhamos sido selados? E como é que iríamos selar a nossa filha biológica se não possuíamos os documentos legais dela? 

Em meio a muitas perguntas e poucas respostas, confiámos no Senhor e orámos a pedir a Sua ajuda e orientação. Não foi imediata, a Sua resposta, mas, depois de muita oração e jejum conseguimos a autorização para o selamento, e o tão sonhado dia de ter a nossa família completa no evangelho chegou. Ainda me lembro, perfeitamente, daquele belo dia de janeiro, quando estávamos na sala de selamentos do templo com a nossa filha que havia estado perdida durante treze anos, com as nossas filhas que já haviam sido seladas a nós, oito anos antes, e com os nossos dois filhos nascidos no convénio; todos vestidos de branco, naquela linda sala. Foi o dia mais feliz da minha vida. Sei que o Senhor nunca nos abandona e que se pedirmos ao Pai, tudo o que for bom, em nome de Cristo, com fé e crendo que iremos receber, nos será concedido.