MENSAGEM DA PRESIDÊNCIA DA ÁREA
Abrir as janelas do céu
Meus pais começaram a pagar o dízimo por obediência aos mandamentos, mas com o tempo eles adquiriram um forte testemunho das promessas feitas em Malaquias.
Pouco tempo depois de meus pais terem sido batizados em Ponta Grossa, no Brasil, o seu Bispo os chamou ao escritório para uma entrevista e os ensinou sobre a importância do pagamento do dízimo. Ao ensinar sobre o princípio do dízimo, o Bispo também referiu-se às bênçãos de viver esse mandamento conforme declarado em Malaquias 3:8–12. Lemos:
“Roubará o homem a Deus? Porque vós me roubais. E dizeis, em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas.
Com maldição sois amaldiçoados: porque me roubais a mim, sim, toda a nação.
Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir ;as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma benção tal, até que não haja mais lugar para a recolherdes.
E por causa de vós repreenderei o devorador para que não vos destrua o fruto da terra; e a vide no campo não vos será estéril, diz o Senhor dos Exércitos.
E todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos Exércitos.”
Meus pais voltaram da igreja para casa naquele dia pensando nestes versículos de Malaquias. A reação inicial deles foi de não pagar o dízimo, pois eram recém-casados com uma família pequena e em crescimento. A vida era difícil e eles ainda tinham um conhecimento muito limitado do evangelho. Meu pai tendo uma personalidade muito forte e sendo muito racional não estava disposto a pagar o dízimo, porque em sua mente eles não podiam pagar dez por cento de seus rendimentos a igreja, mas a promessa do profeta Malaquias onde o Senhor diz “Trazei todos os dízimos … e provai-me … se eu não vos abrir as janelas do céu”, ficou em sua mente. Depois de aconselharem-se, eles decidiram testar e fazer exatamente como somos instruídos a fazer em Malaquias.
Eles começaram a pagar o dízimo por obediência aos mandamentos, mas com o tempo, adquiriram um forte testemunho das promessas feitas em Malaquias. Puderam ver em suas vidas como o Senhor “abriu as janelas do céu” para eles. Cresci ouvindo o meu pai dizer que não podíamos deixar de pagar um dízimo honesto.
Lembro-me que logo depois que Alessandra e eu nos casamos, havíamos acabado de concluir os estudos universitários e voltamos para o Brasil para começar nossa vida profissional. Havia sido difícil encontrar um emprego e ambos estávamos a trabalhar em empregos que estavam abaixo do que acreditávamos ser o nosso potencial. Não podíamos nem pagar o aluguer, por isso fomos viver com os meus sogros por um tempo, mas sempre pagamos um dízimo honesto.
Pudemos ver através de alguns pequenos milagres em nossas vidas como o Senhor estava a abrir as janelas do Céu e repreendendo o devorador em nossas vidas. Ao longo dos anos, conseguimos progredir em nossas carreiras e pagar o aluguer e, mais tarde, conseguimos pagar uma hipoteca. Lembro-me de uma ocasião em que a empresa para a qual trabalhava estava a demitir pessoas e eu não fui demitido. Lembro-me de amigos que não eram membros da Igreja dizendo que tive sorte, mas eu sabia que era o Senhor ‘repreendendo o devorador’ conforme mencionado em Malaquias.
Em outras circunstâncias em que fui promovido no meu trabalho, sei que não foi só pelas minhas qualificações, porque olhava em volta e via que muitos dos meus colegas tinham as mesmas qualificações que eu. Sei que foi o Senhor abrindo as janelas do céu e abençoando nossas vidas.
Mesmo pagando um dízimo honesto, ainda teremos muitos desafios. As bênçãos não virão imediatamente; requer fé. Fé para confiar no Senhor, fé para deixar Deus prevalecer em nossas vidas. Fé para aceitar que Deus sabe o que é melhor para nós. Por meio de nossa obediência a este mandamento, seremos abençoados com o Espírito e encontraremos paz, felicidade e tesouros no céu conforme lemos em Mateus 6:19–21: “Não ajunteis, tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam:
Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.
Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.”
Sou grato por aquele querido Bispo que dedicou seu tempo para ensinar esse importante princípio a meus pais.
O Élder Ciro Schmeil foi apoiado como Setenta Autoridade Geral de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias em abril de 2020. Ele nasceu em Ponta Grossa, no Brasil. É casado com Alessandra Machado Louza. O casal tem dois filhos.