MENSAGEM DO LÍDER LOCAL DE SACERDÓCIO
Dízimo: o caminho para a autossuficiência
Por meio de sua fé, Jesus Cristo aumentará sua capacidade de mover montanhas em sua vida, mesmo que seus desafios pessoais pareçam tão grandes quanto o Monte Everest.
A autossuficiência para mim e minha família, individual e coletivamente, é uma das coisas pelas quais oro com frequência. À medida que nos tornarmos mais autossuficientes, teremos mais paz neste mundo e nos prepararemos melhor para a vida eterna no mundo vindouro.1 Desde que me filiei a igreja, aprendi a viver de acordo com os seguintes princípios relacionados:
O Senhor nos ordena que sejamos diligentes, e nos abençoa por sermos diligentes em tudo o que fazemos, e as nossas ações precisam refletir a fé que professamos.
Neste artigo, compartilho com vocês sobre o que me ajudou a ser mais autossuficiente. Lembro a todos nós que o nosso Pai Celestial e o Senhor Jesus Cristo são fiéis e verdadeiros às suas promessas.
A autossuficiência tem componentes espirituais e temporais, e ambos são aprimorados à medida que guardamos os mandamentos de Deus.2 Quando penso na autossuficiência e nesses dois componentes, a lei do dízimo muitas vezes me vem à mente, trazendo com ela a seguinte experiência instrutiva, conforme compartilhada pelo Presidente Gordon B. Hinckley (1918–2008):
“Hoje em dia, ouvimos alguns que dizem que, devido às pressões económicas, não podem pagar o dízimo. Lembro-me de uma experiência que tive como presidente de estaca há alguns anos. Um homem veio para obter a sua recomendação para o templo. Eu o questionei da maneira habitual e perguntei, entre outras coisas, se ele pagava um dízimo honesto. Ele respondeu honestamente que não, que não podia pagar porque tinha demasiadas dívidas. Tive a inspiração de dizer-lhe que ele não iria conseguir pagar suas dívidas antes de pagar o dízimo.
“Ele continuou por um ou dois anos normalmente, e então tomou uma decisão. Ele falou sobre isso algum tempo depois, dizendo-me: ‘O que você me disse é verdade. Eu achava que não poderia pagar meu dízimo por causa das minhas dívidas. Descobri que, por mais que tentasse, de alguma forma não conseguia reduzir minha dívida. Por fim, minha esposa e eu sentamos juntos, conversamos sobre isso e concluímos que tentaríamos colocar à prova a promessa do Senhor. Nós fizemos isso. E de uma forma que não conseguimos entender, o Senhor abençoou-nos. Não sentimos falta do que Lhe demos e, pela primeira vez em muitos anos, estamos a reduzir a nossa dívida. Adquirimos a sabedoria de fazer um orçamento de nossas despesas e de determinar para onde estão indo nossos fundos. Porque agora temos um objetivo mais elevado, somos capazes de restringir alguns de nossos apetites e desejos. E, acima de tudo, sentimos que agora podemos ir à casa do Senhor com aqueles que merecem esta bênção maravilhosa.’
Podemos pagar nosso dízimo. Não se trata tanto de uma questão de dinheiro, mas uma questão de fé. Ainda não encontrei um fiel dizimista que não possa testificar que, de maneira literal e maravilhosa, as janelas dos céus se abriram, derramando ricas bênçãos sobre ele ou ela.”3
O motivo pelo qual essa história e os conselhos do Presidente Hinckley me vem à mente é que eles refletem minha própria experiência com o dízimo. Aprendi que “[dar] a César as coisas que são de César, e a Deus as coisas que são de Deus”4 na diligência e no amor do Pai Celestial pode realmente mudar nossa dita sorte. Quando decidi trazer os dízimos à casa do tesouro, e provar o Senhor dos Exércitos nisto,5 as dívidas que tinha dificuldades em pagar por alguns anos foram liquidadas em poucos meses. Como resultado, minha autossuficiência melhorou e tem melhorado cada vez mais desde então. Tudo isso foi o resultado de ouvir um discurso bem preparado proferido em uma reunião da igreja, da qual participei e decidi agir de acordo com os ensinamentos recebidos.
Adoro o lembrete do Élder David A. Bednar de que nem todas as bênçãos do dízimo são temporais e financeiras, quando ele disse: “algumas das diversas bênçãos que recebemos quando somos obedientes a esse mandamento são significativas, porém sutis. …
Às vezes, pedimos a Deus que nos dê sucesso, e Ele nos dá disposição física e mental. Podemos suplicar por prosperidade e receber maior visão e paciência, ou pedir crescimento e ser abençoados com o dom da graça. Ele pode nos conceder a convicção e a confiança ao nos esforçarmos para atingir metas dignas. E quando suplicamos alívio das dificuldades físicas, mentais e espirituais, Ele pode aumentar nossa determinação e força de vontade.”6
Ao olhar para trás, posso ver como o Senhor mudou até mesmo minha natureza à medida que me esforço em obedecer a Seus mandamentos.
Nos chamados em que servi na igreja, tive a bênção de entrevistar e ensinar os membros sobre como observar e guardar a lei do dízimo. Ver como os membros que decidem pagar o dízimo integral ao longo do tempo, crescem espiritualmente e até mesmo tornam-se autossuficientes, fortaleceu meu testemunho. Como o Élder Bednar prometeu aos dizimistas fieis, “realmente as janelas do céu serão abertas, e bênçãos espirituais e temporais serão derramadas a tal ponto que não haverá lugar suficiente para recebê-las”7.
À medida que desenvolvemos e executamos nossos planos para sermos autossuficientes, nos preparamos para essa bênção e temos o Senhor nosso Deus que ordena todas as coisas para o [nosso] bem8 para esse fim. Em nome de Jesus Cristo, testifico que uma maneira essencial de conseguirmos isso é sendo dizimistas fiéis. Por ser realmente uma questão de fé, concluo com estas palavras do Presidente Russell M. Nelson: “Meus queridos irmãos e irmãs, minha súplica a vocês … é que comecem hoje a aumentar sua fé. Por meio de sua fé, Jesus Cristo aumentará sua capacidade de mover montanhas em sua vida, mesmo que seus desafios pessoais pareçam tão grandes quanto o Monte Everest.”9
O Élder S. Ephraim Msane foi chamado como Setenta de Área em abril de 2019. Ele é casado com Nomthandazo Salvatoris Mpanza; o casal tem dois filhos.