Mensagem da Área
Fortalecer Crianças e Jovens
Em 2003 minha esposa e eu tivemos o primeiro de nossos três meninos. Preocupado com a vida espiritual e futura daquele pequeno ser humano, dotado de arbítrio, perguntei a um bom amigo o que eu poderia fazer para manter meu filho firme no evangelho de Cristo. Daquela conversa ficou uma lembrança valiosa: Garantir que os filhos tenham oportunidades de ter suas próprias experiências espirituais.
Durante o meu próprio exercício da paternidade, logo entendi que o exemplo é o caminho de excelência para ajudar os filhos a terem suas experiências pessoais com o Salvador. Em uma manhã, enquanto orava ajoelhado, percebi uma movimentação silenciosa ao meu lado, ao terminar, tive a grata experiência de ver meu filho de 4 anos ajoelhado, orando ao meu lado.
Garantir que os filhos tenham experiências espirituais pode necessitar de algumas intervenções mais diretas, porém cuidadosas e carinhosas. Um de nossos filhos apresentava extrema dificuldade em manter uma rotina de leitura das escrituras. A melhor estratégia foi minha esposa tê-lo convidado para estudar as escrituras no mesmo local e horário em que ela estudava.
Da mesma maneira que hábitos positivos se fixam pelo exemplo, quando falhamos na diligência em cumprir os mandamentos ou demonstramos que obedecer nos é desconfortável, passamos aos filhos a mensagem de que seguir o caminho do convênio é algo custoso e desagradável. Isso também ocorre quando eles vivem em um ambiente de críticas, murmurações, comparações e de cobranças de uma “perfeição” impossível de ser alcançada em sua idade. Viver o evangelho precisa ser algo simples, alegre e que esteja adaptado às suas capacidades.
Por vezes erramos ao ceder à excessiva ansiedade que pode nos levar a impor em vez de persuadir de forma amorosa respeitando as diferenças individuais, o que não deve ser confundido com complacência excessiva ou falta de metas e objetivos. A aplicação cuidadosa do Programa Crianças e Jovens, conversas regulares com pais e líderes, oportunidades de serviço no evangelho são recursos extremamente valiosos.
Todo nosso esforço com crianças e jovens deve estar focado em levá-los a fazer convênios. Os pais são o primeiro recurso na condução dos filhos no caminho do convênio e possuem o direito de receber revelação pessoal e o apoio dos líderes da Igreja. O Senhor espera que os pais ensinem os filhos “a compreender a doutrina do arrependimento, da fé em Cristo, o Filho do Deus vivo, e do batismo e do dom do Espírito Santo pela imposição das mãos, quando tiverem oito anos” (D&C 68:25). Todos os esforços devem ser feitos para que as ordenanças de salvação não sejam adiadas, uma vez que elas geram proteção espiritual, pois nas ordenanças do sacerdócio se manifesta o poder da divindade (D&C 84:20).