A Liahona
O poder transformador da educação
Janeiro de 2024


O poder transformador da educação

Veja como a BYU-Pathway mudou a vida de dois estudantes brasileiros para melhor.

Para os membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, o esforço de tentar se tornar mais semelhante a Jesus Cristo é para toda a vida. Para dois estudantes no Brasil, a educação universitária por meio da BYU-Pathway Worldwide os guiou para esse caminho.

Encontrar realização espiritual: Ingrid Jost

A gaúcha Ingrid Jost ainda se lembra do domingo de 1989, quando o presidente M. Russell Ballard, do Quórum dos Doze Apóstolos, visitou sua ala. “No final da reunião”, disse ela, “ele desceu do púlpito. Estávamos nas primeiras fileiras, e ele olhou para meus pais e disse ao intérprete: ‘Diga a eles que eles têm a obrigação de ensinar seus filhos a falar inglês’.”

Os pais de Ingrid seguiram fielmente o convite. Eles ensinaram inglês aos filhos, apesar do tempo e dos recursos limitados. À medida que foi crescendo, Ingrid continuous estudando inglês e conseguiu um emprego para economizar dinheiro para a missão.

O bispo de Ingrid na época disse a ela para se concentrar no casamento em vez da missão. Embora Ingrid não fosse contra se casar, ela sempre sonhou servir missão.

“Fiquei muito brava na hora”, disse Ingrid. “A partir daquele momento, fiquei morna em relação à Igreja. Foi um período muito difícil. Comecei a questionar muitas coisas.”

Durante o tempo em que esteve inativa, Ingrid engravidou e inesperadamente começou a vida como mãe solo. Quando o filho tinha 12 anos, ela se casou com um homem que era abusivo. Depois que deu à luz a uma menina, os abusos continuaram. Ingrid sabia que precisava de uma mudança. Ela orou a Deus, dizendo: “Se há alguma maneira de mudar minha vida, preciso que o Senhor me mostre”.

Com a ajuda de várias pessoas bondosas, Ingrid conseguiu sair de seu relacionamento.

Ela retornou à Igreja, e seu novo bispo lhe falou sobre a BYU-Pathway Worldwide.

Ingrid relutantemente se inscreveu no programa. Progrediu com seus cursos semana após semana — e estava amando a experiência.

Durante esse tempo, o English- Connect começou em sua região. Ingrid se lembrou de como o president Ballard havia dito a seus pais que aprender inglês ajudaria seus filhos a servir na Igreja. Então, ela se ofereceu para ajudar a iniciar a primeira turma do EnglishConnect com 26 alunos.

“Pensei: ‘É aí que vou usar meu inglês’”, disse Ingrid. “Essa mudança é o que eu tinha pedido em oração. Realmente aconteceu.”

Depois de concluir seus cursos da BYU-Pathway, Ingrid decidiu se tornar uma missionária de serviço designada para o EnglishConnect e a BYU-Pathway Worldwide, realizando seu sonho de servir uma missão. Seu serviço tem sido fundamental para o crescimento desses programas no Brasil e dos muitos alunos que ela inspirou. Ingrid aprendeu que confiar no Senhor está no centro de tudo. Seu tempo com a BYU-Pathway mudou sua vida e lhe deu uma perspectiva de fé para o futuro.

“Meu processo de conversão realmente começou através da BYU-Pathway”, disse ela. “Eu tinha muita vontade de servir missão, e isso não era possível no passado. Hoje, amo servir na BYU-Pathway.”

Explorando oportunidades de emprego: André e Carla Santos

Quando um amigo da família sugeriu que André e Carla Santos se inscrevessem no EnglishConnect, eles não tinham ideia do quanto aprender inglês abençoaria sua família.

“O EnglishConnect tem o poder de mudar nossa vida”, disse André, cuja família reside em São Paulo. “Ele nos ajudou a ser mais confi antes e a aprender a organizer nossa agenda, priorizar nossas tarefas e dedicar mais tempo ao nosso autodesenvolvimento. O EnglishConnect melhorou nossas capacidades de liderança e nos transformou em profi ssionais que o mercado de trabalho procura.”

O EnglishConnect também apresentou André e Carla à Igreja de Jesus Cristo, e eles escolheram ser batizados em dezembro de 2020.

O compromisso de André com a educação continuou quando ele se matriculou na BYU-Pathway. Embora tenha sido desafi ador, ele persistiu e acabou conseguindo notas máximas. As novas habilidades que adquiriu em inglês e os conhecimentos em informática o ajudaram a conseguir um emprego como especialista em planejamento e análise fi nanceira no Brasil. Ele segue cursando bacharelado em tecnologia aplicada para se manter competitivo no mercado de trabalho.

André e Carla começaram o EnglishConnect porque sabiam que aprender inglês lhes daria mais oportunidades. Porém, sua experiência fez muito mais do que isso: ela ajudou a eles e a seus fi lhos a conhecerem a Jesus Cristo. A família também foi selada em junho de 2022 no Templo de Campinas Brasil. André disse: “Posso apoiar melhor minha família quando sigo os princípios de Jesus Cristo, quando sirvo bem em meu chamado na Igreja e quando posso ser um bom profi ssional em meu trabalho aplicando todas as coisas novas que aprendi na BYU-Pathway”.

Um impacto duradouro

Ingrid e André são apenas dois dos mais de 61 mil estudantes anuais cuja vida foi mudada por meio da BYU-Pathway. Eles tiveram crescimento espiritual, encontraram um emprego melhor e oportunidades de serviço, fortaleceram sua família e aumentaram sua confi ança. Independentemente de suas circunstâncias, a educação, a fé e a resiliência podem ajudá-lo a supercar os desafi os da vida, assim como aconteceu com eles.

Cultivando uma mentalidade de crescimento

Quando você entende seu valor e poder como filho de Deus, você pode ver os desafios como oportunidades. Andressa Develis aprendeu a ter essa mentalidade de crescimento ao longo de sua jornada de dez anos até receber seu diploma de bacharel.

Andressa Develis sempre teve o sonho de ser professora. No entanto, as oportunidades educacionais no interior de São Paulo eram escassas.

Por isso, aos 18 anos, Andressa viajou para uma cidade a 250 quilômetros de distância para trabalhar. Depois de quatro anos, ela conheceu um amigo, André, que a apresentou à Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Ela adorava aprender sobre o evangelho, sua identidade divina e o plano que Deus tem para Seus filhos.

Andressa foi batizada e se casou com André. No entanto, depois de cerca de um ano, eles enfrentaram um desafio. Apesar de Andressa trabalhar como técnica de enfermagem e André ter mestrado, as oportunidades de trabalho eram limitadas.

“O emprego pagava tão pouco por tudo o que ele tinha trabalhado”, disse Andressa. “Então, ele me disse: ‘Ok, vamos fazer algo louco’.”

Eles decidiram se mudar para a Nova Zelândia para aprender inglês. A transição foi difícil. Andressa tinha habilidades básicas de inglês, mas não conseguia entender o que as pessoas diziam. Além disso, André precisou fazer outro mestrado para manter o visto, então Andressa trabalhou para sustentar os dois.

No entanto, Andressa cresceu durante esses desafios. Ela conseguiu um emprego como babá que a ajudou a aprender inglês em apenas cinco meses. Ela também aprendeu sobre a BYU-Pathway. No início, Andressa se matriculou porque era uma opção acessível que a permitia trabalhar e estudar ao mesmo tempo. Mas os cursos com base espiritual também a ajudaram a se dar conta de todo o seu potencial.

“Descobri como é incrível ter a educação com base no evangelho de Jesus Cristo”, disse Andressa. “Aprendi muito, e isso me impulsionou a ser o melhor que eu poderia ser.”

Uma mentalidade diferente

Depois de conquistar seu primeiro certificado — Teaching English as a Foreign Language (TEFL) — Andressa se sentiu inspirada a oferecer cursos de inglês gratuitos para mulheres no Brasil e dicas de inglês nas redes sociais. Ela também descobriu que sua verdadeira paixão era ajudar pessoas na área da saúde. Ela agora está trabalhando para obter um diploma de bacharel on-line em saúde aplicada pela BYU-Idaho, apoiado pela BYU-Pathway. Ela também pretende fazer mestrado em audiologia.

A experiência de Andressa com a BYU-Pathway permitiu que ela visse um novo caminho profissional que amava e deu a ela confiança para segui-lo.

“A BYU-Pathway é sobre saber quem você é e que o Pai Celestial está cuidando de você”, disse ela. “A BYU-Pathway me trouxe uma mentalidade diferente. Por muito tempo, por causa da barreira do idioma, da frustração de ser imigrante e tudo mais, eu sempre pensei que se não tivesse um emprego ou não fosse feliz, era isso que eu merecia. Quando entrei na BYU-Pathway, aprendi que isso não é verdade.”