Alunos do instituto
AS REGRAS DE FÉ


AS REGRAS DE FÉ

Sumário:

  • Os membros da Trindade

  • Seremos punidos pelos nossos próprios pecados

  • Todos podem ser salvos pela Expiação de Cristo

  • Os primeiros princípios e ordenanças do evangelho

  • A necessidade e a natureza da autoridade no ministério

  • A Organização da Igreja

  • Dons espirituais

  • Escrituras

  • Revelação contínua

  • A coligação de Israel

  • Liberdade religiosa

  • Obediência à lei

  • Valores

O Que São as Regras de Fé?

“O Profeta [Joseph Smith] era ocasionalmente convidado a explicar os ensinamentos e práticas do mormonismo a não-membros da Igreja. Um exemplo importante disso foi a Carta Wentworth. Na primavera de 1842, John Wentworth, editor do Chicago Democrat, pediu a Joseph Smith que lhe desse um resumo do ‘surgimento, progresso, perseguições e fé dos santos dos últimos dias’. [“Church History”, Times and Seasons, 1º de março de 1842, p. 706.] (…) Joseph atendeu ao pedido e enviou a Wentworth um documento de várias páginas contendo um relato de muitos dos primeiros eventos da história da Restauração, incluindo a Primeira Visão e o aparecimento do Livro de Mórmon. O documento também continha treze declarações que resumiam as crenças dos santos dos últimos dias, que se tornaram conhecidas como as Regras de Fé. (…)

Wentworth não publicou esse documento no Chicago Democrat. A carta também nunca chegou a constar da história de New Hampshire. Mas o jornal da Igreja, o Times and Seasons, publicou-a em março de 1842, e ela tornou-se uma das mais importantes declarações de inspiração, história e doutrina da Igreja.” (História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pp. 256–257.)

A Carta Wentworth

O texto completo da Carta Wentworth, como foi escrita pelo Profeta Joseph Smith é o seguinte:

“Nasci no município de Sharon, condado de Windsor, Vermont, no dia 23 de dezembro de 1805 d.C. Quando tinha dez anos, meus pais mudaram-se para Palmyra, Nova York, onde morei por aproximadamente quatro anos, e dali mudamo-nos para o município de Manchester. Meu pai era fazendeiro e ensinou-me a trabalhar no campo. Quando eu tinha aproximadamente quatorze anos de idade, comecei a refletir sobre a importância de preparar-me para um estado futuro, e ao procurar conhecer [a respeito] do plano de salvação, descobri que havia uma grande dissensão no meio religioso; se eu procurasse uma determinada sociedade, eles me apresentavam um plano, e outra me apresentava outro; cada uma delas considerando seu próprio credo como o summum bonum da perfeição. Concluindo que nem todas poderiam estar certas, e que Deus não poderia ser o autor de tamanha confusão, decidi pesquisar o assunto mais profundamente, crendo que se Deus tinha uma Igreja, ela não estaria dividida em facções, e que se Ele ensinou uma sociedade a adorar de certo modo e a ministrar um determinado conjunto de ordenanças, Ele não ensinaria princípios diametralmente opostos.

Crendo na palavra de Deus, senti confiança na declaração de Tiago: ‘Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada’. Retirei-me para um lugar isolado em um bosque, e comecei a invocar o Senhor. Enquanto estava fervorosamente concentrado em minha súplica, minha mente foi arrebatada do meio das coisas a meu redor, fui envolto por uma visão celestial e vi dois seres gloriosos, idênticos um ao outro em aparência e aspecto, cercados por uma luz mais brilhante que a do sol do meio-dia. Eles disseram-me que todas as denominações religiosas acreditavam em doutrinas incorretas, e que nenhuma delas era reconhecida por Deus como Sua Igreja e reino. Fui expressamente ordenado a ‘não segui-las’, recebendo ao mesmo tempo a promessa de que futuramente a plenitude do evangelho ser-me-ia dada a conhecer.

Na noite do dia 21 de setembro de 1823 d. C., enquanto orava a Deus e procurava exercer fé nas preciosas promessas das Escrituras, subitamente uma luz como a do sol, porém muito mais pura e gloriosa em aparência e brilho, irrompeu em meu quarto, parecendo à primeira vista que a casa estava sendo consumida pelo fogo; a manifestação fez-me sentir um choque que afetou todo o meu corpo; em seguida um ser colocou-se diante de mim, rodeado por uma glória ainda maior do que aquela que já me envolvia. Esse mensageiro declarou ser um anjo de Deus, enviado para trazer as boas novas de que a aliança que Deus estabelecera com a antiga Israel estava prestes a ser cumprida, que o trabalho preparatório para a segunda vinda do Messias teria início em breve; que em pouco tempo o Evangelho em toda a sua plenitude seria pregado com poder a todas as nações para que as pessoas se preparassem para o reino milenar. Foi-me dito que eu tinha sido escolhido para ser um instrumento nas mãos de Deus a fim de levar a efeito alguns de Seus propósitos nesta gloriosa dispensação.

Fui instruído também acerca dos antigos habitantes deste país e foi-me mostrado quem eles eram e de onde vieram; um breve resumo de sua origem, progresso, civilização, leis, governos, sua retidão e iniqüidade, e a retirada final das bênçãos de Deus deles como povo, tudo isso foi-me dado a conhecer; fui também informado que haviam sido enterradas umas placas nas quais foi gravado um resumo dos registros dos antigos profetas que viveram neste continente. O anjo apareceu-me três vezes naquela mesma noite, revelando-me as mesmas coisas. Depois de ter recebido muitas visitas de anjos de Deus, mostrando-me a majestade e a glória dos eventos que ocorreriam nos últimos dias, na manhã do dia 22 de setembro de 1827 d. C., o anjo do Senhor entregou-me os registros.

Esses registros estavam gravados em placas que tinham a aparência de ouro, cada qual com quinze centímetros de largura e vinte e um centímetros de comprimento, tendo aproximadamente a espessura de uma folha de latão comum. Estavam cobertas de gravações, em caracteres egípcios, e presas umas às outras como as folhas de um livro, com três aros atravessando todo o volume. O livro tinha aproximadamente quinze centímetros de espessura, e parte dele estava selado. Os caracteres da parte não selada eram pequenos e esmeradamente gravados. O livro inteiro mostrava muitos sinais de ter sido feito há muito tempo, com muita habilidade na arte de entalhamento. Junto com os registros havia um curioso instrumento, que os antigos chamavam de ‘Urim e Tumim’, que consistia de duas pedras transparentes em um aro preso a um peitoral. Por intermédio do Urim e Tumim traduzi o registro pelo dom e poder de Deus.

Nesse livro importante e interessante de história é contada a história da antiga América, desde seus primeiros colonizadores, que vieram da Torre de Babel, na época da confusão das línguas até o início do quinto século da era cristã. Fomos informados por meio desses registros que a América, em tempos passados, foi povoada por duas raças distintas de pessoas. A primeira chamava-se jareditas, e eles vieram diretamente da Torre de Babel. A segunda raça veio diretamente da cidade de Jerusalém, aproximadamente seiscentos anos antes de Cristo. Era formada principalmente por israelitas, descendentes de José. Os jareditas foram destruídos na época em que os israelitas chegaram de Jerusalém e tomaram seu lugar na herança do país. A principal nação da segunda raça foi destruída em uma guerra, por volta do final do século IV. Os remanescentes são os índios que hoje vivem neste país. Esse livro também nos conta que nosso Salvador apareceu neste continente depois de Sua ressurreição; que Ele plantou o Evangelho aqui em toda a sua plenitude, riqueza, poder e bênção; que eles tiveram Apóstolos, Profetas, Pastores, Mestres e Evangelistas; a mesma ordem, o mesmo sacerdócio, as mesmas ordenanças, dons, poderes e bênçãos que desfrutava o continente oriental, que as pessoas foram desarraigadas por causa de suas transgressões, que o último dos profetas que existiu entre eles foi ordenado a escrever um resumo de suas profecias, história, etc., e escondê-lo na terra, e que ele surgiria e seria unido à Bíblia para o cumprimento dos propósitos de Deus nos últimos dias. Para um relato mais detalhado, aconselho a leitura do Livro de Mórmon, que pode ser adquirido em Nauvoo ou com um de nossos Élderes Viajantes.

Assim que a notícia dessa descoberta foi divulgada, começaram a ser espalhados falsos relatos, mentiras e calúnias, como nas asas do vento, em todas as direções; nossa casa foi freqüentemente atacada por agitadores e pessoas com más intenções. Em várias ocasiões, atiraram em mim, e escapei por pouco. Foram empregados todos artifícios para tirarem as placas de mim; mas o poder e a bênção de Deus estavam comigo, e muitos começaram a crer em meu testemunho.

No dia 6 de abril de 1830, a ‘Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias’ foi organizada pela primeira vez no município de Fayette, condado de Seneca, estado de Nova York. Alguns poucos foram chamados e ordenados pelo Espírito de revelação e profecia, e começaram a pregar conforme o Espírito lhes ordenava. Embora fracos, foram fortalecidos pelo poder de Deus, e muitos foram levados ao arrependimento, imersos na água e encheram-se do Espírito Santo pela imposição de mãos. Tiveram visões e profetizaram, expulsaram demônios e curaram doentes pela imposição de mãos. Desde aquela época, a obra progrediu com espantosa rapidez, e em breve foram formadas igrejas nos estados de Nova York, Pensilvânia[,] Ohio, Indiana, Illinois e Missouri. No estado de Missouri, foi criada uma colônia de tamanho considerável no condado de Jackson. Muitas pessoas filiaram-se à Igreja e crescemos rapidamente. Compramos terras, nossas fazendas produziram abundantemente, e havia paz e felicidade em nossos lares e por toda a vizinhança. Mas como não podíamos nos associar a nossos vizinhos (que eram, em muitos casos, homens extremamente desprezíveis que tinham fugido da face da sociedade civilizada para a região da fronteira a fim de escapar das mãos da justiça) em suas orgias noturnas, suas violações do Dia do Senhor, eles acabaram reunindo-se em uma turba e queimaram nossas casas, açoitaram e cobriram de piche e penas muitos de nossos irmãos e, por fim, em oposição à lei, justiça e humanidade, expulsaram-nos de nossas casas. Sem teto e sem terra, tivemos de caminhar pelas campinas desoladas, até nossos filhos deixarem rastros de sangue pela pradaria. Isso aconteceu no mês de novembro, e ficamos sem nenhuma proteção a não ser o céu nessa época inclemente do ano. Essas ações foram ignoradas pelo governo, e embora tivéssemos escrituras de propriedade e não tivéssemos quebrado nenhuma lei, não conseguimos receber nenhuma indenização.

Havia muitos enfermos que foram desumanamente expulsos de suas casas e tiveram que suportar todos esses maus-tratos e procurar uma casa onde não havia nenhuma. O resultado foi que, tendo sido privados dos confortos da vida e das necessidades básicas, muitos morreram; muitas crianças ficaram órfãs, muitas mulheres, viúvas, e maridos, viúvos; os arruaceiros apossaram-se de nossas fazendas, muitos milhares de bois, ovelhas, cavalos e porcos foram roubados, e nossos pertences, mercadorias e nossa prensa e os tipos foram quebrados, roubados ou destruídos.

Muitos de nossos irmãos mudaram-se para o condado de Clay, onde permaneceram por três anos, até 1836; não sofreram ataques, mas foram ameaçados. Mas no verão de 1836 essas ameaças começaram a tornar-se mais sérias. Depois das ameaças, foram convocadas reuniões públicas, resoluções foram tomadas, surgiram ameaças de vingança e destruição, e as coisas novamente tomaram um rumo atemorizante. O condado de Jackson tinha sido um precedente que bastava, e como as autoridades daquele condado não interferiram, eles se vangloriaram dizendo que o mesmo aconteceria ali. O apelo às autoridades comprovou essa alegação, e depois de passar por muitas privações e perder nossas propriedades, fomos novamente expulsos de nossas casas.

Depois disso, estabelecemo-nos nos condados de Caldwell e Daviess, onde criamos grandes e amplas comunidades, pensando estarmos livres da opressão ao estabelecermos novos condados com muito poucos habitantes neles; mas não nos permitiram viver em paz. Em 1838, fomos novamente atacados por turbas enfurecidas, uma ordem de extermínio foi promulgada pelo governador Boggs, e com a aprovação da lei, um grupo organizado de bandidos passou a agir em toda a região, roubando nosso gado, nossas ovelhas, porcos, etc. Muitos dos nossos foram assassinados a sangue frio. A castidade de nossas mulheres foi violada, e fomos forçados a assinar a transferência de nossas propriedades à ponta da espada; e depois de sofrer todas as indignidades possíveis que nos foram impostas por um grupo desumano e infame de bandidos, cerca de mil e duzentas a mil e quinhentas almas, homens, mulheres e crianças, foram expulsas de seu próprio lar e de terras das quais possuíamos escritura de propriedade, ficando sem terras, sem amigos e sem teto (no meio do inverno), tendo de vagar como exilados ou procurar abrigo em um local mais amistoso, entre pessoas menos selvagens. Muitos ficaram doentes e morreram devido ao frio e às intempéries que tiveram de enfrentar. Muitas mulheres ficaram viúvas, e muitas crianças, órfãs e desamparadas. Eu precisaria de muito mais tempo do que me é permitido para descrever a injustiça, as barbaridades, os assassinatos e derramamentos de sangue, o roubo, a miséria e a dor que foram causados pelas ações selvagens, desumanas e ilegais que foram cometidas no Estado de Missouri.

Na situação que acabei de descrever, chegamos ao Estado de Illinois em 1839, onde encontramos um povo hospitaleiro e um lar acolhedor: um povo que estava disposto a ser governado pelos princípios da lei e da humanidade. Começamos a construir uma cidade chamada ‘Nauvoo’, no condado de Hancock. Somos aproximadamente seis a oito mil pessoas aqui, além de um número muito grande residindo nos arredores do condado e em quase todo condado do estado. Foi-nos concedida a autorização para fundarmos uma cidade e criarmos uma Legião, cujas tropas hoje possuem um total de mil e quinhentos homens. Temos também autorização legal para criarmos uma Universidade, uma Sociedade de Agricultura e Manufatura, temos nossas próprias leis e administradores, e possuímos todos os privilégios desfrutados por outros cidadãos livres e instruídos.

A perseguição não interrompeu o progresso da verdade, mas simplesmente o incentivou, e ela tem-se espalhado de modo cada vez mais rápido. Tendo orgulho da causa que abraçamos e cônscios de nossa inocência, e da verdade de seu sistema, em meio às calúnias e rejeições, os Élderes desta Igreja saíram e plantaram o Evangelho em quase todos os estados da União; ele penetrou em nossas cidades, espalhou-se por nossas vilas e fez com que milhares de nossos inteligentes, nobres e patrióticos cidadãos obedecessem a seus divinos mandamentos e fossem governados por suas sagradas verdades. Ele também se espalhou pela Inglaterra, Irlanda, Escócia e País de Gales, para onde, no ano de 1840, foram enviados alguns de nossos missionários. Mais de cinco mil se uniram ao Estandarte da Verdade. Há um grande número de pessoas que se estão filiando agora em toda parte.

Nossos missionários estão indo para diversos países, e na Alemanha, Palestina, Nova Holanda, Austrália, Índias Orientais e em outros lugares, o Estandarte da Verdade foi erguido; a mão do ímpio não conseguirá impedir que o trabalho progrida; pode haver perseguições, multidões iradas podem se reunir, exércitos podem ser convocados, a calúnia pode difamar, mas a verdade de Deus prosseguirá adiante, destemida, nobre e independente, até que tenha penetrado todo continente, visitado todas as regiões, varrido todos os países, soado em todos os ouvidos, até que os propósitos de Deus sejam cumpridos e o Grande Jeová declare estar concluído o trabalho.

Cremos em Deus, o Pai Eterno, e em Seu Filho, Jesus Cristo, e no Espírito Santo.

Cremos que os homens serão punidos por seus próprios pecados e não pela transgressão de Adão.

Cremos que, por meio da Expiação de Cristo toda a humanidade pode ser salva por obediência às leis e ordenanças do Evangelho.

Cremos que os primeiros princípios e ordenanças do Evangelho são: primeiro, Fé no Senhor Jesus Cristo; segundo, Arrependimento; terceiro, Batismo por imersão para remissão de pecados; quarto, Imposição de mãos para o dom do Espírito Santo.

Cremos que um homem deve ser chamado por Deus, por profecia e pela imposição de mãos, por quem possua autoridade, para pregar o Evangelho e administrar suas ordenanças.

Cremos na mesma organização que existia na igreja Primitiva, isto é, apóstolos, profetas, pastores, mestres, evangelistas, etc.

Cremos no dom de línguas, profecia, revelação, visões, cura, interpretação de línguas, etc.

Cremos ser a Bíblia a palavra de Deus, desde que esteja traduzida corretamente; também cremos ser o Livro de Mórmon a palavra de Deus.

Cremos em tudo o que Deus revelou, em tudo o que Ele revela agora e cremos que Ele ainda revelará muitas coisas grandiosas e importantes relativas ao Reino de Deus.

Cremos na coligação literal de Israel e na restauração das Dez Tribos; que Sião (a Nova Jerusalém) será construída no continente americano; que Cristo reinará pessoalmente na Terra; e que a Terrá será renovada e receberá sua glória paradisíaca.

Pretendemos o privilégio de adorar a Deus Todo-Poderoso de acordo com os ditames de nossa própria consciência; e concedemos a todos os homens o mesmo privilégio, deixando-os adorar como, onde ou o que desejarem.

Cremos na submissão a reis, presidentes, governantes e magistrados; na obediência, honra e manutenção da lei.

Cremos em ser honestos, verdadeiros, castos, benevolentes, virtuosos e em fazer o bem a todos os homens; na realidade, podemos dizer que seguimos a admoestação de Paulo: Cremos em todas as coisas, confiamos em todas as coisas, suportamos muitas coisas e esperamos ter a capacidade de tudo suportar. Se houver qualquer coisa virtuosa, amável, de boa fama ou louvável, nós a procuraremos.

Respeitosamente, etc., Joseph Smith” (History of the Church, 4:536–541.)

Como as Regras de Fé Se Tornaram Parte das Escrituras?

“Em 1851, as Regras de Fé foram incluídas na primeira edição da Pérola de Grande Valor publicada pela Missão Britânica. Depois que a Pérola de Grande Valor foi revisada em 1878 e canonizada em 1880, as Regras de Fé tornaram-se doutrina oficial da Igreja.” (História da Igreja na Plenitude dos Tempos, p. 257.)

Qual É o Significado das Regras de Fé?

As Regras de Fé podem ajudar os membros da Igreja a explicar e defender muitos princípios do evangelho. O Élder L. Tom Perry, membro do Quórum dos Doze Apóstolos, disse:

“Como seria bom se todos os membros da Igreja decorassem as Regras de Fé e conhecessem os princípios que elas contêm! Estaríamos muito mais preparados para falar do evangelho às pessoas. (…)

Elas contêm afirmações simples e diretas dos princípios de nossa religião e constituem a forte evidência da inspiração divina que possuía o Profeta Joseph Smith.

Exorto todos vocês a estudarem as Regras de Fé e as doutrinas que ensinam. (…) Se vocês as usarem como guia para orientar seus estudos da doutrina do Salvador, estarão preparados para prestar seu testemunho da verdadeira Igreja restaurada do Senhor. Serão capazes de declarar com convicção: ‘Cremos nessas coisas.’” (A Liahona, julho de 1998, pp. 24, 26.)

REGRAS DE FÉ 1:1–4

DEUS E SEU PLANO DE SALVAÇÃO

Regras de Fé 1:1. Três Seres Separados e Distintos

O Élder Dallin H. Oaks, membro do Quórum dos Doze Apóstolos, disse:

“Do mesmo modo que o resto da cristandade, nós acreditamos na Trindade do Pai, Filho e Espírito Santo. Contudo, testificamos que esses três membros da Trindade são seres separados e distintos. Também testificamos que Deus, o Pai, não é apenas um espírito, mas uma pessoa glorificada que tem um corpo tangível, assim como Seu Filho ressuscitado, Jesus Cristo. (…)

(…) muitos cristãos rejeitam as idéias de um Deus individual e tangível e da Trindade formada por três seres separados. Acreditam que Deus é um espírito e que a Trindade é um só Deus. (…)

O conflito entre o mundo especulativo da filosofia grega e a fé e prática simples e literal dos primeiros cristãos produziu sérias contendas que ameaçavam agravar as divisões políticas do império romano, que se fragmentava. Isso levou o Imperador Constantino a convocar o primeiro concílio da igreja, em 325 d. C. A realização do concílio de Nicéia representa o evento isolado mais importante após a morte dos Apóstolos para a formulação do moderno conceito cristão da deidade. O Credo de Nicéia apagou o conceito do Pai e do Filho como seres separados, definindo Deus, o Filho, como sendo ‘a mesma substância que o Pai’.

Outros concílios se seguiram e, com as decisões e escritos de clérigos e filósofos, surgiu uma mistura de filosofia grega e doutrina cristã, na qual os cristãos ortodoxos daquela época perderam a plenitude da verdade a respeito da natureza de Deus e da Trindade. Persistem conseqüências nos vários credos do cristianismo que proclamam uma Trindade de apenas um ser e descrevem esse único ser ou Deus como ‘incompreensível’ e ‘sem corpo, partes ou paixões’. Uma das características distintas da doutrina da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é sua rejeição de todos esses credos pós-bíblicos. (…)

A Primeira Visão de Joseph Smith mostrou que os conceitos da época a respeito da natureza de Deus e da Trindade eram falsos e não poderiam levar seus adeptos ao destino que Deus desejava para eles.

(…) Compreendemos os fundamentos que Ele revelou a respeito de Si próprio e dos outros membros da Trindade. E esse conhecimento é essencial para nossa compreensão do propósito da vida mortal e de nosso destino eterno comos seres ressurretos após a vida mortal.” (A Liahona, julho de 1995, pp. 89–91.)

Regras de Fé 1:1. “Deus, o Pai Eterno”

Em sua proclamação doutrinária de 1916, a Primeira Presidência e o Quórum dos Doze Apóstolos declararam: “Deus, o Pai Eterno, a quem chamamos pelo exaltado nome-título ‘Eloim’, é literalmente o Pai de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo e dos espíritos da raça humana”. (“The Father and the Son”, Improvement Era, agosto de 1916, p. 934.)

O Presidente Brigham Young disse:

“Quero dizer a cada um de vocês que todos conhecemos muito bem Deus, nosso Pai Celestial, ou o grande Eloim. Todos O conhecemos muito bem, porque não há nenhuma alma que não tenha morado na casa Dele e vivido com Ele ano após ano; mas embora estejamos procurando conhecê-Lo, a verdade é que simplesmente nos esquecemos do que sabíamos. (…)

Não há ninguém aqui hoje que não seja um filho ou uma filha daquele Ser [o Pai Celestial]. No mundo espiritual, nosso espírito foi concebido e formado pela primeira vez, e vivemos com nossos pais por muitas eras, antes de virmos para este mundo.” (Journal of Discourses, 4:216.)

Regras de Fé 1:1. “Seu Filho, Jesus Cristo”

O Presidente Heber J. Grant declarou: “Cremos sem sombra de dúvida que Jesus Cristo é o Filho de Deus, gerado por Deus, o primogênito em espírito e o unigênito na carne; que Ele é o Filho de Deus, tal como todos somos filhos de nossos respectivos pais”. (“Analysis of the Articles of Faith”, Latter-day Saint’s Millennial Star, 5 de janeiro de 1922, p. 2.)

O Élder Neal A. Maxwell, membro do Quórum dos Doze Apóstolos, testificou:

“Seja ele denominado de Criador, Unigênito, Príncipe da Paz, Advogado, Mediador, Filho de Deus, Salvador, Messias, Autor e Realizador da Salvação, Rei dos Reis—testemunho que Jesus Cristo é o único nome debaixo dos céus pelo qual nos podemos salvar! (Ver D&C 18:23.)

Testifico que ele é absolutamente incomparável no que é, no que sabe, no que realizou e no que viveu. Ainda assim nos chama gentilmente de amigos. (Ver João 15:15.)” (Conference Report, outubro de 1981, p. 9 ou Ensign, novembro de 1981, p. 8.)

Regras de Fé 1:1. O Espírito Santo

O Élder Spencer W. Kimball, quando era membro do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou:

“O Espírito Santo é um revelador. Toda alma digna tem direito de receber revelação, e ela vem por meio do Espírito Santo. Ao despedir-se dos lamanitas, Morôni diz:

‘E pelo poder do Espírito Santo podeis saber a verdade de todas as coisas’. (Morôni 10:5) Ele é um relembrador e nos fará recordar as coisas que aprendemos e de que necessitamos no momento. É um inspirador e colocará palavras em nossa boca, iluminará nosso entendimento e guiará nossos pensamentos. É um testificador e nos prestará testemunho da divindade do Pai e do Filho e de Sua missão e do programa que nos deram. É um mestre e irá aumentar nosso conhecimento. É um companheiro e irá caminhar a nosso lado, inspirar-nos por todo o caminho, guiar nossos passos, impedir nossas fraquezas, fortalecer nossa resolução e revelar-nos metas e propósitos justos.” (“The Fourth Article of Faith”, The Instructor, abril de 1955, pp. 108–109.)

Regras de Fé 1:2. A Transgressão de Adão e Eva

O Élder James E. Faust, quando era membro do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou:

”Devido à sua transgressão, Adão e Eva, tendo desistido de seu estado de inocência (ver 2 Néfi 2:23–25), foram banidos da presença de Deus. Isso é conhecido em toda cristandade como a Queda, ou a transgressão de Adão. Trata-se de uma morte espiritual, porque Adão e Eva foram afastados da presença de Deus e receberam o arbítrio ‘para agirem por si mesmos e não para receberem a ação’. (2 Néfi 2:26) Receberam ainda o grande poder da procriação, a fim de poderem cumprir o mandamento de ‘[multiplicarem-se] e [encherem] a terra’ e ter alegria em sua posteridade. (Gênesis 1:28)

Toda a posteridade deles foi igualmente banida da presença de Deus. (Ver 2 Néfi 2:22–26.) Entretanto, a posteridade de Adão e Eva era inocente quanto ao pecado original, pois não teve parte nele. Seria, portanto, injusto que a humanidade inteira sofresse eternamente pela transgressão de seus primeiros pais, Adão e Eva. Tornou-se necessário desfazer tal injustiça; daí a necessidade do sacrifício expiatório de Jesus em Seu papel de Salvador e Redentor. Devido ao ato transcendental da Expiação, tornou-se possível toda alma receber perdão dos pecados, que podem ser lavados e esquecidos.” (Conference Report, outubro de 1988, pp. 13–14; ou Ensign, novembro de 1988, p. 12.)

Regras de Fé 1:2. Castigo por Nossos Próprios Pecados

O Élder Dallin H. Oaks disse:

“Para desfrutarmos do vivificante triunfo de nosso Salvador sobre a morte espiritual que sofremos por causa de nossos próprios pecados, precisamos seguir as condições por Ele prescritas. Como Ele nos disse em uma revelação moderna: ‘Eu, Deus, sofri essas coisas por todos para que não precisem sofrer caso se arrependam;

Mas se não se arrependerem, terão de sofrer assim como eu sofri’. (D&C 19:16–17).” (Conference Report, outubro de 1987, p. 77; ou Ensign, novembro de 1987, p. 65.)

Regras de Fé 1:3.”Por Meio da Expiação de Cristo”

O Élder David B. Haigh, membro do Quórum dos Doze Apóstolos, testificou:

”Cremos que Cristo veio ao mundo para redimir a humanidade da morte temporal e espiritual trazida ao mundo com a queda de Adão, que pelo derramamento de Seu sangue inocente a imortalidade é concedida a toda família humana e que aqueles que crerem e obedecerem a Suas leis terão a vida eterna.

A salvação é concedida nos mesmos termos e condições em todas as épocas. Os homens precisam ter fé Nele, arrepender-se dos pecados, ser batizados em Seu nome, receber o dom do Espírito Santo e permanecer firmes para ganharem a vida eterna.

O Senhor enviou seus santos profetas a todos os homens em todas as épocas para declararem essas coisas, do mesmo modo que faz hoje. (Ver Mosias 3:13)” (Conference Report, abril de 1988, pp. 24–25; ou Ensign, maio de 1988, p. 22.)

O Élder James E. Faust, quando era membro do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou: “Existe uma diferença entre imortalidade, ou existência eterna, e vida eterna que significa ter um lugar na presença de Deus. Todos os homens, justos ou injustos, retos ou iníquos, fazem jus à imortalidade pela graça de Jesus Cristo. A vida eterna, entretanto, ‘é o maior de todos os dons de Deus’. (D&C 14:7) E nós alcançamos esse grandioso dom, segundo o Senhor, ‘se [guardarmos Seus] mandamentos e [perseverarmos] até o fim’. Se assim o fizermos, a promessa é de que ‘[teremos] vida eterna’”. (D&C 14:7) (Conference Report, outubro de 1988, p. 14; ou Ensign, novembro de 1988, p. 12.)

Regras de Fé 1:3. Obediência a Deus

O Profeta Joseph Smith disse: “(…) para conseguir a salvação, não nos basta fazer apenas algumas coisas, mas tudo o que Deus ordenou. Os homens podem pregar e praticar tudo, mas, se não fizerem as coisas que Deus nos mandou fazer, no fim serão condenados. (…) O meu objetivo é obedecer e ensinar outros a obedecer a Deus, precisamente nas coisas que Ele nos ordena. Não importa que o princípio seja popular ou impopular, sempre apoiarei um princípio verdadeiro, mesmo que tenha de apoiá-lo sozinho”. (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, p. 324.).

Regras de Fé 1:3. As Leis e Ordenanças do Evangelho

O Élder ElRay L. Christiansen, que foi Assistente do Quórum dos Doze Apóstolos, disse:

“Se guardarmos as leis e convênios do batismo e honrarmos o sacerdócio e seus convênios, então nos será permitido entrar no templo do Senhor e ali novamente fazer convênios com Ele, os quais nos qualificarão para a plenitude da alegria no reino de nosso Pai, caso sejam cumpridos; e para sermos investidos com poderes, direitos, bênçãos e promessas de bênçãos que adornarão nossa vida e nos abençoarão eternamente, proporcionando-nos uma alegria que está além de nosso poder de compreensão.

(…) Que grande esperança, certeza e alegria isso traria ao coração dos homens!” (Conference Report, abril de 1955, p. 30.)

Regras de Fé 1:4. Os Primeiros Princípios e Ordenanças do Evangelho

O Profeta Joseph Smith ensinou: “O batismo é um sinal a Deus, aos anjos e aos céus de que cumprimos a vontade de Deus; e não há outro modo abaixo dos céus que Deus tenha ordenado para que o homem chegue a Ele e seja salvo em Seu reino, senão pela fé em Jesus Cristo, o arrependimento e o batismo para a remissão dos pecados; de qualquer outro modo será em vão e, se cumprirdes com essa ordenança, tereis a promessa do dom do Espírito Santo”. (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, p. 194.)

Regras de Fé 1:4. Fé no Senhor Jesus Cristo

O Presidente Joseph Fielding Smith escreveu: “O primeiro princípio do evangelho é fé no Senhor Jesus Cristo; e logicamente, não vamos ter fé no Senhor Jesus Cristo sem ter fé em Seu Pai. Então, se temos fé em Deus, o Pai, e no Filho, e somos guiados como deveríamos ser pelo Espírito Santo, teremos fé nos servos do Senhor por intermédio dos quais Ele fala”. (Doutrinas de Salvação, 2:299.)

Regras de Fé 1:4. Arrependimento

O Presidente Joseph F. Smith ensinou: “O verdadeiro arrependimento não é apenas a tristeza pelos pecados e a humilde penitência e contrição perante Deus, mas inclui a necessidade de afastar-nos do pecado, de abandonarmos todas as práticas e ações maléficas, uma total mudança de vida, uma mudança vital do mal para o bem, do vício para a virtude, das trevas para a luz. Não apenas isso, mas reparar, na medida do possível, todas as coisas erradas que fizemos, pagar nossas dívidas e restituir a Deus, e ao homem todos os seus direitos, tudo o que devemos”. (Doutrina do Evangelho, p. 90.)

O Élder James E. Talmage, quando era membro do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou: “Quanto mais intencional for o pecado, mais se dificulta o arrependimento. Mediante a humildade e um coração contrito, os pecadores podem aumentar a fé em Deus e obter Dele, deste modo, o dom do arrependimento. À medida que demora, a capacidade de arrependimento vai-se enfraquecendo; o passar por alto as oportunidades para com as coisas santas produz a incapacidade de arrependimento”. (Regras de Fé, p. 98.)

Regras de Fé 1:4. Batismo por Imersão para a Remissão de Pecados

O Élder Joseph F. Smith, quando era membro do Quórum dos Doze Apóstolos, disse: “Batismo significa imersão na água, e deve ser ministrado por alguém que possua autoridade, em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. O batismo sem autoridade divina não é válido. É um símbolo do sepultamento e da ressurreição de Jesus Cristo, e precisa ser feito à semelhança disso”. (Journal of Discourses, 19:190.)

O Élder Richard G. Scott, quando era membro do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou: “Quando uma alma arrependida é batizada, todos os seus pecados anteriores são perdoados e não precisam ser lembrados. Quando o arrependimento for completo e a pessoa estiver limpa, surgirá uma nova visão da vida e de suas gloriosas possibilidades. Como é maravilhosa a promessa do Senhor: ‘Eis que aquele que se arrependeu de seus pecados é perdoado e eu, o Senhor, deles não mais me lembro’. O Senhor é, e sempre será, fiel a Suas palavras”. (A Liahona, julho de 1995, pp. 81–82.)

O Élder James E. Talmage escreveu: “O objetivo especial do batismo é proporcionar a entrada na Igreja de Cristo, com a remissão dos pecados. Que necessidade há de multiplicar palavras para comprovar o valor desta ordenança divinamente determinada? Que melhor dom se poderia oferecer à raça humana que um meio seguro de obter perdão da transgressão? A justiça proíbe que se perdoe universal e incondicionalmente os pecados cometidos, salvo mediante a obediência à lei decretada; porém, são providos meios simples e eficazes pelos quais o pecador arrependido pode fazer um convênio com Deus—ratificando o dito convênio com o sinal que é reconhecido nos céus—de que se sujeitará às leis de Deus; desta maneira se coloca a si mesmo dentro dos limites da misericórdia, sob cuja influência protetora pode obter a vida eterna”. (Regras de Fé, pp. 117–118.)

Regras de Fé 1:4. A Imposição de Mãos para o Dom do Espírito Santo

O Senhor disse que um dos deveres dos élderes da Igreja é o de “confirmar os que são batizados na igreja, pela imposição de mãos para o batismo de fogo e do Espírito Santo, de acordo com as escrituras”. (D&C 20:41) O Élder Bruce R. McConkie, membro do Quórum dos Doze Apóstolos, disse: “Não há dom maior que se possa receber e usufruir na mortalidade do que o dom do Espírito Santo, que é o direito da companhia constante desse membro da Trindade e que só pode ser desfrutado sob condições de retidão pessoal”. (Conference Report, abril de 1953, p. 76.) O Élder Richard G. Scott, quando era membro dos Setentas, declarou que “por meio desse dom podemos receber a verdade pura para guiar nossa vida, conselho divino para resolver nossos problemas e até o poder de Deus para vencer obstáculos”. (Conference Report, outubro de 1979, p. 102; ou Ensign, novembro de 1979, p. 70.)

O Élder James E. Faust, quando era membro do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou: “Esse magnífico dom permite que os líderes e todos os membros dignos da Igreja usufruam os dons e a companhia do Espírito Santo, o membro da Trindade cuja função é inspirar, revelar e ensinar ‘todas as coisas’. (Ver João 14:26.) É por isso que (…) a liderança e os membros desta Igreja contam com revelação e inspiração contínuas para dirigi-los no que é bom e correto. (Conference Report, abril de 1980, p. 15; ou Ensign, maio de 1980, p. 12.) O Élder Dallin H. Oaks testificou: “Esse Espírito—o Espírito Santo—é nosso consolador, nosso comunicador, nosso intérprete, nossa testemunha e nosso purificador—Aquele que nos guia de modo infalível e nos santifica para nossa jornada mortal rumo à vida eterna”. (A Liahona, janeiro de 1997, p. 66.)

REGRAS DE FÉ 1:5–13

A IGREJA RESTAURADA DE JESUS CRISTO

Regras de Fé 1:5. “Chamado por Deus, por Profecia”

O Presidente Gordon B. Hinckley, quando era conselheiro na Primeira Presidência, ensinou: “O direito de nomear [membros a chamados na Igreja] pertence ao oficial ou oficiais superiores, em qualquer nível. Mas essa nomeação precisa ser apoiada, ou seja, aceita e confirmada pelos membros da Igreja. Esse procedimento só é encontrado na Igreja do Senhor. Não existe pretensão a um ofício, competição por um cargo, nem há campanha para promover as virtudes da pessoa. Comparai a maneira do Senhor com a do mundo. A maneira do Senhor é tranqüila e pacífica, sem fanfarras nem despesas financeiras. É desprovida de egoísmo, vaidade ou ambição. No plano do Senhor, os que têm a responsabilidade de escolher oficiais são guiados por uma pergunta que prevalece sobre tudo: ‘Quem o Senhor escolheria?’ A seleção é feita em silêncio e após meditação. Muitas orações são feitas até se receber a confirmação do Santo Espírito de que a escolha é a certa”. (A Liahona, julho de 1994, pp.63–64.)

A respeito dos chamados feitos na Igreja, o Élder Boyd K. Packer disse: “Todo membro da Igreja pode, em oração, receber confirmação de que a quinta Regra de Fé está sendo honrada”. (Conference Report, abril de 1985, p. 45; ou Ensign, maio de 1994, p. 53.)

Regras de Fé 1:5. Chamado por Deus pela Imposição de Mãos

O Élder Boyd K. Packer disse: “O sacerdócio não lhe pode ser conferido como um diploma. Não lhe pode ser passado como um certificado. Não pode ser entregue como uma mensagem ou enviado como uma carta. Ele só pode ser concedido pela devida ordenação. Um portador do sacerdócio autorizado precisa estar presente. É preciso que ele coloque as mão sobre sua cabeça e o ordene”. (“That All May Be Edified”, 1982, p. 28.)

Regras de Fé 1:5. “Por Quem Possua Autoridade”

O Presidente Joseph F. Smith ensinou: “(…) é necessário que todo ato desempenhado sob essa autoridade o seja na ocasião e local adequados, da maneira correta e de acordo com a ordem certa. O poder de dirigir esses trabalhos constitue-se nas chaves do Sacerdócio. Estas, em sua plenitude, são possuídas apenas por uma pessoa de cada vez, o profeta e presidente da Igreja. Ele pode delegar qualquer parte dessa autoridade a outra pessoa e, no caso, ela passa a possuir as chaves daquela parte do trabalho”. (Doutrina do Evangelho, p. 121.)

A respeito do poder e autoridade do sacerdócio, o Élder Boyk K. Packer disse:

“O poder que vocês irão receber depende do que fizerem com esse dom sagrado e invisível.

Sua autoridade resulta de sua ordenação; seu poder depende de sua obediência e dignidade.” (“That All May Be Edified”, p. 29.)

Regras de Fé 1:6. “A Mesma Organização Que Existia na Igreja Primitiva”

O Élder Ezra Taft Benson, quando era membro do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou:

“Todas as seitas que professam o cristianismo crêem que Jesus Cristo estabeleceu Sua Igreja divina aqui na Terra durante Seu ministério entre os homens. (…)

Ele trouxe uma lei maior, uma lei de amor, o evangelho de amor, e estabeleceu Sua Igreja. Escolheu líderes. Lemos a respeito de apóstolos, setentas, bispos, anciãos, sacerdotes, mestres e diáconos, e um dos membros desse corpo de líderes declarou que esses líderes deveriam permanecer na Igreja para ‘(…) o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; Até que todos cheguemos à unidade da fé’. (Efésios 4:12–13) (…)

Mas mesmo naquela época havia evidências de que uma apostasia estava começando. (…)

A corrupção dos princípios simples do evangelho, a introdução de filosofias pagãs, a adição não autorizada de certas cerimônias criadas pelo homem, mudanças na organização e no governo, tudo isso eram evidências (…).

Então, só ficaram igrejas humanas, sem autoridade, que excomungaram umas às outras. Sem dúvida a apostasia tornou-se completa.

Na condição de Igreja restaurada, afirmamos que com o fim da era apostólica, a Igreja desviou-se para uma situação de apostasia, que a sucessão do sacerdócio foi quebrada e que a Igreja, como organização terrena agindo sob direção divina e tendo autoridade para oficiar nas ordenanças espirituais, deixou de existir.” (Conference Report, outubro de 1949, pp. 23-26.)

O Élder David B. Haight disse: “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias proclama ao mundo que é a igreja restaurada de Cristo. Essa restauração se fez necessária porque os profetas e apóstolos, que eram o fundamento da igreja primitiva do Senhor, foram mortos ou retirados da terra. A Igreja, hoje, está edificada sobre o fundamento de profetas e apóstolos, tendo Jesus Cristo como principal pedra de esquina. Portanto, não se trata de uma reforma, revisão, reorganização ou mera seita. Ela é a Igreja de Jesus Cristo restaurada nestes últimos dias”. (Conference Report, abril de 1986, p. 7; Ensign, maio de 1986, p. 7)

Regras de Fé 1:6. Apóstolos

O Presidente Gordon B. Hinckley explicou:

“O termo apóstolo significa em sua origem, literalmente ‘enviado’. Se a definição dissesse ‘um enviado com determinada autoridade e responsabilidade’, descreveria exatamente o chamado na época em que nosso Senhor andou pela Terra, e conforme continua sendo hoje. (…)

Quando [os primeiros Apóstolos desta dispensação foram escolhidos], eles foram convocados para uma reunião em Kirtland, em 27 de fevereiro de 1835. Nessa reunião Oliver Cowdery serviu como secretário e escreveu na ata:

‘O Presidente Smith formulou a seguinte pergunta: O que há de tão importante no chamado dos Doze que o torna diferente dos chamados dos demais oficiais da Igreja?

Depois que (…) discutiram a pergunta (…) o Presidente Joseph Smith Júnior tomou a seguinte decisão:

Os Doze Apóstolos, que são chamados ao ofício de Sumo Conselho Viajante, é que presidem os ramos da Igreja dos santos entre os gentios, onde não haja uma presidência estabelecida; e devem viajar e pregar entre os gentios, até que o Senhor os mande ir aos judeus. Eles possuem as chaves desse ministério, de abrir a porta do reino dos céus a todas as nações, e de pregar o evangelho a toda criatura. Esse é o poder, autoridade e virtude do seu apostolado.’” (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, p. 72.)

Conforme o especificado em revelações posteriores, os apóstolos servem sob a direção da Primeira Presidência e atuam como ‘testemunhas especiais do nome de Cristo no mundo todo’. (D&C 107:23)

“Quando necessitam de auxílio no cumprimento do dever, recorrem aos setentas e depois a outros, conforme as circunstâncias exigirem.” (Conference Report, abril de 1984, pp. 73–75; ou Ensign, maio de 1984, pp. 50–51.)

Regras de Fé 1:6. Profetas

O Élder Hugh B. Brown, que na época era Assistente do Quórum dos Doze Apóstolos, descreveu o seguinte “perfil de um profeta”:

“As seguintes características devem distinguir um homem que declare ser profeta.

  1. Ele proclamará destemidamente que Deus falou por intermédio dele.

  2. Todo homem que assim o declarar deve ser um homem digno que transmita uma mensagem digna; sem mover mesas, sem sussurros de mortos, sem clarividência, mas uma declaração inteligente da verdade.

  3. Todo homem que alegue ser profeta de Deus deve declarar sua mensagem sem temor e sem fazer a menor concessão à opinião pública.

  4. Se ele estiver falando em nome de Deus, não deve fazer concessões, embora o que ele ensine seja novo e contrário aos ensinamentos aceitos em sua época. Um profeta presta testemunho do que viu e ouviu, raramente procurando vencer um debate por meio de argumentação. Sua mensagem é o que importa, não ele próprio.

  5. Esse homem deve falar em nome do Senhor dizendo: ‘Assim diz o Senhor’, como fizeram Moisés, Josué e outros.

  6. Esse homem deve predizer acontecimentos futuros em nome do Senhor, e eles devem cumprir-se, como aconteceu no caso de Isaías e Ezequiel.

  7. Ele deve ter não apenas uma mensagem importante para a sua época, mas freqüentemente uma mensagem para todo o futuro, como aconteceu com Daniel, Jeremias e outros.

  8. Ele deve ter suficiente coragem e fé para suportar perseguições e dar a vida, se necessário, pela causa que abraçou, como Pedro, Tiago, Paulo e outros.

  9. Esse homem deve denunciar a iniqüidade sem temor. Ele geralmente será rejeitado ou perseguido pelas pessoas de sua época, mas gerações posteriores e os descendentes de seus perseguidores erguerão monumentos em sua honra.

  10. Ele deve ser capaz de fazer coisas sobre-humanas, coisas que nenhum homem poderia fazer sem a ajuda de Deus. As conseqüências ou resultados de sua mensagem e obra devem ser uma evidência convincente de seu chamado profético. ‘Pelos seus frutos os conhecereis’.

  11. Seus ensinamentos devem estar em estrita conformidade com as escrituras e suas palavras e escritos devem tornar-se escritura.” (The Profile of a Prophet, pp. 5–6.)

Regras de Fé 1:6. Pastores (Bispos)

O Élder Bruce R. McConkie ensinou: “O bispo é o supervisor, pastor e juiz de seu rebanho”. (A New Witness for the Articles of Faith, p. 352.)

O Élder Robert D. Hales, membro do Quórum dos Doze Apóstolos, disse: “Todos os membros da Igreja podem recorrer ao bispo quando precisam de ajuda, sentindo-se seguros em seu amor e tendo confiança de seguir seu conselho. O bispo aprende a não julgar as pessoas segundo um padrão de perfeição. Mas aprende, sim, a regozijar-se com aqueles que preside por todo progresso que consigam fazer”. (Conference Report, abril de 1985, p. 36; ou Ensign, maio de 1985, p. 29.)

Regras de Fé 1:6. Mestres

O Élder David O. McKay, quando era membro do Quórum dos Doze Apóstolos, disse: “Não há responsabilidade maior que um homem possa ter do que a de ser mestre dos filhos de Deus”. (Conference Report, outubro de 1916, p. 57.)

Regras de Fé 1:6. Evangelistas (Patriarcas)

O Presidente Thomas S. Monson, conselheiro na Primeira Presidência, explicou:

“O mesmo Senhor que deu uma Liahona a Leí nos proporciona hoje uma dádiva rara e valiosa para orientar nossa vida, que aponta os perigos que ameaçam nossa segurança e que traça o caminho, uma passagem segura, não para uma terra prometida, mas para nosso lar celestial. A dádiva a que me refiro é conhecida como sua bênção patriarcal. Todo membro digno da Igreja tem o direito de receber esse tesouro pessoal, precioso e inestimável.

‘A bênção patriarcal’, escreveu a Primeira Presidência numa carta aos presidentes de estaca, ‘contém uma declaração inspirada sobre a linhagem daquele que a recebe e, conforme o Espírito ditar, uma orientação inspirada e profética sobre a missão da pessoa nesta vida, juntamente com as bênçãos, advertências e admoestações que o patriarca sentir-se impelido a transmitir para a realização dessa missão, lembrando sempre que a realização de todas as bênçãos prometidas está condicionada à fidelidade da pessoa ao evangelho de nosso Senhor, de quem o patriarca é servo’. (Carta da Primeira Presidência aos presidentes de estaca, 28 de junho de 1958.)

Quem é esse homem, esse patriarca, por meio de quem fluem essa visão e esse poder do sacerdócio? Como ele é chamado? O Conselho dos Doze Apóstolos tem uma responsabilidade especial em relação ao chamado desses homens. Por experiência própria, testifico que os patriarcas são chamados por Deus por meio de profecia. De que outro modo nosso Pai Celestial poderia revelar a quem esses poderes proféticos devem ser concedidos? O patriarca tem um ofício ordenado no Sacerdócio de Melquisedeque. O ofício do patriarca, contudo, relaciona-se a bênçãos e não à administração. Nunca chamei um homem para esse sagrado ofício sem ter sentido a influência orientadora do Senhor na decisão.” (Conference Report, outubro de 1986, pp. 81–82; ou Ensign, novembro de 1986, p. 65.)

Regras de Fé 1:7. Dons do Espírito

O Élder Bruce R. McConkie escreveu:

“Pela graça de Deus, depois da devoção, fé e obediência por parte do homem, são concedidas ao homem certas bênçãos espirituais chamadas de dons do Espírito. Sua concessão sempre depende da obediência à lei, mas como estão à livre disposição de todos os obedientes, são chamados de dons. (…)

Seu propósito é iluminar, incentivar e edificar os fiéis, para que herdem paz nesta vida e sejam guiados rumo à vida eterna no mundo vindouro. Sua existência é uma prova da divindade da obra do Senhor.” (Mormon Doctrine, p. 314.)

O Profeta Joseph Smith ensinou: “Paulo disse: ‘A um é dado o dom das línguas; a outro profetizar e a outro o dom da cura’; e novamente: ‘São todos profetas? (…) falam todos diversas línguas? (…) interpretam todos?’ Isso evidentemente indica que nem todos possuíam esses diversos poderes, mas que um recebia um dom, e o outro recebia outro; e nem todos profetizavam, nem todos falavam em línguas, nem todos operavam milagres; porém, todos recebiam o dom do Espírito Santo. Nos dias dos Apóstolos, às vezes, as pessoas falavam em línguas e profetizavam, e às vezes, não. O mesmo acontece conosco”. (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, p. 237.)

Regras de Fé 1:7. O Dom de Línguas e a Interpretação de Línguas

O Élder Bruce R. McConkie ensinou que o dom de línguas e a interpretação de línguas são “de dois tipos: (1) aprender a falar línguas estrangeiras, compreender o que é dito por estrangeiros e traduzir o que é escrito em outras línguas; e (2) falar ou compreender línguas estrangeiras e desconhecidas sem premeditação. O primeiro é sem dúvida o mais importante e é conferido com mais freqüência; o segundo tipo é muito mais dramático e pode incluir línguas faladas por pessoas de nossa época ou línguas mortas há muito desconhecidas entre os homens. Alguns falaram, por exemplo, no puro idioma de Adão.

Tanto o dom de línguas quanto o dom de interpretação de línguas são concedidos principalmente para a pregação do evangelho. Os missionários aprendem a língua daqueles com quem trabalham e às vezes recebem a capacidade, por algum tempo, de pregar e compreender sem o trabalho de estudar e o esforço em compreender. (…)

As línguas e sua interpretação são os mais perigosos e mais facilmente imitados de todos os dons de Deus. Os homens podem falar e interpretar por meio de sua capacidade intelectual e assim usar suas aptidões para ensinar mentiras e promover heresias. Lúcifer pode fazer com que seus discípulos passem a proferir um palavreado sem sentido, em línguas conhecidas pelos demônios”. (A New Witness for the Articles of Faith, p. 374.)

Regras de Fé 1:7. Profecia

O Élder James E. Talmage explicou: “Profetizar é receber e manisfestar a palavra de Deus e declarar sua vontade ao povo. A obra de predizer, que tão freqüentente se considera como o único característico essencial da profecia, nada mais é que uma das muitas características desse poder divinamente dado. O profeta tem tanto a ver com o passado como com o que se refere ao presente e ao futuro; pode utilizar seu dom para ensinar, valendo-se da experiência de acontecimentos passados assim como para predizer o que acontecerá. Deus confia seus segredos a Seus profetas, que têm o privilégio de inteirar-se de Seus propósitos e vontade.” (Regras de Fé, p. 201.)

Regras de Fé 1:7. Cura

O Élder James E. Faust, quando era membro do Quórum dos Doze Apóstolos, disse: “(…) acreditamos no dom da cura. Para mim, esse dom abrange tanto a cura do corpo como a do espírito. O Espírito transmite paz à alma. Recebemos esse alívio espiritual quando invocamos os dons espirituais, que são reivindicados e manifestados de várias maneiras. São ricos, plenos e abundantes na Igreja hoje. Fluem do uso adequado e humilde do testemunho. São recebidos pela administração aos doentes, após a unção com óleo consagrado. Cristo é o grande Médico, que levantou dos mortos ‘com o poder de cura em suas asas’ (2 Néfi 25:13), enquanto que o Consolador é o mediador da cura”. (A Liahona, julho de 1992, p. 7.)

Regras de Fé 1:7. Outros Dons Espirituais

O Élder Dallin H. Oaks explicou:

“Na bênção do sacerdócio, o servo do Senhor exerce o sacerdócio conforme movido pelo Espírito Santo, invocando os poderes dos céus em benefício da pessoa que está sendo abençoada. Essas bênçãos são conferidas pelos portadores do Sacerdócio de Melquisedeque, que retém as chaves de todas as bênçãos espirituais da Igreja. (Ver D&C 107:18, 67.)

Há muitos tipos de bênçãos do sacerdócio. À medida que eu der exemplos, lembrem-se, por favor, de que as bênçãos do sacerdócio estão ao alcance de todos os que delas necessitem, mas são dadas somente quando solicitadas.

(…) As bênçãos patriarcais são dadas por um patriarca ordenado.

As pessoas que desejam orientação numa decisão importante podem receber uma bênção do sacerdócio. As pessoas que necessitam de mais poder espiritual para vencer um problema pessoal podem receber uma bênção. As grávidas podem ser abençoadas antes de dar à luz. Muitas famílias SUD recordam-se do momento sagrado em que um pai digno deu uma bênção do sacerdócio a um filho ou filha que estava para se casar. As bênçãos do sacerdócio são muitas vezes solicitadas ao pai antes de os filhos saírem de casa para outros propósitos, como estudar, prestar serviço militar ou fazer uma longa viagem. (…)

Os missionários recém-chamados muitas vezes solicitam uma bênção paterna antes de partirem para o campo. (…)

As bênçãos dadas em condições semelhantes às que acabei de descrever são muitas vezes chamadas de bênçãos de conforto ou conselho. Elas são geralmente proferidas pelo pai ou marido, ou outro élder da família. Elas podem ser gravadas e guardadas nos registros da família para orientação pessoal das pessoas abençoadas.” (Conference Report, abril de 1987, p. 44; ou Ensign, maio de 1987, p. 36.)

Regras de Fé 1:8. Escrituras

O Élder Gene R. Cook, membro dos Setenta, escreveu: “Sou muito grato pelas escrituras. Damos graças ao Senhor por Suas palavras que estão cheias de Seu Espírito. Vocês não encontrarão nada na vida cujos princípios básicos não estejam nas escrituras. A chave do sucesso é compreendê-las e depois compartilhá-las com sua família. Néfi ensinou o valor das escrituras ao dizer: ‘Os anjos falam pelo poder do Espírito Santo; falam, portanto, as palavras de Cristo. Por isto eu vos disse: Banqueteai-vos com as palavras de Cristo; pois eis que as palavras de Cristo vos dirão todas as coisas que deveis fazer’. (2 Néfi 32:3) É evidente que o Senhor realmente nos dará as respostas por meio das escrituras, se as procurarmos”. (Como Criar uma Família para o Senhor, 1993, p. 50.)

Regras de Fé 1:8. A Bíblia É “a Palavra de Deus, Desde Que Esteja Traduzida Corretamente”

Aproximadamente seiscentos anos antes do nascimento de Jesus Cristo, o profeta Néfi previu o surgimento de uma coletânea de escritos sagrados que conhecemos como a Bíblia. (Ver 1 Néfi 13:20–25.) No entanto, Néfi também profetizou a corrupção parcial do texto bíblico. Essas mudanças na Bíblia, de acordo com o que Néfi viu em uma visão, seriam resultado do trabalho da “grande e abominável igreja” que tiraria do livro “muitas partes que são claras e sumamente preciosas; e também muitos convênios do Senhor. (…)

E fizeram tudo isso a fim de perverterem os caminhos retos do Senhor, a fim de cegarem os olhos e endurecerem o coração dos filhos dos homens”. (1 Néfi 13:26–27; ver também vv. 28–29.)

Embora saibamos que a Bíblia sofreu uma certa corrupção textual e que talvez tenha havido outras adições, supressões ou mudanças inadvertidas ao longo dos séculos, ainda podemos confiar que a mão orientadora do Senhor esteve cuidando da sua preservação e que ela tem grande valor para nós hoje em dia. O Presidente Ezra Taft Benson ensinou:

“Eu amo a Bíblia, tanto o Velho quanto o Novo Testamentos. Ela é uma fonte de grandiosas verdades. Ensina-nos a respeito da vida e do ministério do Mestre. Em suas páginas aprendemos que a mão de Deus dirige os interesses de Seu povo, desde o início da história da Terra. Seria difícil subestimar o impacto que a Bíblia teve na história do mundo. Suas páginas abençoaram a vida de muitas gerações.

Mas à medida que as gerações se sucediam, nenhuma outra escritura surgiu para os filhos dos homens. Sem revelações adicionais para guiá-los, os homens começaram a interpretar a Bíblia diferentemente. Numerosas igrejas e credos se desenvolveram, cada uma delas utilizando a Bíblia como sua fonte de autoridade.

Mas isso de modo algum diminui o valor da Bíblia. Esse livro santo e sagrado tem sido de inestimável valor para os filhos dos homens. Na verdade, foi uma das suas passagens que inspirou o Profeta Joseph Smith a dirigir-se ao bosque, perto de sua casa, e ajoelhar-se em oração. O que aconteceu a seguir foi a gloriosa visão que deu início à restauração da plenitude do Evangelho de Jesus Cristo à Terra. Essa visão também iniciou o processo do aparecimento de novas escrituras, que se encontram ombro a ombro com a Bíblia, prestando testemunho a um mundo iníquo de que Jesus é o Cristo e de que Deus vive e ama Seus filhos, estando ainda intimamente envolvido em sua salvação e exaltação.” (Conference Report, outubro de 1986, pp. 100–101; ou Ensign, novembro de 1986, p. 78.)

Regras de Fé 1:8. O Livro de Mórmon

O Presidente Gordon B. Hinckley disse: “Agradeço ao Altíssimo por meu testemunho do Livro de Mórmon, esse maravilhoso companheiro da Santa Bíblia. (…) O teste do livro dá-se por meio de sua leitura. Falo como alguém que o leu repetidas vezes e provou sua beleza, profundidade e poder. Poderia Joseph Smith, pergunto-vos, um rapaz criado no interior do Estado de Nova York, sem grande escolaridade, ter ditado em tão breve espaço de tempo um livro de natureza tão complexa e, ainda assim, tão harmonioso em seu todo, com tão grande elenco de personagens e tão abrangente em seu propósito? Poderia ele, com sua própria habilidade, ter criado a linguagem, os pensamentos, a inspiração comovedora que tem feito milhões de pessoas na Terra lê-lo e dizer: ‘É verdadeiro!’?” (A Liahona, janeiro de 1994, pp. 59–60.)

Regras de Fé 1:9. Revelação contínua

O Élder David B. Haight disse:

“Uma característica marcante da Igreja é a revelação contínua do Senhor (…). Hoje, a Igreja do Senhor é dirigida pela mesma relação com a Deidade existente em dispensações passadas.

Tal assertiva não é feita levianamente. Sei que há revelação, por ser testemunha das coisas sagradas também conhecidas por outros que administram a obra do Senhor.

O princípio da revelação pelo Espírito Santo é um princípio fundamental da Igreja do Senhor. É por esse processo que os profetas recebem revelação; os membros da Igreja podem igualmente receber revelação pessoal em confirmação da verdade”. (A Liahona, julho de 1986, p. 6.)

O Élder James E. Faust, quando era membro do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou:

“Esse processo de revelação contínua acontece na Igreja com muita freqüência. Disse o Presidente Wilford Woodruff: ‘Esse poder encontra-se no seio do Deus Onipotente, e Ele o concede a Seus servos, os profetas, conforme as necessidades do dia-a-dia para a edificação de Sião’. (Journal of Discourses, 14:33.) Isso é necessário para que a Igreja cumpra sua missão. Sem ela, nós fracassaríamos. (…)

Não afirmamos, de forma alguma, que os profetas, videntes e reveladores sejam infalíveis ou perfeitos. Declaro, porém, humildemente que tenho estado na companhia desses homens e creio que seu maior desejo é conhecer e fazer a vontade do Pai Celestial. Os que se assentam nos conselhos supremos desta Igreja e têm participado de momentos em que a inspiração se manifesta e se tomam decisões, sabem que essa luz e verdade ultrapassam a inteligência e a razão humana. Essas profundas injunções divinas vêm como orvalho dos céus que cai sobre eles individual e coletivamente. E assim inspirados, podemos seguir avante em plena unidade e acordo.” (A Liahona, janeiro de 1990, pp. 10–11.)

O Élder James E. Talmage escreveu: “O cânon das escrituras ainda se acha aberto; ficaram por ser agregadas muitas linhas, muitos preceitos; ainda estão para vir à Igreja e ser declaradas ao mundo revelações que excederão em importância e plenitude gloriosa a todas as que já se tem conhecido”. (Regras de Fé, p. 284.)

Regras de Fé 1:10. A Coligação de Israel

Falando a respeito da casa de Israel nos tempos antigos, o Élder James E. Talmage escreveu:

“(…) os israelitas foram dispersos tão completamente entre as nações que este povo disperso é considerado como um dos fatores principais que contribuíram para a origem e desenvolvimento de quase toda divisão principal da família humana. Esta obra de dispersão foi-se efetuando através de muitas etapas e durante milhares de anos. (…)

Apesar de feridos pelos homens e de grande parte deles ter desaparecido do conhecimento do mundo, os israelitas não estão perdidos para seu Deus. Ele sabe para onde os levou e Seu coração ainda se inclina para eles com amor paternal; e certamente Ele os há de trazer no devido tempo, e pelos meios determinados, a uma posição de prosperidade e influência, como convém a Seu povo do convênio. (…) Tão completa como foi a dispersão será a coligação de Israel.” (Regras de Fé, pp. 280, 292.)

Falando sobre a casa de Israel atual, o Presidente Joseph Fielding Smith ensinou: “Toda pessoa que abraça o evangelho passa a ser da casa de Israel. Em outras palavras, torna-se membro da linhagem escolhida ou filho de Abraão através de Isaque e Jacó, aos quais foram feitas as promessas”. (Doutrinas de Salvação, 3:249; ver também Abraão 2:10.)

O Presidente Spencer W. Kimball ensinou: “A coligação de Israel consiste em reunir a verdadeira igreja e levá-la a conhecer o verdadeiro Deus. (…) Toda pessoa, portanto, que aceitou o evangelho restaurado e que agora procura adorar o Senhor em sua própria língua e com os santos da nação em que vive cumpriu com a lei da coligação de Israel e é herdeiro de todas as bênçãos prometidas aos santos nestes últimos dias”. (Teachings of Spencer W. Kimball, p. 439.)

Regras de Fé 1:10. A Restauração das Dez Tribos

O Élder Bruce R. McConkie explicou: “Na chegada do dia milenar, Israel, que desde a morte de Salomão foi dividida em dois reinos hostis entre si, guerreiros e rebeldes: o Reino de Israel, com suas Dez Tribos, e o Reino de Judá, com o restante; dois reinos que foram destruídos e levados ao cativeiro, e cujos habitantes foram espalhados por todo o mundo, essa Israel voltará novamente a ser uma nação, sobre as montanhas de Israel, no lar de seus pais, na Palestina. (…) Eles novamente acreditarão no evangelho e receberão as bênçãos do batismo, assim como tiveram essa oportunidade na época em que o Senhor Ressuscitado ministrou entre eles. Essas bênçãos e as bênçãos do templo serão ministradas a eles”. (A New Witness for the Articles of Faith, pp. 641–642.)

Regras de Fé 1:10. “Sião (…) Será Construída no Continente Americano”

O Presidente John Taylor declarou: “Estamos aqui para construir a igreja de Deus, a Sião de Deus e o reino de Deus, com a disposição de fazer tudo o que Deus exigir—em primeiro lugar livrar-nos de toda a iniqüidade, da cobiça e de todo tipo de males, abandonar toda espécie de pecado, cultivar o Espírito de Deus e ajudar a edificar o Seu reino; embelezar Sião e construir boas casas, belas hortas e jardins, até que Sião se torne o lugar mais bonito da Terra. (…) Sião há de ser louvada e glorificada pelo mundo inteiro”. (The Gospel Kingdom, sel. G. Homer Durham, 1964, p. 221.)

O Presidente Joseph Fielding Smith disse: “Quando Joseph Smith traduziu o Livro de Mórmon, ele soube que a América é a terra de Sião que foi dada a José e seus filhos, e que nesta terra haveria de ser construída a Cidade de Sião, ou Nova Jerusalém. Aprendeu ainda que a Jerusalém na Palestina seria reconstruída e se tornaria uma cidade santa. Essas duas cidades, uma terra de Sião e outra na Palestina, tornar-se-ão capitais do reino de Deus durante o Milênio”. (Doutrinas de Salvação, 3:72.)

O Élder Bruce R. McConkie explicou: “As estacas de Sião precisam agora ser fortalecidas e aperfeiçoadas antes que possam sustentar e apoiar a Sião que virão a ser. Quando Sião estiver plenamente estabelecida, será pela obediência à lei do reino celestial, que está sendo utilizada apenas em parte nas estacas de Sião”. (A New Witness for the Articles of Faith, p. 592.)

O Senhor revelou que o “lugar central” da cidade de Sião dos últimos dias será Independence, Missouri. (Ver D&C 57:1–3.) O Senhor também revelou que essa Sião, que será construída antes de Sua Segunda Vinda (ver D&C 29:7–8; 49:24–25) será “a Nova Jerusalém, uma terra de paz, uma cidade de refúgio, um lugar seguro para os santos do Deus Altíssimo;

E a glória do Senhor ali estará e o terror do Senhor também ali estará, tanto que os iníquos não virão a ela; e será chamada Sião. (…)

E serão o único povo que não estará em guerra entre si. (…)

E acontecerá que os justos serão reunidos dentre todas as nações e virão a Sião”. (D&C 45:66–67; 69, 71.)

Regras de Fé 1:10. “Cristo Reinará Pessoalmente na Terra”

O Élder Bruce R. McConkie escreveu: “Quando o Rei de toda a Terra, [Jesus Cristo], decretar o fim definitivo de todas as nações, e elas forem reunidas sob um único governo, este será o reino de nosso Deus e de Seu Cristo, e Ele reinará para sempre e sempre. Não haverá nenhuma outra lei quando Ele vier. Ele restaurará Seus juízes e governantes, como no princípio”. (A New Witness for the Articles of Faith, p. 642.)

Regras de Fé 1:10. “A Terra Será Renovada e Receberá Sua Glória Paradisíaca”

O Élder Joseph Fielding Smith, quando era membro do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou:

“A grande mudança que virá quando Cristo, nosso Salvador, der início a Seu reino milenar será uma restauração das condições que existiam antes da queda do homem. (…)

Esse novo céu e nova Terra que passarão a existir quando nosso Senhor vier para reinar são esta mesma Terra e seu céu renovados ou restaurados a sua condição e beleza primitivas. Na medida do possível, tudo voltará a ser como era no princípio.” (The Restoration of All Things, 1945, pp. 294–295.)

Regras de Fé 1:11. “O Privilégio de Adorar a Deus Todo-Poderoso”

Em uma declaração dirigida aos membros da Igreja nos Estados Unidos da América em 1979, a Primeira Presidência afirmou:

“A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias reconhece que uma das pedras angulares essenciais para que haja uma sociedade livre é o princípio da liberdade religiosa. A Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos proíbe toda ‘lei que se relacione ao estabelecimento de uma religião ou à proibição de seu livre exercício’. Vivemos em uma sociedade que incentiva a liberdade e a tolerância religiosas. (…)

Por esse motivo, deploramos o crescente empenho em estabelecer a descrença, como o ateísmo ou o materialismo, como a religião oficial dos Estados Unidos da América, obscurecendo e corroendo dessa forma a rica e variada herança de nossa nação. (…)

Desde o seu início, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias aceitou o princípio constitucional de que o governo não pode estabelecer uma religião estatal nem proibir o livre exercício da religião. (…)

Mas o princípio constitucional da neutralidade em relação à religião não obriga nossa nação a ignorar sua herança religiosa, inclusive as motivações religiosas de seus fundadores e as vigorosas crenças religiosas de várias gerações de seu povo e seus líderes. (…)

Por ser um princípio que rege o comportamento da vida de muitos milhões de seus cidadãos, a religião deve ocupar um lugar de honra na vida pública de nossa nação, e o nome do Deus Todo-Poderoso deve ser utilizado com respeito nas declarações oficiais públicas. Instamos nossos membros e as pessoas de boa vontade de toda parte a unirem-se para proteger e honrar a herança espiritual e religiosa de nossa nação e oporem-se às forças que querem mudar a atitude do governo dos Estados Unidos, trocando a neutralidade exigida pela constituição por uma postura hostil à religião.” (‘First Presidency Warns Against ‘Irreligion’”, Ensign, maio de 1979, pp. 108–109.)

Regras de Fé 1:11. “Deixando-os Adorar Como, Onde ou o Que Desejarem”

O Élder Carlos E. Asay, que foi membro da Presidência dos Setenta, alertou: “Não contendam nem discutam pontos de doutrina. O Mestre alertou-nos dizendo que ‘o espírito de discórdia não é meu, mas é do diabo’. (3 Néfi 11:29) Não estamos sendo coerentes se usarmos as táticas de Satanás para atingir objetivos justos. Essa incoerência só tem como resultado a frustração, a perda do Espírito e o fracasso final”. (Conference Report, outubro de 1981, p. 93; ou Ensign, novembro de 1981, p. 68.)

O Élder Russell M. Nelson, membro do Quórum dos Doze Apóstolos, disse:

“Participei de um ‘laboratório de tolerância’ há alguns meses, quando tive a honra de participar do ‘Parlamento das Religiões Mundiais’. Conversei com homens e mulheres representantes de muitos grupos religiosos. Uma vez mais, percebi as vantagens da diversidade étnica e cultural e mais uma vez refleti sobre a importância da liberdade religiosa e da tolerância.

Fico maravilhado diante da inspiração do Profeta Joseph Smith ao redigir a décima primeira regra de fé. (…)

Essa expressão nobre de tolerância religiosa é particularmente comovente quando vista à luz da perseguição pessoal ao Profeta. Em determinada ocasião, ele escreveu: ‘No momento, sou, junto com meu povo, mais perseguido que qualquer outro homem na Terra, (…) todos os nossos direitos sagrados estão esmagados sob os pés da turba’.

Joseph Smith suportou uma perseguição incessante e, ao final, um martírio impiedoso—nas mãos dos intolerantes. Seu destino brutal permanece como uma advertência severa de que jamais devemos ser culpados de qualquer pecado gerado pelas sementes da intolerância.

(…) Há não muito tempo, a Primeira Presidência e os Doze fizeram uma declaração pública que cito:

‘É moralmente errado, para qualquer pessoa ou grupo, negar (aos filhos de Deus) sua dignidade inalienável, sob a trágica e abominável teoria da superioridade racial ou cultural.

Conclamamos todas as pessoas, em todos os lugares, a adotarem os ideais tradicionalmente consagrados de tolerância e respeito mútuo. Acreditamos sinceramente que ao tratarmos uns aos outros com consideração e compaixão, descobriremos que podemos todos coexistir em paz, apesar de nossas mais profundas diferenças.’” (A Liahona, julho de 1994, pp. 77, 80.)

Regras de Fé 1:12. Submissão à Autoridade Governamental

O Presidente Spencer W. Kimball disse: “Conclamo todos os santos dos últimos dias a serem bons vizinhos e bons cidadãos, leais a sua bandeira e seu país”. (Conference Report, abril de 1981, p. 105; ou Ensign, maio de 1981, p. 78.)

O Élder Joseph B. Wirthlin, membro do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou: “A Igreja defende a norma de estrita neutralidade política, não favorecendo qualquer partido ou candidato, mas todos os membros devem participar ativamente no processo político. Estudemos as mensagens e os candidatos, para que nossos votos se baseiem em conhecimento e não em boatos. Oremos por nossos líderes públicos, pedindo ao Senhor que os ajude a tomar as decisões importantes que nos afetam. Nossas crenças relativas a governos e leis estão resumidas na seção 134 de Doutrina e Convênios e na décima segunda regra de fé. Devemos apoiar as decisões políticas que coincidam com as nossas crenças morais”. (A Liahona, julho de 1992, p. 93.)

Regras de Fé 1:12. “Obediência, Honra e Manutenção da Lei”

O Élder L. Tom Perry disse: “Todos os membros da Igreja devem comprometer-se a obedecer e honrar as leis do país em que vivem. Devemos ser um exemplo de obediência aos governos sob os quais vivemos. Para que a Igreja seja útil às nações do mundo, ela deve exercer uma influência salutar na vida das pessoas que a ela se unem, tanto em assuntos temporais quanto nos espirituais”. (Conference Report, outubro de 1987, p. 86; ou Ensign, novembro de 1987, p. 71.)

O Élder James E. Talmage explicou: “(…) todos os santos têm o dever de se submeter às leis de seu país. Não obstante, devem procurar por todos os meios, como cidadãos ou súditos de seus respectivos países, obter para eles, assim como para todos os homens, a liberdade de culto. Não é requerido deles que sem protestar sofram abusos causados por perseguidores perversos e por leis injustas; seus protestos, porém, devem ser apresentados legal e ordenadamente”. (Regras de Fé, pp. 374.)

Regras de Fé 1:13. Características do Verdadeiro Cristianismo

O Élder Mark E. Petersen, que foi membro do Quórum dos Doze Apóstolos, escreveu:

“A honestidade, a verdade, a virtude e a bondade são características do verdadeiro cristianismo. Se carecemos dessas coisas, dificilmente podemos dizer que seguimos Cristo. (…)

(…) Uma profissão de fé, sem as obras da fé, não passa de hipocrisia e é morta—tal como ‘o corpo sem o espírito está morto’. (Tiago 2:26).” (Conference Report, abril de 1982, p. 19; ou Ensign, maio de 1982, p. 15.)

O Élder James E. Talmage escreveu: Ser religioso sem moral, professar santidade sem caridade, ser membro de uma igreja sem ter responsabilidade no que diz respeito à conduta individual na vida diária é ser como o metal que soa ou como o sino que tine. (…) A sinceridade de propósito, a integridade da alma, a pureza individual, a liberdade de consciência, o desejo de fazer o bem a todos os homens, até mesmo aos inimigos, a benevolência pura, estes são alguns frutos que distinguem a religião de Cristo e sobrepujam em importância e valor a promulgação de dogmas e a declaração de teorias”. (Regras de Fé, pp. 379–380.)

Regras de Fé 1:13. Ser Honestos

O Élder Marvin J. Ashton, que foi membro do Quórum dos Doze Apóstolos, disse:

“É um pecado mentir. É uma tragédia ser vítima de mentiras. Não ficamos presos na armadilha da desonestidade e da mentira de um dia para o outro. Uma pequena mentira ou desonestidade leva a outra, até que o contraventor fique enredado em uma teia de falsidade. (…) Aqueles que se tornam vítimas dessa armadilha muitas vezes passam a vida carregando um fardo muito pesado, por não estarem dispostos a reconhecer seu problema e fazer força para mudar. Muitos não estão dispostos a pagar o preço para libertarem-se das cadeias da mentira. Algumas pessoas podem estar muito cientes do valor da honestidade, mas não conseguem dizer a verdade. (…)

A honestidade é algo básico. A mentira realmente tem cumplicidade com todas as outras formas de vício. Ou, como disse alguém: ‘O pecado tem muitas ferramentas de trabalho, mas a mentira é o cabo que serve em todas elas.’” (O. W. Holmes, The Home Book of Quotations, p. 1111.) (Conference Report, abril de 1982, pp. 11, 13; or Ensign, maio de 1982, pp. 9–11.)

Regras de Fé 1:13. Ser Verdadeiros

O Bispo J. Richard Clarke, quando era conselheiro no Bispado Presidente, disse:

“A prática da verdade, a prova decisiva de nosso comprometimento, é conhecida por muitos nomes—por exemplo: honestidade, integridade, retidão e probidade. Gosto particularmente do termo probidade. Deriva do latim probus, que significa bom, e de probare, isto é, integridade provada e confirmada. A pessoa que aprendeu probidade pela disciplina até ela tornar-se parte de sua própria natureza é semelhante a uma bússola moral que automaticamente aponta para o norte, em qualquer situação. Ela então procura a honestidade como que por instinto, agindo certo automaticamente, sem precisar avaliar sua vantagem ou desvantagem. (…)

Não seria formidável se tivéssemos um cartão de crédito mórmon? A gente saberia então que o portador de tal cartão manteria sua palavra, seria honesto com seu patrão e pagaria suas contas na data combinada. Então nossos profissionais liberais, comerciantes, técnicos, empresários, trabalhariam sem ferir a ética para obter lucro, todos assinando com orgulho o seu trabalho: todos buscando a excelência em todos os sentidos. Não seria maravilhoso sermos conhecidos como um povo ‘peculiar’ por nossa honestidade, pela qualidade de nosso serviço? O padrão de integridade mórmon deveria ser o mais elevado do mundo, pois somos o povo do convênio do Senhor. O Senhor não faz nenhuma concessão especial por causa de cultura, raça ou nacionalidade. Ele espera que todos os Seus santos vivam segundo os padrões do evangelho.” (Conference Report, abril de 1984, pp. 84–85; ou Ensign, maio de 1984, pp. 62–63.)

Regras de Fé 1:13. Ser Castos

O Presidente Spencer W. Kimball declarou: “Muitos problemas que afligem a família atualmente decorrem da violação do sétimo mandamento. (Ver Êxodo 20:14.) Castidade total antes do casamento e fidelidade total depois do casamento ainda são o padrão do qual não podemos nos desviar sem que haja pecado, miséria e infelicidade”. (Conference Report, outubro de 1980, pp. 3–4; ou Ensign, novembro de 1980, p. 4.)

O Élder Richard G. Scott ensinou que as intimidades e contatos físicos fora do casamento “(…) causam sérios danos emocionais e espirituais. Mesmo que não se perceba que isso esteja acontecendo no momento, mais tarde se perceberá.

A imoralidade sexual cria uma barreira à influência do Espírito Santo e toda sua capacidade de edificar, esclarecer e dar poder. Ela causa forte estímulo físico e emocional. Com o tempo, cria um apetite inextinguível que leva o transgressor a cometer pecados cada vez mais graves. Gera egoísmo e pode resultar em agressões como brutalidade, aborto, abuso sexual e crime violento. Tais estímulos podem levar ao homossexualismo, que é maligno e absolutamente errado.

A transgressão sexual profanaria o sacerdócio que você agora possui, esgota a força espiritual, enfraquece sua fé em Jesus Cristo e frustraria sua capacidade de servi-Lo.

(…) Qualquer intimidade sexual fora dos laços do casamento—quero dizer, qualquer contato intencional com as partes sagradas e íntimas do corpo de outra pessoa, com ou sem roupa—é pecado e proibido pelo Senhor. É também transgressão estimular intencionalmente essas emoções usando o próprio corpo.

Satanás tenta-nos a acreditar que existem níveis toleráveis de contato físico entre indivíduos que se permitem e procuram sentir o forte estímulo das emoções que esse contato produz, e que, se o contato físico for mantido dentro de limites, nenhum dano resultará. Como testemunha de Jesus Cristo, testifico que isso é absolutamente falso. Satanás procura tentar particularmente aqueles que têm uma vida pura e limpa, induzindo-os a ver revistas e filmes com fortes imagens do corpo de uma mulher. Ele quer estimular o apetite pelos contatos íntimos, o que rapidamente resulta em intimidades e contaminação. Formam-se hábitos fortes e difíceis de quebrar. Seguem-se cicatrizes mentais e emocionais.” (A Liahona, janeiro de 1995, p. 40.)

O Élder Marvin J. Ashton disse: “Aqueles que desejam que percamos a virtude e a castidade para provar nosso amor fazendo sexo fora do casamento não são nossos amigos nem estão interessados em viver eternamente como família”. (Conference Report, abril de 1981, p. 30; ou Ensign, maio de 1981, p. 23.)

O Presidente Spencer W. Kimball ensinou: “Dentro do matrimônio legal, a intimidade das relações sexuais é correta e aprovada por Deus. Nada há de impuro ou degradante na sexualidade propriamente dita, pois é por esse meio que o homem e a mulher se unem em um processo de criação e em uma expressão de amor”. (President Kimball Speaks Out, 1981, p. 311.)

Regras de Fé 1:13. Ser Benevolentes

O Élder Dean L. Larsen, membro dos Setenta, ensinou: “A força constante do reino não reside no número de seus membros, seu índice de crescimento ou beleza de seus edifícios. No reino de Deus, o poder não está equacionado com a contagem numérica, nem com o visível desempenho rotineiro de seus preceitos. Ele está naqueles discretos, desconhecidos atos de amor, obediência e serviço cristão que talvez nunca cheguem ao conhecimento da liderança, mas emulam o ministério do próprio Senhor”. (A Liahona, fevereiro de 1982, pp. 48–49.)

O Élder Antoine R. Ivins, que foi membro dos Setenta, disse: “Ouvi certo jovem dizer o seguinte num discurso proferido em uma convenção dos setenta no Barratt Hall: ‘Não há limite para o bem que um homem possa realizar, se ele não estiver preocupado em saber quem levará o crédito por isso”. (Conference Report, abril de 1946, p. 42.)

Regras de Fé 1:13. Ser Virtuosos

Na sessão do sacerdócio da conferência geral, o Presidente Ezra Taft Benson disse:

“O comportamento virtuoso importa em pensamentos puros e ações limpas. A pessoa não cobiçará em seu coração, pois isso significaria negar a fé e perder o Espírito. (Ver D&C 42:23.) (…)

A virtude é parente da santidade, um atributo divino. O portador do sacerdócio deve buscar ansiosamente aquilo que é virtuoso e amável, e não aquilo que é degradante e sórdido. A virtude adornará seu pensamento incessantemente. (Ver D&C 121:45.) Como pode qualquer homem ceder aos males da pornografia, da linguagem indecorosa ou da vulgaridade e ainda considerar-se totalmente virtuoso?” (A Liahona, janeiro de 1987, p. 46.)

Regras de Fé 1:13. “Fazer o Bem a Todos os Homens”

O Élder David O. McKay, quando era membro do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou: “Não existe nenhuma grande coisa que possamos fazer para obter a vida eterna, e a mim parece que a grande lição a ser aprendida no mundo de hoje é aplicar nos pequenos atos e deveres da vida os gloriosos princípios do Evangelho. (…) O grande sol é uma poderosa força do universo, mas recebemos as bênçãos de sua luz porque chega até nós como pequenos raios que, juntos, iluminam todo o mundo. A noite escura torna-se agradável pelo piscar do que parecem ser pequenas estrelas; da mesma forma, a vida de um verdadeiro seguidor de Cristo consiste em pequeninos atos cristãos realizados nesta hora, neste minuto, em casa, no quórum, na comunidade, onde quer que estejamos ou sirvamos”. (Conference Report, outubro de 1914, pp. 87–88.)|

O Presidente Spencer W. Kimball disse: “Deus Se preocupa conosco e cuida de nós. Mas geralmente é por meio de outra pessoa que Ele atende a nossas necessidades. É fundamental, portanto, que sirvamos uns aos outros no reino”. (“Small Acts of Service”, Ensign, dezembro de 1974, p. 5.)

Regras de Fé 1:13. A Admoestação de Paulo de Crer, Esperar e Suportar

O Élder Jeffrey R. Holland, quando era membro dos Setenta, disse: “Só o puro amor de Cristo nos ajudará a vencer. É o amor de Cristo que é longânimo e gentil. É o amor de Cristo que não se ufana nem se deixa provocar facilmente. Somente Seu puro amor o capacita—e a nós—a sofrer todas as coisas, crer em todas as coisas e tudo suportar”. (Ver Morôni 7:45.) (A Liahona, janeiro de 1990, p. 29.)

O Élder Marvin J. Ashton disse: “Livrar-se do desânimo. Um dos instrumentos mais poderosos de Satanás é o desânimo. As insinuações ‘você não pode fazê-lo’, ‘você não serve para nada’, ‘é tarde demais’, ‘o que adianta’ ou ‘a situação é irremediável’ são armas destrutivas. Satanás gostaria que acreditássemos que, tendo cometido um erro, tudo está acabado. Ele deseja que deixemos de tentar. É importante que se expulse o desânimo da vida dos que se encontram à espera. Isso talvez exija uma quantidade planejada de trabalho e energia, mas pode ser conseguido”. (A Liahona, julho de 1988, p. 66.)

Regras de Fé 1:13. A Admoestação de Paulo de Procurar Coisas que Sejam Virtuosas, Amáveis, de Boa Fama ou Louváveis

O Élder Joseph B. Wirthlin, membro do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou:

“A palavra procurar significa sair em busca, tentar descobrir, esforçar-se por adquirir. Isso requer uma abordagem ativa e vigorosa da vida. Por exemplo, Abraão buscou ‘as bênçãos dos patriarcas (…) e ser maior seguidor da retidão’. (Abraão 1:2) É o oposto de esperar passivamente que algo de bom nos aconteça, sem esforço da nossa parte.

Podemos encher a vida com o bem, não deixando lugar para nada mais. Temos tantas coisas boas para escolher, que nunca precisamos participar do mal. O Élder Richard L. Evans declarou: ‘No mundo existe o mal, como existe o bem. Cabe-nos aprender a escolher um dos dois; aumentar a autodisciplina, a competência, a bondade; seguir avante—pôr um pé na frente do outro—um dia, uma hora, um momento, uma tarefa de cada vez’. (Thoughts for One Hundred Days, 5 vols., Salt Lake City: Publishers Press, 1966–1972, 4:199.)

Se procurarmos as coisas virtuosas e louváveis, certamente as encontraremos.” (A Liahona, julho de 1992, p. 91.)

O Elder Russell M. Nelson ensinou: “Àqueles que têm interesse na plenitude do evangelho restaurado—a despeito de nacionalidade ou religião—dizemos como o fez o Élder Bruce R. McConkie: ‘Mantenham tudo o que têm de bom e verdadeiro. Não abandonem princípio algum que seja sábio ou adequado. Não renunciem a qualquer modelo do passado que seja bom, reto ou verdadeiro. Cremos em todas as verdades encontradas em todas as igrejas do mundo, mas também dizemos a todos os homens: Venham e recebam a luz e verdade adicionais que Deus restaurou em nossos dias. Quanto mais verdade tivermos, maior será nosso gozo aqui e agora; quanto mais verdade recebermos, maior será nossa recompensa na eternidade. Esse é nosso convite aos homens [e mulheres] de boa vontade em toda parte.’” (Relatório da Conferência de Área do Taiti, março de 1976, p. 31.) (A Liahona, julho de 1994, p. 79.)