Voltamo-nos para Cristo
Assim como brilha a estrela polar no céu, (…) lá permanece o Redentor do mundo, o Filho de Deus, firme e seguro como a âncora de nossa vida imortal.
Amados irmãos e irmãs, eu também gostaria de expressar meu sincero agradecimento pelo extraordinário serviço prestado pela irmã Smoot, irmã Jensen, irmã Dew e toda a junta, que serviram tão fielmente e tão bem nessa esplêndida organização das mulheres. É uma sociedade maravilhosa, uma força de 4.900.000 mulheres. Nada se iguala a ela, creio, no mundo, e é impressionante o modo como influencia excepcionalmente a vida das mulheres em todos os cantos da Terra. Muito obrigado, queridas irmãs, por tudo o que fizeram. Bem-vindas, irmã Parkin e suas conselheiras, e a junta que irão selecionar.
Estamos chegando ao fim desta grande conferência. Desfrutamos de um magnífico banquete à mesa do Senhor. Fomos instruídos em Seus caminhos conforme Seu padrão.
Cada um de nós deve ter-se tornado um pouco melhor com esta valiosa experiência. Do contrário, nossa reunião terá sido lamentavelmente em vão.
Ao término deste discurso, o Coro irá cantar
“É tarde, a noite logo vem —
O dia declinou!
A sombra vespertina, além,
Nos vales já tombou.
Em minha casa vem ficar:
Habita no meu lar.
Ó Salvador, vem ao meu lar!
Comigo vem morar.
Ó Salvador, vem ao meu lar!
Comigo vem morar”.
(“É Tarde, a Noite Logo Vem”, Hinos, nº 96)
Essas palavras resumem muito bem o sentimento do nosso coração, ao regressarmos ao nosso lar.
Que o Espírito do Senhor nos acompanhe e permaneça conosco. Não sabemos o que nos espera. Não sabemos o que os próximos dias nos reservam. Vivemos em um mundo de incertezas. Para uns, haverá grandes realizações. Para outros, decepções. Para alguns, muita alegria, felicidade, boa saúde e um viver tranqüilo. Para outros, quem sabe, a doença, e algumas tristezas. Nós não sabemos. Mas uma coisa é certa: assim como brilha a estrela polar no céu, independentemente do que o futuro nos reserva, lá permanece o Redentor do mundo, o Filho de Deus, firme e seguro como a âncora de nossa vida imortal. Ele é a rocha de nossa salvação, nossa força, nosso consolo, o centro de nossa fé.
No brilho do sol ou nas sombras, voltamo-nos para Ele, e Ele lá está para nos infundir confiança e sorrir para nós.
Ele é o ponto central de nossa adoração. Ele é o Filho do Deus Vivo, o Primogênito do Pai, o Unigênito na carne, que deixou as cortes celestes nas alturas para nascer como um ser mortal, sob as mais humildes circunstâncias. Sobre a solidão de Sua vida Ele disse: “As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça”. (Mateus 8:20) Ele “andou fazendo bem”. (Atos 10:38)
Era um homem de milagres. Estendeu a mão aos que se encontravam em aflição. Curou os doentes e levantou os mortos. E apesar de todo o amor que trouxe ao mundo, foi “rejeitado e desprezado entre os homens; homem de dores, e experimentado nos trabalhos: (…) Era desprezado” e não [fizeram] dele caso algum. (Isaías 53:3)
Ao ponderar sobre Sua vida incomparável, dizemos com o Profeta Isaías:
“Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si (…).
(…) Ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”. (Isaías 53:4–5)
Na grande batalha que foi travada no céu, Lúcifer, o filho da manhã, apresentou um plano, que foi rejeitado. O Pai de todos nós, por amor a nós, Seus filhos, ofereceu um plano melhor, segundo o qual teríamos a liberdade de escolher o curso de nossa vida. Seu Filho Unigênito, nosso Irmão Mais Velho, era a parte mais importante desse plano. Os homens teriam o arbítrio, e com esse arbítrio, viria a responsabilidade. O homem seguiria os caminhos do mundo e pecaria, tropeçaria. Mas o Filho de Deus nasceria na carne, e ofereceria a Si mesmo em sacrifício para expiar pelos pecados de todos os homens. Por meio de sofrimento indizível ele Se tornaria o grande Redentor, o Salvador da humanidade.
Com um pequeno entendimento desse dom incomparável, o maravilhoso dom da redenção, curvamo-nos em reverente amor diante Dele.
Como Igreja, temos recebido críticas, muitas delas. Elas dizem que não acreditamos no Cristo tradicional da cristandade. Há substância no que elas dizem. Nossa fé, nosso conhecimento, não se baseia nas antigas tradições, em credos originados de uma compreensão limitada e das quase infindáveis discussões dos homens que tentam chegar a uma definição do Cristo ressurreto. Nossa fé, nosso conhecimento, provém do testemunho de um profeta nesta dispensação que viu pessoalmente o grande Deus do universo e Seu Filho Amado, o Senhor Jesus Cristo ressurreto. Eles falaram com ele e ele falou com Eles. Ele testificou aberta, inequívoca e inconfundivelmente sobre essa grande visão. Fora uma visão do Todo-Poderoso e do Redentor do mundo, gloriosa além da nossa compreensão, mas certa e inequívoca quanto ao conhecimento que trouxe. É com base nesse conhecimento, enraizado no solo profundo da revelação moderna, que nós, segundo as palavras de Néfi, “falamos de Cristo, regozijamo-nos em Cristo, pregamos a Cristo, profetizamos de Cristo e escrevemos de acordo com nossas profecias para que [nós e] nossos filhos [saibamos] em que fonte procurar a remissão de [nossos] pecados”. (2 Néfi 25:26)
E assim, meus irmãos e irmãs, ao nos despedirmos de vocês por algum tempo, repetimos nosso testemunho firme e duradouro. Fazemos isso como indivíduos que têm um conhecimento firme e seguro. Como já lhes disse muitas vezes antes, e digo novamente agora, sei que Deus, nosso Pai Eterno, vive. Ele é o grande Deus do universo. Ele é o Pai de nosso espírito, com quem podemos conversar em nossas orações.
Sei que Jesus Cristo é Seu Filho Unigênito, o Redentor do mundo, que deu Sua vida para que pudéssemos ter a vida eterna, e que governa e reina com Seu Pai. Sei que Eles são Seres individuais, separados e distintos um do outro, e, apesar disso, iguais em forma, substância e propósito. Sei que é a obra do Todo-Poderoso “levar a efeito a imortalidade e vida eterna do homem”. (Moisés 1:39.) Sei que Joseph Smith foi um profeta, o grande profeta desta dispensação, por intermédio do qual essas verdades nos foram dadas. Sei que esta Igreja é a obra de Deus, presidida e dirigida por Jesus Cristo, cujo nome santo ela traz.
Dessas coisas eu testifico solenemente, ao deixar com vocês, meus amados irmãos, meu amor e minha bênção, no nome sagrado de Jesus Cristo. Amém. Que Deus os guarde até que nos encontremos novamente.