Fazendo Amigos
Sha-Lei Kamauu de Ewa Beach, Havaí
Muitas crianças gostam de dançar. Mas Sha-Lei Kamauu, de oito anos, moradora de Ewa Beach, Havaí, gosta tanto que, durante as férias de verão, ensaia de 4 a 12 horas por dia, exceto aos domingos.
É claro que, se você pertencesse à família de Sha-Lei, provavelmente também saberia dançar. Sha-Lei dança o hula, a dança tradicional do Havaí, assim como o fazem sua mãe e avó, e como sua bisavó, a trisavó e s tetravó faziam. Isso significa que seis gerações dançavam o hula, e a maioria também ensinava. Além disso, seu pai é descendente de uma das mais conhecidas dançarinas de hula SUD do Havaí — Iolani Luahine.
Os avós de Sha-Lei, Howard e Olana Ai, são kuma hula (professores de hula) em sua própria halau hula (escola de hula). São muito conhecidos por ajudar os alunos a desenvolverem seus talentos. A equipe de rapazes do Vovô Howard, por exemplo, ganhou o primeiro lugar do troféu internacional de hula por nove anos seguidos. A vovó Olana, além da dança, também ensina princípios e padrões: como iniciar os ensaios com oração, vestir-se sempre com recato e honrar o pai e a mãe. Para ela e seus alunos, o hula é um meio de demonstrar gratidão pelas criações de Deus e amor e apreço aos outros.
Sha-Lei e seu irmão, Chaz, de dez anos, recebem lições de hula de seus avós. Também passam grande parte de seu tempo visitando vovó e vovô em sua casa. Gostam de brincar com Ginger o cachorrinho da família. Admiram a coleção de instrumentos musicais havaianos e, quando vovô tira dois ou três instrumentos da prateleira, eles fazem um concerto de improviso. Outras vezes, juntam-se aos pais e avós para cantarem hinos em volta do piano. Essa é mais uma característica da família de Sha-Lei — eles entendem de música muito bem.
Eles também sabem muito a respeito do Havaí. Além de dar aulas de articulação sonora e uquelele, os pais de Sha-Lei e Chaz dão aulas de estudos havaianos em escolas na Base Aérea de Hickmam. Assim, as crianças sabem muito a respeito da história e cultura das ilhas em que vivem. Sha-Lei foi batizada recentemente e sente-se feliz em dizer que Liliuokalani, a última rainha do Havaí, também era membro d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. “O batismo é importante”, diz Sha-Lei. “Significa que prometi lembrar-me sempre de Jesus Cristo e que devo ser um bom exemplo de alguém que segue Seus ensinamentos.”
Sha-Lei também gosta de dizer seu nome completo às pessoas: Sha-Lei Elizabeth Kanaiokanoe Kiowao‘o Nu‘uanu Lindsey Kamauu. Uma das razões pelas quais seus pais lhe deram a parte havaiana do nome foi para lembrá-la do lugar em que moravam, quando ela nasceu. Ele significa: “a beleza das chuvas enevoadas de Nu‘uanu”. Sha-Lei pode também dizer-lhes que tem ancestrais de 13 nacionalidades diferentes — havaiana, samoana, tonganesa nativa americana, espanhola, escocesa, holandesa, irlandesa, galesa, belga, inglesa, dinamarquesa e chinesa. Fazer a história da família pode ser particularmente emocionante quando seu último nome é Kamauu!
Sha-Lei também aprecia a noite familiar. Como explica sua mãe, “Ela gosta de reunir-se e passamos tanto tempo juntos, que não temos apenas noite familiar, temos vida familiar!”
“Mamãe e papai sempre nos contam a respeito de como se casaram no templo”, diz Sha-Lei. “Penso sempre: ‘Também quero casar-me lá!’” Quanto a Chaz, ele diz que também irá ao templo — primeiramente, para fazer batismos pelos mortos, começando aos doze anos, e depois, enquanto se prepara para servir em uma missão, quando chegar aos 19.
Mas, por enquanto, a família sente-se feliz em tocar músicas juntos, cantar nas reuniões da Igreja, aprender a respeito do evangelho, do templo, de seus ancestrais, sobre história, costumes e tradições valiosas e apreciar dançar juntos o hula — talvez durante mais seis gerações.