Os Membros Participam de Campanha contra o Sarampo
Desde que a Igreja se uniu à Measles Initiative and Partnership [Iniciativa e Parceria Contra o Sarampo], em 2003, milhares de membros da Igreja têm ajudado no esforço para a erradicação da doença.
Aproximadamente 56.000 membros da Igreja no mundo todo doaram mais de 600.000 horas de serviço em 32 países da África, da Ásia e das Américas Central e do Sul.
Um grupo de organizações humanitárias — a Cruz Vermelha Americana, a Fundação das Nações Unidas, os Centros Norte-Americanos de Controle e Prevenção de Doenças, a UNICEF e a Organização Mundial de Saúde — fundou a Measles Iniciative and Partnership em 2001 com o objetivo de reduzir 90 por cento do número de mortes devido ao sarampo no mundo todo até o fim de 2010.
Como parte do compromisso da Igreja com a iniciativa, que incluiu uma doação de três milhões de dólares, a Primeira Presidência convidou os membros da Igreja nos países afetados para, sob a direção dos líderes locais do sacerdócio e das líderes da Sociedade de Socorro, difundir e ajudar na vacinação.
Mais de 20 casais de missionários de serviço da Igreja apoiam essas campanhas. Trabalhando de um a quatro meses no local, esses casais realizam um trabalho conjunto com os líderes do sacerdócio e da Sociedade de Socorro, Ministérios da Saúde e outras organizações participantes, a fim de fornecer apoio voluntário nos vários aspectos da campanha.
Embora os membros da Igreja não comprem nem administrem diretamente as vacinas, eles visitam a vizinhança a fim de distribuir folhetos explicativos, colocar cartazes e faixas, ajudar nos postos de vacinação e desenvolver comerciais para o rádio e para a televisão. Um jovem ex-missionário compôs um “jingle” [mensagem musicada] para a campanha em Madagascar. Esse “jingle” foi traduzido e cantado em 28 idiomas, em dezenas de estações de rádio, na maioria dos países em que a campanha se realizou.
Desde o início da campanha, de 2001 a dezembro de 2008, 600 milhões de crianças e jovens foram vacinados nos países participantes, resultando em uma diminuição de 74 por cento nas mortes por sarampo no mundo, e de 89 por cento somente na África. As mortes por sarampo diminuíram de 750.000 em 2000 para 197.000 em 2007, trazendo o mundo para muito mais perto da meta das Nações Unidas, que é de menos de 100.000 mortes no mundo até o fim de 2010.
Embora os esforços da campanha tenham poupado muitas vidas, nem todos os benefícios foram físicos. Em 2006, a irmã de Olavi Ndafediva (residente da Namíbia), que é membro da Igreja, serviu como voluntária na campanha local. Certo dia, ela disse a Olavi que não poderia ir e pediu a ele que a substituísse. “Depois daquele dia”, disse ele, “decidi que tinha que saber mais a respeito de uma igreja que ajudava tanto o meu povo.” Depois de filiar-se à Igreja, o irmão Ndafediva participou da campanha, em 2009.
Cabo Verde, colar de ilhas situado a alguns quilômetros da costa Oeste da África, é um dos muitos países onde os membros da Igreja se voluntariaram. Na campanha de março de 2009, os membros ajudaram a tornar possível a vacinação de mais de 50.000 crianças. Mais de 600 membros de Cabo Verde doaram 4.200 horas de trabalho voluntário a fim de promover a campanha de porta em porta.
“Tivemos grande participação das pessoas das seis ilhas onde a Igreja tem ramos, especialmente dos jovens e dos jovens adultos solteiros”, disse Isias Barreto da Rosa, segundo conselheiro na presidência da Missão Cabo Verde Praia. “Decididamente, esse programa contra o sarampo ampliou nossa visão quanto ao que podemos fazer para nos envolvermos na solução dos problemas de nossas comunidades.”
O sarampo é uma doença contagiosa que ataca o sistema respiratório e pode causar erupções da pele, pneumonia, inflamação do cérebro e outras complicações. Muitas vezes, é fatal. De acordo com a Measles Initiative, estima-se que 540 crianças por dia morreram da doença em 2007. Crianças subnutridas e que não foram vacinadas são as que têm maior risco de contrair sarampo. No entanto, a doença pode ser facilmente evitada com uma vacina, que custa menos que um dólar para tratar cada criança.