A História da Família explode em Quênia
A FamilySearch International está movendo-se para o leste pela África, preservando histórias e informações através de entrevistas orais e registando histórias e genealogias das pessoas, em um esforço para conectar o passado ao futuro.
Thierry Mutombo está a liderar o Projeto de Genealogia Oral para a FamilySearch International através da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. A FamilySearch é uma organização não-governamental sem fins lucrativos, que alavanca o apoio do governo local e envolve pessoas em cada comunidade para ajudar a colecionar e preservar histórias e genealogias orais.
O trabalho começou em Gana em 2003, na Costa do Marfim em 2007 e R. D. do Congo em 2015 — e agora está avançando para mais oito países africanos, incluindo o Quênia.
Antes de envolver-se com os moradores locais, um agente gestor de campo é nomeado para garantir a entrada na aldeia, um processo para obter permissão do clã, chefe tribal ou conselho local — e explicar a importância de preservar histórias locais, cultura e genealogia. Na maioria dos casos, os acordos são facilmente estabelecidos, pois as pessoas vêem a necessidade de colecionar e preservar histórias locais. Eles também reconhecem um senso de urgência, pois como diz o ditado: “Quando um homem idoso morre, uma biblioteca queima-se em cinzas”.
Oficiais de campo convidam todos os familiares para encontrarem-se e, em seguida, gravar áudio e vídeo usando uma aplicativo especial do smartphone. Esta coleta e preservação é um processo tedioso e exige que todas as informações sejam examinadas e verificadas. Histórias, genealogia e dados coletados são enviados ao FamilySearch em Salt Lake City, onde são processados, arquivados e disponibilizados para todo o mundo através da Internet no familysearch.org.
É impressionante ver como os idosos tribais lembram-se de uma quantidade enorme da sua história. Eles não acompanham as datas reais, mas fazem referência a eventos significativos como a Segunda Guerra Mundial ou as cheias ou uma longa seca. As datas podem então ser identificadas através de referência intercruzada com os registros históricos oficiais do país. As estimativas são dadas para nascimentos, casamentos e datas de morte. Pergunte a um ancião: “Quando é o seu aniversário?”, E ele responderá: “Qualquer dia do ano eu posso ter uma ou nenhuma festa de aniversário”.
As histórias e genealogias são transcritas em ambas línguas, Inglês e Swahili e depois impressas — com uma cópia encadernada dada a cada família e aldeia. As famílias e os chefes da aldeia são muito gratos e muitas vezes dizem aos oficiais de campo que eles são uma resposta às orações. Os oficiais são frequentemente questionados: “Onde estiveram esse tempo todo? Porquê demoraram tanto?”
Este trabalho alcança muitas gerações. Um agente de campo Ugandense relata a história de chegar em uma área para organizar a permissão para a entrada da vila. Ao passar do processo para obter permissão, ele fez referência a antepassados tribais. Naquele momento, o chefe pediu ao agente de campo para tirar os sapatos, ir ao rio, retirar algum dinheiro e pedir a certos ancestrais tribais pelo nome para permitir prosseguir com o trabalho. De repente, o céu se encheu de nuvens escuras e a chuva caiu por cima da cabeça — mas apenas na área imediata onde o agente de campo estava parado. O chefe então disse ao agente de campo que os antepassados haviam consentido enviando a chuva e que estavam gratos por este trabalho a ser feito.
Reunir familiares da aldeia em conjunto e preservar suas histórias também pode ajudar a resolver as diferenças culturais, e trazer paz, à relacionamentos muitas vezes amargurados. Este programa também pode ajudar a reconectar famílias distantes. Por exemplo, os jovens que se deslocam da sua terra natal — para nunca mais retornar — agora podem ter acesso à sua história e genealogias, incluindo sua própria árvore genealógica, através do site FamilySearch.
Não há nenhum custo e o serviço está disponível para todos no familysearch.org.