Um Hábito de Jejuar

Irmã Djimi

Missão República Democrática do Congo Kinshasa

Quando comecei minha missão, decidi desenvolver hábitos melhores que, planeei, permaneceriam ao longo de todo o meu serviço missionário e mesmo depois que minha missão terminasse.

Entre essas coisas, era o hábito de jejuar.

Antes da minha missão, jejuei apenas pela obediência. Eu não compreendia verdadeiramente a importância deste mandamento. Mas quando cheguei em minha missão, decidi aumentar meu conhecimento do jejum. Eu queria viver uma experiência real de jejum — uma que me ajudaria a ficar forte. Eu sabia que o jejum poderia me dar poder espiritual e também poderia me ajudar a ensinar com poder e autoridade. E eu queria ser um exemplo para todas as pessoas que eu estava servindo, ou com quem eu estava servindo. Ao jejuar, realmente senti todas as promessas relacionadas ao jejum.

Durante os meses seguintes, quando comecei a entender o próprio significado do jejum, sentia-me muito sobrecarregada com provações. A vida era difícil para mim. Não encontrando nenhuma solução fácil, tive a forte sensação de que precisava jejuar e orar. Mas esse sentimento também me levou a melhorar meu modo de jejuar e orar. Isso parecia tão estranho para mim porque eu tinha certeza de que já tinha entendido como fazer.

Então, comecei a ponderar porque eu realmente queria seguir esse sentimento. Eu estava convencida de que isso me aproximaria de Deus e me permitiria encontrar uma resposta para minhas aflições. Por fim, tive a ideia de desenvolver um plano de jejum, que incluiria tudo o que eu faria durante o dia de jejum.

Ficou assim:

Antes de começar o jejum, colocar-me em um lugar calmo e limpo.
Concentrar-me enquanto canto três hinos — especialmente aqueles sobre o sacramento — e meditar nas palavras contidas nesses hinos.
Ler o Livro de Mórmon. Senti-me especialmente motivada a ler 3 Néfi 11:10, 11 e 14 — e lia esses versículos em voz baixa, enquanto pensava como se fosse Cristo falando diretamente para mim e que estava de joelhos diante dele. Tentei me encher dessa alegria como se estivesse na presença do Salvador.
Orar para marcar o começo do meu jejum.
Cantar hinos ao longo do dia.
Ler as escrituras que falam sobre a expiação.
Meditar nessas escrituras para ser ensinada.
Terminar minhas 24 horas de jejum com uma oração.

Ao seguir meu plano, realmente senti o Espírito e aproximei-me do Pai Celestial. Entendi que sempre podemos melhorar nossas experiências espirituais, mas somente se confiarmos no Espírito e seguirmos todos os sussurros.

Agora que amadureci na minha compreensão do jejum, sou muito feliz — e sei pessoalmente que o Senhor responde às minhas orações.

Sinto sua presença ao meu lado e uma profunda sensação de paz. Eu realmente amo o jejum porque ele me aproxima mais a Deus e isso me ajuda a alimentar meu espírito e também encher minha alma.

Eu sempre oro que Deus me dê força e determinação para jejuar.