2021
Relembrando o Menino de Belém
Dezembro de 2021


MENSAGEM DA PRESIDÊNCIA DA ÁREA

Relembrando o Menino de Belém

Ao comemorar o nascimento de Cristo, na verdade nos lembramos da realização culminante do ministério de Cristo — Sua Expiação.

Em cada 25 de dezembro, pessoas de muitas nações, diferentes raças e até mesmo de diferentes crenças comemoram o nascimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. É celebrado como Natal com presépios, canções de adoração, leituras, encenações, canções natalinas e boa comida.

Por que isto acontece? Consideremos por um momento o que sabemos sobre o nascimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

O dia, mês ou ano exato do nascimento de Cristo não está determinado. Sabemos que Ele nasceu há mais de dois mil anos e que provavelmente foi nos meses de primavera de março ou abril, e não durante o mês de dezembro, como geralmente é presumido por muitos.

O certo é que Ele nasceu de uma mãe Judia chamada Maria na cidade de Belém, na Judéia. Maria, uma virgem e uma mãe milagrosamente grávida, estava noiva de José. Ambos eram da mesma cidade, Nazaré, que ficava cerca de 30 quilómetros a sudoeste do Mar da Galiléia e cerca de 150 quilómetros ao norte de Belém (ver Mateus capítulo 1 e Lucas capítulos 1 e 2).

Além disso, embora seja verdade que este “menino de Belém” nasceu em uma família humilde, seria incorreto supor que o nascimento de Cristo na mortalidade foi um evento obscuro e não anunciado. Os primeiros profetas foram ensinados por revelação e profetizaram sobre a vinda de um Messias que se levantaria da Casa de Judá para redimir toda a humanidade (ver, por exemplo, Isaías 7, [1 Néfi 11:13–20]; Isaías 9 [2 Néfi 19] e Miquéias 5:2). Pouco tempo antes, durante e após o nascimento do Salvador, manifestações divinas foram dadas àqueles que eram dignos (Maria, José, Simeão e Ana), àqueles que eram humildes (os pastores no campo cuidando de seus rebanhos), àqueles que buscavam o sinal de Seu nascimento (incluindo os sábios do leste e os justos Nefitas e Lamanitas do oeste), bem como a muitos outros (ver Mateus capítulo 2, Lucas capítulo 2, Helamã 14:3–7; 3 Néfi 1:12–21).

Antes da fundação deste mundo, nosso Pai Celestial, o Pai de nossos espíritos, deu a conhecer, e cada um de nós concordou que Cristo, o Messias pré-mortal, o grande Jeová, nasceria neste mundo. O propósito de Sua vida seria derrotar a morte, o pecado e finalmente Satanás, e nos reconciliar com Deus, o Pai e Ele mesmo, Jesus Cristo — Seres santos que residem em um lugar de perfeita pureza, alegria e paz; um lugar de santidade — Céu — o Reino Celestial (ver Salmos 22; Isaías 53 [Mosias 14–15]; 1 Néfi 11; 2 Néfi 25:26).

Se esse menino de Belém não tivesse nascido, cada um de nós teria sido separado do Pai e do Filho por toda a eternidade. Nos teria sido negada a alegria eterna e, em vez disso, a humanidade teria sido banida para um estado de miséria perpétua.

Felizmente, isso não aconteceu, porque Cristo, por meio de Sua vida perfeita, Seus ensinamentos amorosos, ordenanças de salvação, convênios de fortalecimento e manifestações de grande e infinito poder — primeiro no Getsêmani, depois na cruz e, finalmente, em Sua Ressurreição ao ascender ao Pai, como nosso Salvador, Redentor, Juiz e Advogado — reconciliou-nos com Deus e cumpriu o Grande Plano de Felicidade (ver 2 Néfi capítulo 9, Alma capítulos 11 e 40).

Mais do que em qualquer época do ano, o Natal é a época em que quase todas as pessoas sentem um profundo anseio, até mesmo uma sede, de pertencer a uma família e de partilhar com eles o Natal e as suas celebrações.

O plano de Deus começou com uma família — primeiro, a família celestial eterna de nosso Pai Celestial (à qual todos nós pertencíamos), seguida por Maria e sua família e, finalmente, cada uma de nossas famílias individuais. Embora nem todos nós na mortalidade sejamos abençoados com casamento e filhos, ou com famílias felizes e unidas, contudo, é verdade — se realmente o desejarmos e nos conformarmos com o plano de Deus — que essas bênçãos serão nossas, no bom tempo do Senhor.

Se pensarmos bem, o Natal é realmente uma festa de famílias, para famílias. Ao comemorar o nascimento de Cristo, na verdade nos lembramos da realização culminante do ministério de Cristo — Sua Expiação. Por meio de Sua Expiação infinita, foram estabelecidas as condições que permitiram que a humanidade fosse abençoada com alegria e felicidade perpétuas na presença de nosso Pai Celestial. Como o Presidente Russell M. Nelson ensinou em um discurso intitulado “O Sucesso da Família Advém de Seguir-se ao Salvador”, dado durante uma viagem ao Quénia, “o único propósito de formar famílias e selar essas famílias nos templos sagrados é [que] seríamos qualificados para habitar na presença de Deus depois de nos graduarmos na mortalidade.”

Nossa oração, durante esta época abençoada, é que você possa desfrutar o Natal com sua família e entes queridos em sagrada lembrança do bendito nascimento, vida, ministério e Expiação de nosso Senhor Jesus Cristo como nosso Advogado junto a Seu Pai — o Pai de todos.

Feliz Natal!

Christoffel Golden foi chamado como Setenta Autoridade Geral em março de 2001. Ele é casado com Diane Norma Hulbert; o casal tem quatro filhos.

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