Vozes dos Membros
Como o Templo Ajudou-me Durante o Meu Luto
Fazer viagens regulares ao templo abençoou-me em tempos de provações e aflições, partilha a Irmã Siphiwe Shongwe de Eswatini.
Há cerca de sete anos, a filha da Irmã Siphiwe Shongwe, três netos, e uma amiga dos netos que muitas vezes se juntava à família na igreja, estiveram envolvidos num acidente de carro, fatal. Todos os cinco ocupantes do carro morreram. Enquanto a Irmã Shongwe vivia a sua dor, ela conseguiu encontrar força no evangelho e manteve-se fiel aos seus preceitos. Ela partilha aqui como a frequência ao templo a tem ajudado a encontrar força e paz.
“Quando conheci a igreja, não tinha a menor ideia do que era um templo. Na igreja, falavam sempre disso mas não havia visitas regulares ao templo, porque o templo mais próximo ficava na África do Sul, a cerca de quatro horas de carro. Dois anos mais tarde, um casal missionário de Utah teve a iniciativa de levar membros ao templo de quinze em quinze dias. Eu fui a primeira a ir, juntamente com a Presidente da Sociedade de Socorro.
Após a minha primeira visita ao templo, fiquei um pouco confusa mas, ao mesmo tempo, queria aprender mais. A partir dessa altura, o ramo começou a fazer visitas regulares ao templo e eu sempre procurei acompanhar o grupo.
Como mãe solteira e viúva, aprendi que podia ser selada ao meu cônjuge falecido pelo tempo e pela eternidade. Isso deu-me paz e consolo e recordou-me o que os missionários me tinham ensinado — que as famílias podem ser eternas.
Ser selada aos meus familiares falecidos foi uma das experiências mais memoráveis, consoladoras e pacíficas que já tive.
Visitar o templo regularmente também ajudou a motivar-me a fazer o trabalho de história da família para os membros falecidos da minha família. Estas coisas fortaleceram a minha fé e deram-me um testemunho mais forte sobre o nosso Pai Celestial e o Seu amor compassivo.
Noutra experiência, enquanto me preparava para uma viagem ao templo em novembro de 2014, tive uma conversa com a minha filha sobre ela também ir ao templo. Ela prometeu ir comigo no ano seguinte, pois ainda estava a preparar-se. Quando estava no templo, eu tinha uma oração no meu coração para que ela fosse à casa de Deus. Não fazia ideia de que no mesmo mês ela estaria envolvida num acidente de carro fatal.
Saber que a minha filha tinha o desejo de ir ao templo ajudou-me e deu-me forças. Mesmo antes de eu e a minha filha falarmos sobre o assunto, Deus sabia que ela não iria ao templo fisicamente, mas sim pelo espírito.
Sei que os templos dão consolo e paz enquanto guardamos os convénios do nosso Pai Celestial, tal como o fizeram para Jó do antigo testamento. No livro de Alma, lemos que o Salvador ‘tomará sobre Si as suas enfermidades, para que se lhe encha de misericórdia as entranhas, segundo a carne, para que saiba, segundo a carne como socorrer seu povo, de acordo com as suas enfermidades’ (Alma 7:11–12).
Sou grata pelo templo, que nos prepara e fortalece mesmo antes que aconteçam coisas dolorosas nas nossas vidas e nos torna humildes para permanecermos mais próximos do nosso Pai Celestial”.