Lição 110: Doutrina e Convênios 94–97

Doutrina e Convênios 95

“A construção de minha casa”

Como parte da Restauração de Seu evangelho, Jesus Cristo ordenou aos santos que construíssem um templo em Kirtland, Ohio. Meses depois, quando os santos ainda não haviam começado a construção, o Salvador amorosamente os repreendeu e reafirmou Seu mandamento de construir Sua casa. Obedientemente, os santos trabalharam com diligência para construir o Templo de Kirtland. Esta lição pode ajudar os alunos a sentirem um desejo maior de adorar ao Senhor em Seu templo.

Possíveis atividades de aprendizado

Tornar a adoração no templo uma prioridade

Para ajudar os alunos a pensar sobre a importância de adorar ao Senhor em Seus templos, auxilie-os a criar uma situação em que um jovem fictício tinha planos de ir ao templo, mas decidiu não ir. Uma maneira de fazer isso é mostrar a sugestão a seguir e pedir aos alunos que preencham o espaço em branco com os motivos que alguém pode dar para não frequentar o templo. Debata por que às vezes deixamos de priorizar a frequência ao templo.

Se você e seus alunos moram muito longe do templo e não podem priorizar a frequência ao templo, você poderia simplesmente começar a aula com a autoavaliação que se segue à atividade de preenchimento de lacunas.

Eu queria ir ao templo. No entanto, por causa de , eu não fui.

Use a escala a seguir para refletir sobre a importância de adorar ao Senhor no templo.

Incentive os alunos a buscar revelação pessoal durante a lição para saber maneiras de priorizar a adoração no templo.

Se os alunos não tiverem acesso a um templo próximo, adapte a lição para ajudá-los a sentir a importância de se preparar para ir ao templo um dia.

O Senhor corrige aqueles a quem Ele ama

No final de dezembro de 1832, o Salvador ordenou a Seu povo que construísse o templo, ou “uma casa de Deus” (Doutrina e Convênios 88:119). Quando o Senhor revelou Doutrina e Convênios 95, em junho de 1833, os santos haviam comprado terras, mas a construção ainda não havia começado.

• Leia Doutrina e Convênios 95:1–3 e identifique o que o Senhor disse a Seu povo.

• O que esses versículos ensinam sobre os sentimentos do Senhor pelo templo?

• Como o Senhor demonstrou Seu amor por Seu povo?

O Senhor ordenou que Seu povo construísse um templo

Leia Doutrina e Convênios 95:4, 8–9 e procure os motivos do Senhor para ordenar aos santos que construíssem Sua casa.

• Como os santos seriam abençoados por obedecerem ao mandamento dado pelo Senhor de construir um templo?

• O que especificamente o Pai Celestial lhes prometeu?

  À medida que os alunos falarem as razões que o Senhor deu para ordenar aos santos que construíssem Sua casa, ajude-os a identificar o seguinte princípio: Jesus Cristo ordena a Seu povo que construa templos para cumprir a promessa do Pai Celestial de investi-los com poder.

• O que significa ser investido com o poder de Deus?

  Se necessário, explique aos alunos que “investir” significa conceder um dom a alguém. Ser investido no templo significa receber uma concessão de poder e conhecimento espiritual.

  Faça perguntas que incentivem o debate: As perguntas a seguir podem ser usadas para criar um debate significativo em classe. Para mais ideias práticas sobre como fazer isso, consulte o treinamento intitulado “Ajudar os alunos a assumir a responsabilidade por seu próprio aprendizado”, que se encontra em Aperfeiçoamento didático do professor. Pratique a habilidade: “Resistir à tendência de responder a todos os comentários e perguntas e pedir à classe que responda”.

• Quais são algumas maneiras diferentes pelas quais Deus pode decidir nos abençoar com Seu poder no templo?

• Como você acha que receber o poder de Deus indo ao templo o afetaria em casa, na escola ou em outros aspectos de sua vida?

“Tereis poder para construí-la”

Leia Doutrina e Convênios 95:11–14 e procure palavras ou frases que possam ter motivado os santos a obedecer ao mandamento do Senhor de construir um templo.

• O que você encontrou? Como isso pode ter sido motivador?

Divida a classe em grupos pequenos. Dê a cada grupo uma cópia do material “Sacrifícios feitos para construir o Templo de Kirtland”. Peça aos alunos que leiam sobre a construção do Templo de Kirtland no material que foi distribuído ou em Santos, vol. 1, O Estandarte da Verdade, pp. 210–211, 221.

Os alunos podem anotar na folha ou no quadro alguns dos sacrifícios que os santos fizeram para construir o Templo de Kirtland. Depois, eles poderiam debater e listar sacrifícios que podemos fazer para ir ao templo ou nos preparar para adorar ao Senhor no templo em nossos dias.

Sacrifícios feitos para construir o Templo de Kirtland

Imediatamente após a seção 95 ter sido recebida, Hyrum Smith começou a limpar o terreno onde o templo seria construído. A construção do templo foi um grande desafio. Havia apenas cerca de 150 membros da Igreja na área. Eles não tinham experiência ou habilidades para supervisionar a construção de um edifício tão grande. A construção do templo também representaria dificuldades financeiras para a Igreja e para os membros. Não obstante, eles foram trabalhar e o Senhor cumpriu Sua promessa de dar-lhes “poder para construí-la” (Doutrina e Convênios 95:11). Artemus Millet, um converso do Canadá e pedreiro experiente, mudou-se para Kirtland e supervisionou a construção. Outro converso, John Tanner, forneceu ajuda financeira em um momento crítico. Homens, mulheres e crianças da região doaram tempo, trabalho e recursos para construir o templo. (Ver Lisa Olsen Tait e Brent Rogers, “Uma casa para nosso Deus”, em Revelações em Contexto, 2016, p. 170; Santos, vol. 1, O Estandarte da Verdade, pp. 210–211.)

• Quais são alguns dos sacrifícios que os santos fizeram para construir o Templo de Kirtland? O que mais o impressionou a respeito desses sacrifícios?

• Quais são alguns dos sacrifícios que podemos fazer para frequentar a Casa do Senhor?

Depois de dar aos alunos tempo suficiente, peça-lhes que digam o que aprenderam. Em espírito de oração, pense em quando você pode ler com os alunos a seguinte declaração do presidente Nelson que reitera a importância de fazer sacrifícios para adorar ao Senhor no templo.

O presidente Russell M. Nelson nos abençoou para fazermos um sacrifício para adorar no templo:

Meus queridos irmãos e irmãs, a construção desses templos pode não mudar sua vida, mas o tempo que despenderão no templo certamente mudará. Nesse sentido, eu os abençoo para que identifiquem o que podem deixar de lado a fim de passarem mais tempo no templo. (Russell M. Nelson, “Trabalhemos hoje”, Liahona, maio de 2018, p. 119)

• Como você ou outras pessoas que você conhece foram abençoadas por fazer sacrifícios para adorar ao Senhor no templo?

  Se você já teve experiências de adoração ao Senhor no templo, relate como o Senhor o abençoou como resultado disso. Se você ou algum aluno não teve a oportunidade de ir ao templo, o vídeo “Os Templos São Um Farol” (2:50) pode ajudar os alunos a sentir o desejo de adorar ao Senhor no templo, seja qual for o sacrifício que tenham que fazer.

  Os alunos podem se beneficiar registrando suas respostas às perguntas a seguir em seus respectivos diários de estudo. Depois, pergunte se os alunos gostariam de fazer algum comentário.

• Como você acha que os ensinamentos de Doutrina e Convênios 95 podem se aplicar a você hoje?

• O que você aprendeu sobre a importância de adorar ao Senhor no templo?

Recursos adicionais

Quais foram as primeiras coisas em que os santos pensaram sobre a construção do templo?

Lucy Mack Smith, mãe do profeta Joseph Smith, relembrou: “Um conselho foi chamado e Joseph pediu aos irmãos, a cada um deles, que se levantasse e desse sua opinião, e no fim, ele daria a dele. (…) Alguns pensavam que seria melhor construir uma [casa] com estrutura de madeira. Outros diziam que uma casa com estrutura de madeira ficaria muito cara, (…) e a maioria concluiu pela construção de uma casa de toras e fez seus cálculos sobre o que poderia fazer com respeito à construção. Joseph se levantou e os lembrou de que não estavam fazendo uma casa para eles mesmos ou para um homem qualquer, mas para Deus: ‘Vamos, irmãos’, disse ele, ‘construir uma casa de toras para Deus? Não, irmãos. Tenho um plano melhor. Tenho a planta da casa de Deus, dada por Ele mesmo. Com isso, vocês verão a diferença entre nossos cálculos e Suas ideias’”. O profeta então forneceu a “planta completa da casa do Senhor em Kirtland”, com a qual os irmãos “ficaram encantados”. Depois da reunião, caminharam até o local do edifício e começaram a trabalhar — removendo uma cerca, limpando o chão e cavando uma vala para o muro. (“Lucy Mack Smith, History, 1844–1845”, livro 14, pp. 1–2, josephsmithpapers.org; ortografia, pontuação e uso de maiúsculas padronizados)

Doutrina e Convênios 95:4. Qual é o “estranho ato” do Senhor?

Isaías profetizou que antes da Segunda Vinda de Jesus Cristo, o Senhor faria “a sua obra, a sua estranha obra, e para executar o seu ato, o seu estranho ato” (Isaías 28:21). A “estranha obra” mencionada por Isaías e reafirmada na revelação registrada em Doutrina e Convênios 95 refere-se à Restauração do evangelho (ver Doutrina e Convênios 95:4; 101:95). Como parte de Sua obra, o Senhor prometeu “[derramar] o [Seu] espírito sobre toda carne” (Doutrina e Convênios 95:4; ver também Joel 2:28–32). Aqueles que não creem em manifestações celestiais, visões, dons do Espírito e outros assuntos espirituais podem ver o evangelho restaurado como “estranho”.

Como o Senhor cumpriu Sua promessa em Doutrina e Convênios 95:14?

“Poucos dias depois [que a revelação que se encontra em Doutrina e Convênios 95 foi recebida], o Senhor cumpriu Sua promessa, concedendo a Joseph Smith e seus conselheiros na Primeira Presidência uma extraordinária visão na qual eles viram a planta detalhada do templo. Frederick G. Williams, segundo conselheiro na Primeira Presidência, relembrou posteriormente: ‘Joseph [Smith] recebeu a palavra do Senhor de que levasse seus dois conselheiros [Frederick G.] Williams e [Sidney] Rigdon e se apresentassem perante o Senhor, e Ele lhes mostraria a planta ou modelo da casa a ser construída. Ajoelhamo-nos, invocamos ao Senhor, e o edifício apareceu ao longe, sendo eu o primeiro a enxergá-lo. Depois, todos nós o vimos juntos. Depois de darmos uma boa olhada no exterior, o edifício pareceu vir em nossa direção até estar sobre nós’ [Frederick G. Williams, citado por Truman O. Angell, em Truman Osborn Angell, Autobiografia 1884, pp. 14–15, Arquivos da Igreja, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, Salt Lake City, Utah]” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 285).

A investidura prometida no Templo de Kirtland era igual à investidura do templo hoje?

A investidura mencionada na revelação registrada em Doutrina e Convênios 95 não é idêntica às ordenanças de investidura administradas em templos posteriores. A investidura recebida pelos membros da Igreja em Kirtland, Ohio, incluía algumas ordenanças semelhantes às realizadas nos templos hoje, mas também incluiu ocasiões em que o Senhor derramou Seu Espírito e os investiu com poder espiritual (ver Doutrina e Convênios 109; 110 e Tópicos da história da Igreja, “Investidura de poder”, Biblioteca do Evangelho). A primeira investidura do templo completa concedida nesta dispensação foi apresentada por Joseph Smith, em Nauvoo, Illinois, em maio de 1842. Incluía alguns aspectos semelhantes aos que foram administrados em Kirtland, mas também muitos componentes adicionais.

Onde posso saber mais sobre a construção do Templo de Kirtland?

• Ver Tópicos da história da Igreja: Templo de Kirtland

• Ver Lisa Olsen Tait e Brent Rogers, “Uma casa para nosso Deus”, Revelações em Contexto, 2016

Atividades complementares de aprendizado

Doutrina e Convênios 95:1. “A quem amo também castigo”

Você pode ajudar os alunos a aprenderem sobre o caráter do Salvador ao entender por que Ele nos corrige. Depois de debater o que significa corrigir, os alunos podem examinar os seguintes versículos e identificar as razões por que o Salvador corrige Seu povo:

• Hebreus 12:5–7, 9

• Mosias 23:21

• Doutrina e Convênios 98:19–22

• Doutrina e Convênios 105:2–6

Peça aos alunos que reflitam sobre como geralmente reagem quando são corrigidos. Depois, peça-lhes que digam como podemos responder fielmente quando o Senhor nos corrige.

Para mais informações sobre correção, ver o discurso do élder D. Todd Christofferson “Eu repreendo e castigo a todos quantos amo”, A Liahona, maio de 2011, p. 97; ou assista ao vídeo “A Vontade de Deus” (3:02) em ChurchofJesusChrist.org.

Doutrina e Convênios 95:6. “Andam em trevas ao meio-dia”

Essa atividade pode ajudar os alunos a entender a importância de guardar os mandamentos do Senhor. Peça aos alunos que descrevam o que acham que significa “[andar] em trevas ao meio-dia”. Depois, debata as seguintes perguntas:

• De que maneira o fato de ignorar o mandamento do Senhor de construir um templo se compara a “[andar] em trevas ao meio-dia”?

• Como poderíamos “[andar] em trevas ao meio-dia” se escolhêssemos ignorar outros mandamentos? (Ver também Doutrina e Convênios 95:12.)

Títulos de Jesus Cristo

Essa atividade pode ajudar os alunos a aprender mais sobre Jesus Cristo concentrando-se em Seus títulos. Peça aos alunos que encontrem os títulos do Salvador em Doutrina e Convênios 95:7, 17. Os alunos poderiam dizer o que aprenderam sobre o Salvador com esses títulos.

Conforme necessário, explique o seguinte:

No versículo 7, o Senhor dá uma interpretação do que significa o nome “Senhor de Sabaote”. Essa também é uma palavra hebraica que significa “hostes” ou “exércitos”. As hostes incluem os exércitos angelicais do céu (ver Bible Dictionary na Bíblia da Igreja em inglês, “Sabaoth”).

De acordo com o profeta Joseph Smith, a palavra Amã é o nome de Deus na pura linguagem de Adão, e “Filho Amã” (versículo 17) é o nome do Filho de Deus, Jesus Cristo (ver The Joseph Smith Papers, Documents, Volume 2: July 1831–January 1833, ed. por Matthew Godfrey e outros, 2013, pp. 213–215). Ele também explicou que Amã significa “o primeiro homem ou primeiro Deus” (“Minutes, 5 de abril de 1844”, p. 84, josephsmithpapers.org; ver também Doutrina e Convênios 78:20).

Alfus (Alfa) e Omegus (Ômega) são as primeiras e últimas letras do alfabeto grego. Elas descrevem “a natureza abrangente de Cristo, sendo o primeiro e o último, o princípio e o fim” (Bible Dictionary na Bíblia da Igreja em inglês, “Alpha”).