Capítulo 16
Os Idosos na Igreja
“Que esses anos dourados sejam seus melhores anos à medida que vivam, amem e sirvam plenamente. E que Deus abençoe aqueles que suprem suas carências — seus familiares, seus amigos e seus irmãos e líderes da Igreja.”
Da Vida de Ezra Taft Benson
Ezra Taft Benson tinha 86 anos quando se tornou Presidente da Igreja. Ele compreendia as alegrias e os desafios que acompanham os últimos anos de vida. Uma dessas alegrias, para ele, era a companhia constante de sua mulher, Flora. O casal celebrou os 60 anos de casamento durante seu primeiro ano como Presidente. Adoravam a companhia um do outro e frequentavam o templo juntos praticamente todas as manhãs de sexta-feira. Em sua festa de aniversário de 87 anos, alguém perguntou ao Presidente Benson qual era o segredo de sua vida longa e feliz. “Antes que pudesse responder, a irmã Benson disse, com graça, mas com intenção: ‘Ele teve uma ótima esposa’.”1
Ao atingirem uma idade mais avançada, o Presidente e a irmã Benson adoravam ficar em companhia dos filhos e dos netos, e a família continuava aprendendo com seu exemplo. “Uma das netas morou com os avós durante os primeiros 18 meses dele como Presidente e, a convite do casal, sempre viajava com eles para auxiliá-los e para cuidar de suas necessidades individuais. Ela acompanhou muito de perto os avós na rotina doméstica — as idas até a sorveteria; o modo como se sentavam no sofá, de mãos dadas, e como recordavam o passado, cantavam e riam juntos; e a maneira calorosa como recebiam os mestres familiares e outros que os visitavam.”2
Os netos sabiam a grande bênção que era poder receber a influência de avós tão sábios e amorosos. “Uma das netas escreveu uma carta de agradecimento ao Presidente Benson pelo conselho que ela e o marido receberam quanto a uma decisão difícil. ‘Nós lhe perguntamos o que fazer e você disse: ‘Orem a respeito. Acredito firmemente que tomarão a decisão certa’. A sua fé em nós deu-nos mais autoconfiança.’”3
Para a conferência geral realizada imediatamente após seu aniversário de 90 anos, o Presidente Benson preparou um discurso dirigido “aos idosos na Igreja e seus familiares e aos que cuidam de suas necessidades”. Na introdução, ele expressou sua relação pessoal com o assunto: “Tenho um carinho especial pelos idosos, esse maravilhoso grupo de homens e mulheres. Sinto que, ao menos em parte, eu os compreendo, pois sou um deles”.4
Ensinamentos de Ezra Taft Benson
1
O Senhor conhece e ama os idosos e conferiu-lhes muitas de Suas responsabilidades mais importantes.
O Senhor conhece e ama os idosos entre Seu povo. Sempre foi assim; e sobre eles Ele conferiu muitas de suas responsabilidades mais importantes. Em várias dispensações, Ele guiou Seu povo por intermédio de profetas que tinham idade bem avançada. Ele precisava da sabedoria e da experiência que só se adquire com a idade, da orientação inspirada daqueles com longos anos de comprovada fidelidade a Seu evangelho.
O Senhor abençoou Sara, já idosa, para que desse um filho a Abraão. Provavelmente o maior sermão do rei Benjamim foi proferido quando ele já era bem idoso, quase à morte. Ele foi de fato um instrumento nas mãos do Senhor, pois foi capaz de liderar seu povo e manter a paz entre eles.
Muitos outros homens e mulheres através dos séculos realizaram coisas grandiosas ao prosseguirem, mesmo na velhice, servindo ao Senhor e aos filhos Dele.
Em nossa dispensação, dentre os profetas que foram chamados pelo Senhor, muitos o foram com mais de 70, 80 ou com mais idade. O Senhor realmente conhece e ama Seus filhos que doaram muito de si durante seus anos de experiência.
Nós amamos vocês, que são os idosos na Igreja! Vocês formam o segmento da população que mais cresce no mundo atual e também na Igreja.
Desejamos que seus anos dourados sejam maravilhosos e compensadores. Oramos para que sintam a alegria de uma vida bem vivida e repleta de boas recordações e de expectativas ainda maiores por meio da Expiação de Cristo. Esperamos que sintam a paz que o Senhor prometeu aos que continuam a se esforçar para cumprir Seus mandamentos e seguir Seu exemplo. Desejamos que seus dias sejam cheios de coisas para fazer e de meios de prestar serviço a outros menos afortunados que vocês. Ser mais velho quase sempre significa ser melhor, pois seu tesouro de sabedoria e experiência pode continuar a se expandir e aumentar ao estender a mão para outros.5
2
Podemos tirar o máximo proveito de nossa idade avançada.
Gostaria de sugerir oito áreas nas quais podemos tirar o máximo proveito de nossa idade avançada:
1. Oficiar no templo e frequentá-lo amiúde. Nós, que somos mais velhos, devemos usar nossa energia não só para abençoar nossos antepassados, mas também para garantir que, tanto quanto possível, toda a nossa posteridade receba no templo as ordenanças de exaltação. Trabalhem com sua família; aconselhem aqueles que porventura ainda não estiverem dispostos a se preparar e orem por eles.
Exortamos todos os que puderem a ir ao templo com frequência e aceitar chamados para servir no templo, desde que a saúde, as forças e a distância assim o permitam. Dependemos de vocês para realizar o trabalho nos templos. Com o número crescente de templos, precisamos de mais membros que se preparem para esse doce encargo. A irmã Benson e eu somos gratos por poder frequentar o templo juntos quase todas as semanas. Que bênção isso tem sido em nossa vida!
2. Coletar e escrever histórias familiares. Conclamamos a todos que busquem com empenho reunir e registrar histórias pessoais e familiares. Muitas vezes, vocês são os únicos que conhecem a história e se lembram de entes queridos, datas e eventos. Há situações em que vocês são a história da família. Há pouquíssimas maneiras pelas quais seu legado será mais bem preservado do que pela coleta e pelo registro que vocês fazem de suas histórias.
3. Envolver-se com a obra missionária. Precisamos de um número cada vez maior de casais na obra missionária. Se a saúde e as finanças permitirem, conclamamos muitos mais casais a colocarem a vida e outros negócios em ordem e partirem para a missão. Precisamos muito de vocês no campo missionário! Vocês conseguem realizar a obra missionária de uma maneira que os jovens missionários não conseguem.
Sou grato por duas de minhas irmãs viúvas terem servido juntas como companheiras missionárias na Inglaterra. Tinham 68 e 73 anos de idade quando foram chamadas, e a experiência de ambas foi maravilhosa.
Quando os avós servem missão, isso é um grande exemplo e uma bênção para a posteridade da família. Muitos casais seniores que fazem isso são fortalecidos e revitalizados pelo serviço missionário. Por meio dessa vereda sagrada de serviço, muitos são santificados e sentem a alegria de trazer outros ao conhecimento da plenitude do evangelho de Jesus Cristo. (…)
4. Exercer a liderança na edificação da união familiar. Exortamos todos os membros idosos, se possível, a reunir sua família. Organize-os em unidades coesas. Exerça a liderança nos encontros familiares. Organize encontros familiares em que a interação e o legado familiar possam ser sentidos e aprendidos. Algumas das minhas recordações mais doces são os encontros e as reuniões da nossa família. Desenvolvam boas tradições familiares que os unam eternamente. Ao fazer isso, estarão criando um pedacinho do céu aqui mesmo na Terra, dentro de cada família. Aliás, a eternidade será apenas uma extensão da vida familiar justa.
5. Aceitar e cumprir chamados na Igreja. Acreditamos que todos os membros idosos que tenham condições podem aceitar chamados na Igreja e cumpri-los com dignidade. Sou grato por conhecer pessoalmente irmãos com 70 ou 80 anos de idade que servem como bispos e presidentes de ramo. Como precisamos do conselho e da influência daqueles que já trilharam as sendas da vida! Todos nós precisamos ouvir suas histórias de sucesso e de como superaram um coração partido, uma dor, uma decepção, tornando-se mais fortes graças a essas experiências.
Existem ótimas oportunidades de serviço para vocês na maioria das organizações da Igreja. Vocês dispõem de tempo e de um sólido alicerce no evangelho, o que lhes permite oferecer excelente trabalho. Seu serviço fiel na Igreja se evidencia das mais variadas maneiras. Agradecemos por tudo quanto têm feito e oramos para que o Senhor os fortaleça para fazerem mais.
6. Planejar seu futuro financeiro. Ao prosseguirem pela vida em direção à aposentadoria e às décadas que se seguirão, convidamos todos os nossos membros idosos a planejarem economicamente o período seguinte ao do emprego por tempo integral. Que evitemos dívidas desnecessárias. Também recomendamos precaução quanto a assinarem em conjunto notas promissórias, mesmo com familiares, o que pode colocar em risco a renda da aposentadoria.
Sejam ainda mais cuidadosos nesse período da vida com os esquemas de “enriquecimento rápido”, hipoteca da casa e investimento em negócios incertos. Tenham cuidado para que o planejamento de uma vida inteira não seja desperdiçado por causa de uma ou de uma série de más decisões financeiras. Planejem seu futuro financeiro com antecedência e atenham-se ao plano.
7. Prestar serviço cristão. O serviço cristão exalta. Sabedores disso, conclamamos todos os membros idosos capazes a lançar [suas] foices no serviço ao próximo. Isso pode fazer parte do processo de santificação. O Senhor prometeu que aqueles que perdessem a vida no serviço ao próximo a achariam. O Profeta Joseph Smith nos disse que deveríamos “esgotar nossa vida” para levar a efeito os propósitos do Senhor (D&C 123:13).
Paz, alegria e bênçãos acompanharão aqueles que prestarem serviço ao próximo. Sim, recomendamos o serviço cristão a todos, mas é especialmente recompensador na vida dos idosos.
8. Manter a boa forma física, ser saudáveis e ativos. Estamos empolgados com os esforços feitos por muitos idosos a fim de garantir boa saúde na idade avançada. (…)
Como gostamos de ver nossos idosos sempre vigorosos e ativos! Ao manterem a atividade, tanto a mente como o corpo funcionam melhor.6
3
O serviço ao próximo ajuda a curar aqueles que perderam um ente querido ou temem a solidão.
Queremos também expressar nosso amor aos que perderam o cônjuge. Às vezes pode haver, para alguns, um sentimento de inutilidade e de solidão que pode ser quase insuportável. Muitas vezes, não é preciso que seja assim. Além das oito sugestões mencionadas, seguem-se alguns exemplos de atividades que comprovadamente ajudaram outras pessoas.
Há pessoas sozinhas que se mantêm ocupadas costurando colchas para cada neto que se casa ou cada recém-nascido na família. Outras escrevem cartas nos aniversários ou comparecem, sempre que possível, aos eventos escolares e esportivos dos netos. Algumas montam álbuns de fotografias de cada neto para entregar-lhes nos aniversários. (…)
Vemos um número incontável de irmãs viúvas que são voluntárias (…) em hospitais ou prestam outros tipos de serviço comunitário. Muitas delas sentem-se realizadas ajudando dessa forma.
A fórmula para superar a solidão e o sentimento de inutilidade, para quem é fisicamente capaz, é olhar para fora de si mesmo e ajudar aqueles que estão realmente necessitados. Prometemos a quem prestar esse tipo de serviço que, de alguma forma, você será curado da perda de entes queridos ou do medo da solidão. A maneira de se sentir melhor quanto à própria situação é melhorar as circunstâncias de outra pessoa.7
4
Em ocasiões de enfermidade e dor, podemos permanecer fortes em atitude e em espírito.
Estendemos particularmente nosso amor e nossa preocupação aos que estão enfermos ou sofrem a dor e as vicissitudes da vida. Preocupamo-nos com vocês e oramos por vocês. Lembrem-se daquilo que Leí disse ao abençoar seu filho Jacó, que havia sofrido nas mãos de seus irmãos mais velhos Lamã e Lemuel. Ele disse: “Conheces a grandeza de Deus; e ele consagrará tuas aflições para teu benefício” (2 Néfi 2:2). Ele fará o mesmo por vocês.
Oramos para que continuem se esforçando para permanecer fortes na atitude e no espírito. Sabemos que nem sempre é fácil. Oramos para que aqueles que hoje fazem por vocês as tarefas que vocês não conseguem mais fazer sozinhos façam-nas com amor, com gentileza e com carinho.
Desejamos que continuem a ter bons pensamentos e sentimentos na mente e no coração, dispersando rapidamente os que lhes sejam nocivos e destrutivos. Confiamos que estejam oferecendo suas orações diariamente e mesmo a toda hora se necessário. Como nos ensina o Livro de Mórmon: “Que vivais rendendo graças diariamente pelas muitas misericórdias e bênçãos que ele vos concede” (Alma 34:38).
Vocês verão que o estudo diário do Livro de Mórmon elevará seu espírito, levá-los-á a se achegarem mais ao Salvador e os ajudará a ser estudantes do evangelho que compartilham grandes verdades com outras pessoas.8
5
É importante que as famílias ofereçam aos pais e avós idosos o amor, o cuidado e o respeito que merecem.
Agora gostaria de falar um pouco à família dos idosos. Referimo-nos à escritura que se encontra em Salmos: “Não me rejeites no tempo da velhice; não me desampares, quando se for acabando a minha força” (Salmos 71:9).
Incentivamos as famílias a oferecerem aos pais e avós idosos o amor, o cuidado e a atenção que merecem. Lembremo-nos do mandamento bíblico de cuidar das pessoas de nossa família para que não sejamos considerados “[piores] do que o infiel” (I Timóteo 5:8). Sinto-me extremamente grato por minha própria família e pelo cuidado amoroso que dedicam a seus pais há tantos anos.
Lembrem-se de que os pais e os avós são nossa responsabilidade, e devemos cuidar deles da melhor forma possível. Quando os idosos não têm familiares que cuidem deles, a liderança do sacerdócio e da Sociedade de Socorro deve envidar todos os esforços para cuidar de suas necessidades com o mesmo tipo de amor. Apresentamos algumas sugestões à família dos idosos.
Desde quando o Senhor gravou os Dez Mandamentos nas tábuas de pedra, Suas palavras ecoam do Sinai através dos séculos: “Honra a teu pai e a tua mãe” (Êxodo 20:12).
Honrar e respeitar nossos pais significa ter por eles grande apreço e admiração. Nós os amamos, apreciamos e nos preocupamos com sua felicidade e seu bem-estar. Nós os tratamos com cortesia e consideração sincera. Buscamos compreender seu ponto de vista. Certamente, a obediência às aspirações e aos desejos justos dos pais faz parte do ato de honrá-los.
Acima de tudo, nossos pais merecem que os honremos e os respeitemos porque eles nos deram a vida. Além disso, quase sempre fizeram inúmeros sacrifícios para nos criar e alimentar durante toda a infância. Eles cuidaram de nossas necessidades, atenderam-nos nas horas de enfermidade e nas tensões emocionais da adolescência. Muitas vezes, deram-nos a oportunidade de receber instrução formal e, ao menos em parte, eles nos educaram. Muito do que sabemos e fazemos foi aprendido graças ao exemplo deles. Que sempre sejamos gratos a eles e demonstremos essa gratidão.
Que desenvolvamos a capacidade de perdoar nossos pais que, apesar dos erros que cometeram ao nos criar, quase sempre fizeram o melhor que puderam. Que sempre os perdoemos da mesma forma que esperamos ser perdoados por nossos filhos pelos erros que cometemos.
Mesmo quando os pais envelhecem, devemos honrá-los dando-lhes liberdade de escolha e a oportunidade de independência enquanto for possível. Que não lhes privemos das escolhas que ainda podem fazer. Alguns pais conseguem viver e cuidar bem de si mesmos até a idade avançada, e preferirão fazê-lo. Quando eles conseguem, deixem que façam.
Se eles se tornarem menos capazes de viver independentemente, então a família, a Igreja e os recursos da comunidade podem ser necessários para ajudá-los. Se os idosos se tornarem incapazes de cuidar de si mesmos, mesmo com ajuda suplementar, poderão receber tais cuidados no lar de um membro da família se possível. Os recursos da Igreja e da comunidade podem ser também necessários nessas situações.
O papel do cuidador é vital. Há uma grande necessidade de apoio e ajuda para alguém nessas condições. Em geral, trata-se do cônjuge idoso ou de uma filha de meia-idade que tem os próprios filhos para cuidar além do idoso, seja o pai ou a mãe.9
6
Aqueles que são abençoados com a proximidade dos avós e de outras pessoas de idade desfrutam de uma companhia e interação muito proveitosa.
Também esperamos que vocês incluam os idosos nas atividades familiares sempre que possível. Sentimos grande alegria ao ver netinhos animados e gentis tendo os avós amorosos em seu meio. As crianças adoram essas ocasiões. Elas adoram quando os avós os visitam e quando estão presentes no jantar, nas reuniões de noite familiar e em outros eventos especiais. Essas são oportunidades excelentes para ensinar as crianças a honrar, amar e respeitar aqueles que estão vivendo seus últimos anos e cuidar deles.
Os avós podem exercer uma grande influência nos netos. O tempo de que dispõem não está todo comprometido e limitado como o dos pais; assim, podem abrir livros e ler, podem contar histórias e podem ensinar as crianças a aplicar os princípios do evangelho. Com isso, as crianças adquirem uma perspectiva de vida que não só os beneficia, mas também lhes dá segurança, paz e força. É possível enviar cartas, [gravações] e fotografias, especialmente quando a distância é grande e isso torna impossível ver um ao outro com frequência. Aqueles que são abençoados com a proximidade dos avós e de outras pessoas de idade desfrutam de uma companhia e interação muito proveitosa. Haverá ocasiões em que eles poderão comparecer a formaturas, casamentos, caravanas ao templo (…) e outros eventos especiais com os membros da família.
Adoramos ver nossos filhos e netos crescer e ter sucesso em áreas específicas ao partilhar de muitas das suas alegrias e nos regozijar com suas vitórias. A felicidade abençoa nossa vida à medida que nossos filhos se esforçam e encontram realização na própria vida. Lemos em III João 1:4: “Não tenho maior gozo do que este, o de ouvir que os meus filhos andam na verdade”. Esse conhecimento ajuda-nos a renovar nosso amor e nossa coragem para continuar com nossos esforços.10
7
Os líderes da Igreja devem buscar fervorosamente o Espírito para ajudar os membros a cuidar das necessidades dos idosos.
Nós (…) exortamos os líderes do sacerdócio responsáveis pelos idosos a serem sensíveis aos influxos do Espírito de nosso Pai Celestial ao avaliar as necessidades espirituais, físicas, emocionais e financeiras dos idosos e cuidar delas. Confiamos que utilizarão seus conselheiros, os líderes do quórum do Sacerdócio de Melquisedeque e as líderes da Sociedade de Socorro, os mestres familiares e as professoras visitantes nessa grande responsabilidade, pois precisamos cumprir esses deveres sem relutância ou hesitação.
Esperamos que a liderança do sacerdócio e das auxiliares continue a dar chamados aos idosos nos quais eles possam usar toda a sabedoria adquirida e seus conselhos. Esperamos, se possível, que cada um seja mestre familiar ou professora visitante. Mesmo aqueles que de alguma forma estejam confinados a uma cama ou a seu lar podem, às vezes, ajudar nesse encargo por meio de telefonemas, bilhetes e outras atribuições especiais.
Um líder do sacerdócio pode fazer muito para ajudar e incentivar as pessoas e os casais a se prepararem para o serviço missionário. A extração de nomes para o templo [que hoje se denomina indexação de História da Família] e os programas de bem-estar são grandemente abençoados por aqueles que estão numa idade avançada e têm a oportunidade de servir nessas áreas.
Esperamos que sejam designados mestres familiares e professoras visitantes cuidadosos e amorosos para cada pessoa idosa e para cada casal idoso. Aqueles que sabem que há alguém a quem podem recorrer em momentos de emergência e necessidade desfrutam de grande consolo e paz. É importante que se evidenciem tato, diplomacia e sinceridade ao avaliar tais necessidades e cuidar delas.
Esperamos que incluam os idosos independentes nas atribuições de serviço caridoso. Incluam-nos também nas atividades sociais da ala e da estaca, especialmente os membros solteiros e os que têm o cônjuge dependente. Eles são constantemente esquecidos. Principalmente por ocasião do falecimento do cônjuge, eles precisam de muito amor. É um momento muito delicado para a maioria.
Às vezes, uma ajuda temporária é muito necessária e apreciada pelos membros da família que provêm constante cuidado físico e emocional às pessoas com necessidades especiais. É importante ajudar a família a manter-se funcional como família, com liberdade periódica das pesadas responsabilidades impostas por uma enfermidade de longo prazo ou terminal. Todos precisam de apoio amoroso e de alívio dos deveres avassaladores de uma doença ou um problema grave.
O transporte é com frequência uma grande preocupação para os idosos. Podemos ajudá-los oferecendo um meio pelo qual eles possam frequentar as reuniões de domingo, visitar seus entes queridos, fazer compras, ir ao consultório médico ou a uma clínica.
Novamente, devemos buscar fervorosamente inspiração e orientação para cuidar dos idosos. Sempre há uma grande diversidade de pessoas e de necessidades pessoais.11
8
Os últimos anos podem ser os melhores da vida.
Que Deus abençoe os idosos da Igreja. Amo-os do fundo do coração. Sou um de vocês.
Vocês têm muito pelo que viver. Que esses anos dourados sejam seus melhores anos à medida que vivam, amem e sirvam plenamente. E que Deus abençoe aqueles que suprem suas carências — seus familiares, seus amigos e seus irmãos e líderes da Igreja.
Presto-lhes meu testemunho sobre a alegria de viver — das alegrias de viver plenamente o evangelho e de subsistir ao fogo do Ourives e ao processo de santificação dele resultante. Como bem disse o Apóstolo Paulo: “Sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus” (Romanos 8:28).
Deixo-lhes a minha bênção. O Salvador vive. Esta é a Igreja Dele. A obra é verdadeira e, nas palavras de nosso Senhor e Salvador: “Confiai em mim e perseverai até o fim e vivereis; porque àquele que perseverar até o fim, darei vida eterna” (3 Néfi 15:9).12
Sugestões para Estudo e Ensino
Perguntas
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Como você já se beneficiou da “sabedoria e experiência” de pessoas mais velhas que você? (Ver seção 1.)
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Na seção 2, o Presidente Benson faz uma lista de oito coisas que as pessoas idosas podem fazer para “tirar o máximo proveito de [sua] idade avançada”. Examine cada sugestão. De que maneira essas sugestões enriquecem nossa vida seja qual for a nossa idade?
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Por que você acha que o serviço é “a fórmula para superar a solidão e o sentimento de inutilidade”? (Ver seção 3.) Em que circunstâncias você percebeu que isso é verdade?
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Reflita sobre o conselho que o Presidente Benson nos deu para ocasiões de enfermidade e dor (ver seção 4). Como esse conselho pode ajudar-nos a “permanecer fortes em atitude e em espírito”?
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Reflita sobre os ensinamentos do Presidente Benson contidos na seção 5. De que maneira os filhos e netos podem honrar seus pais e avós idosos?
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Em que circunstâncias você já viu pessoas jovens e idosas desfrutando da companhia uns dos outros? (Ver seção 6.) O que podemos fazer em nossa família e na Igreja para cultivar esse relacionamento?
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Cite algumas maneiras pelas quais os líderes da Igreja e os membros da ala ou do ramo podem ajudar a cuidar das necessidades dos idosos. (Para mais exemplos, ver a seção 7.)
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O que você acha que significa experimentar “as alegrias de viver plenamente o evangelho”? (Ver seção 8.) Cite exemplos de pessoas que você viu perseverarem fielmente até o fim.
Escrituras Relacionadas
Provérbios 20:29; Isaías 46:3–4; Lucas 2:36–38; Efésios 6:1–3; Tito 2:1–5; Tiago 1:27; D&C 121:7–8
Auxílio de Estudo
“Colocar em prática o que você aprendeu irá proporcionar-lhe uma compreensão maior e mais duradoura (ver João 7:17)” (Pregar Meu Evangelho, 2004, p. 19). Pergunte a si mesmo como você poderia aplicar os ensinamentos do evangelho em casa, no trabalho e em suas responsabilidades na Igreja.