Emprego: Muita Fé, Poucos Móveis

Lenine Santiago Duarte Nazareno, Salvador, Bahia, Brasil

Quando minha esposa e eu nos casamos, eu estava desempregado. Tínhamos bem poucos móveis, porém muito amor e muita fé.

Quando finalmente consegui um emprego, ele exigia que eu trabalhasse nas tardes de domingo. Eu tinha prometido ao Senhor que não trabalharia no dia Dele. Mas ainda era responsável por prover o sustento da família. Mesmo assim, a promessa que eu fizera não me saía da cabeça.

Minha resposta veio no domingo seguinte quando cantávamos “Sê Bem-Vindo, Dia Santo” (Hinos, nº 174) e dei-me conta da importância do Dia do Senhor. Após descobrir que não teria a opção de negociar um novo horário de trabalho, larguei o emprego. Prosseguimos em nossa vida, acreditando que o Senhor cuidaria de nós. Minha mulher trabalhava para sustentar-nos, e tivemos nossa primeira filha, Saria. Enquanto isso, fiz um curso de eletromecânica, utilizando o Fundo Perpétuo de Educação. Ainda assim, não apareceu nenhum emprego.

Minha mulher teve que voltar a trabalhar três meses depois que Saria nasceu, mas nossa filha sentia muito a falta dela. Oramos para saber o que fazer e decidimos que ela deveria pedir demissão. Parecia algo imprudente, mas sentimos que era o que devíamos fazer. Contamos com quatro meses de seguro-desemprego para que eu encontrasse algum trabalho e, num momento providencial, consegui um emprego temporário.

Quando nossa segunda filha, Amanda, nasceu, finalmente consegui um estágio técnico, mas as coisas continuaram difíceis. Ainda tínhamos poucos móveis e nenhum emprego estável. Fiz duas vezes o curso de autossuficiência profissional oferecido pela Igreja. Dava o máximo de mim embora o pouco que ganhava mal cobria nossas necessidades básicas.

Quinze meses depois de começar meu estágio, consegui meu emprego atual. Sou agora técnico de medição de energia elétrica num grande shopping center. Trabalho de segunda a sexta-feira, o que considero um milagre nesse setor. Todos os meus colegas trabalham nos domingos e feriados. Tenho um plano de saúde e móveis! Sei que o Senhor e o Fundo Perpétuo de Educação me ajudaram a chegar onde estou agora. Sei que, se fizermos a nossa parte, o Senhor sempre fará a Dele, e poderemos manter-nos autossuficientes.