O que a história do Natal nos ensina sobre a ministração

“Esta é a época mais linda que há. Vamos cantar que o Natal perto está. Conta-me a história de quando nasceu o bebezinho, o Filho de Deus” (“Natividade”, Músicas para crianças, pp. 32–33).

O Natal é uma época maravilhosa, quando as ovelhas, os pastores, a manjedoura e as estrelas adquirem um novo significado. Esses são elementos-chave quando recontamos um dos eventos mais importantes da história humana: o nascimento de Jesus Cristo. Muitas famílias montam um presépio em casa. Outras fazem questão de ler ou até encenar a história do nascimento do Senhor. Assim como todas as histórias sobre Cristo, a do Seu nascimento é repleta de lições sobre ministração e como levar Sua luz para o mundo. “A história do Natal é uma história de amor”, disse o presidente Henry B. Eyring, segundo conselheiro na Primeira Presidência.

“Nas histórias do nascimento de Cristo, podemos ver e sentir quem Ele foi e quem Ele é. Esse sentimento alivia nossa carga. Ele nos levará a nos esquecer de nós mesmos e a aliviar a carga de outros.”¹

“Não havia lugar para eles na estalagem” (Lucas 2:7)

O dono da estalagem não abriu espaço para o Salvador, mas não precisamos cometer o mesmo erro. Podemos abrir espaço para o Salvador em nosso coração se abrirmos espaço para nossos irmãos e nossas irmãs em nossa mesa, em nossa casa e em nossas tradições. Podemos tornar muitas tradições familiares mais doces e memoráveis se incluirmos outras pessoas. Daiana e sua família têm a tradição de convidar alguém para passar o Natal com eles. Quando chega dezembro, eles trocam ideias e decidem quem vão convidar.² Que tal dar início a essa tradição em sua família? É bem provável que alguma das pessoas a quem você ministra ficaria feliz em cantar hinos de Natal com sua família. Outra possibilidade é abrir espaço na sua mesa de Natal para alguém que está longe da família.

Há maneira melhor de celebrar o Salvador do que seguindo o exemplo de inclusão que Ele deixou? Lembre-se de que Ele “convida todos a virem a ele e a participarem de sua bondade; e não repudia quem quer que o procure, negro e branco, escravo e livre, homem e mulher; e lembra-se dos pagãos; e todos são iguais perante Deus, tanto judeus como gentios” (2 Néfi 26:33). Abra espaço e fomente a inclusão.

“Ora, havia naquela mesma comarca pastores que estavam no campo, e guardavam durante as vigílias da noite o seu rebanho” (Lucas 2:8)

Não é de estranhar que os pastores estivessem entre os primeiros a saudar o menino Salvador. Profetas antigos haviam chamado Jesus Cristo de “pastor de Israel” (Salmos 80:1) e de “Pastor sobre toda a Terra” (1 Néfi 13:41). E o próprio Cristo disse: “Eu sou o bom pastor, e conheço as minhas ovelhas” (João 10:14). Conhecer nossas ovelhas e guardá-las é essencial se quisermos ser pastores e ministrar como o Salvador.

Há muitas coisas para olhar durante o Natal, como as luzes cintilantes e outras decorações. No entanto, talvez a coisa mais bela desta época do ano seja voltarmos nossa atenção para aqueles a quem ministramos e guardar nosso rebanho. Guardar o rebanho pode ser algo tão simples quanto descobrir o que faz alguém feliz, ou perguntar quais são seus planos para o fim de ano. Guardamos o rebanho quando prestamos atenção e atendemos às necessidades alheias — sejam coisas óbvias ou não tão óbvias.

Quando Cheryl perdeu seu marido Mick subitamente, ficou desolada. A solidão só aumentou com a aproximação de seu primeiro Natal sem ele. Felizmente, Shauna, sua irmã ministradora, estava a postos. Ela e seu marido, Jim, convidaram Cheryl para vários passeios no fim do ano. Assim, perceberam que Cheryl usava um casaco velho e decidiram agir. Poucos dias antes do Natal, compraram um belo casaco novo de presente para Cheryl. Eles prestaram atenção às necessidades físicas dela, que carecia de um casaco quente, assim como às suas necessidades emocionais de consolo e companhia. Agiram a fim de suprir aquelas necessidades da melhor maneira possível, deixando assim um belo exemplo de como podemos guardar nosso rebanho.³

“Disseram os pastores uns aos outros: Vamos, pois, até Belém” (Lucas 2:15)

“Vamos” é um belo convite! Os pastores não ficaram se perguntando se os outros estariam cansados demais para empreender a viagem. Não foram para Belém sozinhos, cada um por si. Com alegria, disseram uns aos outros “Vamos!”

Apesar de não podermos convidar nossos amigos a vir e ver o bebê Salvador, podemos convidá-los a servir conosco e assim sentir o espírito do Natal (ou o espírito de Cristo). “O modo de aumentar o espírito de Natal é estender a mão generosamente às pessoas ao nosso redor e doar de nós mesmos”, disse a irmã Bonnie L. Oscarson, ex-presidente geral das Moças.⁴ Imagine que você está segurando uma vela. Outras pessoas poderão se beneficiar da luz que você leva, mas, se você usar sua chama para acender a vela delas, permitirá que elas carreguem sua própria chama e sintam por si mesmas o calor.

O próprio Cristo ensinou que aqueles que O seguirem terão a luz da vida (ver João 8:12). Uma maneira de segui-Lo e desfrutar essa promessa de luz é servir como Ele serviu. Assim, para compartilhar a luz, convide outras pessoas a servir com você! De que maneira você pode servir com aqueles a quem ministra? Vocês podem preparar juntos sua comida favorita ou surpreender alguém com um pequeno presente ou um bilhete. Juntos, podem sentir a luz que recebemos quando seguimos o exemplo de serviço de Cristo.

“Divulgaram a palavra que acerca do menino lhes fora dita” (Lucas 2:17)

É fácil imaginar a empolgação dos pastores ao compartilhar com o máximo de pessoas possível a maravilhosa nova do nascimento de Cristo. Anunciado por anjos, o Messias prometido havia chegado! Ele estava aqui! Na verdade, compartilhar a nova do nascimento do Salvador é um grande tema que perpassa a história de Natal. Os anjos cantaram. A estrela mostrou o caminho. E os pastores anunciaram a palavra.

Podemos acrescentar nossa voz à história de Natal ao compartilhar a boa-nova e testificar do Salvador. A irmã Jean B. Bingham, presidente geral da Sociedade de Socorro, ensinou: “Ao terem o privilégio de representar o Salvador ao se esforçarem para ministrar, perguntem a si mesmos: ‘Como posso compartilhar a luz do evangelho com essa pessoa ou família? O que o Espírito está me inspirando a fazer?’”⁵

As sugestões a seguir podem ajudá-lo a compartilhar seu testemunho do Salvador e de Seu evangelho:

Encontre uma escritura que traduza seus sentimentos a respeito do Salvador ou que expresse a gratidão que você sente por Ele. Compartilhe-a com aqueles a quem você ministra.
Envie uma mensagem nas redes sociais com um vídeo de Natal. Há opções muito boas em ChurchofJesusChrist.org!
Converse com um amigo sobre uma lembrança ou tradição especial que faz você pensar em Cristo.

Tenha fé em que o Espírito Santo confirmará que seu testemunho é verdadeiro, da mesma forma que prestou testemunho a Simeão e a Ana de que o bebê Jesus era o Salvador (ver Lucas 2:26, 38).

“Para honrar verdadeiramente a vinda [de Jesus Cristo] ao mundo, precisamos agir como Ele, com compaixão e misericórdia para com nossos semelhantes”, afirmou o élder Dieter F. Uchtdorf, do Quórum dos Doze Apóstolos. “Precisamos fazer isso diariamente, por meio de palavras e atos. Que esta se torne nossa tradição natalina, não importa onde estejamos — ser um pouco mais bondosos, perdoando mais, julgando menos, sendo mais gratos e mais generosos em compartilhar nossa abundância com os necessitados.”⁶