Um encontro às cegas com uma moça da Igreja de Jesus Cristo
O comprometimento de Renée em viver o evangelho mudou minha vida.
Não cresci em A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, mas, graças a alguns membros que conheci, aprendi que, quando as pessoas vivem uma vida limpa e pura, a Luz de Cristo brilha nelas. Elas se tornam grandes exemplos.
Meu primeiro contato com a Igreja foi por meio de um amigo que fiz na faculdade. Ele era um ótimo membro da Igreja que havia servido missão. Como eu tinha crescido em uma família católica, com frequência ele tentava conversar comigo sobre religião. Mas eu não estava muito interessado. Meu amigo era muito inteligente e tentou me apresentar a Igreja novamente — marcando um encontro às cegas com uma moça da Igreja de Jesus Cristo.
Nosso primeiro encontro
No minuto em que Renée e eu nos encontramos pela primeira vez, fiquei completamente apaixonado por ela. Ela era linda, e eu sabia que havia algo de especial nela. Pouco tempo depois, eu estava preparado para ter um relacionamento sério com ela e formar uma família. No entanto, após vários encontros, ela disse que não podíamos namorar, porque ela “gostava demais” de mim e queria se casar no templo. Para piorar as coisas, logo depois ela partiu em missão. Dali em diante, decidi que eu não gostava dos membros da Igreja.
Quando ela voltou de missão, nosso amigo em comum me convidou para uma festa na qual vi Renée, e retomamos contato. Eu já tinha me formado na faculdade e tinha um emprego muito bom, e novamente senti que estava pronto para me casar. Por me considerar um bom partido, pedi-a em casamento. Ela recusou.
Encontro relutante com os missionários
Para continuar o relacionamento, aceitei o convite para ouvir os missionários. Uma vez ela veio até mim e, com lágrimas nos olhos, prestou testemunho do Livro de Mórmon e me pediu que eu o lesse. Ela queria que eu adquirisse um testemunho do evangelho a fim de realizar seu desejo de se casar no templo. Eu a amava e não queria decepcioná-la, então eu disse que o faria. Todavia, embora eu tivesse concordado em receber os missionários, inicialmente minha única intenção era ganhar mais tempo para convencer Renée a se casar comigo. Eu não tinha intenção alguma de seguir uma nova religião.
Após me reunir com os missionários algumas vezes, eu ainda não estava interessado. Embora estivesse ouvindo as lições, não prestava muita atenção nem tentava sentir o Espírito. Meu coração estava fechado, porque não estava ouvindo os missionários por mim, mas por Renée. As coisas não estavam progredindo e eu ainda não tinha conseguido convencer Renée de que seria um bom marido para ela sem me batizar. Ela permaneceu firme em suas crenças.
Personalizar o Livro de Mórmon
Então, a dupla de missionários que me ensinava mudou. Um novo missionário chegou e teve uma ideia. Ele me pediu que abrisse as escrituras em Alma 42 e perguntou se eu poderia ler o capítulo em voz alta, versículo por versículo. Mas, em vez de ler palavra por palavra, ele queria que eu falasse o meu nome ao lê-lo. Eu não queria, mas ele insistiu.
Então comecei com o primeiro versículo. “E agora, Joaquin…” Assim que li as primeiras palavras, o livro começou a falar comigo. À medida que colocava meu nome nele, sentia o poder de um testemunho pessoal.
A parte seguinte de Alma 42 ensina sobre a Queda de Adão e Eva, e finalmente vem o plano de redenção. Quando cheguei ao versículo 29 e li “E agora, Joaquin, eu desejo que não te preocupes mais com essas coisas”, comecei a chorar feito um bebê. Nunca havia chorado assim antes. Eu sabia que o Livro de Mórmon era verdadeiro, mas nem conseguia terminar de ler o capítulo. Quando finalmente me recompus, disse aos missionários que queria ser batizado. Renée ficou muito feliz. Fui batizado e ela finalmente concordou em se casar comigo. Um ano depois, fomos selados no Templo de Buenos Aires Argentina.
Sou muito grato pelo comprometimento de Renée em viver o evangelho e se casar no templo. Seu compromisso fiel de namoro não apenas fortaleceu seu relacionamento com Deus e o evangelho, mas me convidou a aprender sobre o evangelho também. Sei por que ela era tão bonita para mim: porque era íntegra, amorosa e pura. Graças à sua fidelidade, pude desenvolver um testemunho pessoal do Livro de Mórmon e desta Igreja.