Mensagem da Área
A importância de ter bons amigos que nos ajudem a viver o evangelho de Jesus Cristo
Conhceci a Igreja aos 16 anos de idade. Na ocasião, Jorge, um grande amigo, também ouviu as mensagens dos missionários com minha família e aceitou o evangelho.
Eu tinha muitos amigos naquela época e, após meu batismo, eu também tinha a responsabilidade de falar do evangelho para cada um deles. Embora eles tivessem sido gentis em me ouvir, nenhum deles aceitou o evangelho e, com o passar dos anos, suas escolhas nos distanciaram, e a única amizade que permaneceu foi a de Jorge.
Jorge sempre foi um exemplo para mim. Quando completou a idade para servir como missionário, ele escolheu servir ao Senhor, mesmo sem o apoio da família. À medida que ele crescia no evan- gelho, mesmo sem perceber, ele fortalecia o meu testemunho e influenciava minhas escolhas.
Verdadeiros amigos nos conectam ao Salvador. No Livro de Mórmon, encontramos a história de Zorã, servo de Labão, que seguiu viagem com a família de Leí, após Néfi ter poupando-lhe a vida. Zorã e Néfi tornaram-se verdadeiros amigos e ele recebeu as promessas de prosperidade através do profeta Leí, assim como sua descendência, por ter escolhido guardar os manda- mentos de Deus, tal como Néfi. O profeta Leí disse a Zorã:
“Eis que tu és o servo de Labão; não obstante, foste trazido da terra de Jerusalém e sei que és um verda- deiro amigo de meu filho Néfi para sempre. Como tens, portanto, sido fiel, teus descendentes serão abençoados com os dele, para que prosperem por muito tempo na face desta terra; e nada, a não ser a sua iniquidade, prejudicará ou pertur- bará sua prosperidade para sempre na face desta terra. Portanto, o Senhor consagrou esta terra para a segurança de tua descendência com a descendência de meu filho, se guardardes os seus mandamentos” (2 Néfi 1:30–32).
Zorã se tornou um verdadeiro amigo para Néfi. Uma amizade ines- perada, que foi nutrida e edificada e que mudou a vida de Zorã para sempre.
Quando vivemos o evangelho e seguimos os passos de Cristo, torna- mo-nos uma luz e uma dádiva para nossos amigos e instrumentos nas mãos de Deus para nutrir, ensinar, edificar e cuidar.
Neste mundo cada vez mais turbulento, repleto de distrações que podem nos fazer perder o foco na eternidade, escolher boas amizades fará toda a diferença ao longo de nossa jornada. Amigos fiéis nos conduzem gentilmente no caminho do discipulado. O presi- dente Henry B. Eyring ensinou: “E todos precisamos de amigos verdadeiros que nos amem, que nos escutem, que nos mostremo caminho e que testifiquem a respeito da verdade para nós, para que possamos reter a companhia do Espírito Santo” (Henry B. Eyring, “Verdadeiros amigos”, A Liahona, julho de 2002, p. 29).
Quarenta anos se passaram e o evangelho continua me propor- cionando muitos amigos, os quais têm influenciado diretamente a minha vida e a de minha família. Jorge, que hoje serve como bispo, continua sendo meu amigo, apesar dos mais de 5 mil quilômetros que nos separam. Em Doutrina e Convê- nios aprendemos: “E que a mesma sociabilidade que existe entre nós, aqui, existirá entre nós lá, só que será acompanhada de glória eterna, glória essa que não experimentamos agora” (Doutrina e Convênios 130:2).
Testifico que bons amigos nos ajudam a guardar os mandamentos e fazer escolhas que nos levarão em um caminho seguro de volta ao nosso Pai Celestial.
“Sentimos alegria Duradoura ao perseverarmos no evangelho de Jesus Cristo e ajudarmos outras pessoas a fazer o mesmo.
– Élder D. Todd Christofferson