Temos Um Trabalho ⌦a Fazer
A Igreja necessita de sua força. Ela necessita de seu amor e lealdade e devoção. Ela necessita de um pouco mais de seu tempo e energia.
Irmãos e irmãs, apenas algumas palavras para concluirmos. Em primeiro lugar, gostaria de dizer-lhes que participamos de um milagre. Ao escutar todos que participaram, observei que não houve repetição de temas. Cada homem e mulher que falou escolheu o próprio assunto. Não se designou a qualquer dos oradores o tema de seu discurso. Ainda assim, eles todos formam um todo belo e maravilhoso. Sinto-me profundamente grato ao Senhor pelas maravilhosas bênçãos que derrama sobre nós. Ouvimos conselhos sábios e inspirados. Recebemos ensinamentos e fomos edificados.
Há uma semana, realizou-se neste tabernáculo a conferência das moças. Quão inspirador foi contemplar o rosto delas, de milhares delas! Não é possível fazê-lo sem sentir-se paz e certeza em relação ao futuro desta obra. O tema da conferência foi um apelo às moças para lerem as escrituras. Lembro-me de minha própria juventude. Nem os rapazes nem as moças liam muito as escrituras, naquele tempo. Que maravilhosa mudança se operou! Surge uma nova geração, familiarizada com a palavra do Senhor. Ao crescer em um ambiente mundano, carregado de imoralidade e imundície de todos os tipos, nossos jovens, em sua maioria, estão enfrentando o desafio de viverem no mundo sem participar de seus males. O mesmo que se passa com as moças acontece com os rapazes. Ontem à noite, o tabernáculo estava cheio de pais e filhos, e centenas de milhares reuniram-se em outros locais da Igreja. É maravilhoso sentir-se a vibração desta geração de jovens. Obviamente, há alguns que não se encaixam. Isso acontece desde a guerra nos céus descrita por João, o Revelador. O ponto em questão era o livre-arbítrio, como ainda o é hoje. Naquele momento, bem como agora, tinha-se de fazer escolhas.
“E houve batalha no céu; Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e seus anjos;
Mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus.
E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele.” (Apocalipse 12:7–9)
A antiga luta continua, a ⌦implacável batalha que tem origem no livre-arbítrio. Alguns, infelizmente, fazem a escolha errada. Muitos, no entanto, escolhem o certo, e entre eles encontram-se inúmeros de nossos rapazes e moças. Eles merecem nossa gratidão e necessitam dela. Precisam de nosso encorajamento. Precisam do tipo de exemplo que podemos tornar-nos diante deles. Que sejam abençoados ao procurarem levar uma vida de virtude, de aprendizado, de crescimento com fé e propósito, permanecendo, o tempo todo, “Sempre fiéis ( … ) [à] fé ( … ), Sempre valentes, [lutando com ardor]”. (Ver Hinos, 1990, nº 183.)
Na conferência das Moças foi dado destaque às palavras de Alma, encontradas no capítulo trinta e dois do livro de Alma. Seus ensinamentos incluem estas palavras: ⌦“( … ) se despertardes e exercitardes vossas faculdades, pondo à prova minhas palavras, e exercerdes uma partícula de fé ( … )”. (V. 27)
Meus caros companheiros, muitos mais entre nós precisamos despertar e exercitar nossas faculdades e ⌦conscientizar-nos das grandes e eternas verdades do evangelho de Jesus Cristo. Cada um de nós pode sair-se um pouco melhor do que no momento. Podemos ser um pouco mais bondosos e gentis. Podemos ser um pouco mais misericordiosos. Podemos perdoar mais. Podemos deixar de lado as fraquezas do passado e seguir adiante com energia renovada e mais disposição de melhorar o mundo a nossa volta, em nossos lares, em nossos locais de trabalho, em nossas atividades sociais. Temos uma obra a realizar e temos muito trabalho. Arregacemos as mangas e coloquemos mãos à obra, com compromisso renovado, depositando nossa confiança no Senhor.
Vinde, ó santos, sem medo ou temor;
Mas alegres andai.
Rude é o caminho ao triste viajor,
Mas com fé caminhai.
É-nos possível fazê-lo, se formos fervorosos e fiéis. Podemos fazer mais do que temos feito até agora.
A Igreja necessita de sua força. Ela necessita de seu amor e lealdade e devoção. Ela necessita de um pouco mais de seu tempo e energia.
Não peço a ninguém que dê mais às custas de seu empregador. Temos a obrigação de ser homens e mulheres absolutamente honestos e íntegros no trabalho para os que nos empregam.
Não peço a ninguém que o faça às custas da família. O Senhor irá responsabilizá-los por seus filhos. Sugiro, isso sim, que passemos menos tempo ociosos, dedicando-nos à atividades infrutíferas como assistir a programas de televisão ocos e vazios. Podemos utilizar esse tempo de modo melhor, e as conseqüências serão maravilhosas. Não hesito em assegurar-lhes isso.
Amados irmãos e irmãs, ao voltarmos para nossos lares, que o façamos em segurança e ponderemos as coisas que ouvimos nos últimos dois dias. Que tenhamos a determinação de tentar, com um pouco mais de afinco, ser um pouco melhores. Saibam que compreendemos seus problemas. Estamos cientes de que muitos carregam pesados fardos. Suplicamos ao Senhor por todos. Juntamos nossas orações às suas, a fim de que encontrem soluções para seus problemas. Deixamos com todos uma bênção, sim, uma bênção apostólica. Abençoamo-los para que o Senhor lhes conceda Sua graça, para que haja alegria e paz em seus lares e em suas vidas, para que haja uma atmosfera de amor, respeito e apreço entre maridos e mulheres, entre filhos e pais. Confiem em Deus para que vivam (ver Alma 37:47) com alegria, segurança, paz e fé.
Na abertura desta sessão, o coro cantou um hino maravilhoso. “Fé dos nossos pais, sagrada fé, Seremos fiéis a ti até a morte!” (Hymns, 1985, nº 84.) Gostaria de deixar-lhes este pensamento: “Fé dos nossos pais, sagrada fé, Seremos fiéis a ti até a morte!” Que Deus os abençoe, meus queridos amigos, nesta gloriosa obra, oro humildemente em nome Daquele a quem todos servimos, sim, o Senhor Jesus Cristo. Amém. 9