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Saúde Mental: Quando Procurar Ajuda
“Não viva numa caixa. Vocês não vão ultrapassar isto sozinhos,” Sister Naume Dube aconselha jovens que têm problemas com a saúde mental
Um número nunca visto de jovens em todo o mundo está a debater-se com problemas de saúde mental. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, um em cada sete jovens entre os 10 e os 19 anos sofre de um transtorno mental.
Várias perguntas anónimas enviadas por jovens da área África Austral ao Élder Ronald A. Rasband abordaram o mesmo tema. Os jovens falaram sobre ansiedade, desespero e dificuldade em sentir alegria.
Recentemente, a Sister Naume Dube, que é casada com o Élder Edward Dube, Presidente de Área na África Austral, abordou o assunto com os jovens e jovens adultos no Zimbabué.
“Ao viajar pelo mundo, constatei que a ansiedade e a depressão entre jovens como vocês, é muito elevados”, disse ela.
Muitas vezes, os jovens podem não saber o estão a passar. “E sofrem por dentro. Dizem, este sou eu; Tenho de lidar com isto,” disse Sister Dube.
Mas é muito importante procurar alguém de confiança quando se está a enfrentar problemas mentais ou emocionais. “Não viva numa caixa,” disse Sister Dube Vocês não vão ultrapassar isto sozinhos,”
Um manual da igreja intitulado ‘Saúde Mental’ explica: “Todos têm dias em que se sentem tristes, estressados, ansiosos ou sobrecarregados pelos desafios da vida. [Mas] se você continuar a se debater com os sintomas por várias semanas ou os seus sintomas começarem a interferir com a sua vida diária — em casa, trabalho ou em seus relacionamentos — procure ajuda.
“Fale com alguem de confiança, como um familiar, amigo, presidente da Sociedade de Socorro, bispo ou um profissional de saúde mental. Resolver os problemas de saúde mental cedo e com frequência é a abordagem mais eficaz e pode ajudar a evitar uma crise no futuro.”1
Para além do apoio social, podemos precisar de aconselhamento ou medicação, disse a Sister Dube. Estes passos, por vezes necessários, fazem parte do nosso apoio e do nosso caminho para a cura.
Mas, por vezes, é difícil distinguir se estamos apenas a passar por uma fase difícil ou se estamos a lidar com uma questão de saúde mental.
No mesmo manual pode ler-se: “Um profissional de saúde mental pode ajudá-lo a distinguir entre uma doença mental e uma reação normal às tensões diárias da vida. Um diagnóstico relacionado com saúde mental não deve ser visto como menos real do que outro diagnóstico médico.
Pense nos seguintes aspectos ao considerar a possibilidade de falar com um profissional de saúde mental:
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Há quanto tempo é que enfrenta estes desafios?
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Tem conhecimento de outras pessoas da sua família que tenham passado por desafios semelhantes?
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Estes problemas estão a causar um stress considerável na sua vida?
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As suas próprias tentativas de se sentir melhor não estão a ajudar?
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Alguém em quem confia mencionou algo sobre o seu humor ou comportamento?
Outro fator a ter em conta é o quanto estes sintomas afetam a sua vida diária. Por exemplo, a Irmã Dube sugere:
“Quando você já não sente interesse ou alegria nas actividades; quando sente-se inútil ou que não consegue fazer nada; se não consegue se concentrar nos trabalhos escolares, e quando tudo parece negativo; vê todos como inimigos; ou sente-se abandonado pelo Salvador… então você deve levar estes sentimentos muito a sério.”
Pode ser difícil procurar ajuda, mas este passo pode ajudá-lo imenso.
A literatura da igreja encoraja: “ore para ter coragem de falar com alguém em quem confia, como um familiar, um amigo, um líder da Igreja ou um profissional de saúde mental. Lembre-se que algumas pessoas serão mais abertas e compreensivas do que outras devido ao seu conhecimento, sensibilidade e experiências de vida.
“Peça um momento para conversarem — é mais provável que tenha uma conversa proveitosa se a pessoa com quem estiver a falar estiver preparada e pronta para se concentrar no que estiver a dizer. Pode dizer (ou enviar uma mensagem de texto) algo simples como: “Olá, estou a passar por um momento difícil e preciso muito que alguém me ouça.”
Leia as perguntas abaixo e pense como responderia. Estas ideias podem ajudá-lo a iniciar uma conversa.
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O que está a sentir fisicamente? Fale sobre os seus sintomas, tais como fadiga crónica, dores de cabeça frequentes, agitação mental, náuseas, inquietação, movimentos ou reacções mais lentos, abuso de substâncias, dores musculares inexplicáveis ou alterações no apetite, peso ou padrões de sono.
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O que está a sentir emocionalmente? Seja descritivo — muita coisa acontece quando nos sentimos sobrecarregado e a lutar contra uma doença mental. Não se esqueça de exprimir sentimentos como desespero, autodesprezo, irritabilidade, isolamento, ansiedade, tristeza, medo ou culpa. Fale sobre a frequência com que sente estas emoções.
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Quais são as suas dificuldades a nível social? Pense na forma como interage com os seus familiares, amigos, colegas de trabalho e outras pessoas. Fale sobre quaisquer alterações comportamentais que tenha notado, como tristeza frequente ou inexplicável, distanciamento das outras pessoas, falta de higiene pessoal, desinteresse por actividades de que costumava gostar ou menos energia e motivação.
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Porque é difícil pensar? A vida quotidiana pode ser especialmente difícil quando a função cognitiva está alterada ou comprometida. Fale sobre quaisquer sintomas que possa ter, tais como pensamentos de auto-mutilação, indecisão, confusão, dificuldade em lembrar-se de coisas ou pensamentos de morte e suicídio. Fale sobre a frequência com que tem estes pensamentos e sobre o que você gostaria que fosse diferente”.2
Por fim, lembre-se sempre de que, independentemente do que esteja a sentir ou a viver, você é sempre amado incondicionalmente.
“Existe alguém — o Salvador — que nos ama muito”, disse a Sister Dube. “Não importa o que somos, não importa quem somos, não importa o que fizemos”.
Para mais informações e ajuda sobre saúde mental, consulte as páginas de Ajuda para a Vida da Igreja.