A Minha Alma Sentia o Desejo de Lá Estar

London Brimhall, Revistas da Igreja

Uma das minhas histórias favoritas das escrituras foi uma resposta ao meu anseio de estar perto do meu Pai Celestial e do Seu Filho.

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A Segunda Vinda de Jesus Cristo

The Second Coming (A Segunda Vinda), de Harry Anderson

Certo dia, fui ao templo com uma pergunta no coração: “Pai Celestial, como é que estou em relação ao evangelho?”

As minhas falhas pareciam estar particularmente acentuadas naquela semana. Tal como Néfi, senti-me sobrecarregada pelos pecados que tão facilmente me atormentavam. Porém, tal como Néfi, eu sabia em quem tinha confiado (ver 2 Néfi 4:18–19). Tinha a esperança de que se passasse algum tempo com o Senhor na Sua casa naquela manhã, encurtaria a distância que sentia.

Ouvi atentamente a sessão da investidura e senti-me grata pela força e pelo conhecimento que recebi. Mas, ao entrar na sala celestial, o meu coração ainda estava pesaroso. Como é que eu poderia saber qual era a minha situação perante o Senhor?

Sentei-me e ponderei por alguns minutos até que, já resignada, comecei a levantar-me. No entanto, houve algo que me deteve e fez-me voltar a sentar no sofá. “Não quero ir embora”, pensei.

Ao olhar ao redor da sala, vi uma pintura que me era familiar, de Jesus Cristo rodeado de anjos, com os braços abertos para mim. As palavras de um versículo favorito vieram-me à mente: “E [a] e minha alma sentia o desejo de lá estar” (ver Alma 36:22).

Ponderei frequentemente sobre o significado deste versículo na história de Alma. No passado, por causa dos seus pecados, a ideia de estar perante Deus enchia Alma de “inexprimível horror” (Alma 36:14). Mas, depois de se voltar para Cristo, ele viu Deus rodeado de anjos e a sua “alma sentia o desejo de lá estar”. Sempre achei maravilhoso este contraste nas escrituras. O simples esforço de Alma para procurar o Senhor teve um grande impacto no seu coração.

Percebi que não me sentia pronta para sair da sala celestial porque, assim como Alma, a minha alma sentia o desejo de lá estar — tanto no templo naquele dia como, principalmente, com o Pai Celestial e Jesus Cristo no meu lar celestial. O Espírito Santo usou a história da minha escritura favorita para me mostrar que Deus conhecia o meu coração. Fui lembrada de que, apesar das minhas falhas, o Senhor aceitava o meu esforço para estar perto d’Ele. Ele sabia que eu sentia o desejo de lá estar.