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Capítulo 3: Como Começar a Pesquisa de História da Família


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Como Começar a Pesquisa de História da Família

Introdução

O Presidente James E. Faust (1920–2007), da Primeira Presidência, declarou: “É uma satisfação familiarizarmo-nos com antepassados que se foram há tanto tempo. Cada um de nós possui uma história familiar fascinante. Descobrir nossos antecessores pode tornar-se um dos enigmas mais interessantes que vocês (…) podem resolver” (A Liahona, novembro de 2003, p. 53).

Quando você começar a trabalhar em seu enigma da história da família, inicie com as peças mais próximas e conhecidas: as pessoas de sua família imediata e as respectivas informações. Você estará fazendo algo que literalmente milhões de pessoas gostam de fazer no mundo inteiro. Contudo, você terá um propósito mais elevado: estará participando da obra do Senhor voltada para a salvação de Seus filhos.

O Profeta Joseph Smith (1805–1844) proclamou que, ao procurarmos realizar as ordenanças necessárias em favor de nossos antepassados falecidos, cumprimos uma promessa do profeta Obadias, do Velho Testamento: “E agora que os grandes propósitos de Deus estão sendo rapidamente realizados e as coisas ditas pelos Profetas estão sendo cumpridas, e o reino de Deus está sendo estabelecido na Terra e a antiga ordem das coisas está sendo restaurada, o Senhor manifestou-nos esse dever e privilégio, e recebemos o mandamento de ser batizados em favor de nossos mortos, cumprindo assim as palavras de Obadias, referindo-se à glória dos últimos dias: ‘E subirão salvadores ao monte Sião, para julgarem o monte de Esaú; e o reino será do Senhor’ [ver Obadias 1:21]” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 431).

Comentários

Tornamo-nos “Salvadores no Monte Sião” ao Realizarmos as Ordenanças de Salvação por Nossos Antepassados Falecidos [3.1]

Jesus Cristo é o único nome pelo qual somos salvos. [3.1.1]

Jesus Cristo é o Salvador do mundo, Aquele que expiou os pecados de toda a humanidade. Ensinando o que um anjo lhe dissera, o rei Benjamim testificou: “E (…) nenhum outro nome se dará, nenhum outro caminho ou meio pelo qual a salvação seja concedida aos filhos dos homens, a não ser em nome e pelo nome de Cristo, o Senhor Onipotente” (Mosias 3:17; ver também Atos 4:12; 2 Néfi 31:21). O Élder Dallin H. Oaks, do Quórum dos Doze Apóstolos, reafirmou esse testemunho em nossos dias: “Amamos o Senhor Jesus Cristo. Ele é o Messias, nosso Salvador e Redentor. Seu nome é o único pelo qual podemos ser salvos” (Conference Report, outubro de 1987, p. 78; ou Ensign, novembro de 1987, p. 65).

O Senhor É Meu Pastor

Somente por meio do Senhor Jesus Cristo podemos ser salvos.

A obra do templo é semelhante ao espírito do sacrifício do Salvador. [3.1.2]

O Presidente Gordon B. Hinckley (1910–2008) relacionou o trabalho vicário do templo feito em favor dos mortos ao sacrifício expiatório do Salvador: “A obra realizada na casa do Senhor, que deve ser precedida pelo trabalho de pesquisa, está mais próxima do espírito do sacrifício do Senhor do que qualquer outra atividade que conheço. Por quê? Porque é realizada por pessoas que doam generosamente de seu tempo e seus recursos, sem esperar agradecimentos ou recompensas, para fazer pelos outros o que não podem fazer por si mesmos” (“A Century of Family History Service”, Ensign, março de 1995, pp. 62–63).

Podemos tornar-nos “salvadores no Monte Sião”. [3.1.3]

O profeta Obadias profetizou que “subirão salvadores ao monte Sião” (Obadias 1:21). Você pode ajudar a cumprir essa profecia por aqueles que já faleceram. O Profeta Joseph Smith explicou: “Como eles se tornarão salvadores no Monte Sião? Construindo seus templos, erigindo suas fontes batismais e recebendo todas as ordenanças, batismos, confirmações, abluções, unções, ordenações e poderes de selamento sobre sua cabeça, em favor de todos os seus antepassados falecidos, redimindo-os para que possam surgir na primeira ressurreição e ser exaltados em tronos de glória com eles; e essa é a corrente que une o coração dos pais aos filhos e dos filhos aos pais e cumpre a missão de Elias, o profeta” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith,, pp. 498–499).

É uma obra que compete aos santos dos últimos dias. [3.1.4]

Presidente Wilford Woodruff

O Presidente Wilford Woodruff (1807–1898) testificou que assim como nós não podemos redimir a nós mesmos por sermos dependentes do Salvador, nossos antepassados também dependem de nosso trabalho vicário em favor deles nos templos: “Vocês têm à sua disposição (…) algumas coisas relativas à redenção de nossos mortos e à construção de templos. Esse trabalho é essencial, irmãos e irmãs. São obras que realizamos por outras pessoas que não podem fazê-las por si mesmas. Isso é o que fez Jesus Cristo ao dar Sua vida por nossa redenção, pois não poderíamos redimir a nós mesmos. Temos pai, mãe e outros familiares no mundo espiritual e uma obra a realizar em seu favor. Como pessoa, tenho grande interesse nesta obra de redimir os mortos, assim como meus irmãos e irmãs. (…) É uma obra que compete aos santos dos últimos dias. Façam tudo a seu alcance nesse aspecto a fim de que quando passarem para o outro lado do véu, seu pai, mãe e outros parentes e amigos os bendigam pelo que fizeram. Contanto que vocês tenham sido instrumentos nas mãos de Deus para proporcionar a redenção deles, serão reconhecidos como salvadores no Monte Sião, em cumprimento de profecias [ver Obadias 1:21]” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Wilford Woodruff, 2004, p. 193).

Estamos em parceria com o Senhor. [3.1.5]

Élder John A. Widtsoe

O Élder John A. Widtsoe (1872–1952), do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou que prometemos em nossa existência pré-mortal ajudar na salvação alheia: “Na preexistência, no dia do grande conselho, fizemos um acordo com o Todo-Poderoso. O Senhor propôs um plano. (…) Nós o aceitamos. Como o plano dizia respeito a todos os homens, tornamo-nos parceiros na salvação de todas as pessoas envolvidas nesse plano. Concordamos, por ocasião do conselho, em ser salvadores não só de nós próprios, mas, até certo ponto, salvadores de toda a família humana. Fizemos uma sociedade com o Senhor. A aplicação do plano tornou-se então não apenas a obra do Pai e do Salvador, mas também a nossa. Até mesmo o menor de nós, o mais humilde, está em parceria com o Todo-Poderoso para cumprir o propósito do plano eterno de salvação” (“The Worth of Souls”, The Utah Genealogical and Historical Magazine, outubro de 1934, p. 189).

Podemos Começar o Trabalho de História da Família Coletando Nossos Próprios Dados Pessoais e Centralizando-nos em Nossas Primeiras Gerações [3.2]

Avalie onde você está. [3.2.1]

Seu ponto de partida ao realizar a obra de história da família dependerá de sua experiência e dos dados de história da família de que você dispõe até o momento. Avalie onde você está agora em sua pesquisa e depois decida aonde deseja ir em seguida. Vá das fontes de mais fácil acesso para as mais difíceis. É importante verificar bem no início de sua pesquisa quais dados o site de história da família da Igreja já possui sobre seus antepassados (ver a seção sobre o FamilySearch.org (3.3.1) e o capítulo 6 deste manual).

Comece reunindo e arquivando sua pesquisa. [3.2.2]

Presidente Boyd K. Packer

O Presidente Boyd K. Packer, do Quórum dos Doze Apóstolos, falou da inspiração que podemos receber ao fazermos pesquisas de história da família e depois sugeriu um método básico de iniciarmos o trabalho:

“É questão de começar. Você entenderá o princípio da mesma forma que Néfi quando ele disse: ‘E fui conduzido pelo Espírito, não sabendo de antemão o que deveria fazer’ (1 Néfi 4:6).

Se você não sabe por onde começar, comece por você mesmo. Se não sabe que registros juntar e onde encontrá-los, comece com os que você tem. (…)

Aqui está o que você pode fazer:

Pegue uma caixa de papelão. Qualquer caixa serve. Coloque em algum local visível, talvez em cima do sofá ou na cozinha — qualquer lugar que não passe despercebida. Durante algumas semanas, reúna e coloque na caixa todos os registros de sua vida, tais como sua certidão de nascimento, certificado de bênção, de batismo, ordenação e certificados de conclusão de cursos escolares. Junte todos os diplomas, fotografias, homenagens ou prêmios, seu diário, se tiver um, tudo o que for pertinente a sua vida; qualquer coisa escrita, registrada ou que testifique que você está vivo ou que já realizou algo.

Não tente fazer isso num dia. Vai levar algum tempo. A maioria de nós tem essas coisas espalhadas aqui e ali. Algumas estão numa caixa na garagem, debaixo de uma pilha de jornais; outras estão em gavetas, ou no sótão, ou num outro lugar. Algumas foram escritas em páginas da Bíblia ou outros livros.

Junte todos esses papéis e coloque-os na caixa. Deixe-os lá até que ache que já reuniu todos os registros em seu poder” (“Sua História Familiar: Como Começar”, A Liahona, agosto de 2003, p. 12).

Comece fazendo coisas simples. [3.2.3]

Presidente Henry B. Eyring

O Presidente Henry B. Eyring, da Primeira Presidência, sugeriu maneiras simples de começarmos o trabalho de história da família a fim de oferecermos a nossos antepassados a oportunidade de ser salvos:

“O começo é por meio de coisas pequenas: Anotem o que já sabem sobre sua família. Vocês precisarão anotar o nome dos pais e dos avós com a data de nascimento, de falecimento ou casamento. Quando puderem, sugiro que registrem o lugar. Parte desses dados vocês já têm na memória, mas também podem perguntar aos parentes. Pode ser que eles até tenham algumas certidões de nascimento, casamento ou óbito. Façam cópias [ou escaneiem-nas] e organizem-nas. Se ficarem sabendo de histórias da vida deles, anotem e guardem-nas. Vocês não estão só juntando nomes. Essas pessoas que vocês nunca viram na vida [já faleceram] passarão a ser amigas queridas. Seu coração e o delas ficarão unidos para sempre.

Vocês podem começar pela pesquisa das primeiras gerações, do presente para o passado. A partir daí, identificarão muitos antepassados que precisam de sua ajuda. Alguém em sua ala ou ramo da Igreja foi chamado para ajudá-los a preparar esses nomes para o templo. Ali, essas pessoas podem receber os convênios que as libertarão da prisão espiritual em que se encontram e as unirão em família — a sua família — para sempre.

Suas oportunidades e as obrigações por elas geradas são notáveis em toda a história do mundo. Existem mais templos pela Terra do que nunca. Mais pessoas em todo o mundo sentem o Espírito de Elias induzi-las a registrar a identidade e os acontecimentos da vida dos próprios antepassados. Há mais recursos de busca de antepassados que em qualquer outra época da história do mundo. O Senhor derramou o conhecimento de como divulgar as informações no mundo inteiro por meio de uma tecnologia que, há alguns anos, pareceria milagrosa” (A Liahona, maio de 2005, p. 77).

O Site da Igreja FamilySearch É um Importante Recurso para Registros e Dados de História da Família [3.3]

Use o novo site new.FamilySearch.org. [3.3.1]

Atualmente há três sites FamilySearch patrocinados pela Igreja que dão acesso a dados e tecnologias capazes de auxiliá-lo muito em seu trabalho de história da família: FamilySearch.org e lds.org/familyhistoryyouth podem ser acessados pelo grande público e new.FamilySearch.org é para ser acessado essencialmente pelos membros da Igreja. Você precisará de uma Conta SUD para ter acesso a registros de membro ou de ordenanças do templo. Se você tiver uma Conta SUD terá acesso a mais de 500 milhões de nomes de pessoas falecidas de todo o mundo para sua pesquisa. Também poderá enviar nomes para as ordenanças do templo e acrescentar informações sobre sua família. (Peça a seu instrutor ou a um especialista de história da família as informações mais atualizadas.)

jovem adulta com tablet

Seu instrutor ou um consultor de história da família de estaca, ala ou ramo poderá ajudar você a criar uma Conta SUD ou você pode ir para LDS.org, clicar em Entrar, clicar em Abrir uma Conta SUD e seguir as instruções. Você precisará de seu número de registro de membro e da data de nascimento para criar sua Conta SUD — você pode conseguir seu número de registro de membro com o secretário de sua ala ou seu ramo ou em sua recomendação para o templo.

Você pode ganhar tempo e evitar a duplicação de trabalho procurando sua linhagem familiar no site de história da família da Igreja. Você poderá se surpreender ao encontrar informações valiosas que já foram inseridas sobre seus antepassados. (Para mais informações, ver o capítulo 6 deste manual, “Os Computadores e a Pesquisa de História da Família”.)

A tecnologia acelerou o trabalho. [3.3.2]

O Departamento de História da Família supervisiona o FamilySearch. “Para acelerar o trabalho de disponibilizar online importantes registros históricos, o FamilySearch tenta continuamente aperfeiçoar a tecnologia atual e descobrir mais voluntários dedicados.

Com o tempo, o Departamento de História da Família desenvolveu novas maneiras de preservar registros, não só quanto à maior rapidez, mas também quanto a mais alta qualidade possível. Isso resultou em câmeras digitais especiais, novas tecnologias de digitalização e novos programas de computador. (…)

[Há] vários novos programas com base na Internet que foram desenvolvidos para o avanço do trabalho de história da família. (…)

Esses e muitos outros projetos estão dando vida à história da família como nunca antes. (…) ‘Essa evolução da tecnologia é extraordinária para envolver todas as pessoas em todos os lugares’”(Heather Whittle Wrigley, “Technology Helps FamilySearch Volunteers Hit Major Milestone”, Ensign, dezembro de 2009, pp. 76–78).

Os procedimentos foram simplificados. [3.3.3]

Élder Russell M. Nelson

O empenho da Igreja para melhorar e aumentar as pesquisas de história da família refletem o amor fundamental que sentimos pelos familiares. O Élder Russell M. Nelson, do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou como o empenho da Igreja facilitou a participação de todos na pesquisa de história da família:

“Devido à importância dessa obra, a Igreja construiu templos mais próximos das pessoas e a pesquisa de história da família está mais facilitada do que nunca. Os métodos de busca e preparação de nomes para as ordenanças do templo também estão melhorando. (…)

(…) Os procedimentos foram simplificados de modo que praticamente todo membro da Igreja possa participar do trabalho” (A Liahona, maio de 2010, p. 91).

Devemos Usar de Sabedoria ao Determinar Quanto Tempo e Energia Investir na Pesquisa de História da Família [3.4]

homem orando

Procurar o Espírito do Senhor pode ajudar você a estabelecer prioridades em relação a seu trabalho de história da família.

Há muitas atividades a serem realizadas no trabalho de redimir os mortos. [3.4.1]

Élder Dallin H. Oaks

É preciso cuidar de vários aspectos no trabalho de história da família, inclusive pesquisar e coletar dados e registros, redigir histórias pessoais e realizar as ordenanças do templo. O Élder Dallin H. Oaks nos incentivou em nosso empenho para realizar o trabalho de história da família citando alguns princípios gerais que nos ajudam a adaptar nossas atividades a nossa situação na vida, em constante mudança. Incentivou-nos também a assumir o compromisso por toda a vida de levar adiante a obra do Senhor:

“Vou sugerir alguns princípios gerais que devem incentivar todos os santos dos últimos dias a receber suas próprias ordenanças e realizar as ordenanças da eternidade por seus antepassados. O inter-relacionamento das ordenanças é vital. (…)

O primeiro princípio é que nosso esforço em promover o trabalho do templo e da história da família deve estar voltado para realizar a obra do Senhor, e não incutir culpa em Seus filhos. Os membros desta Igreja apresentam as mais diversas circunstâncias individuais: idade, saúde, educação, local de residência, responsabilidades familiares, condição financeira, acesso a fontes de pesquisa individual ou pública, entre outras. (…)

O segundo princípio é que devemos compreender que, na obra de redenção dos mortos, há muitas tarefas a serem realizadas, e que todos os membros devem participar, selecionando, em espírito de oração, as que melhor se adaptem a suas circunstâncias em dado momento. Isso deve ser feito sob a influência do Espírito do Senhor e com a orientação dos líderes do sacerdócio que fazem os chamados e dirigem as porções desse trabalho administradas pela Igreja. Nosso trabalho não é compelir todos a fazerem tudo, mas sim incentivar todos a fazerem alguma coisa. (…)

No tocante a quanto e ao que cada membro pode fazer individualmente, além de seu chamado na Igreja, devemos ser guiados pelo princípio ensinado no grande sermão do rei Benjamim: Depois de ensinar a seus súditos as coisas que deveriam fazer para ‘[andar] sem culpa diante de Deus’, o que incluía ajudar os pobres, ele concluiu: ‘E vede que todas estas coisas sejam feitas com sabedoria e ordem; porque não se exige que o homem corra mais rapidamente do que suas forças o permitam’ (Mosias 4:27). Da mesma forma, ao passar por adversidades durante a tradução do Livro de Mórmon, o Profeta Joseph Smith recebeu a seguinte instrução do Senhor: ‘Não corras mais depressa nem trabalhes mais do que te permitam as tuas forças e os meios concedidos para que te seja possível traduzir; mas sê diligente até o fim’ (D&C 10:4).

Guiados por essas palavras inspiradoras, os líderes devem incentivar os membros a determinar, de acordo com os sussurros do Espírito, que contribuição eles podem dar ao trabalho do templo e de história da família ‘com sabedoria e ordem’, segundo suas próprias ‘forças e os meios concedidos’. Dessa forma, se formos ‘[diligentes] até o fim’, o trabalho prosperará. (…)

Ao definirmos nosso esforço pessoal no trabalho do templo e de história da família, precisamos adquirir uma visão que seja não apenas ampla, mas que dure a vida inteira. O total de tempo e recursos que podemos despender na missão da Igreja — o que podemos e devemos fazer em determinado momento de nossa vida — mudará com o tempo à medida que nossas circunstâncias se modificarem. (…)

(…) Cada membro deve pensar na (…) missão da Igreja (…) como uma designação e um privilégio pessoais para toda a vida. Cada um deles deve avaliar sua participação pessoal de tempos em tempos, de acordo com suas próprias circunstâncias e seus próprios recursos, conforme a orientação do Espírito do Senhor e dos líderes do sacerdócio”(“Family History: ‘In Wisdom and Order’”, Ensign, junho de 1989, pp. 6–8).

O Élder M. Russell Ballard, do Quórum dos Doze Apóstolos, deu os seguintes conselhos sobre o serviço na Igreja, que se aplicam igualmente ao trabalho de história da família:

“Precisamos dividir sensatamente nossos recursos de tempo, renda, energia e atenção. Vou contar-lhes um segredinho. Alguns de vocês já aprenderam isso. Se ainda não, é hora de saberem. Não importa quais sejam as necessidades de sua família ou suas responsabilidades na Igreja, não existe um momento em que podemos dizer ‘minha tarefa está concluída’. Sempre podemos fazer algo mais. (…)

O segredo, a meu ver, está em conhecer e compreender nossas próprias capacidades e limitações, e depois criar nosso próprio ritmo, dividindo nosso tempo, nossa atenção e nossos recursos sabiamente para ajudar as pessoas, inclusive a nossa família, em sua jornada rumo à vida eterna” (A Liahona, novembro de 2006, p. 17).

rapaz perto de lápides

Coletar datas e outros pormenores ajuda na preparação de nomes para as ordenanças do templo.

A inspiração abre portas na história da família. [3.4.2]

Presidente Boyd K. Packer

O Presidente Boyd K. Packer, do Quórum dos Doze Apóstolos, contou a seguinte experiência como exemplo de como a inspiração pode guiar o trabalho de história da família e abrir, na vida de cada pessoa, portas para sua realização:

“Se queremos um testemunho do trabalho no templo e da história da família, precisamos fazer algo a respeito disso. Aqui está um exemplo do que acontece quando você toma essa decisão.

Certa vez, fui a uma conferência na Estaca Hartford Connecticut. Todos os membros receberam, três meses antes, a designação de falar a respeito do trabalho de história da família. Um deles era conselheiro da presidência, mas foi chamado como patriarca naquela conferência. Ele relatou um incidente interessante.

Contou que enquanto não fora ‘convertido’ ao trabalho de história da família, não conseguira começar. Quando recebeu a designação de preparar a história de sua vida baseando-se em seus próprios registros, não conseguiu encontrar nada sobre sua infância e juventude, exceto sua certidão de nascimento. Ele era um dos 11 filhos de um casal de imigrantes italianos. Era o único membro da Igreja em sua família.

Para cumprir a designação, tentou reunir tudo o que tinha sobre sua vida. Pelo menos, estava começando, mas simplesmente não sabia que rumo tomar. O que fez foi lembrar-se de fatos que tinha na memória e juntar alguns poucos registros.

Então ocorreu algo muito interessante. Sua mãe, já bem idosa que morava num asilo, tinha um grande desejo de voltar à sua terra natal na Itália. Finalmente, por ela estar obcecada pela ideia, os médicos acharam que não ganhariam nada se a impedissem de realizar essa viagem, e a família resolveu conceder-lhe esse desejo antes que ela morresse. Por alguma razão, todos na família decidiram que esse irmão (o único que era membro da Igreja) deveria ser a pessoa que a acompanharia nessa viagem à Itália.

Imediatamente, então, ele se viu voltando ao lar de seus antepassados. Uma porta fora aberta! Enquanto esteve na Itália, visitou a paróquia onde sua mãe foi batizada e também a paróquia onde seu pai fora batizado. Encontrou muitos parentes. Viu que os registros da paróquia chegavam há 500 anos. Foi também até à prefeitura para olhar os registros e encontrou pessoas muito cooperativas lá. O funcionário disse-lhe que, no verão anterior, um seminarista e uma freira tinham estado lá a procura de registros da família desse irmão e disseram que estavam coletando dados para a história da família. Esse irmão ficou sabendo o nome da cidade onde eles moravam e seguiu essa direção. Descobriu também que havia uma cidade na Itália cujo nome era igual ao seu sobrenome.

Mas isso não é tudo. Quando veio a Salt Lake City para a conferência geral, ele voltou pelo Colorado, onde moravam muitos de seus parentes. Sem muita dificuldade, foi feito o planejamento de uma reunião de família que ocorreu pouco tempo depois.

E depois, como sempre acontece, alguns de seus parentes — tios e tias, irmãos e irmãs — começaram a fornecer-lhe fotografias e informações sobre sua vida que ele nunca soube que existissem. E como sempre acontece, ele viu que este é um trabalho inspirado”.

Em seguida, o Presidente Packer fez a seguinte promessa e deu o seguinte testemunho sobre a orientação divina em seu próprio empenho na história da família:

“O Senhor o abençoará uma vez que começar a realizar essa obra. Isso tem sido muito evidente em minha família. Desde a época em que decidimos que começaríamos de onde estávamos, com o que tínhamos, muitas portas se abriram. (…)

As coisas vão surgindo quando começamos a trabalhar. Ainda não somos, de forma alguma, especialistas em pesquisa de história da família, contudo, temos nos dedicado à nossa família. É meu testemunho que, se começarmos de onde estamos — cada um com seus registros, como nós fizemos — e se começarmos a colocá-los em ordem, as coisas irão se encaixar como devem” (“Sua História Familiar: Como Começar”, A Liahona, agosto de 2003, p. 12).

Você tem um convite e uma promessa de um apóstolo. [3.4.3]

Élder David A. Bednar

Ao envolver-se na obra grandiosa de redenção dos mortos, você vai adquirir uma maior compreensão do Espírito de Elias e das bênçãos prometidas a Abraão, Isaque e Jacó. O Élder David A. Bednar, do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou:

“Convido os jovens da Igreja a aprenderem a respeito do Espírito de Elias e a vivenciarem-no. Incentivo-os a estudarem, a pesquisarem seus antepassados e a prepararem-se para realizar batismos vicários na casa do Senhor por seus próprios parentes falecidos (ver D&C 124:28–36). E peço que ajudem outras pessoas a identificar a história da família delas.

Ao atenderem com fé a este convite, seu coração se voltará aos pais. As promessas feitas a Abraão, Isaque e Jacó serão plantadas em seu coração. Sua bênção patriarcal, com sua declaração de linhagem, vai ligá-los a esses pais e será mais significativa para vocês. Seu amor e sua gratidão por seus antepassados vão aumentar. Seu testemunho do Salvador e sua conversão a Ele se tornarão mais profundos e duradouros. E prometo-lhes que serão protegidos da crescente influência do adversário. Ao participarem desse trabalho sagrado e amarem-no, serão protegidos em sua juventude e por toda a vida” (A Liahona, novembro de 2011, p. 24).

Perguntas para Refletir

  • O que significa ser salvador no Monte Sião?

  • De que maneira o conselho sobre “sabedoria e ordem” do Élder Dallin H. Oaks se aplica a seu trabalho na história da família?

Designações Sugeridas

  • Escreva três ou quatro metas para sua própria pesquisa de história da família e estabeleça uma ordem de prioridade (o que você pretende fazer em primeiro lugar, em segundo e assim por diante).

  • Crie uma Conta SUD a fim de poder ter acesso aos registros de membro e de ordenanças do templo em new.FamilySearch.org. Você precisará de seu número de registro de membro e da data de nascimento — é possível conseguir seu número de registro de membro com o secretário de sua ala ou seu ramo ou em sua recomendação para o templo.

  • Peça ajuda a outros familiares em seu trabalho, como para escanear registros, tirar fotos de objetos e ajudar a identificar informações a fim de permitir-lhe associá-las à pessoa certa em sua árvore genealógica. Você pode criar um DVD da família a fim de reunir as informações num só local. Você pode até fazer cópias para os familiares.

Recursos Adicionais

  • Dallin H. Oaks, “Family History: ‘In Wisdom and Order’”, Ensign, junho de 1989, pp. 6–8.

  • Boyd K. Packer, “Sua História Familiar: Como Começar”, A Liahona, agosto de 2003, p. 12.

  • David A. Bednar, “O Coração dos Filhos Voltar-se-á”, A Liahona, novembro de 2011, p. 24.