Lição 7: Jesus Cristo É o Filho Unigênito de Deus na Carne
Lição 7
Jesus Cristo É o Filho Unigênito de Deus na Carne
Introdução
Na antiguidade, a notícia do nascimento do Salvador foi declarada com alegria por muitas pessoas: Deus enviara Seu Filho para redimir o mundo! “O Cristo Vivo: O Testemunho dos Apóstolos” declara que Jesus é “o Primogênito Pai, o Filho Unigênito na carne, o Redentor do mundo” (A Liahona, abril de 2000, p. 2). Nesta lição, os alunos aprenderão por que era tão indispensável que Jesus fosse filho de uma mãe mortal e de um Pai imortal.
Leitura Preparatória
Robert E. Wells, “Nossa Mensagem para o Mundo”, A Liahona, janeiro de 1996, p. 72
Para começar a aula, apresente o vídeo “The Nativity [Natividade]” (2:59) (Baixe e assista ao vídeo antes da aula.)
Depois do vídeo, pergunte:
Que aspectos relacionados ao nascimento do Salvador você considera importantes? Por quê?
Diga aos alunos que, nesta aula abordarão um aspecto das origens de Jesus Cristo que é essencial para compreendermos como Ele foi capaz de desempenhar Seu papel no plano do Pai.
Peça a um aluno que leia Mateus 1:18–19 em voz alta e aos demais alunos que imaginem a situação descrita nesses versículos. (Observação: No estudo das escrituras, a habilidade de imaginar ou visualizar a narrativa pode ajudar a torná-la mais vívida e real.) Depois, pergunte aos alunos como se sentiriam se estivessem em uma situação semelhante à de José. Peça-lhes que façam a leitura silenciosa de Mateus 1:20–24 e descubram por que José decidiu deixar Maria (ou seja, romper o noivado) secretamente (versículo 19). [Observação: A definição de palavras e expressões difíceis ajuda os alunos a entender as escrituras. Nesses versículos, você pode usar as seguintes explicações: (1) o nome Jesus (Yeshua em aramaico) significa “Jeová é a salvação” ou “Jeová salva”; (2) a escritura a que se faz alusão em Mateus 1:22–23 é Isaías 7:14 e (3) o nome Emanuel significa “Deus conosco”.]
Peça a um aluno que leia Lucas 1:26–30 em voz alta. Peça aos demais alunos que acompanhem a leitura e identifiquem o que essa passagem ensina sobre Maria. Peça-lhes que relatem o que encontrarem. Depois, peça que um aluno leia Lucas 1:31–35 em voz alta enquanto os demais acompanham a leitura. Pergunte:
Como esses versículos confirmam quem é o Pai de Jesus?
Faça o seguinte desenho no quadro:
Imagem
esquema, pais, você
Peça o seguinte a um aluno:
Cite uma característica física que você herdou de seu pai. Cite uma característica física que você herdou de sua mãe.
Anote as respostas do aluno junto à parte correspondente do esquema desenhado no quadro.
Imagem
esquema, pais, características, você
Apague o esquema do quadro e o substitua por este desenho:
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esquema, Maria, Pai Celestial, Jesus Cristo
Mostre aos alunos esta declaração do Élder James E. Talmage (1862–1933), do Quórum dos Doze Apóstolos, e peça a um deles que a leia em voz alta:
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Élder James E. Talmage
“Aquela criança que nasceria de Maria [fora] gerada por Eloim, o Pai Eterno, não em violação da lei natural, mas de acordo com uma superior manifestação dela; (…). Em sua natureza, iriam combinar-se os poderes da Divindade com a[s] aptid[ões] e possibilidades do estado mortal; e isso através da operação comum da lei fundamental de hereditariedade, declarada por Deus, demonstrada pela ciência e admitida pela filosofia — pela qual todos os seres se propagam segundo sua própria espécie. O menino Jesus deveria herdar os traços físicos, mentais e espirituais, tendências e poderes que caracterizavam Seus pais, um deles imortal e glorificado — Deus — e o outro humano — uma mulher (ver Jesus, o Cristo, 1998, p. 78).
Que importantes traços o Salvador herdou dos pais?
À medida que os alunos responderem, anote as respostas no quadro. Sob o nome “Maria” coloque as características que Jesus Cristo herdou da mãe (como o fato de ser mortal e a capacidade de passar por sofrimento físico). Sob o nome “Pai Celestial”, anote as características que Jesus herdou do Pai (como, por exemplo, Seus poderes divinos que incluem: a imortalidade, ou seja o poder de viver para sempre ver João 10:17–18).
Depois, peça a um aluno que leia Mosias 3:7–8 em voz alta. Pergunte:
Por que o Salvador precisava tanto das características mortais como dos poderes imortais para realizar a Expiação? (Enquanto os alunos respondem, certifique-se de que entendam esta verdade: Por ser o Filho Unigênito de Deus na carne, Jesus Cristo conseguiu realizar o Sacrifício Expiatório, no qual precisou sofrer mais do que qualquer mortal poderia suportar e, assim, cumpriu Seu papel no plano do Pai. Além disso, por ter poder sobre a morte, pode ressurgir dos mortos. Certifique-se de que os alunos entendam que, se Jesus Cristo tivesse pai e mãe mortais, não poderia ter vencido a morte nem suportado o sofrimento infinito da Expiação. Se fosse filho tanto de pai como de mãe imortais, não estaria sujeito à morte e nem ao sofrimento físico.)
Para salientar ainda mais essa doutrina fundamental, entregue a cada aluno uma cópia desta declaração do Élder Robert E. Wells, dos Setenta, e dê-lhes tempo para ler e ponderá-la:
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Élder Robert E. Wells
“A filiação divina de Jesus Cristo, que é essencial para o pleno entendimento do plano de salvação. Ele foi o Filho Primogênito do Pai na existência pré-mortal e é o Filho Unigênito do Pai na Terra. Deus, o Pai Eterno, é literalmente o Pai de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo bem como de Seus outros filhos espirituais. (…)
O termo ‘filiação divina’ também se refere ao fato de Ele ser o ‘Filho Unigênito [de Deus] na carne’. (…) Esse título [Filho Unigênito,] afirma que o corpo físico de Jesus foi gerado por uma mãe mortal e um Pai Eterno e imortal, verdade essa que é decisiva para a Expiação, esse ato supremo que não poderia ter sido realizado por um homem comum. Cristo tinha poder para entregar a própria vida e novamente reavê-la, porque havia herdado a imortalidade de Seu Pai Celestial. De Maria, Sua mãe, Cristo herdara a mortalidade, ou seja, a capacidade de morrer.
A expiação infinita de Cristo e Sua filiação divina juntas formam a doutrina mais importante de todo o cristianismo” (“Nossa Mensagem para o Mundo”, A Liahona, janeiro de 1996, p. 71).
Conclua esta parte da lição fazendo estas perguntas:
Como reconhecer as características que Jesus herdou de Maria os ajuda a ter mais confiança e fé no Salvador?
Como reconhecer as características que Jesus herdou do Pai Celestial os ajuda a ter mais confiança e fé no Salvador?
Diga aos alunos que, no Livro de Mórmon, lemos que Néfi teve uma visão onde lhe foi revelado quem seriam os pais de Jesus Cristo. Essa visão pode ensinar-nos várias verdades. Peça que alguns alunos se revezem na leitura em voz alta de 1 Néfi 11:13–21. Peça aos demais que acompanhem a leitura e identifiquem doutrinas importantes ensinadas nessa passagem. Diga-lhes que, nesse contexto, a palavra condescendência significa o ato de descer de um estado mais elevado ou exaltado para outro menos elevado.
Quem Néfi descobriu que seriam os pais de Jesus Cristo? (Os alunos precisam identificar esta doutrina: Deus, o Pai Eterno, e Maria são os pais de Jesus Cristo na mortalidade.)
Pensem nas lições que tiveram neste curso até o momento. Nesse contexto, em sua opinião por que o nascimento de Jesus Cristo poderia ser considerado parte de Sua condescendência?
Mostre a seguinte declaração do Élder Tad R. Callister, presidente geral da Escola Dominical, e peça que um aluno a leia em voz alta:
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Tad R. Callister
“Naquela noite, Deus, o Filho, trocou Seu lar celeste com todos os seus adornos celestiais por uma morada terrena com todas as suas características primitivas. Ele, o ‘Rei do céu’ (Alma 5:50), ‘o Senhor Onipotente que reina’ (Mosias 3:5), deixou um trono para herdar uma manjedoura. Trocou o domínio de um Deus pela condição indefesa de um bebê. (…) Essa foi uma troca de dimensão incomparável. (…) E além disso, o grande Jeová, criador de mundos sem fim, infinito em virtude e poder, entrou neste mundo envolto em panos, numa manjedoura” (A Expiação Infinita, 2000, p. 64).
Para ajudar os alunos a entender como o nascimento de Jesus Cristo na mortalidade também era uma manifestação da condescendência de Deus, o Pai, leia em voz alta a seguinte declaração do Élder Bruce R. McConkie (1915–1985), do Quórum dos Doze Apóstolos:
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Élder Bruce R. McConkie
“A condescendência de Deus (ou seja, do Pai) consiste em, apesar de ser um Ser exaltado, perfeito e glorificado, ter-se tornado individual e literalmente o Pai de um Filho mortal, gerado por uma mulher mortal” [Mormon Doctrine (Doutrina Mórmon), 2ª ed., 1966, p. 155].
Para encerrar, pergunte aos alunos que ideias lhes vêm à mente e o que eles sentem pelo Salvador ao pensar em Sua condescendência e nos milagres relativos a Seu nascimento. Pergunte-lhes se alguém gostaria de prestar testemunho do Salvador para concluir a aula de hoje.