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Lição 23: Sustentar a Família


Lição 23

Sustentar a Família

Introdução

Deus confia a cada pessoa a responsabilidade de sustentar a si mesma e sua família. Os pais têm o sagrado dever de atender “às necessidades materiais e físicas básicas dos membros da família (“A Família: Proclamação ao Mundo”, A Liahona, novembro de 2010, última contracapa). Nesta lição, os alunos aprenderão como o princípio da autossuficiência pode contribuir para sua estabilidade material e espiritual agora e no futuro.

Leitura Preparatória

  • M. Russell Ballard, “Becoming Self-Reliant—Spiritually and Physically” [Tornar-se Autossuficiente — Física e Espiritualmente, Ensign, maio de 2009, p. 50; ver também Marion G. Romney, “A Natureza Celestial da Auto-Suficiência”, A Liahona, março de 2009, p. 15.

  • Robert D. Hales, “Tornar-se Provedores Prudentes Temporal e Espiritualmente”, A Liahona, maio de 2009, p. 7.

  • Marvin J. Ashton, “One for the Money” [A Respeito de Dinheiro], Ensign, setembro de 2007, p. 37.

  • Site Viver Previdente: providentliving.org

Sugestões Didáticas

Marcos 6:1–3; Lucas 2:51–52

Autossuficiência

Escreva esta pergunta no quadro: “De que maneira o Senhor Se preparou para Seu ministério mortal?” Peça aos alunos que leiam Marcos 6:1–3 e Lucas 2:51–52, à procura de como o Senhor Se preparou na juventude para Seu futuro ministério. À medida que os alunos respondem, escreva o seguinte no quadro:

Trabalhou com o pai como carpinteiro (profissão)

Cresceu em sabedoria (estudos)

Cresceu em estatura (físico)

Cresceu em graça para com Deus (espiritual)

Cresceu em graça para com os homens (social)

  • Como seguir o exemplo do Salvador nas cinco áreas identificadas pode ajudá-los a preparar-se para sustentar a si mesmos e a sua futura família?

Leia a seguinte declaração do Presidente Spencer W. Kimball (1895–1985), e peça aos alunos que prestem atenção para descobrir o que o Presidente Kimball aponta como responsabilidade dos membros da Igreja:

Presidente Spencer W. Kimball

“A Igreja e seus membros receberam do Senhor o mandamento de ser autossuficientes e independentes (ver D&C 78:13–14).

A responsabilidade pelo bem-estar social, emocional, espiritual, físico e financeiro de uma pessoa repousa em primeiro lugar sobre ela mesma, em segundo lugar sobre sua família e em terceiro lugar sobre a Igreja se essa pessoa for um membro fiel.

Nenhum verdadeiro santo dos últimos dias, enquanto for capaz física e emocionalmente, transferirá de modo voluntário a responsabilidade por seu próprio bem-estar ou o de sua família a outra pessoa. Tanto quanto puder, sob a inspiração do Senhor e por meio de seu próprio trabalho, ele mesmo suprirá suas necessidades espirituais e materiais, assim como as de sua família ” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Spencer W. Kimball, 2006, p. 130).

  • Que responsabilidade o Presidente Kimball disse que cada um de nós tem?

  • Porque é importante nos tornarmos “autossuficientes e independentes”? (Os alunos precisam identificar o seguinte: Quando nos tornamos autossuficientes, somos capazes de sustentar a nós mesmos e nossa família tanto material como espiritualmente.)

Peça aos alunos que digam o que autossuficiência significa para eles. Então, mostre-lhes a seguinte declaração do Élder Robert D. Hales, do Quórum dos Doze Apóstolos, e peça a um deles que a leia em voz alta:

Élder Robert D. Hales

“Ser autossuficiente significa sermos responsáveis por nosso próprio bem-estar espiritual e temporal e pelo bem-estar daqueles que o Pai Celestial confiou ao nosso cuidado. Somente quando somos autossuficientes podemos verdadeiramente imitar o Salvador, servindo e abençoando o próximo.

É importante entendermos que a autossuficiência é um meio de alcançar nossas metas. Nossa meta máxima é tornar-nos como o Salvador, e isso é realçado pelo serviço abnegado ao próximo. Nossa capacidade de servir aumenta ou diminui com nosso nível de autossuficiência” (“O Bem-Estar sob a Perspectiva do Evangelho: A Fé em Ação”, Princípios Básicos de Bem-Estar e Autossuficiência, 2009, p. 2).

  • Qual é o maior propósito da autossuficiência?

  • Como nossa capacidade de servir aos outros diminui se não somos autossuficientes?

Para ajudar a turma a melhor entender a autossuficiência, leia a seguinte declaração da irmã Julie B. Beck, ex-presidente geral da Sociedade de Socorro:

Julie B. Beck

© Busath.com

“Como nos tornamos autossuficientes? Tornamo-nos autossuficientes por meio da obtenção de conhecimento, estudo e alfabetização; pela administração sábia do dinheiro e dos recursos; sendo fortes espiritualmente; preparando-nos para emergências e eventualidades; tendo saúde física e bem-estar social e emocional (“As Responsabilidades da Presidente da Sociedade de Socorro com Relação ao Bem-Estar”, Princípios Básicos de Bem-Estar e Autossuficiência, p. 5).

Escreva as seguintes palavras, todas na mesma linha, no alto do quadro: estudos, finanças, vigor espiritual, produção e armazenamento domésticos, saúde e emprego. Ensine aos alunos que a autossuficiência abrange essas seis áreas necessárias a uma vida equilibrada (ver livreto Prover à Maneira do Senhor: Resumo do Guia do Líder para o Bem-Estar, 2009, pp. 1–2). Reserve algum tempo da aula para que a turma como um todo discuta o que os jovens adultos solteiros podem fazer para tornarem-se mais autossuficientes em cada uma dessas áreas, para no futuro ser capazes de sustentar a família tanto nas coisas materiais como nas espirituais e servir na Igreja. Anote as respostas dos alunos no quadro. Alguma das possíveis respostas são:

  • Estudos: Obter um diploma universitário, desenvolver melhores hábitos de estudo, aprender novas habilidades profissionais e aprender a realizar pequenos consertos domésticos e automotivos.

  • Finanças: Pagar o dízimo honestamente e dar oferta de jejum, aprender a fazer um orçamento e segui-lo, aprender a ter autodisciplina, evitar dívidas desnecessárias, pagar as dívidas e poupar um pouco de cada salário recebido.

  • Vigor espiritual: Orar, estudar as escrituras, jejuar com um propósito, ir ao templo com frequência.

  • Produção e armazenamento domésticos: Aprender como armazenar alimentos, fazer uma horta (mesmo que sejam poucas plantas).

  • Saúde: Obedecer a Palavra de Sabedoria, exercitar-se regularmente, consumir alimentos saudáveis, dormir o suficiente e ter um plano de saúde.

  • Emprego: Desenvolver novas habilidades profissionais, tornar-se um trabalhador diligente, com uma atitude profissional ética e positiva, e conseguir certificações de nível avançado.

  • O que vocês têm feito para ser mais autossuficientes em uma dessas áreas? Como esse esforço aumentou sua sensação de autonomia e autoestima? Como isso aumentou sua capacidade de sustentar-se e servir mais plenamente na Igreja?

Incentive os alunos a traçar a meta de aprimorarem-se em uma dessas seis áreas.

Malaquias 3:8–12; Mateus 6:19–21; I Timóteo 6:7–10; 2 Néfi 9:51; Jacó 2:13–14, 18–19; Doutrina e Convênios 104:13–18

Administração financeira

Lembre os alunos de que, se ainda não são, um dia serão responsáveis pelo próprio sustento e possivelmente pelo sustento da família. Portanto, precisam aprender a ser sábios com os próprios recursos materiais.

Incentive cada aluno a ler uma das seguintes passagens e identificar princípios relacionados a uma administração financeira prudente.

Dê-lhes tempo suficiente para terminar e, depois, peça a alguns alunos que contem à turma o que aprenderam. Certifique-se de que os alunos entendam este princípio: Por meio da aplicação de princípios financeiros sábios, é possível aumentar nossa estabilidade financeira individual e familiar e colocar-nos em condições de ajudar outras pessoas. (Você pode explicar que, nas escrituras, o Senhor com frequência faz a ligação entre obter riquezas e a obrigação de ajudar os pobres e necessitados. Por exemplo, ver Jacó 2:18–19 e D&C 104:18.)

  • Que bênçãos vocês já receberam por aplicar princípios financeiros sábios?

Doutrina e Convênios 104:78

Não fazer dívidas desnecessárias

Leia Doutrina e Convênios 104:78. Depois, mostre aos alunos esta declaração do Élder Joseph B. Wirthlin (1917–2008), do Quórum dos Doze Apóstolos, e peça a um deles que a leia em voz alta:

Élder Joseph B. Wirthlin

“Lembrem-se disto: a dívida é uma forma de escravidão. É um cupim financeiro. Quando fazemos compras a crédito, temos apenas a ilusão de prosperidade: achamos que possuímos coisas, mas na realidade, as coisas nos possuem.

Algumas dívidas — como para a compra de uma casa modesta, despesas com os estudos, talvez um primeiro carro necessário — podem ser necessárias. Contudo, jamais devemos entrar na escravidão financeira de compras a prazo sem avaliarmos os custos” (“Dívidas Terrenas, Dívidas Celestiais”, A Liahona, maio de 2004, p. 41).

  • Porque a dívida é uma forma de escravidão? (Enquanto os alunos respondem, ajude-os a entender este princípio: Não fazer dívidas desnecessárias ajuda os indivíduos e as famílias a manterem-se livres da escravidão financeira.) O Presidente Gordon B. Hinckley (1910–2008) ensinou que “a autossuficiência não pode ser alcançada se grandes dívidas pesarem sobre a família. Nunca teremos independência nem liberdade se estivermos devendo alguma coisa a alguém” (“Para os Rapazes e para os Homens”, A Liahona, janeiro de 1999, p. 66).

Peça a um aluno que leia em voz alta o seguinte conselho do Presidente Thomas S. Monson:

Presidente Thomas S. Monson

“Evitem a filosofia e a desculpa de que aquilo que era luxo antigamente se tornou necessidade nos dias atuais. Essas coisas não são necessidades a menos que as consideremos assim. Hoje em dia, muitos de nossos jovens casais querem começar a vida com mais de um carro e tendo o tipo de casa que papai e mamãe trabalharam a vida inteira para conseguir. Consequentemente, fazem dívidas de longo prazo com base nos dois salários. Talvez tarde demais descobrem que mudanças acontecem, as mulheres têm filhos, doenças acometem algumas famílias, os empregos são perdidos, catástrofes naturais e outras situações acontecem, e eles deixam de ser capazes de pagar o empréstimo feito, com base na renda de dois salários. É fundamental que vivamos dentro de nossos recursos” (“Verdades Constantes numa Época de Mudanças”, A Liahona, maio de 2005, p. 20).

  • Quais são algumas consequências que as pessoas e famílias que falham em reconhecer a diferença entre desejos e necessidades podem ter que enfrentar?

  • De que forma podemos diferenciar os desejos das necessidades?

Incentive os alunos a pensar sobre as seguintes perguntas e respondê-las no diário:

  • Em que áreas da vida vocês podem tornar-se mais autossuficientes?

  • Como vocês poderiam administrar melhor seus recursos materiais?

Leituras Sugeridas aos Alunos