O evangelho de Jesus Cristo salienta as bênçãos eternas que advém do casamento e dos relacionamentos familiares, mas muitos membros da Igreja se encontram em circunstâncias em que não têm, no presente, a oportunidade de casar-se e formar uma família. Esta lição salienta que os membros solteiros da Igreja têm muito a contribuir no Reino do Senhor. Embora algumas vezes demorem a chegar, as bênçãos do casamento e de formar a própria família não serão negadas àqueles que guardam fielmente os convênios feitos com Deus.
Leitura Preparatória
Gordon B. Hinckley, “Uma Conversa com os Adultos Solteiros”, A Liahona, novembro de 1997, p. 16.
Os membros solteiros em uma Igreja voltada para a família
Peça aos alunos que falem de alguns dos desafios que os membros solteiros da Igreja às vezes enfrentam em alas ou ramos onde muitos membros são casados e têm filhos. (Os membros solteiros da Igreja às vezes podem sentir-se desanimados, isolados e excluídos em reuniões e aulas centralizadas no casamento e na família.)
Em sua opinião, como os outros membros da Igreja podem ajudar os adultos solteiros a sentirem-se incluídos e valorizados nas reuniões e atividades da Igreja?
Mostre esta declaração do Presidente Howard W. Hunter (1907–1995) e peça a um aluno que a leia em voz alta:
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Presidente Howard W. Hunter
“A Igreja é para todos os membros. (…) Todos nós, solteiros ou casados, temos uma identidade e necessidades específicas, entre as quais está o desejo de ser vistos como filhos individuais e valiosos de Deus (…)
Esta é a Igreja de Jesus Cristo, não a igreja de casados ou solteiros, nem de qualquer outro grupo ou indivíduo” (“A Igreja É para Todos”, A Liahona, agosto de 1990, p. 42).
Explique à turma que o Apóstolo Paulo comparou a Igreja ao corpo humano e os membros da Igreja às partes do corpo. Peça a alguns alunos que se revezem na leitura em voz alta de I Coríntios 12:12–20, enquanto o restante da classe procura as comparações que Paulo fez entre as partes do corpo físico e os membros da Igreja.
Que dificuldades enfrentaríamos se não tivéssemos uma ou mais partes do corpo?
Que princípio a analogia de Paulo nos ensina sobre a Igreja e seus membros? (É possível que os alunos identifiquem vários princípios importantes, mas certifique-se de que este princípio seja enfatizado: Todo membro da Igreja é valioso e pode contribuir na Igreja.)
De que forma vocês já viram os membros solteiros de sua ala ou ramo contribuírem na Igreja?
Peça a um aluno que leia I Coríntios 12:25–27 em voz alta e aos demais que identifiquem o que os membros da Igreja podem fazer para tornarem-se unidos.
O que todos os membros da Igreja, casados ou solteiros, podem fazer para ajudar uns aos outros a sentir-se unidos aos demais membros da ala ou ramo?
Mostre e leia esta declaração do Élder Robert D. Hales, do Quórum dos Doze Apóstolos:
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Élder Robert D. Hales
“[Todos nós] pertencemos a uma comunidade de santos, todos precisamos uns dos outros e estamos todos trabalhando pelo mesmo ideal. Qualquer um de nós pode isolar-se dessa família da ala [ou ramo] devido a nossas diferenças. Mas não devemos isolar-nos nem rejeitar nossas oportunidades por causa das diferenças que percebemos em nós mesmos. Em vez disso, empreguemos nossos dons e talentos em benefício das outras pessoas, levando-lhes a luz da esperança e alegria e elevando nosso espírito nesse processo” (“Pertencer à Família da Ala”, A Liahona, março de 1999, p. 12).
Como seu empenho em aceitar chamados e participar ativamente da ala ou do ramo os ajuda a sentirem-se mais unidos aos outros membros?
Mostre aos alunos a seguinte declaração do Élder Dallin H. Oaks, do Quórum dos Doze Apóstolos, e peça a um deles que leia em voz alta:
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Élder Dallin H. Oaks
“Os solteiros devem desejar um casamento no templo e dar a máxima prioridade para consegui-lo. Os jovens e os jovens adultos solteiros devem resistir ao conceito politicamente correto, mas falso do ponto de vista eterno, de que o casamento e os filhos não são importantes” (“Desejo”, A Liahona, maio de 2011, p. 45).
Em sua opinião, por que alguns membros solteiros se sentem desanimados ao ponderar sobre a doutrina de que “o casamento entre homem e mulher foi ordenado por Deus e que a família é essencial ao plano do Criador para o destino eterno de Seus filhos”? (“A Família: Proclamação ao Mundo”, A Liahona, novembro de 2010, última contracapa).
Comente que, embora o casamento e a família sejam o ideal, muitos membros adultos solteiros da Igreja não têm certeza se um dia irão casar-se. Aqueles que se divorciaram ou ficaram viúvos talvez não saibam se um dia voltarão a casar-se.
Leia em voz alta a seguinte declaração do Élder D. Todd Christofferson, do Quórum dos Doze Apóstolos, e peça aos alunos que descubram o que o Salvador fez para colocar as bênçãos eternas ao alcance daqueles que não contam com a bênção de casar-se e formar a própria família:
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Élder D. Todd Christofferson
“Declarar as verdades fundamentais relativas ao casamento e à família não significa ignorar ou diminuir os sacrifícios e sucessos daquelas pessoas cuja realidade atual não é a ideal. A alguns de vocês são negadas as bênçãos do casamento por razões que incluem falta de expectativas viáveis, atração por pessoa do mesmo sexo, barreiras físicas ou mentais ou simplesmente [o] medo de falhar, que, ao menos neste momento, [excede] a fé. Ou vocês podem ter sido casados, mas o casamento terminou e vocês tiveram que fazer sozinhos o que duas pessoas juntas mal conseguiam fazer. Alguns de vocês que são casados não conseguem ter filhos, a despeito do forte desejo e das orações fervorosas.
(…) Com confiança testificamos que a Expiação de Jesus Cristo já previra todas as privações e perdas daqueles que se voltam a Ele e, no final, vai compensá-los. Ninguém está predestinado a receber menos do que tudo o que o Pai tem para Seus filhos” (“Por Que Casar, Por Que Ter uma Família”, A Liahona, maio de 2015, p. 52).
Que outra doutrina o Élder Christofferson ensina a respeito de quem receberá as maiores bênçãos de Deus? (Escreva esta doutrina no quadro: A Expiação de Jesus Cristo possibilita que todos um dia recebam todas as bênçãos prometidas pelo Pai Celestial.)
O que é preciso fazer para obter a esperança que essa doutrina proporciona?
Mostre a seguinte declaração do Presidente Spencer W. Kimball, (1895–1985), e peça a um aluno que a leia em voz alta:
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Presidente Spencer W. Kimball
“Prometemos que, em relação a nossa condição eterna, nenhuma alma será privada das ricas, grandiosas e eternas bênçãos referentes a qualquer coisa que não dependa da própria pessoa, que o Senhor nunca deixa de cumprir Suas promessas, e que toda pessoa fiel receberá, no final, tudo a que tenha direito e que não haja perdido por culpa própria” (“A Importância do Casamento Celestial” A Liahona, julho de 1980, p. 5).
Testifique à classe que, embora as bênçãos de Deus algumas vezes demorem a chegar, na eternidade, elas não serão negadas àqueles que se empenham em viver em retidão.
Peça aos alunos que pensem nos exemplos de Abraão e Sara: as promessas que lhes foram feitas por Deus com relação à família ou demoraram muito para ser cumpridas ou não foram cumpridas durante sua vida mortal (ver Gênesis 13:14–17; 15:4–7; 17:1–8, 15–16). Lembre-lhes que, como aconteceu com Abraão e Sara, nossa fé às vezes será provada com promessas que demoram para ser cumpridas ou não se cumprem na mortalidade.
Peça a alguém que leia Hebreus 11:1, 6 enquanto a classe presta atenção para encontrar a definição de fé.
O que esses versículos ensinam sobre o que é a fé? (Relembre aos alunos que o firme fundamento mencionado no versículo 1 também pode significar certeza, base ou alicerce. Lembre-se de citar em aula os recursos disponíveis para o estudo das escrituras como forma de ajudar os alunos a desenvolver boas técnicas de estudo individual.)
O que significa a expressão “prova das coisas que se não veem”? (A fé é a certeza ou o testemunho das coisas reais que não vemos.) Essa certeza das coisas que se esperam e que não vemos, surge apenas quando somos obedientes e agimos de acordo com os princípios do evangelho — especialmente quando isso é difícil. Ter fé é agir com obediência, e isso resulta no dom espiritual do testemunho. É acreditar e confiar no Senhor o suficiente para obedecê-Lo sem antes ver qual será o resultado.)
Peça a alguns alunos que se revezem na leitura em voz alta de Hebreus 11:8–13, 16, enquanto o restante da classe presta atenção para descobrir como Abraão e Sara exerceram fé em meio a situações difíceis. Você pode sugerir à classe que marque palavras e frases que mostram como Abraão e Sara exerceram fé.
O versículo 13 diz que, embora Abraão, Sara e muitos outros tenham morrido sem “[ter] recebido as promessas”, viram-nas “de longe” e tiveram fé na capacidade de Deus para cumpri-las. Como o exemplo desses santos antigos ajuda os santos de hoje que têm sua fé testada por não receberem as bênçãos prometidas na mortalidade? (Todos precisamos aprender que é preciso continuar a ter fé e obedecer aos mandamentos do Senhor mesmo quando nos parece que as bênçãos que esperamos não virão no momento em que as desejamos.)
Em sua opinião, o que significa dizer que esses santos da Antiguidade viveram como “estrangeiros e peregrinos na terra”? (Eles sabiam que a vida mortal era temporária e que este mundo não era seu lar definitivo.)
Mostre a seguinte declaração do Élder Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos:
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Élder Jeffrey R. Holland
“Algumas bênçãos nos vêm logo, outras vêm depois e outras não nos chegam nesta existência, mas para os que aceitam o evangelho de Jesus Cristo elas certamente virão. Isso eu afirmo pessoalmente” (“O Sumo Sacerdote dos Bens Futuros”, A Liahona, janeiro de 2000, p. 42.)
De que maneira saber que nenhuma bênção será negada aos fiéis pode ajudar os membros da Igreja que sentem tristeza ou desespero porque não são casados ou não têm filhos?
Vocês se lembram de algum momento em que se sentiram desanimados, mas decidiram agir com fé e seguir em frente mesmo assim?
Se o tempo permitir, dê-lhes este conselho do Élder Dallin H. Oaks:
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Élder Dallin H. Oaks
“Se vocês estão deixando o tempo passar esperando por um casamento, parem de esperar. Talvez nunca tenham a oportunidade de fazer um bom casamento nesta vida, então parem de esperar e comecem a agir. Preparem-se para a vida — mesmo que seja uma vida de solteiro — por meio do estudo, das experiências e do planejamento. Não esperem a felicidade cair do céu. Busquem-na por meio do serviço e do aprendizado. Construam sua própria vida… e confiem no Senhor” (“Dating versus Hanging Out” [Namoro versus Atividades em Grupo], Ensign, junho de 2006, p. 12).
Incentive os alunos a refletir sobre o que podem fazer para aumentar a própria fé em Jesus Cristo e confiar em Sua capacidade de conceder-lhes as bênçãos que prometeu.