Interpretação de Línguas para a Conferência Geral

Uma hora antes de cada sessão da conferência geral, centenas de especialistas em línguas reúnem-se numa grande sala para dar os retoques finais nos discursos da conferência que foram previamente traduzidos e que serão interpretados numa das 103 línguas.

Uma vez iniciada a conferência, só terão uma hipótese. Tem de correr bem e tem de correr bem logo à primeira. Uma interpretação eficaz requer cadência, inflexão, articulação clara e proficiência linguística, transmitindo ao mesmo tempo a emoção e a intenção do orador no púlpito, no mesmo espírito com que a mensagem foi criada.

Mais de 800 falantes nativos e ex-missionários interpretaram partes desta conferência geral. Cerca de metade transmitiu as mensagens a partir de Salt Lake City, Utah, EUA, enquanto que a outra metade fez as suas interpretações a partir dos seus países de origem. Alguns também participam da tradução dos discursos da conferência nas semanas que antecedem a conferência geral.

Durante a transmissão, os intérpretes, geralmente trabalham em equipas de quatro a seis pessoas por sessão, leem cada mensagem numa cabine com isolamento acústico no Edifício dos Escritórios da Igreja ou em lugares designados ao redor do mundo. Enquanto usam auscultadores para ouvir os procedimentos em inglês, os intérpretes vão observando um monitor para cronometrar a sua interpretação com a do orador. Os intérpretes têm de manter as duas conversas — em línguas diferentes — a decorrer ao mesmo tempo nas suas cabeças.

O intérprete Jonas Prasad diz que os membros da Igreja que falam hindi em Fiji estão ansiosos por ouvir os profetas na sua língua. Ao descrever uma irmã, ele disse: “Durante anos, as únicas reuniões da Igreja disponíveis para ela eram realizadas em inglês. Embora não falasse uma única palavra, ela vinha e sentava-se em silêncio só para sentir o Espírito. Agora ela emociona-se ao ouvir o evangelho na sua língua”.