2024
Histórias
Julho de 2024


Mensagem da Área

Histórias

Sou membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias desde 1981. Decidi me batizar quando participei da visitação pública do Templo de São Paulo. Naquela visitação meu coração se envolveu com a eternidade e comecei a trabalhar na genealogia de minhas quatro gerações. Não foi difícil conseguir encontrar a quarta geração do lado materno, mas o grande desafio era saber quem eram meus bisavós paternos, pois meu pai não conhecia seus avós por parte de pai. Nunca desisti de procurá-los. De todos os chamados da Igreja que eu já tive nestes 43 anos como membro, o que mais amo é ser consultora de templo e história da família. Eu tinha um desafio a cumprir: encontrar minha quarta geração.

Ano passado, tive a ajuda de uma missionária do FamilySearch, a Suelen, que veio morar em Teresópolis. Ela foi essencial para me incentivar a encontrar meus bisavós. Eles eram de São Luís, no Maranhão, e a Suelen me desafiou a ir ao Maranhão para procurar nos cartórios, hospitais, cemitérios, igrejas etc. Tudo isso era muito difícil para mim. Eu precisava achar a certidão de nascimento do meu avô paterno, porque nela eu teria o nome dos pais e dos avós dele. Era tudo o que eu precisava encontrar.

Decidi viajar até o Maranhão, porque o grande empecilho para achar a certidão era o fato de ainda não termos documentos indexados no Maranhão. Uma certidão indexada resolveria meu desafio com mais facilidade. Convidei minha filha e a Suelen para me acompanharem e me ajudarem a encontrar o que eu precisava.

Quando estava no Aeroporto aguardando o embarque para o voo em direção a São Luís, recebi uma mensagem da Suelen com a certidão de nascimento indexada do meu avô. Ele tinha nascido em Teresina, no Piauí, e lá já havia vários documentos indexados. A certidão dele estava indexada com o nome dos meus avós e bisavós! Que gratidão eu sinto pelas pessoas que fazem o trabalho de indexação!

Fui a São Luís somente a passeio, pois já havia desvendado o grande mistério da minha quarta geração. Chorei muito no aeroporto. Passamos três dias em São Luís e, nesse período, ao colocar os nomes da minha quarta geração na minha árvore familiar, os nomes iam entrando geração por geração. Eu só precisava colocar a minha quarta geração para encontrar o restante da história da minha família. Que sentimento maravilhoso! Gratidão é a palavra certa. Gratidão a quem indexou a certidão do meu avô e gratidão à Suelen, que me desafiou a colocar o pé no meu Mar Vermelho. As bênçãos vieram uma a uma. Amo esse trabalho e quero viver meus dias ajudando cada pessoa que me procurar para ter essa experiência assim como eu tive.

– Neyla Maria dos Santos Pureza

Eu e meu marido servimos como casal assistente de templo e história da família para as estacas Partenon, Porto Alegre e Porto Alegre Sul. Tenho me dedicado à genealogia da minha família há mais de 30 anos. Aprendi muitas coisas por meio desse maravilhoso trabalho, mas sinto que preciso aprender mais. Junto com meu marido, tenho testemunhado muitas experiências espirituais incríveis ao servirmos às pessoas e as ajudarmos. Poder ver a alegria das pessoas é espetacular!

Um dia estávamos no Centro do FamilySearch de minha estaca e fomos contagiados pela felicidade de alguns irmãos que estavam lá conosco. De repente, meu marido fi cou triste ao se questionar por que conseguíamos ajudar tantas pessoas, mas continuávamos estagnados em relação à nossa própria história da família. Apesar de todos os esforços e pesquisas, a parte do pai de meu marido ainda era uma incógnita para nós.

Ele fi cou por um tempo olhando sua árvore familiar e suplicou ao Pai Celestial que também pudesse ter aquela alegria que as pessoas à nossa volta sentiam. Alguns minutos depois, recebi uma ligação de uma pessoa de Apucarana, Paraná, perguntando se tínhamos algum parentesco com Nelson Bassani. Esse era o nome do pai do Lidson, meu marido. A pessoa do outro lado da linha se apresentou a nós como neto do senhor Nelson, e tinha muitas informações sobre ele. Nossa alegria foi tanta que não cabia no peito. Chorávamos, ríamos e dávamos pulos de alegria como crianças, pois a informação que recebemos nos possibilitou anexar mais três gerações a uma parte de nossa árvore familiar. Não achávamos documentos, mas nosso amoroso Pai Celestial nos respondeu por telephone e nossa alegria foi imensa. Isso é surpreendente e celestial.

– Janete Bassani

Na minha juventude, engravidei e aos poucos me afastei da Igreja, mas minha mãe continuou fi rme e procurava estar no templo em todas as caravanas. Na época, eu não entendia o porquê de ela querer estar lá.

No ano de 2019, em uma caravana de três dias ao templo, minha mãe passou mal no alojamento do templo e foi levada para um pronto atendimento em Porto Alegre. Fui às pressas para lá, mas não consegui ver minha mãe com vida. Quando eu estava na portaria do pronto atendimento, esperando a minha vez de entrar, minha mãe teve uma parada cardiorrespiratória e veio a falecer. Parecia que ela estava me esperando chegar lá.

Meu bispo, na época, e sua esposa me levaram para o templo. Como a caravana voltaria naquele dia, que era sábado, fui convidada a retornar para Bagé junto com eles. Chegando ao templo, as irmãs me receberam com muito amor e carinho.

A presidente da Sociedade de Socorro da ala de minha mãe, e hoje novamente minha ala, perguntou se eu queria entrar no alojamento ou passear pelos jardins. Preferi passear e fi car um pouco só. Conheci o templo em minha época de adolescência, mas quando entrei no jardim do templo, tive um sentimento inexplicável. Não sei expressar com palavras tudo o que senti, mas foi um sentimento de estar no local certo naquele momento. A presidente da Sociedade de Socorro me acompanhou na caminhada pelos jardins. E que sentimento maravilhoso de estar naquele lindo jardim! Ali eu me senti acolhida.

Conversando com a presidente da Sociedade de Socorro, perguntei quem mais estava passeando conosco. Ela respondeu que só havia nós duas ali, mas eu sentia que alguém estava me abraçando e eu me senti acolhida, com a sensação de que alguém estava me carregando no colo.

Dois domingos após o ocorrido, retornei a uma reunião em minha antiga ala para visitar e não me afastei mais. Meu bispo na época me chamou para conversar e, a partir daí, começou a fazer metas comigo; metas relacionadas ao dízimo e ao templo. Eu tinha algumas coisas a acertar para poder ir ao templo. A presidente da Sociedade de Socorro e sua conselheira me apoiaram e me ajudaram muito a progredir. Junto com elas, o conselheiro do bispo foi muito importante Nessa caminhada. Eu tinha muitas dúvidas e muito a aprender, e ele estava sempre disponível para me ajudar, explicar e ensinar.

A única coisa que me impedia de entrar no templo era o fato de não ser casada com meu “marido”. Ele não é membro da Igreja, mas depois de tantos anos, o Senhor tocou o coração dele e então nos casamos. Tenho Certeza de que, com as bênçãos do templo, no momento certo meu marido vai se batizar.

Fui ao templo e recebi minha investidura. Naquele dia, quando estava na sala celestial, tive o privilégio de estar com meu primeiro bispo, o president da estaca na época e suas respectivas esposas, que também tinham sido minhas líderes. Que alegria e felicidade senti naquele dia! Foi maravilhoso ter a surpresa de ali encontrar meus antigos líderes. Ter ido ao templo e receber minha investidura mudou minha vida.

Meu filho também retornou para a Igreja. Ele está com 17 anos e se preparando para servir missão de tempo integral. Tenho conseguido ir ao templo com regularidade. É maravilhoso estar no templo. Ali procure trabalhar bastante em favor de meus entes queridos e de outras famílias. Sinto o amor e a gratidão deles. No templo, sinto mais forte o amor do Pai Celestial. Sinto gratidão por ter retornado e por conseguir fazer todos meus convênios. Sinto orgulho de pertencer a esta igreja, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

– Luciana Jaques Soares Rodrigues

Sou de uma cidade pequena no interior do Maranhão chamada Itapecuru- Mirim. Sou membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias há mais de 20 anos; fui batizada em meados do ano 2001, quando ainda morava no estado de São Paulo. Tinha 21 anos quando me batizei, morei em São Paulo por três anos e, em 2004, voltei para o Maranhão. Ao voltar para minha cidade, eu me afastei da Igreja por mais de 20 anos, pois não havia uma capela lá. Em setembro de 2022, encontrei dois missionários no supermercado onde eu sempre fazia compras. Identifiquei-os de longe ao avistar a plaqueta em sua camisa. Eram o élder César e o élder Pollock. Quase não acreditei; como era possível estarem lá sem a existência de uma ala na cidade? Então me aproximei para conversar com eles e saber onde aconteciam as reuniões. Eles me responderam que não havia lugar fixo, porque ainda não tínhamos uma capela. As reuniões eram realizadas em uma escola no centro da cidade. Prontamente me convidaram para participar das reuniões, e respondi que iria pensar, pois estava com muitos compromissos e que, quando tivesse tempo, eu iria.

Eu estava vivendo um dos piores momentos de minha vida; estava deprimida, abalada emocional e psicologicamente e me sentia destruída por dentro, sem esperança. Meu relacionamento de 13 anos havia terminado. Meu filho mais novo, com 13 anos de idade na época, tinha começado a ter crises de ansiedade, o que me fez entrar em desespero. Levei-o ao psicólogo e logo depois ao psiquiatra. Esse foi um daqueles momentos em que você para, se questiona e pergunta a Deus: “O que eu fiz para merecer isso?” A fé que era inabalável desmoronou.

Passei 13 anos em um casamento ruim e, para que meu filho não sofresse, todo aquele tempo posterguei a decisão de me separar. Durante aquela época, sofri violência psicológica, financeira e física. Eu me tornei dependente emocional de um marido que não me amava. Só decidi retornar à Igreja quando entendi que o fardo pesado que estava carregando se tornaria mais leve se alguém me ajudasse. Esse alguém é Jesus Cristo. Sozinha, eu não tinha forças, eu me sentia fracassada, sentia que tinha falhado. Então decidi ir às reuniões da Igreja.

Nas primeiras reuniões, já me senti melhor, e meu fi lho não teve crises de ansiedade. No mês de novembro de 2022, os missionários começaram a falar aos membros que haveria uma caravana ao templo, mas eu não entendia o que era nem sua importância. Eu estava sem dinheiro, era professora e ainda não tinha recebido meu salário do mês para pagar as despesas da viagem e alimentação, mas eu tinha o desejo. Por meio da fé e ajuda de uma pessoa maravilhosa, pude ir ao templo pela primeira vez. Sempre digo que nunca poderei retribuir aquele gesto. O que aprendi ao entrar no templo e o que senti ao entrar na sala celestial do templo é indescritível. Senti como se o Pai Celestial pegasse a minha mão e me dissesse: “Fique tranquila, não solte a minha mão, porque não vou soltar a sua”. É como se alguém me abraçasse no meu maior momento de dor e me trouxesse conforto. É um daqueles momentos em que o choro e riso vêm ao mesmo tempo. É a alegria que o nosso Salvador nos proporciona ao estarmos mais perto Dele quando entramos no templo. Mesmo que eu escrevesse as mais belas palavras para descrever o que senti, seria pouco para representar a variedade de sentimentos e bênçãos espirituais que recebi. Ao retornar para casa, consegui perceber grandes mudanças na minha vida. Meu fi lho não teve mais crises de ansiedade, e minha fé foi restaurada, pois entendi que, quando estamos com nosso Salvador Jesus Cristo, até o fardo mais pesado fi ca leve.

Fiz convênios no templo, continuo perseverando e hoje sirvo como presidente da Sociedade de Socorro da ala, ajudando as irmãs a seguir em frente fi rmes na fé, mostrando que o poder do sacerdócio deve nos conectar ao templo e nos aproximar de nosso Salvador. Estamos realizando o trabalho de templo e história da família, buscando preparar a árvore familiar de cada um dos membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias aqui em Itapecuru-Mirim. O grande desafi o de ir ao templo é acreditar que, embora tudo possa parecer ruim, mesmo que estejamos perdidos, o Pai Celestial nunca nos abandonará. Por isso é tão importante se esforçar para ir ao templo, mesmo que tudo aparentemente pareça estar dando errado. Acredite, grandes bênçãos virão para sua vida. O Pai Celestial nos ama e quer nos ver bem.

– Maria da Conceição de Aguiar Lopes

Recentemente fui chamado como líder de templo e história da família da Ala Pajuçara, Estaca Maceió Brasil. Já fui tocado inúmeras vezes pelo Santo Espírito do Senhor nesse período. Em uma das realizações desse trabalho grandioso, não poderia deixar de testificar uma das maravilhosas experiências vividas.

No dia 17 de março de 2024, foi realizado um trabalho para incentivar os membros a realizar a obra vicária. Eu e um dos consultores da ala tivemos a oportunidade de visitar uma família. Ao chegarmos na receptiva residência, fomos recebidos pelo irmão Alexandre Perciano, que nos apresentou sua mãe, dona Enaide. Entramos no sistema do FamilySearch e começamos a trabalhar na árvore familiar do irmão Perciano. De início, incluímos o nome de seu pai, o senhor Genival Perciano e, no decorrer do trabalho, imprimimos o cartão de ordenança de Genival Perciano. A esposa de Genival sentiu muito forte o Espírito Santo testificando o quanto ele ansiava por aquele momento. Ela foi ensinada que as famílias podem ser eternas por meio das ordenanças que são realizadas na Casa do Senhor, os templos sagrados. A irmã Enaide, muito encantada com o cartão de ordenança de seu amado marido, permitiu que registrássemos aquele momento maravilhoso por meio de fotos. Na parede da casa, havia duas molduras com fotos do casal. Enaide, muito emocionada, olhava para a foto de seu querido marido e, em seguida, para o cartão impresso, sentido fortemente que o Espírito do Senhor testificava que seu marido aguardava algo tão grandioso: o caminho para a eternidade.

Testifico que este é um trabalho sagrado e ordenado pelo Senhor e que, por meio da obra vicária, as famílias poderão ser eternas.

– Moab Torres