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Deveres do Mestre


Lição 6

Deveres do Mestre

O propósito desta lição é ajudar-nos a entender os deveres dos mestres.

Os deveres do mestre

Irmãos dignos podem ser ordenados mestres quando têm pelo menos 14 anos de idade. Um mestre tem todas as responsabilidades de um diácono. Sendo que alguns de nós somos mestres e outros serão algum dia, precisamos aprender os deveres desse ofício.

• Peça aos membros da classe que leiam Doutrina e Convênios 20:53. Quais são alguns dos deveres de um mestre? (Faça uma lista das respostas no quadro-negro.)

Estar com os membros e fortalecê-los significa conhecê-los, participar com eles nas atividades da Igreja, ensiná-los, ajudá-los em suas necessidades e ajudá-los a servir uns aos outros.

• Peça aos membros da classe que leiam Doutrina e Convênios 20:54–55. Quais são alguns dos deveres de um mestre? (Aliste-os no quadro-negro.)

O versículo 54 nos ensina que os mestres devem “certificar-se que não haja iniqüidade na igreja nem aspereza entre uns e outros, nem mentiras, maledicências ou calúnias”. O versículo 55 fala-nos que os mestres também devem ajudar os membros a cumprirem seu dever.

Como um Mestre Pode Cumprir Seus Deveres?

Existem diversas maneiras de um mestre poder cumprir suas responsabilidades. Ele pode ser um bom exemplo, um bom mestre familiar, cumprimentar os membros na Igreja, preparar o sacramento, ajudar no lar e ser um pacificador.

Dar um Bom Exemplo

Uma das maneiras pelas quais podemos fortalecer os membros é por meio do nosso exemplo. O Apóstolo Paulo ensinou: “Sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza”. (I Timóteo 4:12) Nossa vida influenciará outras, não importa onde estejamos e o que façamos. É importante que sejamos bons exemplos de retidão em todos os tempos e em quaisquer lugares.

Ser um Bom Mestre Familiar

• Mostre a gravura 6-a, “O ensino familiar é um importante dever do mestre”.

Podemos magnificar nossos chamados ensinando e fortalecendo os membros por meio do ensino familiar. Ao realizar essa tarefa, devemos nos lembrar que temos direito à inspiração do Senhor. O Senhor disse que todos aqueles que foram ordenados a pregar o evangelho devem fazê-lo pelo “Espírito, sim, o Consolador que foi enviado para ensinar a verdade”. (Ver D&C 50:13–14.)

• Como podemos saber o que ensinar às famílias que nos foram designadas?

A seguinte história mostra-nos como um mestre aprendeu a importância do ensino familiar.

“Minhas pernas tremiam e sentia algo estranho no meu estômago ao me aproximar da porta. Tinha certeza de que iria desmaiar quando meu companheiro me disse que aquela era a ‘minha porta’.

Não, eu não era um missionário novo. Eu era um mestre familiar de quinze anos de idade subindo as escadas do apartamento da irmã Rice, uma viúva que vivia em nossa ala. (…)

[Meu companheiro] o irmão Gabbott dera-me um tópico para ser apresentado para cinco famílias que nos foram designadas. Estava preparado com algumas anotações em uma folha de papel, mas estava assustado e sem experiência. (…)

Batemos à porta, mas não houve resposta imediata. Eu ia sugerir que ninguém estava em casa quando a porta lentamente se abriu. Por trás dela surgiu a figura frágil de uma irmã idosa, incerta do que encontraria à porta. Ela sorriu ao reconhecer o irmão Gabbott. Fomos convidados a entrar e sentar.

Após um breve cumprimento, o irmão Gabbott olhou para mim como se dissesse: ’Está bem, Robert, está na hora de dar a nossa mensagem’. Fiquei mais nervoso quando comecei a falar. Não me recordo do que disse, mas enquanto olhava minhas anotações, vi lágrimas rolando na face daquela amável e sensível irmã. Ela expressou sua gratidão pela presença dos portadores do sacerdócio em seu lar.

Fiquei sem saber o que dizer. O que teria eu feito? O que eu poderia fazer? Felizmente, o irmão Gabott ajudou-me prestando o testemunho e perguntando se ela precisava de alguma coisa. Precisava.

A irmã Rice disse que não vinha se sentindo bem e pediu-nos que nos lembrássemos dela ao fazermos a oração antes de sairmos. A seguir, pediu-me que fizesse a oração. (…)

Concordei e ofereci a oração para terminar a nossa visita, pedindo que uma bênção especial de saúde e vigor fosse concedida àquela fiel irmã que eu mal conhecia, mas que logo passei a amar e respeitar.

Já se passaram vinte e cinco anos desde essa minha primeira experiência como mestre familiar, e já faz muito tempo que a irmã Rice faleceu. No entanto, sempre que passo por aquela casa me lembro da experiência que tive com o irmão Gabbott e a fiel irmã que conhecia a importância de depender de um sumo sacerdote obediente e de um mestre inseguro e assustado.” (Robert F. Jex, “My First Door”, Tambuli, dezembro de 1989, p. 45)

Assim como esse mestre familiar, podemos fortalecer as famílias que nos foram designadas para o ensino familiar orando com elas, incentivando-as a cumprirem seus deveres familiares e ajudando-as a viverem o evangelho. Se as famílias que ensinamos necessitarem de ajuda, devemos comunicar essas necessidades às autoridades do sacerdócio.

Quando visitamos as famílias que nos foram designadas, devemos lembrar que o fazemos com a permissão do chefe dessa família. Como eles são responsáveis perante o Senhor pela família, devemos sempre ensiná-la sob sua direção. Somente ensinando-as sob sua direção, poderemos cumprir os nossos deveres como mestres.

Quando fazemos nosso ensino familiar do modo que o Senhor deseja, estamos edificando o amor e união na Igreja. A seguinte história é um bom exemplo do que pode acontecer quando levamos a sério os nossos chamados como mestres:

“Recentemente (…) um homem e seu filho, que estava na faixa etária dos mestres, foram designados para serem nossos mestres familiares. Sabíamos da dedicação do pai ao evangelho mas não sabíamos o que esperar de seu filho, embora a aparência do rapaz e sua conduta parecessem refletir a mesma dedicação. Durante a primeira visita deles, fiquei de olho no rapaz. Além de se mostrar razoavelmente quieto, tudo o que fazia ou dizia dignificava o sacerdócio que possuía. Logo souberam que nosso filho falecera havia um ano atrás e que estávamos esperando um outro filho. Daquele momento em diante, eles tornaram-se parte especial de nossa vida orando por nós e incentivando-nos. Ao fim daquela primeira visita, pedi ao rapaz que oferecesse a primeira oração. Ele orou pedindo ao Senhor que nos fortalecesse na perda de nosso filho e que abençoasse a criança que logo nasceria. Rogou, especificamente, que minha mulher não tivesse dificuldades em dar à luz. Minha mulher e eu nos sentimos comovidos com a sinceridade e o espírito sensível daquele jovem mestre. Durante os dias e semanas que se seguiram, esses irmãos pediam notícias nossas regularmente (mais do que uma vez por mês). Após o nascimento do bebê, o rapaz e seu pai nos trouxeram um presente. Ao ajoelharmos todos em oração, o mestre expressou sua gratidão ao Senhor pelo feliz nascimento da criança.” (Contado por H. Burke Peterson em “The Role of the Teacher”, New Era, maio de 1974, pp. 10–11)

• O que podemos fazer para sermos melhores mestres familiares?

Cumprimentar os Membros na Igreja

Podemos magnificar nosso chamado sendo um bom exemplo, cumprimentando os membros à medida que eles chegam à capela. Podemos apertar-lhes as mãos e perguntar-lhes se estão passando bem. Quando servimos como recepcionistas, com esse sentimento caloroso de amizade, estamos ajudando a aumentar o amor e a união entre os membros.

Preparar o sacramento

O Salvador ensinou-nos que servir verdadeiramente é fazer algo sem esperar elogios. Preparar o sacramento é um bom exemplo desse princípio. Os membros geralmente não tomam conhecimento de que os mestres preparam o sacramento, pois isso é feito, normalmente, sem que seja dado reconhecimento àqueles que o preparam. Mas, mesmo assim, o serviço foi feito, e o Senhor fica contente, pois isso é verdadeiramente servir.

• Como podemos preparar-nos física e espiritualmente para prepararmos o sacramento? (Inclua a idéia de estar fisicamente limpo.)

Ajudar no Lar

Como mestres, podemos ajudar nossa própria família. É importante que ajudemos na limpeza e conserto da casa, cuidemos do jardim, ou fazer outro trabalho quando necessário. Além disso como portadores do sacerdócio, podemos ajudar nossa família a viver o evangelho.

• Mostre a gravura 6-b,”Um Portador do Sacerdócio Aarônico que magnifica seu chamado no sacerdócio ajuda a fortalecer sua família”.

Um portador inativo do sacerdócio não tomara as providências necessárias para selar a ele no templo sua esposa e filho adolescente. Seu filho interessou-se profundamente pela união familiar após ouvir uma aula dada na reunião do sacerdócio sobre o casamento no templo. A lição fez com que o rapaz fosse falar com seu pai a respeito do assunto. Como resultado dessa conversa, a vida do pai se transformou. Ele reconheceu que amava seu filho e queria estar com ele para sempre. Mais tarde, a família foi selada no templo para o tempo e a eternidade. Tudo porque um membro da família, um mestre, estava interessado em edificar o amor e a união em sua família.

Ser um Pacificador

Podemos cumprir nossas responsabilidades como mestres ao sermos pacificadores em nossa família e na Igreja. Uma forma de fazê-lo é procurando as coisas boas que existem em outras pessoas. Ao buscarmos o bem nas pessoas, fortalecemos sua auto-estima. Outra maneira de fazê-lo é evitando fofocas ou boatos que venham a prejudicar a reputação de outra pessoa, e sempre usar o amor e gentileza para com todos. Ao desenvolvermos a capacidade de agir dessa forma, seremos capazes de ajudar muitas pessoas a terem paz em sua vida.

Conclusão

Como professores, devemos sempre procurar fortalecer a Igreja, promover união e amor, e ajudar os membros a cumprirem seus deveres. Mesmo que sejamos jovens ou novos conversos à Igreja, temos o poder de influenciar os outros para o bem. Devemos sempre nos lembrar que o Senhor não nos dá mandamentos “sem antes preparar um caminho pelo qual suas ordens possam ser cumpridas”. (1 Néfi 3:7)

• Planeje com a classe um projeto de serviço específico, que vocês possam realizar, a fim de ajudar a promover o amor e a união em sua unidade da Igreja.

Desafios

Considere, em espírito de oração, as necessidades das famílias que lhes foram designadas para o ensino familiar.

Prepare uma mensagem adequada às necessidades de cada família, conforme direcionada pelo Espírito.

Visite as famílias que lhe foram designadas, com seu companheiro de ensino familiar, logo no início do mês.

Ore com as famílias visitadas.

Realize os serviços dos quais for capaz, que sejam necessários às famílias que lhes são designadas. Comunique aos seus líderes do quórum o que você não puder fazer por elas.

Escritura Adicional

  • Jacó 1:17–19 (como os mestres devem magnificar seus chamados no sacerdócio)

Preparação do Professor

Antes de apresentar esta lição:

  1. Leia Doutrina e Convênios 20:53–60 e a lição 4, “O Quórum do Sacerdócio”, neste manual.

  2. Designe membros da classe para apresentar histórias, escrituras ou citações que você queira.