Lição 14
Liderar a Oração Familiar
O propósito desta lição é motivar-nos a fazer oração familiar diária.
Introdução
• Mostre a gravura 14-a, “Devemos orar como família pela manhã e à noite”.
Como pais, devemos reunir nossa família para a oração familiar para dar graças ao nosso Pai Celestial e pedir por Sua orientação. O Élder Spencer W. Kimball disse:
“Já entrevistei muitos chefes de família (…) que admitiram que suas orações familiares eram irregulares e, muitas vezes, nem eram feitas. Alguns dizem que procuram fazer suas orações familiares uma vez ao dia, e outros se justificam dizendo não conseguirem reunir sua família. Essa atitude despreocupada diante de um assunto de importância vital como a oração, perturba-me grandemente. (…)
“(…) A Igreja acentua que deve haver oração familiar toda noite e toda manhã. É uma oração de joelhos. (…) Todos os membros da família, incluindo as criancinhas, devem ter a oportunidade de fazer a oração.” (“I kneeled Down before My Maker”, Instructor, abril de 1966, p. 132)
Oração Familiar: Um Auxílio para Resistir às Tentações
Recebemos o mandamento de orar ao nosso Pai Celestial, especialmente com nossa família.
• Leia 3 Néfi 18–21. Qual o propósito importante que o Senhor diz existir na oração? De que modo a oração nos ensina a resistir à tentação?
A oração familiar regular pode ajudar nossa família a resistir às tentações de Satanás. Por meio da oração, podemos achegar-nos a nosso Pai Celestial, obter forças e tornar-nos mais capazes de sobrepujar nossos problemas.
Ensinar a Orar por meio do Exemplo
Como pais devemos chamar nossa família para orar e dar o exemplo. Em Doutrina e Convênios, pais e mães são ordenados a ensinar seus filhos a orar. (Ver D&C 68:28.) A melhor maneira que temos de ensinar o princípio da oração às crianças é por meio do exemplo. Se nos esforçarmos para orar com eles, nossos filhos aprenderão a importância de orar e praticarão a oração em sua vida.
Liderar e ensinar seus filhos são responsabilidades que todos os pais têm; não é necessário que se possua o Sacerdócio de Melquisedeque para liderar sua família em oração.
Fazer com que a Oração Familiar Seja Eficaz em Nosso Lar
Para que a oração familiar seja eficaz, precisamos estabelecer horários especiais para a oração no lar. Nossos líderes da Igreja ensinam-nos a reunir a família duas vezes ao dia. Para isso, precisaremos descobrir os horários mais conveniente para estarmos juntos em família. Deve ser um horário regular em que todos os membros da família estejam em casa. Pode ser pela manhã quando saímos para o trabalho e escola, e à noite um pouco antes de as crianças irem dormir. O Élder Spencer W. Kimball ensinou: “Muitos descobriram que o horário mais conveniente é no desjejum e na hora do jantar. Assim, torna-se menos difícil reunir os membros da família”. (“I Kneeled Down before My Maker”, Instructor, abril de 1966, p. 132)
• Convide os membros da classe para descreverem o que têm feito a fim de estabelecerem um padrão de oração regular em seu lar.
As orações da manhã devem incluir nossos planos para o dia. As orações da noite devem agradecer ao Senhor por Sua proteção e orientação. A bênção do alimento a cada refeição não deve substituir a oração familiar regular, mas pode ser incluída caso a oração seja realizada um pouco antes da refeição.
Outras bênçãos pelas quais devemos orar são mencionadas por Amuleque no Livro de Mórmon.
• Leia Alma 34:23–25.
Nossa lista pessoal de coisas pelas quais devemos orar pode divergir da de Amuleque, mas os princípios mencionados por ele são os mesmos. Um dos princípios é que devemos orar acerca de nossas atividades diárias. Outro é que devemos orar por força para resistir às tentações do demônio. Cada família deve atentar para suas metas e necessidades e orar sinceramente pelas coisas que lhes são mais necessárias. Se assim o fizermos, nossas orações serão sinceras e eficazes, não somente palavras que repetimos dia após dia. Como pais, devemos ajudar nossos filhos pequenos a evitar repetir as mesmas palavras todas as vezes que oram. Ao fazê-lo, devemos buscar a influência do Espírito (ver D&C 42:14). Seja o que fizermos a fim de ensinar nossos filhos a orar, nunca devemos forçá-los ou fazer com que fiquem envergonhados.
Não devemos desanimar caso tenhamos problemas em conseguir realizar orações familiares eficazes. Freqüentemente, Satanás está por trás do problema.
• Leia 2 Néfi 32:8. Por que você acha que Satanás tentaria impedir-nos de orar?
Satanás tentará fazer com que paremos de orar em família, pois assim ele pode mais facilmente influenciar uma família que não ora regularmente. O hábito de realizarmos orações familiares, portanto, deve ser tão forte que mesmo quando o pai não estiver em casa a esposa deve reunir a família para orar. Se o pai e a mãe tiverem de sair, devem designar o filho mais velho para conduzir a oração familiar.
• Como os jovens podem apoiar e incentivar a oração familiar?
Bênçãos Espirituais por meio da Oração Familiar
Receberemos grandes bênçãos ao fazermos nossas orações familiares. O amor e o entendimento aumentarão e a influência de Satanás em nosso lar diminuirá. Um sentimento de paz invadirá nosso coração ao reconhecermos que estamos cumprindo devidamente um mandamento.
A oração familiar é um dos passos para se criar um lar eterno. O Presidente Spencer W. Kimball disse: “Quando nos ajoelhamos em oração familiar, os filhos (…) estão adquirindo hábitos que permanecerão com eles durante toda a vida. Se não reservarmos tempo para nossas orações, o que estamos realmente dizendo a nossos filhos é: ‘Bem, afinal de contas isso não é tão importante assim’. (…) Por outro lado, como é maravilhoso estabelecer esses costumes e hábitos, no lar, de modo que mais tarde, quando os pais visitarem o lar de seus filhos já casados, todos juntos poderão ajoelhar-se com naturalidade para orar do mesmo modo que sempre fizeram”. (O Milagre do Perdão [1969], p. 244)
Conclusão
Algumas vezes podemos nos questionar se nossos filhos estão realmente aprendendo a respeito de Cristo e sentindo Sua presença na oração familiar. No entanto, as crianças algumas vezes estão mais próximas do Espírito do que podemos perceber. O Presidente Heber J. Grant escreveu acerca da seguinte experiência que ele teve com a oração quando criança, na casa do Presidente Brigham Young:
“Ajoelhei-me (…) na casa [de Brigham Young] nas orações familiares, quando criança e também quando rapaz. Presto meu testemunho de que quando ainda criancinha, por mais de uma vez, por causa da inspiração do Senhor a Brigham Young enquanto ele estava [pedindo] a Deus por orientação, levantei a cabeça, virei e olhei para o lugar onde Brigham Young estava orando, para ver se o Senhor estava (…) lá. Eu tinha a impressão de que ele falava com o Senhor como um homem falaria com outro.” (Gospel Standards, comp. G. Homer Durham [1941], pp. 223–224).
A oração deve ser uma experiência tão estimulante para nossos filhos como o foi para Heber J. Grant. A seguinte história mostra-nos o que pode acontecer quando uma oração familiar é feita de maneira correta:
“Certo pai, um homem calmo e humilde, achava difícil expressar seu amor à sua família. A pedido de sua esposa, eles começaram a fazer oração familiar, e isso se tornou uma oportunidade para que ele pudesse dizer o que se passava em seu coração. Para sua filha, que interpretara o silêncio de seu pai como indiferença, a experiência foi uma revelação. Suas orações eram simples e algumas vezes mal formuladas, mas ouvi-lo dizer: ‘Abençoe minha querida filha para que ela faça o que é certo’ deixava-a emocionada.
Um menino tímido que se considerava um covarde, sentiu-se orgulhoso e com auto-estima quando seu pai e sua mãe agradeceram a Deus pelo ‘filho carinhoso e gentil’. A auto-estima do menino continuou a crescer por meio da oração até mesmo quando seu irmãozinho agradecia ao Pai Celestial pelo seu ‘irmão forte e grande’.
Ao preparar-me para um passeio com minha própria família, meu marido pediu ao Senhor que abençoasse nossa família para que não houvesse contendas e para que pudéssemos desfrutar da companhia uns dos outros. Ninguém prestou atenção aos nossos ensinamentos a esse respeito, mas a oração reverente resultou em cooperação.
Nosso filho adolescente ficava tenso e mal-humorado toda vez que tentávamos discutir qualquer problema com ele. Decidimos que era importante planejar a conversa para quando ele estivesse mais receptivo, e parecia que essa hora era durante a oração familiar da manhã. Era nesse momento que a casa estava em silêncio e compartilhávamos de um sentimento humilde e sincero. Descobrimos que o nervosismo diminuía quando a oração precedia nossas conversas.
Durante esses momentos tranqüilos de oração familiar, comunicamo-nos uns com os outros e com o nosso Pai nos céus.” (Ann H. Banks, “The Extra Blessings of Prayer”, Ensign, janeiro de 1976, p. 37).
• Convide os membros da classe a compartilharem experiências bem- sucedidas que tiveram com a oração familiar. Considere terminar a lição com “Deus, Escuta-nos Orar” (Hinos, nº 101; ou Princípios do Evangelho, 329).
Desafios
Faça oração familiar, caso não esteja fazendo.
Avalie suas orações, se você já tem o hábito de fazê-las sempre.
Converse com sua esposa e filhos sobre como melhorar as orações familiares.
Escrituras Adicionais
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Mateus 5:44 (devemos orar por aqueles que nos perseguem)
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Mateus 7:7 (as orações sinceras são respondidas)
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Mateus 26:41 (devemos orar pedindo proteção contra tentação)
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Alma 13:28 (devemos orar pedindo proteção contra tentação)
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Alma 37:36–37 (devemos orar por todas as nossas atividades)
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Doutrina e Convênios 88:119 (devemos estabelecer uma casa de oração)
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Doutrina e Convênios 88:126 (devemos orar sempre)
Preparação do Professor
Antes de apresentar esta lição:
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Leia Princípios do Evangelho capítulo 8, “Orar ao Nosso Pai Celestial”.
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Se desejar, designe um membro da classe para contar uma experiência bem-sucedida que teve com a oração familiar.
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Designe membros da classe para apresentar histórias, escrituras ou citações que você queira.