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O amor enternece o coração
”Ninguém pode participar desta obra, a menos que seja humilde e cheio de amor”. (D&C 12:8)
Uma professora recém-chamada estava tendo dificuldades devido ao mau comportamento de alguns alunos. Ela pediu ajuda a um membro da presidência da Escola Dominical e ele sugeriu que ela fizesse uma experiência: escolher um aluno indisciplinado e mostrar-lhe de cinco maneiras diferentes que se importava com ele. Algumas semanas depois, o líder perguntou à professora como ela estava saindo-se. Ela informou que ele parara de portar-se mal, assim já começara o processo seletivo para o próximo aluno. Após outras duas semanas, o líder voltou a interpelá-la e ela mencionou que estava tendo dificuldade para eleger alguém. Quando indagou pela terceira vez, ela disse-lhe que escolhera três alunos diferentes, um após o outro, e que quando começou a mostrar que se importava com eles, eles já não estavam dando trabalho. Em cada caso, o amor enternecera um coração.
O Poder do Amor de um Professor
Ao mostrarmos amor por nossos alunos, eles se tornarão mais receptivos ao Espírito. Demonstrarão mais entusiasmo pelo aprendizado e ficarão mais abertos a nós e aos demais membros do grupo. Muitas vezes, são levados a uma nova percepção de seu valor eterno e passam a sentir um maior anseio de retidão.
O Élder Dallas N. Archibald, dos Setenta, explicou:
“O ensino adequado engrandece a alma. Comparemos uma criança a um copo vazio, e nosso conhecimento e nossa experiência acumulados ao longo dos anos a um balde cheio de água. (…) Não podemos despejar um balde de água diretamente num copo pequeno. Contudo, se usarmos princípios corretos de transmissão de conhecimento, poderemos aumentar o copo.
Esses princípios são a persuasão, a longanimidade, a brandura, a mansidão, o amor não fingido, a bondade e o conhecimento puros. Eles aumentam o copo, que é a alma da criança, permitindolhe receber muito mais do que o próprio balde.” (Conference Report, outubro de 1992, pp. 34–35; Ensign, novembro de 1992, p. 26)
Uma professora da Primária contou algumas das compensadoras experiências que teve com seus alunos depois de visitálos em casa e demonstrar interesse na vida deles. Havia um menino que nunca queria assistir às aulas e quando o fazia, não participava. Contudo, depois que ela fez uma breve visita a sua casa e conversou com ele sobre as suas coisas preferidas, ele começou a contar os dias para poder ir à Primária. Outra aluna jamais se pronunciara nas aulas, mas conversou entusiasticamente quando a professora esteve na casa dela. Depois dessa ocasião, começou a participar das aulas. (Ver Norda D. Casaus, “One on One”, Ensign, fevereiro de 1994, p. 59)
Como o Amor Cristão Influencia o Ensino
O Apóstolo Paulo escreveu: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria”. (I Coríntios 13:1-2) Nesta dispensação, o Senhor disse que “ninguém pode participar desta obra, a menos que seja humilde e cheio de amor, tendo fé, esperança e caridade”. (D&C 12:8)
Se quisermos influenciar os alunos para o bem, devemos não apenas amar o ensino, mas a cada pessoa a quem ensinamos. Devemos medir nosso sucesso pelo progresso de nossos alunos, não pela excelência de nosso desempenho.
O amor induz-nos a preparar-nos e a ensinar de modo diferente. Quando amamos nossos alunos, oramos por todos eles. Fazemos tudo a nosso alcance para conhecer seus interesses, conquistas, necessidades e preocupações. (Ver “Compreender os Alunos”, nas páginas 33–34.) Adaptamos nossa forma de ensinar para atender às necessidades deles, mesmo que para isso precisemos despender mais tempo e esforços. Percebemos quando estão ausentes e damo-nos conta de sua presença. Oferecemos ajuda quando ela se faz necessária. Dedicamonos ao bem-estar eterno dos alunos, fazendo tudo o que pudermos para promovê-lo e nada para prejudicá-lo.
Muitas das qualidades mais importantes dos professores do evangelho fiéis e bem-sucedidos estão relacionadas ao amor. O profeta Mórmon ensinou:
“A caridade é sofredora e é benigna e não é invejosa e não se ensoberbece; não busca seus interesses, não se irrita facilmente, não suspeita mal e não se regozija com a iniqüidade, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
De modo que (…) se não tendes caridade, nada sois, porque a caridade nunca falha. Portanto, apegai-vos à caridade, que é, de todas, a maior, porque todas as coisas hão de falhar —
Mas a caridade é o puro amor de Cristo e permanece para sempre; e para todos os que a possuírem, no último dia tudo estará bem.” (Morôni 7:45–47)
Outras Informações
Na lição 2 do curso Ensinar o Evangelho (páginas 194–197) há mais informações sobre a importância de amar os alunos