1990–1999
Tempo de Conferência
April 1990


Tempo de Conferência

“Talvez nunca na história tenha sido tão urgente como hoje, a necessidade de cooperação, entendimento e boa vontade entre todos os povos.”

O Presidente Benson sugeriu-me que iniciasse esta conferência com uma breve mensagem em seu nome, e que transmitisse aos que nos ouvem e assistem em toda a parte suas saudações, seu amor e sua bênção.

O espírito de primavera está muito evidente aqui na histórica Praça do Templo. Os bem cuidados gramados livraram-se da triste coloração hibernal e apresentam-se qual tapete verde acentuando os graciosos canteiros com suas flores multicoloridas. É um período de renovação, um tempo de gratidão e uma hora para reflexão.

Este mundo passou por grandes e surpreendentes mudanças desde nossa última conferência. Ruiu o muro de Berlim. As famílias de ambos os lados podem agora reunir-se e viver a alegria de que estavam há tanto tempo privadas. Na Polônia, Hungria, Checoslováquia e República Democrática Alemã soaram os sinos da liberdade, anunciando um novo dia para nossa época.

Todos nós, Presidente Benson, lembramo-nos ainda dos atrozes tempos após a Segunda Guerra Mundial em que nossos membros encontravam-se à beira da inanição e do desespero. Foi então que empreendestes a dramática tarefa de supervisionar a distribuição de mantimentos, roupas e suprimentos médicos dos armazéns da Igreja às famílias da Europa devastada pela guerra.

Vossas palavras, Presidente, ecoam alto e claro: “Precisamos ‘dedicar nossas forças ao atendimento das necessidades, em vez dos temores do mundo’… Creio que missões de misericórdia, como distribuição de mercadorias, abrigo e roupas aos necessitados, são mais efetivas quando realizadas por indivíduos e organizações privadas, como a Igreja.” (Teachings of Ezra Taft Benson, Salt Lake City: Bookcraft, 1988, p. 261.)

Segundo o espírito do conselho do Presidente Benson, temos a responsabilidade de prestar auxílio bem como dar esperança aos famintos, desabrigados e oprimidos tanto daqui como de outras partes. Esta assistência está sendo prestada para o benefício de todos. Em muitas cidades, onde a necessidade supera a ajuda disponível, vidas têm sido animadas, corações tocados e o ar de desespero transformado em sorriso de confiança, graças à generosidade dos membros da Igreja no pagamento de suas ofertas de jejum, conforme ordenou o Senhor.

A juventude da Igreja — o Presidente Benson há muito vem sendo vosso paladino e defensor. Em outra ocasião ele resumiu os sentimentos de todos os vossos líderes ao declarar: “Amados jovens, enfrentareis as provações e tentações por que tendes de passar, mas há grandes momentos de eternidade à vossa frente. Vós contais com nosso amor e nossa confiança. Oramos que estejais preparados para as rédeas da liderança. Nós vos dizemos: ‘Erguei-vos e brilhai’ (D&C 115:5), e sede uma luz para o mundo, um estandarte para os outros.” (New Era, junho de 1986, p. 8.)

Meus jovens irmãos, desde os dias em que o Presidente Benson era chefe de escoteiros até a época atual, presidindo a Igreja inteira, ele jamais se esqueceu de vós. Ele se regozija com vossos feitos, admira vossa força. É vosso amigo e vosso advogado.

Aos pais da Igreja — O Presidente Benson vem instando há muito que o melhor mestre é o bom exemplo. Tenho-o ouvido oferecer sublimes preces ao nosso Pai Celestial. Simples súplicas, generosa gratidão marcam essas petições. Os filhos que oram com os pais têm união com a família e costumam seguir os ensinamentos do Senhor.

Como o Presidente Benson e Flora, sua amada esposa, adoram ir ao templo todas as semanas! O que ele sente pelo templo transparece nestas suas palavras: “Eu amo o templo de Deus. Ele é o lugar mais próximo do céu na terra — a casa do Senhor.” (The Teachings of Ezra Taft Benson, Salt Lake City: Bookcraft, 1988, p. 253.)

No início desta conferência, uno-me ao Presidente Benson e sei que reflito os sentimentos do Presidente Hinckley e de todas as outras Autoridades Gerais, declarando nosso amor aos filhos do Pai Celestial em toda a parte. Talvez nunca na história tenha sido tão urgente como hoje a necessidade de cooperação, entendimento e boa vontade entre todos os povos. Não é apenas apropriado, é imperativo, que ressaltemos o ideal da fraternidade e a responsabilidade que a genuína irmandade nos impõe a todos.

Conforme observa Edwin Markham:

Há um destino que nos toma irmãos,

Ninguém anda sozinho:

Tudo que ao próximo damos,

Retoma para nós.

Vivamos os mandamentos de Deus. Sigamos os passos de seu Filho e nosso Salvador, mesmo Jesus Cristo, o Senhor. Buscando-o sincera e fervorosamente, haveremos de encontrá-lo.

Ele poderá vir ao nosso encontro como um desconhecido, sem nome — como em tempos antigos à beira do lago. Ele aproximou-se daqueles homens que não o conheciam. E ele nos diz as mesmas palavras: “Segue-me tu” (João 21:22), incumbindo-nos da tarefa que tem a fazer em nossa época. Ele ordena, e àqueles que lhe obedecem, sejam eles sábios ou simples, ele revelar-se-á nas labutas, nos conflitos, nos sofrimentos por que terão que passar como seus seguidores; e eles aprenderão quem ele é por experiência própria.

Presto-vos testemunho de que Deus vive, de que Jesus é o Cristo, nosso Redentor, e de que somos guiados hoje pelo profeta de Deus, sim, o Presidente Ezra Taft Benson. Em nome de Jesus Cristo, amém.