Nosso Legado
O que nós estamos fazendo para garantir que esse legado seja transmitido a nossos queridos filhos e netos?
Meus irmãos e irmãs, estou imensamente grato por estar aqui hoje com vocês neste histórico Tabernáculo. Há setenta e quatro anos, meu avô Lars Peter Oveson subiu a este púlpito e prestou seu testemunho como presidente de estaca convidado do condado de Emery, Utah.
Apesar de ele ter falecido quando eu ainda era menino, meu avô sempre foi um de meus heróis. Estudei seu diário que reconta repetidas vezes sua disposição de atender aos chamados que recebia durante a sua vida. Ele e os pais foram convertidos ao evangelho na Dinamarca, imigraram para os Estados Unidos e cruzaram as planícies para reunirem-se aos santos em Utah. Um dos chamados que recebeu exigiu que ele deixasse sua jovem esposa, com quem acabara de casar-se, para trabalhar por seis meses na construção do Templo de Saint George. Ele deixou a mulher e a jovem família novamente para servir como missionário durante dois anos em sua terra natal, a Dinamarca. Mais tarde, os chamados de bispo e de presidente de estaca exigiram que ele se mudasse com a família e reconstruísse sua casa em três ocasiões diferentes. Durante todos esses transtornos, ele sempre permaneceu agradecido, animado e fiel aos princípios do evangelho, deixando um grande legado de fé aos que herdaram seu nome.
Esse legado foi passado a mim por intermédio de meu pai, Merrill M. Oveson, o caçula de uma família de treze filhos. Ele e minha mãe, Mal Berg Oveson, também de uma linhagem fiel, foram selados no Templo de Salt Lake, embarcaram em um trem e foram para Oregon, para que meu pai continuasse seus estudos. Eles permaneceram ali por mais de 40 anos, vivendo a maior parte desse tempo em uma pequena comunidade rural na qual eram os únicos membros da Igreja.
Pensei muitas vezes em como teria sido fácil para meus pais simplesmente trocarem de religião e se unirem a seus muitos amigos que faziam parte da igreja cristã da comunidade. Isso teria simplificado a vida para eles, em particular durante a Segunda Guerra Mundial, quando o racionamento de gasolina e de pneus impossibilitou-os de viajarem os sessenta quilômetros que os separavam do ramo organizado mais próximo. Em vez disso, eles receberam autorização para organizarem uma Escola Dominical em sua casa, cujas reuniões foram fielmente realizadas durante todos aqueles anos. Nessa Escola Dominical, tomávamos o sacramento em família. Nela, meu irmão e eu aprendemos os princípios do evangelho e ouvimos histórias da Bíblia e do Livro de Mórmon, literalmente aos pés de nossos pais.
Meu pai, que foi outro de meus heróis, faleceu há vários anos, mas minha mãe, que hoje está com 96 anos, ainda freqüenta fielmente sua ala todas as semanas e é uma fonte de inspiração para todos que a conhecem.
Minha mulher tem um legado semelhante. Somos imensamente gratos por isso. Sabemos que este chamado nos foi confiado em parte por causa dos atos dignos daqueles que já se foram. A pergunta é: O que nós estamos fazendo para garantir que esse legado seja transmitido a nossos queridos filhos e netos?
Quer sejamos descendentes de gerações membros da Igreja ou os primeiros a nos filiar à Igreja em nossa família, temos a responsabilidade de transmitir a nossa posteridade uma herança de fé, manifestada por meio de nossas ações diárias. Os recém-conversos, em particular, têm maior oportunidade de tornarem-se pioneiros para seus antepassados e para sua posteridade. Para cumprir essa obrigação, todos precisamos fazer-nos algumas perguntas específicas:
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Estamos procurando viver com honestidade e integridade?
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Estamos seguindo o conselho de nossos profetas, antigos e modernos?
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Somos cumpridores de nossos convênios?
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Realizamos nossas reuniões de noite familiar e estudamos as escrituras, procurando viver os preceitos que aprendemos?
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Obedecemos à Palavra de Sabedoria?
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Somos generosos em nossos dízimos e ofertas?
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Jejuamos e oramos regularmente com um coração sincero?
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Prestamos atenção à resposta a nossas orações e procuramos seguir os sussurros do Espírito?
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Somos bons vizinhos e amigos leais?
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Ajudamos a edificar o reino honrando o sacerdócio, magnificando nossos chamados e compartilhando o evangelho com outras pessoas?
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Controlamos nossa raiva e perdoamos com facilidade?
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Podemos sinceramente dizer que não apenas nos arrependemos de nossos erros mas aprendemos com eles?
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Estamos colocando o Salvador e Seu evangelho em primeiro lugar em nossa vida? Ou, como alguém disse certa vez: “Se formos levados perante um tribunal sob a acusação de sermos santos dos últimos dias, será que haverá provas suficientes para condenar-nos?”
Quer sejamos descendentes de gerações membros da Igreja ou os primeiros a nos filiar à Igreja em nossa família, temos a responsabilidade de transmitir a nossa posteridade uma herança de fé, manifestada por meio de nossas ações diárias. Os recém-conversos, em particular, têm maior oportunidade de tornarem-se pioneiros para seus antepassados e para sua posteridade. Para cumprir essa obrigação, todos precisamos fazer-nos algumas perguntas específicas:
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Estamos procurando viver com honestidade e integridade?
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Estamos seguindo o conselho de nossos profetas, antigos e modernos?
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Somos cumpridores de nossos convênios?
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Realizamos nossas reuniões de noite familiar e estudamos as escrituras, procurando viver os preceitos que aprendemos?
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Obedecemos à Palavra de Sabedoria?
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Somos generosos em nossos dízimos e ofertas?
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Jejuamos e oramos regularmente com um coração sincero?
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Prestamos atenção à resposta a nossas orações e procuramos seguir os sussurros do Espírito?
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Somos bons vizinhos e amigos leais?
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Ajudamos a edificar o reino honrando o sacerdócio, magnificando nossos chamados e compartilhando o evangelho com outras pessoas?
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Controlamos nossa raiva e perdoamos com facilidade?
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Podemos sinceramente dizer que não apenas nos arrependemos de nossos erros mas aprendemos com eles?
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Estamos colocando o Salvador e Seu evangelho em primeiro lugar em nossa vida? Ou, como alguém disse certa vez: “Se formos levados perante um tribunal sob a acusação de sermos santos dos últimos dias, será que haverá provas suficientes para condenar-nos?”
Irmãos e irmãs, se não pudermos tranqüilamente responder a esse tipo de perguntas, precisamos começar agora a edificar uma vida mais exemplar, de modo que nossos entes mais queridos “vejam [nossas] boas obras e glorifiquem a [nosso] Pai, que está nos céus”. (Mateus 5:16)
Devo confessar que sempre que deixei de viver à altura dos padrões de meus antepassados, foi porque permiti que as prioridades do mundo passassem à frente de minhas prioridades espirituais. Mas aprendi que é possível redirecionar nossas metas e concentrar-nos nos valores eternos.
Minha mulher e eu ajudamos muitos conversos da Igreja a fazerem as mudanças necessárias para tornarem-se pessoas centradas no evangelho. Vimos centenas de jovens missionários de tempo integral em Buenos Aires, Argentina, fazerem o sacrifício necessário para verdadeiramente tornarem-se servos consagrados ao Senhor. As únicas coisas necessárias para isso são desejo, obediência, dedicação e perseverança. O Senhor fará o restante!
Somos Seus filhos. Ele nos ama e conhece cada um de nós pelo nome. Ele quer que voltemos à Sua presença e vivamos com Ele para toda a eternidade. Esse é o grande legado do evangelho de Jesus Cristo. Por causa do sacrifício expiatório de nosso Salvador, temos a certeza da vida após a morte e a possibilidade de herdarmos tudo o que nosso Pai possui. Com esse conhecimento e legado, precisamos “prosseguir com firmeza em Cristo, tendo um perfeito esplendor de esperança”. (2 Néfi 31:20)
Precisamos seguir o exemplo de nosso amado profeta, o Presidente Hinckley, que recentemente disse aos alunos do Ricks College: “Digo-lhes com toda a energia que me é possível ter: Não sejam o elo fraco de sua corrente de gerações. Vocês vieram ao mundo com um legado maravilhoso. Descendem de grandes homens e mulheres. ( … ) Não os desapontem. Não façam nada que enfraqueceria a corrente da qual vocês são uma parte fundamental”. (Scroll, 14 de setembro de 1999, ⌦p. 20.) Para mim, isso significa que precisamos fazer tudo o que estiver a nosso alcance para assegurar-nos de que instilaremos em nossos entes queridos o grande legado de um duradouro testemunho do evangelho de Jesus Cristo.
Conforme meu avô tão eloqüentemente declarou, há 74 anos: “Regozijo-me em prestar testemunho da veracidade deste trabalho do Senhor para o mundo, pois sei que é verdadeiro. Sei que ele visa inspirar e desenvolver os filhos de Deus e oro para que o Senhor ( … ) nos ajude a permanecermos fiéis e leais, sermos valorosos trabalhadores na causa da retidão e ajudarmos a edificar Seu reino sobre a Terra”. (Lars Oveson, em Conference Report, abril de 1925, p. 127.) Acrescento meu testemunho a essas verdades, em nome de Jesus Cristo. Amém. 9