Biblioteca
Lição 1: Uma Obra Maravilhosa e um Assombro


Lição 1

Uma Obra Maravilhosa e um Assombro

Introdução

Ao longo da história, o Pai Celestial encerrou períodos de apostasia chamando profetas e dando-lhes autoridade divina para restaurar a plenitude do evangelho e estabelecer a Igreja de Jesus Cristo. Em nossa dispensação, Joseph Smith foi esse profeta. Entender como Deus lidera Seu povo e estabelece Sua Igreja por meio de profetas vai ajudar os alunos a desenvolver uma profunda gratidão pela necessidade da Restauração e mais habilidades para ensinar aos outros sobre a Restauração.

Leitura Preparatória

Sugestões Didáticas

Amós 8:11–12; Joseph Smith—História 1:5–10

A Grande Apostasia e a necessidade da Restauração

Comece a aula escrevendo o seguinte no quadro:

Fome =

Peça que um aluno leia Amós 8:11–12 em voz alta. Peça aos demais que acompanhem a leitura e descubram o que a palavra fome simboliza.

  • Que tipo de fome Amós profetizou que haveria? (Anote as respostas dos alunos no quadro, ao lado de “Fome =”.)

  • O que Amós profetizou que as pessoas fariam devido a essa fome?

  • Que evidências vocês já viram no mundo de que há fome “de ouvir as palavras do Senhor”? (Amós 8:11.)

Diga-lhes que, embora a profecia encontrada em Amós 8:11–12 tenha sido cumprida ao longo da história, uma das mais importantes é a da Grande Apostasia. Você pode sugerir aos alunos que escrevam Apostasia, inclusive a Grande Apostasia na margem das escrituras, ao lado de Amós 8:11–12.

Mostre esta declaração e peça que um aluno a leia em voz alta. Peça aos demais que procurem alguns dos fatores que contribuíram para a Grande Apostasia.

“Depois da morte de Jesus Cristo, pessoas iníquas perseguiram os apóstolos e os membros da Igreja e mataram muitos deles. Com a morte dos apóstolos, as chaves do sacerdócio e a autoridade do sacerdócio foram tiradas da Terra. Os apóstolos conservavam as doutrinas do evangelho puras, mantinham a ordem e determinavam qual era o padrão de dignidade para os membros da Igreja. Sem os apóstolos, ao longo do tempo as doutrinas foram corrompidas, e mudanças não autorizadas foram feitas na organização da Igreja e nas ordenanças do sacerdócio, como o batismo e o modo de conferir o dom do Espírito Santo.

Sem revelação e autoridade do sacerdócio, as pessoas se baseavam na sabedoria humana para interpretar as escrituras e os princípios e ordenanças do evangelho de Jesus Cristo. Ideias falsas foram ensinadas como se fossem verdade. Perdeu-se grande parte do conhecimento sobre o verdadeiro caráter e natureza de Deus, o Pai, de Seu Filho Jesus Cristo e do Espírito Santo. As doutrinas da fé em Jesus Cristo, arrependimento, batismo e o dom do Espírito Santo foram distorcidas ou esquecidas. A autoridade do sacerdócio dada aos apóstolos de Cristo já não estava mais presente na Terra” (ver Pregar Meu Evangelho: Guia para o Serviço Missionário, 2004, p. 35).

  • De acordo com essa declaração, que fatores contribuíram para a Grande Apostasia?

  • Por que é essencial entender que a Grande Apostasia realmente aconteceu? (Os alunos podem usar outras palavras, mas certifique-se de que identifiquem este princípio: Saber que houve uma Grande Apostasia pode ajudar-nos a reconhecer a necessidade da Restauração do evangelho.)

Diga que, durante esse período de apostasia, o Pai Celestial continuou a influenciar o mundo por meio da Luz de Cristo, que é “[concedida] a todos os homens” (ver Morôni 7:16), e, por meio do poder do Espírito Santo, que testifica que o evangelho é verdadeiro (ver Guia para Estudo das Escrituras, “Espírito Santo”; scriptures.LDS.org). Ele inspirou homens e mulheres em muitas culturas que buscaram Sua ajuda nesse período. Diversos reformadores cristãos, como Martinho Lutero e William Tyndale, procuraram ajudar os cristãos a viver mais próximo do ideal que encontraram na Bíblia. O trabalho dos reformadores, filósofos e até mesmo de estadistas da Europa e da América do Norte deu maior destaque à dignidade humana e à liberdade religiosa em muitas partes do mundo. Apesar desses importantes progressos, Deus ainda não tinha restaurado totalmente Sua Igreja (ver Pregar Meu Evangelho, pp. 45–46).

Mostre esta declaração do Presidente Gordon B. Hinckley (1910–2008) e peça que um aluno a leia em voz alta:

Presidente Gordon B. Hinckley

“Por séculos os céus permaneceram fechados. Muitas pessoas boas, homens e mulheres, (pessoas verdadeiramente boas, excelentes) tentaram corrigir, fortalecer e melhorar o sistema de adoração e as doutrinas que seguiam. Eu os honro e respeito. O mundo é muito melhor por causa de seus atos destemidos. Acredito que o que eles fizeram foi inspirado, mas não contaram com o privilégio de terem os céus abertos e de verem o próprio Deus” (ver “O Alicerce Maravilhoso de Nossa Fé”, A Liahona, novembro de 2002, p. 80).

Lembre aos alunos que, em 1820, o jovem Joseph Smith estava à procura da igreja verdadeira, mas não conseguia encontrá-la. Peça-lhes que façam a leitura silenciosa de Joseph Smith—História 1:5–10 e identifiquem frases que descrevam os desafios provocados pela Grande Apostasia.

  • Que frases Joseph Smith usou para referir-se aos desafios espirituais de sua época?

  • Como Joseph descreve o que sentiu devido ao clima de agitação religiosa que o envolvia?

Lembre aos alunos que a busca de Joseph Smith pela verdade resultou na Primeira Visão e em seu chamado como profeta. (Esses pontos serão abordados na próxima lição.) Comente que o chamado do Profeta Joseph Smith e a Restauração do evangelho seguiram um padrão estabelecido por Deus, que se repete ao longo da história. O chamado de Enoque (ver Moisés 6:26–32) e de Noé (ver Moisés 8:17–20) seguiu esse padrão. Mostre esta declaração e peça que um aluno a leia em voz alta:

“A história bíblica relata muitas ocasiões em que Deus falou a profetas, e também conta que houve muitas ocasiões em que houve apostasia. Para encerrar cada período de apostasia generalizada, Deus demonstra Seu amor por Seus filhos chamando outro profeta e dando-lhe a autoridade do sacerdócio para restaurar e ensinar o evangelho de Jesus Cristo novamente. Em resumo, o profeta age como um servo para supervisionar a família de Deus aqui na Terra. Esses períodos de tempo em que o povo foi guiado por um profeta são chamados de dispensação” (Pregar Meu Evangelho, p. 33; ver também Guia para Estudo das Escrituras, “Dispensação”).

  • Como a Restauração do evangelho por Joseph Smith segue o padrão visto nas dispensações anteriores? (Os alunos podem usar outras palavras, mas certifique-se de que identifiquem esta doutrina: Depois de períodos de apostasia generalizada, Deus chama profetas a quem dá autoridade para restaurar e ensinar o evangelho novamente. Os alunos precisam entender também esta doutrina: Joseph Smith foi chamado por Deus para restaurar o evangelho em nossa dispensação.)

  • Como entender esse padrão pode ajudá-los a explicar a Restauração do evangelho a alguém de outra religião?

Saliente que, durante a Primeira Visão, Joseph Smith foi informado de que a Igreja verdadeira não estava na Terra e que era preciso restaurar a plenitude do evangelho de Cristo. Embora a Bíblia contenha profecias sobre a Grande Apostasia, a prova mais importante de que a apostasia ocorreu é o fato de que Joseph Smith foi chamado para ser um profeta e a plenitude do evangelho foi restaurada.

2 Néfi 27:25–26; Doutrina e Convênios 1:12–30

A Restauração do evangelho é “uma obra maravilhosa e um assombro”

Comente que as escrituras mencionam algumas das razões de o Senhor restaurar o evangelho na Terra nos últimos dias.

Peça aos alunos que façam a leitura silenciosa da profecia de Isaías quanto à Restauração, encontrada em 2 Néfi 27:25–26, e vejam como o Senhor descreve a situação espiritual do mundo na época da Restauração. Você pode sugerir aos alunos que marquem as palavras e frases que descrevam a situação espiritual do mundo. (Observação: O ato de marcar palavras, expressões ou frases importantes é um dos recursos mais úteis para ajudar os alunos a captar e reter o que aprendem.) Dê-lhes tempo suficiente e, depois, peça-lhes que digam o que encontraram.

  • Em sua opinião, por que a escritura diz que a Restauração do evangelho é uma “obra maravilhosa e um assombro”?

  • O que vocês acham que é “maravilhoso” e “assombroso” na Restauração? (À medida que os alunos responderem, diga que a Restauração do evangelho como uma “obra maravilhosa e um assombro” é um tema recorrente em Doutrina e Convênios.) “Os temas são qualidades ou ideias abrangentes, recorrentes e unificadoras, como fios essenciais entrelaçados por todo o texto” (David A. Bednar, “Um Reservatório de Água Viva”, serão do SEI para jovens adultos, 4 de fevereiro de 2007, p. 5, LDS.org).

Peça que metade da turma estude Doutrina e Convênios 1:12–17 e identifique os motivos por que o Senhor restaurou o evangelho. Peça à outra metade que estude Doutrina e Convênios 1:18–30 e identifique as bênçãos que a Restauração do evangelho traria aos filhos de Deus. (Observação: Doutrina e Convênios 1:30 será estudado mais detalhadamente na lição 6.)

Dê-lhes tempo suficiente e, depois, peça-lhes que digam o que encontraram. Certifique-se de que entendam esta verdade: A Restauração do evangelho ajuda as pessoas que acreditam em Cristo a aumentar a fé e vencer as calamidades dos últimos dias.

Leia em voz alta a seguinte declaração do Profeta Joseph Smith (1805–1844):

Profeta Joseph Smith

“[Os profetas] aguardaram com grande e alegre expectativa o dia em que vivemos; e inflamados com esse alegre anseio celeste, cantaram, escreveram e profetizaram a respeito de nossos dias” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 194).

  • Por que os profetas antigos aguardaram nossos dias com expectativa? (Uma ideia que provavelmente os alunos vão identificar é que a Restauração vai se espalhar e preparar todo o mundo para a Segunda Vinda de Jesus Cristo.)

Mostre a seguinte declaração do Presidente Gordon B. Hinckley e peça que vários alunos se revezem na leitura em voz alta:

Presidente Gordon B. Hinckley

“Meus irmãos e irmãs, vocês percebem o que temos? Reconhecem nossa situação invejável na grande saga da humanidade? Estamos em um ponto crucial, assistindo ao cumprimento de tudo o que foi predito no passado. (…)

A obra do Todo-Poderoso nos últimos dias, da qual falaram os antigos e profetizaram os profetas e apóstolos, chegou, está aqui. Por algum motivo que desconhecemos, mas previsto pela onisciência de Deus, foi-nos concedido o privilégio de virmos à Terra neste momento excepcional. (…)

Pelo que temos e sabemos, deveríamos ser um povo melhor do que somos. Deveríamos ser mais semelhantes a Cristo, mais dispostos a perdoar, mais prestativos e atenciosos com as pessoas à nossa volta.

Vivemos na mais gloriosa das épocas, iluminados por uma admirável e solene perspectiva histórica. Esta é a dispensação final e derradeira, para a qual apontavam todas as anteriores. Presto testemunho da realidade e veracidade dessas coisas” (“Na Mais Gloriosa das Épocas”, A Liahona, janeiro de 2000, pp. 89–90).

  • Que pensamentos e sentimentos lhes ocorrem ao pensar na declaração de que “vivemos na mais gloriosa das épocas”?

  • Se não for pessoal demais, compartilhe uma experiência que fortaleceu seu testemunho do evangelho restaurado de Jesus Cristo.

  • O que podemos fazer para mostrar gratidão pela Restauração do evangelho?

Leituras Sugeridas aos Alunos