História da Igreja
48. Saber quem você é e quem sempre foi: Sheri L. Dew


“48. Saber quem você é e quem sempre foi: Sheri L. Dew”, Ao Púlpito: 185 anos de discursos proferidos por mulheres santos dos últimos dias, 2017, pp. 265–275

“48. Sheri L. Dew”, Ao Púlpito, pp. 265–275

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Saber quem você é e quem sempre foi

Conferência das mulheres da Universidade Brigham Young

Marriott Center, Universidade Brigham Young, Provo, Utah

4 de maio de 2001

Um registro original deste discurso está disponível em churchhistorianspress.org (cortesia do registro da conferência das mulheres da BYU).

Sheri Linn Dew (nascida em 1953) nasceu em Ulisses, Kansas, onde a Main Street tinha um total de quatro sinais de trânsito. Ela era a mais velha de cinco filhos e, no momento em que terminou a quinta série, ela já estava dirigindo um grande trator agrícola, trabalhando de sol a sol na fazenda de grãos da família. Aos domingos, sua avó Maudie Dew ia buscá-la cedo para ir às reuniões igreja, que eram realizadas no salão Odd Fellows. Eles tinham que varrer as bitucas de cigarro, latas de cerveja e garrafas de vinho para preparar a sala para a reunião sacramental. Sheri era “extremamente tímida”, mas participar de um pequeno ramo da Igreja significava que ela fazia muitos discursos e ensinava desde a mais tenra idade.1 Ela se tornou a pianista do ramo quando estava na sétima série (substituindo a avó, que faleceu pouco antes de Sheri completar 12 anos) e servia na presidência da Primária de seu ramo quando tinha 16 anos.2

Depois de receber um diploma de história na Universidade Brigham Young (BYU) em 1978, ela aceitou um emprego como editora na Bookcraft. Depois de quatro anos na Bookcraft, ela trabalhou como editora e editora associada da revista This People, até entrar para a Deseret Book em 1988. Tornou-se vice-presidente executiva da Deseret Book em 2000.3

Tanto sua avó, Maudie Dew, como sua mãe, JoAnn Petersen Dew, disseram-lhe repetidas vezes que ela era de uma geração eleita e que havia algo especial sobre ela. Ela acredita que as palavras delas a ajudaram a superar sua imensa timidez e aceitar responsabilidades cada vez maiores.4 Ela estava com 35 anos quando foi chamada para a junta geral da Sociedade de Socorro durante a presidência de Barbara W. Winder e posteriormente serviu como presidente da Sociedade de Socorro da Estaca Sandy East de 1991 até 1996. Quando se tornou segunda conselheira de Mary Ellen W. Smoot na presidência geral da Sociedade de Socorro, em 1997, ela tinha apenas 43 anos de idade.5

Em sua fala e escrita, Sheri frequentemente ensinou que as pessoas deveriam aprender a confiar no Espírito Santo e que o Espírito lhes ensinaria individualmente. “A verdade é que, quando tenho permissão para fazer algo que abençoe outra pessoa, isso é o Espírito. É a obra do Espírito”, disse ela. “Você vai, por designação do Senhor, fazer coisas diferentes e, se o Espírito estiver presente, vai dar certo. E se o Espírito não estiver presente, não dará certo.”6 Em sua própria vida, ela se lembra de que, quando seu pai a confirmou membro da Igreja, ela sentiu o Espírito Santo tão forte que começou a chorar profundamente.7 Ela não conseguia parar e continuou a chorar depois que retornou ao seu lugar. Ela disse que essa experiência a ensinou mais cedo que “o Espírito Santo era real e que Ele realmente poderia fazer a diferença em minha vida”.8 Anos mais tarde, quando se sentiu incapaz de entender a orientação espiritual sobre um determinado assunto, uma amiga sugeriu que ela orasse dizendo como se sentiu quando o Espírito falou com ela. Ela continuou com a prática de orar pedindo ajuda para entender o “idioma da revelação” e adquiriu uma firme confiança em sua capacidade de orar, que ela acha que é vital.9

Durante o período de seu chamado na presidência geral da Sociedade de Socorro, Sheri disse que acreditava que as irmãs da Sociedade de Socorro precisavam ser melhores em estender a mão e trazer aquelas que se sentem como se não fizessem parte dali, inclusive as moças que fazem a transição aos 18 anos de idade da organização das Moças para a Sociedade de Socorro. Ela acreditava que uma maneira importante de fazer as pessoas se sentirem incluídas era lhes confiar um trabalho a fazer: “Acredito que a maioria de nossas moças que tem dificuldade em fazer a transição não teria essa dificuldade se as colocássemos para trabalhar e as envolvêssemos e valorizássemos”.10 Por outro lado, ela tinha pouca simpatia pelas irmãs que esperavam passivamente que a Igreja tornasse sua vida melhor. Ela disse que não é tarefa da presidente da Sociedade de Socorro torná-la feliz. A tarefa da presidente da Sociedade de Socorro é “permitir que eu participe totalmente e tenha uma experiência plena na Igreja”.11 Durante seu discurso na conferência das mulheres da BYU de 2001, Sheri exortou as irmãs da congregação a entenderem seu valor e a participarem plenamente.

Irmãs, vocês são simplesmente espetaculares! Não são perfeitas, mas são espetaculares! Da Sibéria a Seattle, vocês conquistaram meu coração e meu mais profundo respeito. Creio que há mais coragem e determinação justas inerentes às irmãs desta Igreja hoje do que jamais houve entre qualquer grupo de mulheres que já existiu. E hoje quero lhes dizer por quê.

Recentemente, minha sobrinha de 16 anos Megan e duas de suas amigas vieram passar a noite em casa. Enquanto conversávamos naquela noite, uma delas me perguntou como era crescer em uma fazenda antigamente. (Isso não é tão ruim, no entanto, quanto o que aconteceu há poucos dias quando um jovem ex-missionário bonito me disse: “Irmã Dew, se eu fosse apenas 40 anos mais velho…”. Quer saber, se algum dia eu me casar, espero que meu marido seja melhor em matemática.) Enfim, eu disse a Megan e a suas amigas que “antigamente” eu era muito tímida e não tinha nenhuma autoconfiança.

“Como conseguiu superar esse sentimento?”, perguntou Megan. Uma resposta pronta estava na ponta da língua quando parei, sentindo que essas ótimas moças mereciam mais explicações. Então, disse a elas que o motivo foi espiritual. Foi só quando comecei a entender como o Senhor Se sentia em relação a mim que meus sentimentos sobre eu mesma e minha vida, lentamente, começaram a mudar. Suas perguntas, então, vieram como uma enxurrada: Como eu soube como o Senhor Se sentia? E como elas poderiam descobrir como o Senhor Se sente em relação a elas?

Por várias horas, usando as escrituras, conversamos sobre como ouvir a voz do Espírito, sobre como o Senhor está ansioso para nos revelar o conhecimento armazenado em segurança dentro de nosso espírito a respeito de quem somos e qual é nossa missão e sobre a diferença transformadora de vida quando sabemos disso.

Minha mensagem para vocês hoje, minhas queridas irmãs, a quem amo, é a mesma: Não há nada mais importante para nosso sucesso e nossa felicidade aqui do que aprender a ouvir a voz do Espírito. É o Espírito que nos revela nossa identidade — que não é apenas quem somos, mas quem sempre fomos. E que, quando sabemos, nossa vida adquire um senso de propósito tão assombroso que nunca podemos ser as mesmas novamente.

Como povo, falamos e cantamos constantemente sobre quem somos. As crianças de 3 anos de idade sabem a letra de “Sou um filho de Deus”.12 A proclamação sobre a família declara que cada um de nós tem um destino divino.13 O segundo valor das Moças é natureza divina.14 E as primeiras palavras na declaração da Sociedade de Socorro são: “Somos amadas filhas espirituais de Deus, e nossa vida tem significado, propósito e direção”.15 E, ainda assim, com todo o nosso cantar e falar, acreditamos realmente? Será que realmente entendemos? Essa doutrina sublime sobre quem somos — a qual significa que sempre existimos e, por isso, quem podemos nos tornar — penetrou e preencheu nosso coração?

Nosso espírito anseia por lembrar da verdade sobre quem somos, porque a forma como nos vemos, nosso senso de identidade, afeta tudo o que fazemos. Afeta a maneira como nos comportamos, a maneira como reagimos à incerteza, a maneira como vemos as pessoas, a maneira como nos sentimos sobre nós mesmas e a maneira como fazemos escolhas. Afeta a própria maneira como vivemos nossa vida. Então, hoje, eu as convido a refletir de uma nova maneira não apenas sobre quem são, mas sobre quem vocês sempre foram.

O presidente Lorenzo Snow ensinou que “Jesus era um deus antes de vir ao mundo e, ainda assim, Seu conhecimento Lhe foi tirado. Ele não conhecia Sua antiga grandeza nem nós sabemos que grandeza atingimos antes de vir para cá”.16 Mas o presidente Snow ensinou também que, durante a vida do Salvador, “foi-Lhe revelado quem Ele era e por que viera ao mundo. Foram-Lhe revelados a glória e o poder que tinha antes de vir ao mundo”.17 Irmãs, assim como o Salvador passou a entender e a Se lembrar exatamente de quem Ele era, também podemos.

Seria mais fácil revelar esse conhecimento se pudéssemos nos lembrar o que aconteceu em nossa vida pré-mortal. Mas não podemos. Não podemos nos lembrar da glória de nosso primeiro lar. Nós nos esquecemos do idioma que falávamos lá e dos nossos queridos companheiros com quem nos relacionávamos. Não podemos nos lembrar das “primeiras lições [que recebemos] no mundo dos espíritos” ou da identidade de nossos instrutores celestiais.18 Não conseguimos nos lembrar que promessas fizemos a nós mesmas, às outras pessoas e ao Senhor. Nem conseguimos nos lembrar do nosso lugar no reino celestial do Senhor ou da maturidade espiritual que adquirimos lá.

Há, no entanto, algumas coisas notáveis que realmente sabemos. Sabemos que estávamos lá nos conselhos celestes antes que as fundações deste mundo fossem estabelecidas. Estávamos lá quando nosso Pai apresentou Seu plano e vimos o Salvador escolhido e indicado e nós o aprovamos.19 Estávamos lá entre as hostes celestiais que jubilavam.20 E quando Satanás se opôs furiosamente contra o Pai e o Filho e foi expulso do céu, estávamos lá, lutando ao lado da verdade. Na realidade, o presidente George Q. Cannon disse que “ficamos fielmente ao lado de Deus e Jesus e (…) não vacilamos”.21 Acreditamos. Seguimos. E, quando lutamos pela verdade no mais amargo de todos os confrontos, não vacilamos.

Por causa de nossa bravura pré-mortal, fomos escolhidas para nascer na casa de Israel, cuja linhagem o presidente Harold B. Lee chamou de “a mais ilustre linhagem” de todos os que viriam à Terra, e a qual o élder Bruce R. McConkie disse foi reservada para aqueles que buscavam o maior de todos os talentos pré-mortais, o talento da espiritualidade.22

Agora estamos aqui, separadas da segurança de nosso lar celestial, cumprindo uma missão neste mundo solitário e triste — uma missão para provar ou não que queremos fazer parte do reino de Deus mais do que qualquer outra coisa. O Senhor está testando nossa fé e nossa integridade para ver se vamos perseverar em uma esfera em que Satanás domina. Felizmente, apesar de passarmos por este teste no crepúsculo tempestuoso da dispensação da plenitude dos tempos, mais uma vez, escolhemos seguir Jesus Cristo.23 Escolhemos segui-Lo, porque nos lembramos Dele e podemos reconhecê-Lo.

Estamos entre os eleitos a quem o Senhor chamou durante esta “décima primeira hora” para trabalhar em Sua vinha, uma vinha que “corrompeu-se inteiramente” e em que apenas alguns “[praticam] o bem”.24 Somos aqueles poucos. Deus, que viu “o fim desde o princípio”, previu perfeitamente o que estes tempos exigiriam.25 Assim, disse o presidente George Q. Cannon: “Deus (…) reservou para esta dispensação espíritos que [teriam] coragem e determinação para enfrentar o mundo e todos os poderes do maligno”, e que “[edificariam] a Sião de nosso Deus, sem medo das consequências”.26

Vocês conseguem imaginar que Deus, que nos conhece perfeitamente, reservou-nos para vir agora, quando há tanto em risco e a oposição está mais intensa do que nunca? Quando Ele precisaria de mulheres que ajudariam a elevar e liderar uma geração escolhida no ambiente espiritual mais letal? Podem imaginar que Ele nos escolheu porque sabia que seríamos destemidas na edificação de Sião?

Posso, pelas coisas que o Espírito repetidas vezes sussurrou sobre vocês quando orei ao Senhor em seu favor durante esse chamado. Embora às vezes sejamos casuais demais sobre nossa vida espiritual; apesar de às vezes nos distrairmos com o mundo e vivermos abaixo de nosso potencial — permanece o fato de que sempre fomos mulheres de Deus. Temos feito escolhas justas repetidamente, de ambos os lados do véu, que demonstram nossa fidelidade. Nós nos unimos ao Senhor por meio dos convênios mais vinculativos da mortalidade. Fomos e somos mais valentes do que imaginamos. Temos muito mais potencial divino do que ainda conseguimos entender.

O Senhor disse a Abraão que ele estava entre os “nobres e grandes” escolhidos para sua missão terrena antes mesmo de nascer.27 E o presidente Joseph F. Smith teve uma visão de que muitos — muitos — espíritos escolhidos reservados para nascer nesta dispensação também estavam entre os “nobres e grandes”.28 O élder Bruce R. McConkie disse: “Uma hoste de homens poderosos e mulheres igualmente gloriosas integraram aquele grupo de ‘nobres e grandes’. (…) Podemos deixar de concluir que Maria, Eva, Sara e milhares de nossas fiéis irmãs estavam entre eles? Sem dúvida aquelas irmãs (…) lutaram tão valentemente quanto os irmãos na guerra no céu, da mesma forma como também defendem firmemente (…) na mortalidade a causa da verdade e da retidão”.29

Portanto, irmãs, e quanto a nós? Quanto a mim e vocês? Será possível que estávamos entre os grandes e nobres?

Tenho que lhes dizer que creio que é mais do que possível. O profeta Joseph Smith ensinou: “Todo homem que recebe o chamado para exercer seu ministério a favor dos habitantes do mundo foi ordenado precisamente para esse propósito (…) antes que este mundo existisse”.30 O presidente Spencer W. Kimball acrescentou que, “no mundo antes deste, foram dados certos encargos às mulheres”.31 Não consigo imaginar que nós que fomos chamadas para dar à luz e criar, amar e liderar uma geração escolhida de crianças e jovens nesta época final da última dispensação não estávamos entre aqueles considerados grandes e nobres.

Grandes e nobres. Corajosas e determinadas. Fiéis e destemidas. É isso que vocês são e é o que sempre foram. Entender essa verdade pode mudar sua vida, porque esse conhecimento lhes dá uma certeza que não pode ser duplicada de outra maneira. Duvido que muitas de nós nos sintamos grandes e nobres. Mas nem mesmo Enoque, que ficou surpreso quando o Senhor o chamou para o serviço: “Por que é que encontrei graça aos teus olhos? Sou apenas um menino e todo o povo odeia-me, pois sou lento no falar”.32 O Senhor respondeu a Enoque com a promessa de andar com ele e dar poder às suas palavras. Esse encontro com o Senhor deu a Enoque uma nova visão de si mesmo e o resultado foi magnífico, tão poderosa era a sua palavra que seu povo foi “[arrebatado] ao céu”.33 Mas isso aconteceu depois que Enoque entendeu quem ele era e que tinha uma missão a realizar.

Saulo, que gostava de perseguir os cristãos, foi instantaneamente convertido depois de ver o Salvador e saber que ele era um vaso escolhido.34 Sem dúvida não havia um cristão vivo que teria descrito Saulo de Tarso como “escolhido” — pelo menos não com base em sua conduta terrena. Ele deve ter sido escolhido antes desta vida. E quando Saulo entendeu isso, ele mudou sua vida e seu nome. A conversão do apóstolo Paulo foi ao menos em parte sobre vir a entender quem ele sempre fora.

Quando conseguirmos entender a mesma coisa, sentiremos um propósito maior e mais confiança para viver como mulheres de Deus em um mundo que nem sempre admira as mulheres de Deus. Vamos apoiar umas às outras em vez de competir umas com as outras, porque nos sentiremos seguras em nossa posição perante o Senhor. E ficaremos ansiosas para defender a verdade mesmo quando for preciso ficar sozinhas, pois toda mulher consagrada terá momentos em que deve ficar sozinha.

Satanás, é claro, sabe como é poderoso espiritualmente o conhecimento de nossa identidade divina. Ele odeia as mulheres de nobre estirpe.35 Ele nos odeia, porque ele está quase fora do tempo, enquanto nós estamos a caminho da glória eterna. Ele nos odeia devido à influência que temos sobre nosso marido e nossos filhos, nossa família e nossos amigos, a Igreja e até mesmo o mundo. Não é segredo para ele que somos a arma secreta do Senhor.

Assim, não deveria nos surpreender que o mestre da mentira esteja fazendo de tudo para nos impedir de entender a grandeza de quem somos. Ele oferece uma variedade de substitutos sedutores, mas lamentáveis — tudo, desde etiquetas e logotipos até títulos e status — na esperança de nos distrair com as coisas artificiais que nos identificam no mundo. Não faz muito tempo, um livro relacionando As Cem Mulheres Mais Influentes de Todos os Tempos chamou minha atenção.36 Fiquei interessada em saber quem eram as cem mulheres mais influentes de todos os tempos. Vejam que interessante. Eva, a mãe de todos os viventes — agora vejam a ironia aqui, a mulher sem a qual nem sequer estaríamos aqui —, não está na lista.37 Não é possível! Essa lista lamentável demonstra como são absurdas a visão e a avaliação que o mundo tem das mulheres.

Em uma revista famosa, uma recente reportagem de capa intitulada “A busca pela perfeição” promoveu uma definição de perfeição que era repugnante e, francamente, maligna. Ela relacionou todos os dispositivos cirúrgicos para o corpo disponíveis, sem mencionar de forma alguma a virtude ou os valores, o casamento ou a maternidade — ou qualquer outra coisa, por assim dizer, que é importante para o Senhor.

Sem dúvida, Satanás quer que nos vejamos como o mundo nos vê, não como o Senhor nos vê, pois o espelho do mundo nos distorce e nos diminui, como um espelho de circo em que uma mulher de 1,8 metro (que sou eu) aparece com 60 centímetros de altura. Satanás nos diz que não somos boas o suficiente. Não somos inteligentes o suficiente. Não somos magras o suficiente. Não somos bonitas o suficiente. Não somos habilidosas o suficiente. Não somos nada o suficiente. E essa é uma enorme, completa e diabólica mentira. Ele quer que acreditemos que não há nenhuma qualidade em ser mãe. Isso é mentira, uma mentira maligna. Ele quer que acreditemos que a influência das mulheres é naturalmente inferior. E isso não é verdade.

Contudo, muitas vezes acreditamos nas falsidades de Satanás. Depois de falar em uma reunião geral das mulheres via satélite, recebi uma carta que dizia o seguinte: “Irmã Dew, posso me identificar com você porque vejo que você sabe o que significa ter um dia de cabelo ruim”. Irmãs, isso não é novidade, já tive anos de dias assim. Mas, apesar de nem sempre enxergarmos além de nosso cabelo e nossas roupas, o Senhor enxerga. Porque Ele “não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração”.38

Por esse motivo, Satanás tenta nos impedir de entender como o Senhor nos vê, pois, quanto mais claramente entendemos nosso destino divino, nos tornamos mais imunes a Satanás. Quando Satanás tentou confundir Moisés sobre sua identidade, dizendo: “Moisés, filho do homem, adora-me”, Moisés se recusou, respondendo: “Sou um filho de Deus”.39 Ele sabia quem ele era porque o Senhor lhe dissera: “Tu és meu filho; (…) e tenho uma obra para ti”.40

Certamente uma razão pela qual Moisés prevaleceu enquanto o grande poranador esbravejava e protestava era que Moisés sabia claramente quem ele era. O mesmo se dá conosco. Nunca seremos felizes ou sentiremos paz, nunca lidaremos bem com as ambiguidades da vida, nunca faremos jus a quem somos como mulheres de Deus, até superarmos nossa crise de identidade mortal e entendermos quem sempre fomos e quem podemos nos tornar.

O Espírito é a chave, porque, como o presidente Joseph F. Smith ensinou, é por meio do poder do Espírito que podemos “captar uma centelha das lembranças despertas de nossa alma imortal, que ilumina todo o nosso ser como a glória de nosso primeiro lar”.41 É o Espírito que nos permite ver através do véu e ter uma noção de quem somos e quem sempre fomos. Por isso precisamos ser capazes de ouvir o que o Senhor gostaria de nos dizer por meio do Espírito. Pedir com fé, jejuar e orar, arrepender-se regularmente, perdoar e buscar o perdão, adorar no templo, onde podemos “[receber] a plenitude do Espírito Santo”,42 e ser obedientes — todos nos ajudam a ouvir melhor a voz do Senhor em nossa mente e nosso coração.43 Igualmente, há coisas que não podemos fazer — filmes que não podemos assistir, roupas que não podemos usar, fofocas que não podemos espalhar, sites da Internet que não podemos visitar, pensamentos que não podemos aceitar, livros que não podemos ler e desonestidade que não podemos tolerar — se quisermos que o Espírito esteja conosco.

Não conheço nada mais merecedor de nossa energia do que aprender a ouvir melhor a voz do Espírito. Quando os 12 nefitas oraram ao Pai “por aquilo que mais desejavam”, foi pelo dom do Espírito Santo.44 Por quê? Porque o Espírito Santo nos “mostrará todas as coisas”, inclusive quem somos.45 Sei que isso é verdade. Certo dia, enquanto estava ninando uma sobrinha, na época, com três meses de idade, fiquei emocionada com um sentimento sobre o valor de seu espírito. Minhas lágrimas caiam enquanto eu balançava e imaginava quem eu estava balançando. Agora que minha sobrinha está mais velha, já lhe contei sobre essa experiência na esperança de incentivá-la a progredir.

Da mesma forma, quando eu era aquela menina tímida da fazenda, minha mãe e minha avó sempre me disseram que havia algo escolhido para mim e minha geração.46 Não conseguia imaginar isso, mas meu espírito queria que eu acreditasse. Então, tranquilamente guardei suas palavras e esperei que fossem verdadeiras. Existe algo mais significativo que uma mãe ou avó ou qualquer uma de nós possa fazer pelos jovens que amamos do que ajudá-los a começar a ver quem realmente são?

Por mais importante que esse conhecimento seja, no entanto, sozinho ele não torna a mortalidade à prova de falhas. O presidente Lee advertiu que há muitos que podem ter “estado entre os nobres e grandes”, mas que “podem ter falhado nesse chamado aqui na mortalidade”.47 Em outras palavras, “muitos são chamados, mas poucos são escolhidos”.48 E, francamente, escolhemos, porque a verdadeira realidade é que o cumprimento ou não de nossas promessas pré-mortais depende de nós.

Mas o esforço exigido vale a pena, pois, se pudéssemos entender quão gloriosa será uma mulher justa aperfeiçoada no reino celestial, mudaríamos para melhor e nunca mais seríamos as mesmas. Tomaríamos de bom grado sobre nós o nome de Jesus Cristo — o que significa segui-Lo, tornar-nos semelhantes a Ele e dedicar-nos a Ele e à Sua obra.49 As mulheres de Deus que honram seus convênios possuem uma aparência diferente, vestem-se de modo diferente e agem e falam de modo diferente das mulheres que não fizeram os mesmos convênios. Assim, as mulheres de Deus que sabem quem são têm uma influência incomum e, às vezes, inesperada.

Há uma loja em Nova York que visito quando estou lá. Francamente, eu não me importo com o ambiente da loja, mas, porque eles vendem saias longas o suficiente para uma mulher alta, suporto a experiência. Em uma visita recente, fiz planos de encontrar uma amiga nesta loja e, quando entrei pela porta, uma vendedora já estava esperando por mim. “Senhorita Dew?”, ela disse com um sotaque encantador. “Sim?”, respondi. “Siga-me. Sua amiga está esperando por você lá embaixo.”

Nunca tive uma recepção tão calorosa antes, mas então, por uma hora, minha amiga e eu nos familiarizamos com essa agradável mulher europeia. Depois de algum tempo, ela disse: “Há algo diferente em vocês. O que é?”

“Quer realmente saber?”, perguntei a ela. Quando ela fez que sim, eu disse: “Sente-se”. Por uma hora, minha amiga e eu dissemos a ela o que fazia de nós diferentes. Desde aquela época, enviamos materiais explicando mais. E acabamos de lhe enviar outra coisa — os missionários que vão visitá-la em nosso nome.

De que maneira o fato de sabermos quem somos e quem sempre fomos tem a ver com prestar testemunho e testificar de Jesus Cristo? Tem tudo a ver com nossa responsabilidade de levar o evangelho a toda nação, tribo, língua e povo. Depois que entendemos quem realmente somos, não estamos apenas comprometidas com o Senhor para ajudar outras pessoas a descobrir as mesmas verdades, mas simplesmente não podemos nos restringir de fazê-lo. Se um momento missionário pode ocorrer em uma loja de roupas luxuosas de Nova York, ele pode acontecer em qualquer lugar. E vai acontecer quando a alegria do evangelho e a realidade de nossa missão iluminarem nosso rosto e energizarem nossa vida.

Conheço uma mulher que respondeu a uma amiga não membro querendo vender cosméticos, dizendo: “Você pode me fazer um tratamento facial se eu puder falar sobre o evangelho”. Ambas concordaram, e as duas estão aqui hoje. Não há nenhuma mensagem missionária mais persuasiva do que uma mulher de Deus que sabe quem ela é e que está entusiasmada com o que ela sabe. Apresso-me a acrescentar que o trabalho missionário mais importante que faremos será dentro de nossa família, porque a conversão deles é nossa mais alta prioridade.

Nosso objetivo de tudo isso não é aumentar o número de membros da Igreja. É abençoar a vida das pessoas — mães e pais, filhos e filhas — que merecem saber quem são, quem eles sempre foram e quem eles podem se tornar.

Não vamos tornar isso mais difícil do que precisa ser. Podemos começar simplesmente orando por oportunidades de servir, porque faremos mais trabalho missionário por meio de nosso exemplo do que jamais faremos discursando vigorosamente ao púlpito. No ano passado, as irmãs em uma ala do Arizona prestaram um serviço, integralmente, a uma família não membro cujo filho estava passando por uma cirurgia do coração.50 Esses atos simples de bondade iniciaram uma sequência extraordinária de acontecimentos e há duas semanas essa família foi batizada. Estou feliz em dizer que a mãe daquela família está aqui conosco esta manhã, e ela, o marido e seus três filhos muito queridos estão começando a descobrir quem são.

Repetidas vezes, o presidente Gordon B. Hinckley nos suplicou para “[formarmos] um imenso exército cheio de entusiasmo por esse trabalho”.51 Na última reunião geral da Sociedade de Socorro, convidei todas as irmãs a procurarem oportunidades missionárias. E no mês passado na reunião geral das Moças, a irmã Margaret Nadauld pediu a todas as moças que entrassem em contato com uma garota e a colocassem em plena atividade na Igreja este ano.52 Em uma semana, muitas de minhas sobrinhas adolescentes já tinham entrado em contato com amigas não membros. Elas se alistaram imediatamente no exército do Senhor.

Podemos fazer menos que isso? Se as mulheres e as moças desta Igreja se unissem nesse trabalho glorioso, nós nos tornaríamos uma imensa e entusiasmada parte do exército do Senhor. Nenhuma de nós pode contatar todas as pessoas, mas todas conseguem contatar alguém — e, ao longo do tempo, muitas pessoas. O reino do evangelho não avançará como deve até que nós como mães e irmãs e tias favoritas nos tornemos plenas e ávidas participantes.

Irmãs, estou pedindo a vocês hoje que atendam ao chamado de nosso profeta para se alistarem no exército do Senhor. E ao fazê-lo, faço essa promessa: Assim que nós, as irmãs desta Igreja, nos dedicarmos totalmente a esta obra, ela expandirá rapidamente de um modo sem precedentes por causa de nossa influência única e estimulante e por causa do Espírito que acompanha as mulheres justas. Ela vai florescer porque os jovens que veem sua mãe e seus líderes compartilharem destemidamente o evangelho vão fazer o mesmo.

Há mais de 20 anos, o presidente Kimball profetizou: “Os exemplos femininos na Igreja serão uma força significativa no crescimento tanto numérico como espiritual da Igreja nos últimos dias”.53 Ele estava falando sobre nós. Imagine o impacto se este ano toda mulher com um testemunho ajudar outra mulher a obter um testemunho e começar a descobrir quem ela é, foi e pode se tornar.

Vou aceitar o desafio. Vocês se juntarão a mim? Peçam ao Senhor que as ajude e Ele o fará. Comecem lendo Doutrina e Convênios 138 e Abraão 3, sobre os nobres e grandes e vejam o que o Espírito lhes revela a respeito de vocês. Quando entenderem que vocês foram escolhidas e reservadas para este tempo atual e quando viverem em harmonia com essa missão, vocês serão mais felizes do que nunca.

Ouçam estas palavras do presidente Gordon B. Hinckley:

“A mulher é a suprema criação de Deus. (…)

De todas as criações do Todo-Poderoso, nenhuma é mais (…) inspiradora que uma (…) filha de Deus que vive virtuosamente, com um entendimento do motivo pelo qual ela deve fazê-lo”.54

“Resistam à imundície do mundo. Saibam que vocês são filhas de Deus (…) e que há um grande trabalho a ser feito por vocês que não pode ser feito por outros.”55

Minhas queridas irmãs, vocês vão procurar se lembrar com a ajuda do Espírito Santo de quem vocês são e quem sempre foram? Vocês se lembrarão de que ficaram ao lado do Salvador sem vacilar? Lembrem-se de que foram reservadas para este tempo atual, porque teriam coragem e determinação para enfrentar o mundo em sua pior forma e para ajudar a dar à luz e liderar uma geração escolhida. Lembrem-se dos convênios que fizeram e o poder que eles carregam. Lembrem-se de que vocês são grandes e nobres e possíveis herdeiras de tudo o que nosso Pai possui. Lembrem-se de que vocês são filhas de um Rei.

Deus é nosso Pai, e Seu Filho Unigênito é Cristo. Regozijemo-nos em mais uma vez permanecermos firmes pelo Salvador e servirmos com coragem e vigor em Sua vinha. E que sejamos destemidas na edificação da Sião de nosso Deus, porque sabemos quem somos e quem sempre fomos. Em nome de Jesus Cristo. Amém.

  1. Sheri L. Dew, entrevista por Brittany A. Chapman e Kiersten Olson, 8 de outubro de 2010, pp. 2, 3–4, 11, 13, 20, 32, James Moyle Oral History Program [Programa da história contada de James Moyle], CHL.

  2. Sheri L. Dew, entrevista por Christine R. Marin, 26 de fevereiro de 2002, p. 2, James Moyle Oral History Program, CHL.

  3. Dew, entrevista por Marin, p. 2; “Deseret Book Appoints New President” [Deseret Book nomeia novo presidente], Church News, 2 de março de 2002; “News of the Church” [Notícias da Igreja], Ensign, maio de 1997, p. 109.

  4. Sheri L. Dew, entrevista por Kate Holbrook, 25 de abril de 2016, pp. 8–9, CHL.

  5. Sheri serviu na junta geral da Sociedade de Socorro de 1989 a 1990 (Sheri L. Dew, e-mail para Kate Holbrook, 11 de maio de 2016; Dew, entrevista por Marin, p. 2).

  6. Dew, entrevista por Chapman e Olson, p. 34.

  7. Assim como muitos filhos nascidos de pais membros da Igreja, Sheri foi batizada aos 8 anos de idade. Com a ordenança de confirmação, ela foi convidada para receber “o dom do Espírito Santo”, ou seja, o Espírito Santo estaria com ela para fornecer orientação e consolo contanto que vivesse uma vida digna.

  8. Dew, entrevista por Holbrook, pp. 5–6.

  9. Dew, entrevista por Holbrook, pp. 6–7.

  10. Dew, entrevista por Marin, pp. 15, 21.

  11. Dew, entrevista por Marin, p. 15.

  12. Ver “Sou um filho de Deus”, Hinos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, Salt Lake City: A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, 1990, nº 193.

  13. “A Família: Proclamação ao Mundo” foi apresentada pela primeira vez na reunião geral da Sociedade de Socorro em 1995 por Gordon B. Hinckley, logo após seu chamado como décimo quinto presidente da Igreja. A proclamação foi publicada pela Primeira Presidência e pelo Quórum dos Doze Apóstolos como uma “declaração e reafirmação dos padrões, das doutrinas e das práticas referentes à família” (Julie A. Dockstader, “‘Best Season,’ but Also a Time of Turmoil” [“Melhor época”, mas também tempos de turbulência], Church News, 30 de setembro de 1995; Gordon B. Hinckley, “Enfrentar com firmeza as artimanhas do mundo”, A Liahona, janeiro de 1996, p. 110).

  14. Os valores das Moças foram definidos em 1985 enquanto Ardeth G. Kapp era presidente geral da organização das Moças. Em 2001, esses valores incluíam fé, natureza divina, valor individual, conhecimento, escolhas e responsabilidades, boas obras e integridade. O manual das Moças em uso na época desse discurso dizia sobre o valor natureza divina: “Herdei atributos divinos, aos quais me esforçarei para desenvolver” (Progresso Pessoal, Salt Lake City: A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, 1989, p. 7; “News of the Church: Young Women Counseled to Stand for Truth and Righteousness” [Notícias da Igreja: As moças são aconselhadas a defender a verdade e a retidão], Ensign, janeiro de 1986, pp. 75–76).

  15. A Declaração da Sociedade de Socorro foi publicada pela presidência da Sociedade de Socorro, em 25 de setembro de 1999, durante a reunião geral da Sociedade de Socorro. A declaração foi apresentada por Mary Ellen Smoot, presidente geral da Sociedade de Socorro (Julie A. Dockstader, “Declaration Reaffirms Roles, Values of Women in Church” [Declaração reafirma papéis e valores das mulheres na Igreja], e “Truly a Day to Lift up Our Hearts” [Realmente um dia para elevar nosso coração], Church News, 2 de outubro de 1999; Mary Ellen Smoot, “Alegra-te, ó filha de Sião”, A Liahona, janeiro de 2059, p. 111).

  16. Citação no original: “Office Journal of Lorenzo Snow [Diário do escritório de Lorenzo Snow], 8 de outubro de 1900, pp. 181–182, Arquivos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, Salt Lake City, Utah”. Ver também Truman G. Madsen, The Highest in Us [A Grandeza em Nós], Salt Lake City: Bookcraft, 1978, p. 9. Lorenzo Snow serviu como quinto presidente da Igreja de 1898 a 1901. Snow expressou ideias semelhantes em seu discurso na Conferência Geral de Abril de 1901: “Quando Jesus estava na manjedoura (…), Ele não sabia que era o Filho de Deus e que anteriormente criara a Terra. (…) Ele cresceu até a maturidade e, nesse processo, foi-Lhe revelado quem Ele era” (Lorenzo Snow, em Seventy-First Annual Conference of the Church of Jesus Christ of Latter-day Saints [Septuagésima Primeira Conferência Anual de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias], 5–7 de abril de 1901, Salt Lake City: Deseret News, 1901, p. 3).

  17. Citação no original: “Lorenzo Snow, Conference Report, abril de 1901, p. 3; grifo do autor”.

  18. Citação no original: “D&C 138:56”.

  19. Ver Abraão 3:22–28. Joseph Smith declarou em um discurso de 1841 que “estávamos todos presentes e vimos o Salvador ser escolhido e indicado, e o plano de salvação ser criado, e nós o aprovamos” (Joseph Smith, Discurso, 5 de janeiro de 1841, Nauvoo, IL, Joseph Smith Collection, CHL, acessado em 9 de maio de 2016, josephsmithpapers.org; ver também Doutrina e Convênios 138:55–58; e Alma 13:3–4).

  20. Citação no original: “Jó 38:7”.

  21. Citação no original: “George Q. Cannon, Gospel Truth: Discourses and Writings of President George Q. Cannon [A Verdade do Evangelho: Discursos e Escritos do Presidente George Q. Cannon], sel. por Jerreld L. Newquist, Salt Lake City: Deseret Book, 1987, p. 7; grifo do autor”. George Q. Cannon foi membro do Quórum dos Doze Apóstolos de 1860 a 1901 e serviu na Primeira Presidência sob a liderança de quatro presidentes da Igreja.

  22. Citação no original: “Harold B. Lee, ‘Compreender quem somos traz respeito próprio’, A Liahona, junho de 1974, p. 37. Bruce R. McConkie, A New Witness for the Articles of Faith [Uma Nova Testemunha para as Regras de Fé], Salt Lake City: Deseret Book, 1984, p. 512”. Harold B. Lee foi o décimo primeiro presidente da Igreja de 1972 a 1973. Bruce R. McConkie serviu no Quórum dos Doze Apóstolos de 1972 a 1985.

  23. Os membros da Igreja acreditam que a Terra está em sua última dispensação antes do retorno de Jesus Cristo e dão o nome de dispensação da plenitude dos tempos devido a uma crença de que o conhecimento do evangelho e a autoridade de todas as dispensações anteriores seriam reunidas antes da Segunda Vinda de Cristo. A frase em si é encontrada nas escrituras, particularmente nas revelações dadas a Joseph Smith (ver Efésios 1:10; e Doutrina e Convênios 27:13; 112:30; 121:31; 124:41; 128:18, 20; ver também Rand H. Packer, “Dispensation of the Fulness of Times” [Dispensação da plenitude dos tempos], em Encyclopedia of Mormonism, ed. por Daniel H. Ludlow, 5 vols., New York: Macmillan, 1992, vol. 1, pp. 387–388).

  24. Citação no original: “D&C 33:3–4”.

  25. Citação no original: “Abraão 2:8”.

  26. Citação no original: “George Q. Cannon, Journal of Discourses, 26 vols., London: Latter-day Saints’ Book Depot, 1852–1881, vol. 11, p. 230”.

  27. Citação no original: “Abraão 3:22–23”.

  28. Citação no original: “D&C 138:53, 55”. Joseph F. Smith foi o sexto presidente da Igreja de 1901 a 1918 e teve essa visão pouco antes de morrer (ver Robert L. Millet, “The Vision of the Redemption of the Dead (D&C 138)” [A visão da redenção dos mortos], em Sperry Symposium Classics: The Doctrine and Covenants [Clássicos do Simpósio Sparry: Doutrina e Convênios], ed. por Craig K. Manscill, Provo, UT: Centro de Estudos Religiosos, Universidade Brigham Young, 2004, pp. 314–331).

  29. Citação no original: “Doctrines of the Restoration: Sermons and Writings of Bruce R. McConkie [Doutrinas da Restauração: Sermões e Escritos de Bruce R. McConkie], Salt Lake City: Bookcraft, 1989, pp. 197–198; grifo do autor”.

  30. Citação no original: “Joseph Smith, History of the Church of Jesus Christ of Latter-day Saints [História de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias], editado por B. H. Roberts, 2ª ed. rev., 7 vols., Salt Lake City: A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, 1932–1951, vol. 6, p. 364”. Ver também Joseph Smith, História, 1838–1856, vol. F-1, 1º de maio de 1844–8 de agosto de 1844], 12 de maio de 1844, p. 18, CHL, acessado em 25 de abril de 2016, josephsmithpapers.org.

  31. Citação no original: “Spencer W. Kimball, ‘O papel das mulheres justas’, A Liahona, março de 1980, p. 152”. Spencer W. Kimball foi o décimo segundo presidente da Igreja de 1973 a 1985.

  32. Citação no original: “Moisés 6:31”.

  33. Citação no original: “Moisés 7:21”.

  34. Citação no original: “Atos 9:5; 22:15”.

  35. Dentro da Igreja, o “nobre estirpe” geralmente se refere àqueles que são herdeiros das promessas feitas a Abraão (ver Gênesis 13:14–16; 17:7; 22:18), particularmente aqueles que nasceram nesta época da história da Terra. A frase “jovens de nobre estirpe” está em um hino da Igreja, escrito em 1930 por Ruth May Fox, que foi presidente geral da organização das Moças de 1929 a 1937. A frase foi usada em discursos da Igreja, incluindo Ardeth G. Kapp, “Juventude da promessa”, A Liahona, julho de 1984, p. 140; Ezra Taft Benson, “Aos ‘jovens de nobre estirpe’”, A Liahona, julho de 1986, p. 43; e L. Tom Perry, “Jovens de nobre estirpe”, A Liahona, janeiro de 1999, p. 86 (“Constantes qual firmes montanhas”, Hinos, nº 184; J. Spencer Cornwall, Stories of Our Mormon Hymns [Histórias de Nossos Hinos Mórmons], Salt Lake City: Deseret Book, 1963, pp. 48–52).

  36. Débora G. Felder, The 100 Most Influential Women of All Time: A Ranking Past and Present [As Cem Mulheres Mais Influentes de Todos os Tempos: Um Ranking Passado e Presente], Secaucus, NJ: Carol Publishing Group, 1996.

  37. Ver Gênesis 3:20 e Moisés 4:26.

  38. Citação no original: “1 Samuel 16:7”.

  39. Citação no original: “Moisés 1:12–13”.

  40. Citação no original: “Moisés 1:4, 6”.

  41. Citação no original: “Joseph F. Smith, Doutrina do Evangelho: Sermões e Escritos de Joseph F. Smith, Salt Lake City: Deseret Book, 1986, p. 14”.

  42. Citação no original: “D&C 109:15”.

  43. Citação no original: “Ver D&C 8:2”.

  44. Citação no original: “3 Néfi 19:9”.

  45. Citação no original: “2 Néfi 32:5”.

  46. Ver 1 Pedro 2:9.

  47. Citação no original: “Lee, ‘Compreender quem somos traz respeito próprio’, p. 36”.

  48. Citação no original: “D&C 121:40”.

  49. Citação no original: “Alma 46:15”.

  50. Dew, entrevista por Holbrook, p. 5.

  51. Citação no original: “Gordon B. Hinckley, ‘Encontrem as ovelhas e apascentem-nas’, A Liahona, junho de 1999, p. 124”.

  52. Margaret D. Nadauld foi presidente geral da organização das Moças de 1997 a 2002.

  53. Citação no original: “Kimball, ‘O papel das mulheres justas’, p. 152”.

  54. Citação no original: “Gordon B. Hinckley, ‘Our Responsibility to Our Young Women’ [Nossa responsabilidade com as Moças], Ensign, setembro de 1988, p. 11”.

  55. Citação no original: “Gordon B. Hinckley, ‘Vivei à altura de vossa herança’, A Liahona, janeiro de 1984, p. 134”.