As Leis Eternas da Felicidade
Ao guardarmos os Dez Mandamentos, expressamos nosso amor a Deus e, com a aplicação ativa desses princípios eternos, expressamos nosso amor ao próximo.
Presidente Hinckley, sinto que falo pelos santos de todo o mundo, dizendo que fomos profundamente tocados por sua profética exortação de levarmos a obra avante com redobrada energia. Oferecemos nossa vida e nossa obediência para a realização desse propósito.
Quando professor da Universidade de Brigham Young em 1978, o Irmão Dennis Rasmussen candidatou-se e foi aceito para estudar no Seminário Teológico Judaico da América. Na sessão de abertura, quando informou seu nome e universidade, o Rabino Muffs bradou: “Você é o mórmon?” “Paga seu dízimo?” “Sim”, respondeu ele.
“Paga-o com o coração alegre?” “Sim,” disse ele. “Acredito”, exclamou o rabino, “que a alegria é a essência da religião. Estou escrevendo um livro sobre a alegria. Não há nada mais fundamental para a vida religiosa do que a alegria.” O irmão Rasmussen respondeu: “Há uma passagem no Livro de Mórmon que diz que ‘Adão caiu para que o homem existisse, e o homem existe para que tenha alegria.’”
O Rabino Muffs ficou profundamente emocionado e exclamou: “Encontrei o texto que tenho procurado durante toda minha vida (⌘.⌘.⌘. ) no Livro de Mórmon”. Virando-se para o irmão Rasmussen, disse: “Repita-o, por favor, mas não tão depressa”. Quando ele repetiu as conhecidas palavras, os olhos do rabino brilharam de gratidão pela grande verdade que ele compreendia, mas que nunca ouvira expressa de modo tão suscinto.
Quão importante é sabermos o propósito de nossa existência! O homem existe para que tenha alegria, e essa alegria nos advirá ao guardarmos os mandamentos de Deus!
Vi, em fevereiro passado, essa alegria personificada quando acompanhei os missionários em Santiago, no Chile, em visita a alguns de seus conversos. Na casa da família Basuare, os gêmeos Nícolas e Ignácio, de oito anos, receberam-nos à porta, vestindo camisa branca e gravata, exatamente como os missionários. O pai batizara-se havia três semanas e, uma semana depois, batizara a esposa e os filhos. Conversamos sobre sua conversão. Falaram de seu amor pelos missionários e da alegria que sentiam ao viver o evangelho e guardar os mandamentos. Mostraram-nos, orgulhosamente, o retrato do Templo de Santiago pendurado na sala de estar, um símbolo de seu objetivo de se tornar uma família eterna um ano depois da data de seu batismo.
Perguntei a Nícolas se gostaria de ser missionário quando crescesse. Ele respondeu-me que sim e apertamos as mãos firmando o compromisso de que se prepararia para isso. Fiz então a mesma pergunta a Ignácio. Ele hesitou e respondeu: “Não sei se posso fazer essa promessa. Tenho só oito anos.” Eu persisti: “Nícolas fez a promessa; você não gostaria de fazer o mesmo?” Ainda hesitando, disse: “Não sei se estarei pronto”. Percebi que já tinha chegado até onde devia e, assim, disse: “Acho melhor você conversar sobre isso com seu pai”.
Ele caminhou até o pai que, tomando-o nos braços, disse: “Ignácio, Jesus foi missionário. Andou pelas ruas como o Élder Sheets e seu companheiro e fez as pessoas felizes ensinando-as a guardar os mandamentos. Você não gostaria de ser como Jesus?” “Sim, papi, eu gostaria”. “Você acha que se trabalharmos juntos você poderá estar pronto para ser missionário quando tiver 19 anos?” “Acho que sim.” “Não quer prometer ao Élder Mickelsen que fará isso?” Ele dirigiu-se a mim e apertamos as mãos confirmando o compromisso. Fiquei maravilhado de que esse jovem pai, convertido havia apenas três semanas, tivesse a sensibilidade de ajudar a família a seguir o Salvador e tentasse imitar os missionários ao ensinar o filho. Seu objetivo de ser uma família eterna certamente será alcançado sob a direção desse pai fiel.
Desde o início da criação, a felicidade familiar tem sido o centro do plano de nosso Pai Celestial. Tendo sido expulsos do Jardim do Éden, Adão e Eva começaram a multiplicar-se e a encher a Terra. Quando a família cresceu, pediram ajuda ao Senhor. Ele deu-lhes mandamentos e disse-lhes que os ensinassem a seus filhos.
Essas leis eternas foram reiteradas a Moisés no Sinai, resumidas pelo Salvador nos dois grandes mandamentos e repetidos a Joseph Smith em uma revelação conhecida como a lei da Igreja.
Precisamos ensinar esses mandamentos a nossos filhos. Nossa felicidade nesta vida e a alegria no futuro como famílias eternas dependem de quão bem nós os vivamos. Creio que podemos ensinar os Dez Mandamentos a nossos filhos de uma forma positiva, para que eles reflitam a lei mais alta que o Salvador nos deu.
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Não terás outros deuses diante de Mim.
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Não te encurvarás diante de nenhuma imagem de escultura.
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Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão.
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Honra o dia do Sábado para o santificar.
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Honra a teu pai e a tua mãe.
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Não matarás.
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Não adulterarás.
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Não furtarás.
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Não dirás falso testemunho.
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Não cobiçarás.
Ao guardarmos os Dez Mandamentos expressamos a Deus nosso amor, e com a aplicação ativa desses princípios eternos expressamos nosso amor pelo próximo. Essas são leis eternas de felicidade que, se seguidas, nos levarão de volta a nosso Pai Celestial.
Oro para que sejamos capazes de ensiná-las por exemplo e por preceito. Que possamos todos sentir a alegria que a família Basuare sentiu ao conhecer a verdade do evangelho e ensinar os mandamentos a seus filhos.
Com uma compreensão plena dos mandamentos, nossos filhos terão um desejo maior de segui-los e uma compreensão melhor do poder de perdão do Sacrifício Expiatório quando cometerem erros. Ao entenderem Seu sacrifício por nós, eles se arrependerão e prosseguirão com um perfeito esplendor de esperança, sabendo que Cristo pagará pelos seus pecados se O seguirem.
Que ensinemos e vivamos os mandamentos para que, juntamente com nossa família, cumpramos o propósito da nossa criação e obtenhamos a alegria que nosso Pai Celestial deseja para nós. Em nome de Jesus Cristo. Amém. 9