“Eu o Farei”
O mais importante compromisso que podemos assumir nesta noite é o ⌦de seguir os projetos vivos.
Irmãos sinto-me honrado e ao mesmo tempo humilde ao utilizar este púlpito histórico com outras das Autoridades Gerais, especialmente os quinze Profetas, Videntes e Reveladores sentados atrás de mim, que amo e respeito. Presto testemunho de que estes poderosos homens de Deus, a Primeira Presidência e o Quórum dos Doze Apóstolos, foram preparados, aperfeiçoados, testados e chamados para presidir e dirigir esta crescente obra do Sacerdócio.
Há num centro comercial em Manila, nas Filipinas, um letreiro bem visível que diz: “O Teu Farei’ é bem mais importante do que o teu Q.I.”, (Quociente de Inteligência). Ao ponderar sobre o significado desta simples frase, sou levado a pensar sobre o refrão de um dos grandes hinos da Primária que se baseia em 1 Néfi 3:7: “Eu irei, cumprirei as ordens do Senhor. Pois sei que um meio vai prover, que eu possa obedecer. (“Néfi Era Valente”, Músicas para Crianças) Também dou comigo a cantarolar e assobiar ⌦o refrão do famoso hino da Restauração: “Aonde mandares irei, Senhor, … O que ordenares direi ó Senhor; Tal como mandares, serei” (Hinos, 1990, nº 167.)
Muitos dos que têm sido abençoados com grandes dons e um intelecto excepcional, não tendo uma atitude que os leve a agir, quando têm de ir, fazer, dizer e ser que o Senhor ordena.
As expressões; Eu irei, eu farei, eu direi, e eu serei, transmitem a idéia de decidida obediência. Nossa terceira regra de fé declara:
“Cremos que por meio do Sacrifício Expiatório de Cristo, toda a humanidade pode ser salva pela obediência às leis e ordenanças do evangelho.” (Regras de Fé n° 3) Decerto, o mais grandioso ato de obediência foi cumprido no Getsêmani. Lembremo-nos do apelo sincero do Salvador: “Pai, se queres, passa de mim este cálice, todavia não se faça a minha vontade, mas a tua.” (Lucas 22:42)
Para nós, portadores do sacerdócio de Deus, há muitas e importantes oportunidades de agir: Serei ⌦leal ao Juramento e Convênio do Sacerdócio; Farei o que o presidente do Quórum pedir; serei perfeitamente fiel aos convênios feitos em lugares sagrados. Servirei com excelência em meu ministério do Sacerdócio Aarônico, preparando-me para outras tarefas no sacerdócio. Provavelmente, o mais importante compromisso que podemos assumir nesta noite é o de seguir os profetas vivos.
Brigham Young declarou:
“Não se pode destruir a designação de um profeta de Deus, mas pode-se cortar o fio que nos liga ao profeta de Deus e mergulhar no inferno.” (Citado no Relatório da Conferência Geral de maio de 1963, pág 81.)
O Élder John A. Widtsoe disse:
“O profeta mais importante de qualquer época é o profeta vivo … Seguir o profeta vivo, o intérprete do passado, é a essência da sabedoria. A verdadeira força desta Igreja encontra-se na doutrina da revelação continua através de um profeta vivo.” [Evidences and Reconciliations, (Evidências e Reconciliações) (G. Homer Durhamorg), Salt Lake City, Bookcraft, 1960, p. 352].
O Presidente Wilford Woodruff relembrou uma reunião na qual o Profeta Joseph Smith disse a Brigham Young:
“Irmão Brigham, quero que você vá ao púlpito e nos dê sua opinião sobre os oráculos escritos e a palavra de Deus nas escrituras.”
Conta-se que Brigham Young colocou as escrituras, uma por uma, diante de si, e depois indicou que sentia serem as palavras do profeta vivo muito mais importantes do que os escritos a sua frente, porque as palavras dos oráculos. Transmitem-nos a palavra de Deus em nossos dias. O Presidente Woodruff prosseguiu dizendo:
“Quando ele terminou, o Irmão Joseph disse à congregação: ‘O Irmão Brigham disse-vos a palavra de Deus, e disse-vos a verdade’” (Relatório da Conferência Geral, 1897, pp.22–23).
Como vamos nós na obediência aos profetas vivos? Lembrem-se dos conselhos dados somente seis meses atrás na última reunião geral do sacerdócio? Por exemplo, lembram-se de o Presidente Faust dizer:
“Não há maior responsabilidade do que a de ser marido e pai, e desta não há desobrigação ( … ) ‘Amarás a tua esposa de todo o teu coração, e ( … ) a ela te apegarás e a nenhuma outra.’ [D&C42:22] ( … )” (Relatório da Conferência Geral, abril de 1995, p. 63).
Lembram-se do veemente apelo do Presidente Monson?:
“Irmãos do Sacerdócio, o mundo necessita de sua ajuda. Existem pés a firmar, mãos a segurar, espíritos a encorajar, corações a inspirar, e almas a salvar( … ) É um privilégio para nós, não sermos apenas espectadores, mas, sim, protagonistas no palco do sacerdócio”? (A Liahona, julho de 1995, p. 51).
Rapazes, espero que o extraordinário conselho do Presidente Hinckley continue a ressoar em seus ouvidos:
“ … jovens( … )não pode assumir comportamentos inadequados sem ferir a beleza da textura de sua vida. Atos imorais de qualquer tipo enfeiarão os fios. A desonestidade, de qualquer tipo cria manchas. O linguajar sujo rouba a textura de sua beleza.” (Gordon Hinckley no Relatório da Conferência Geral, Abril de 1995, Pág 56).
Jovens do sacerdócio de Aarão, ofereço-lhes algo para que considerem seriamente: Familiarizem-se com o nobre profeta Néfi, por meio do estudo das escrituras, ponderando e banqueteando-se com os dois primeiros livros do Livro de Mórmon. Meus jovens amigos, prometo-lhes que, quando chegarem a conhecer Néfi, ficarão tão impressionados com sua determinação, coragem e desejo de ser obediente às “coisas que o Senhor ordena”, que terão um forte desejo de incorporar os atributos dele a sua vida. Então, quando forem tentados pelo adversário, como acontece quase todos os dias, a afastarem-se do conselho dos profetas, dos desejos de seus pais, ou do que “O Senhor ordena” imediatamente terão as palavras do intrépido Néfi vindo automaticamente a sua mente: “Eu irei e cumprirei as ordens do Senhor …”. (1 Néfi 3:7) E quando algum de seus amigos sugerir que participem de algo que não seja o que o “Senhor ordena”, poderão pensar no corajoso apelo de Néfi a seus irmãos mais velhos:
“Sejamos, portanto, fiéis aos mandamentos do Senhor.” (1 Néfi 3:16)
Fiquei sabendo de um grupo de rapazes corajosos que seguiram o exemplo de Néfi. Após terem ganhado um campeonato estadual de beisebol para o seu grupo etário, sua equipe, constituída, na sua maioria, de portadores do Sacerdócio Aarônico, foi convidada a representar o estado num torneio a ser realizado numa localidade distante. Ao chegar ao local do torneio, descobriram que alguns dos jogos estavam programados para se realizar no dia do Senhor. Cada um destes jovens tinha uma decisão bem difícil a tomar: Apoiaria a sua equipe, incluía vários colegas não-membros; ou, caso o jogo fosse num domingo, seguiria o que o “Senhor ordena” a respeito de guardar o dia do Senhor? Honrar o dia do Senhor poderia significar que a equipe perderia suas chances de ganhar o torneio. Um a um, discretamente, aproximaram-se dos treinadores e, seguindo o exemplo de Néfi, decidiram individualmente, desistir de participar no domingo. O que veio a acontecer, foi que a contagem de pontos da equipe, e aliado as más condições climáticas, interromperam a agenda dos jogos. Tive oportunidade, ao longo dos anos, de acompanhar estes jovens de perto. Continuaram a pautar sua vida de acordo com o elevado exemplo de Néfi. Serviram missões e continuam a esforçar-se por fazer e dizer o que o Senhor tem ordenado.
A algumas semanas atrás testemunhei na televisão, como talvez muitos de vocês, a quebra de um velho recorde de beisebol. Um recorde que se pensava imbatível. Vieram-me lágrimas aos olhos ao ver este magnífico atleta que bateu o recorde, no campo com sua família, receber a ovação do público e de sua equipe. Embora eu esteja impressionado com sua habilidade de bater e de interceptar uma bola de basebol, estou muito mais impressionado com os atributos que apresentou em alcançar o feito. Ele demonstrou grande preserverança, constância, sacrifício, coragem e determinação em alcançar sua meta. Estes são alguns dos atributos que necessitamos para nos ajudar a ter sucesso em fazer e dizer aquilo que o “Senhor nos ordena”.
Aos irmãos adultos, sugiro algo que tem sido enfatizado repetidamente pelos profetas modernos. É de importância crucial no mundo de hoje, onde a influência do adversário se está intensificando e em que o alicerce da nossa sociedade, a família, desintegra-se. É: A liderança de minha família será minha responsabilidade mais importante e sagrada e não deixarei o ensino e o governo da minha família para a sociedade, a escola ou a Igreja. É-nos dito em Doutrina e Convênios que os pais e as mães são considerados pelo Senhor como responsáveis por ensinar seus filhos acerca da fé, arrependimento, batismo, Espírito Santo, e a necessidade de orar e andar em retidão perante o Senhor. (Ver D&C 68:25, 28)
Talvez já tenham ouvido alguém dizer: “Estou tão ocupado em viver e prover a subsistência que tenho muito pouco tempo para devotar a minha família, mas faço um esforço para que meu tempo limitado seja de qualidade.” Irmãos, este tipo de racionalização é severamente errado. A liderança eficiente na família exige tempo de quantidade e de qualidade.
Quando fui chamado para ser Bispo em nossa ala, nosso filho de quatro anos perguntou-me: É para você que eles dão aqueles envelopes com dinheiro?” Ao que eu respondi: “É para mim sim”, percebendo que ele necessitava de uma pequena lição sobre o dízimo. Brandon bateu palmas e exclamou. “Oh que bom!, Vamos ficar ricos!” Viemos a descobrir mais tarde que ele pensava que seu pai não mais teria de trabalhar, e teria muito mais tempo para ele!
Se dar mais tempo a sua família significa concentrar-se menos em fornecer os supérfluos ou pôr de lado as atividades nas quais a família não participa, tais como pesca, golfe, passeios de barco e viagens faça-o imediatamente. Irmãos precisamos desesperadamente renovar o compromisso com algo tão importante. Que nunca estejamos ocupados demais para as coisas de maior importância: presidir nossos lares em retidão, e seguir, incondicionalmente, o conselho dos profetas vivos.
Irmãos, oro para que sempre lembremos, e talvez até cantarolemos aquele hino simples mas contagiante da Primária: “Eu irei; cumprirei as ordens do Senhor. Pois sei que um meio vai prover, que eu possa obedecer”.
Que focalizemos e direcionemos nossas ações com a vontade dele. Testifico que o Senhor deseja que obedeçamos aos profetas vivos. Testifico também que nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo vive. Ele é o nosso Salvador e Redentor. Expiou por nossos pecados baseado no princípio de nosso arrependimento. Testifico que assim é, no sagrado nome de Jesus Cristo. Amém. 9